Characterization of the non-apparent clinical form in the initial phase of schistosomiasis mansoni

Rocha, Manoel Otávio da Costa; Pedroso, Enio Roberto Pietra; Neves, Jayme; Rocha, Roberto Sena; Greco, Dirceu Bartolomeu; Lambertucci, José Roberto; Rocha, Regina Lunardi; Katz, Naftale

doi:10.1590/S0036-46651993000300005

Abstracts

In this paper the history of 115 recruits that had bathed simultaneously in streams contaminated with Schistosoma mansoni, during military maneuvers, is reported. Thirty four of the infected patients presented the initial phase of the infection diagnosed through epidemiologic, clinical and laboratorial parameters. Three out of the 34 patients did not reveal the clinical picture of the infection, thus being considered representatives of the non-apparent form of the disease. Differences between the intensity of blood eosinophilia, the area of immediate cutaneous reaction and the number of Schistosoma eggs eliminated in the stools proved not to be statistically significant (p>0.05) when the non-apparent and acute cases of schistosomiasis were compared. These cases actually may be considered evidences of the non-apparent form hitherto merely taken for granted in the literature.

Acute schistosomiasis; Non-apparent form; Initial phase of schistosomiasis

Foram estudados 115 recrutas que tiveram contato simultaneamente com águas infectadas pelo Schistosoma mansoni. Trinta e quatro pacientes apresentaram a fase inicial da infecção, diagnosticada através de parâmetros laboratoriais, clínicos e epidemiológicos, sendo que três deles não evidenciaram quadro clínico, sendo considerados como portadores da forma inaparente da doença. Não se verificou, entretanto, diferença estatística entre a intensidade da eosinofilia sanguínea, as áreas da reação intradérmica de leitura imediata e as médias das contagens do número de ovos de 5. mansoni eliminados nas fezes, quando se compararam os resultados obtidos em pacientes com as formas aguda e inaparente. Os casos ora descritos constituem evidenciação objetiva da forma inaparente, antes apenas presumida na literatura.

ORIGINAL ARTICLES

Characterization of the non-apparent clinical form in the initial phase of schistosomiasis mansoni

Caracterização da forma inaparente da fase inicial da esquistossomose mansoni

Manoel Otávio da Costa Rocha^I; Enio Roberto Pietra Pedroso^I; Jayme Neves^I; Roberto Sena Rocha^II; Dirceu Bartolomeu Greco^I; José Roberto Lambertucci^I; Regina Lunardi Rocha^I; Naftale Katz^II

^IFaculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil

^IICentro de Pesquisas "René Rachou", Fundação Oswaldo Cruz, Caixa Postal 1743, 30190-002 Belo Horizonte, MG, Brasil

SUMMARY

In this paper the history of 115 recruits that had bathed simultaneously in streams contaminated with Schistosoma mansoni, during military maneuvers, is reported. Thirty four of the infected patients presented the initial phase of the infection diagnosed through epidemiologic, clinical and laboratorial parameters. Three out of the 34 patients did not reveal the clinical picture of the infection, thus being considered representatives of the non-apparent form of the disease.

Differences between the intensity of blood eosinophilia, the area of immediate cutaneous reaction and the number of Schistosoma eggs eliminated in the stools proved not to be statistically significant (p>0.05) when the non-apparent and acute cases of schistosomiasis were compared.

These cases actually may be considered evidences of the non-apparent form hitherto merely taken for granted in the literature.

Key words: Acute schistosomiasis; Non-apparent form; Initial phase of schistosomiasis.

RESUMO

Foram estudados 115 recrutas que tiveram contato simultaneamente com águas infectadas pelo Schistosoma mansoni. Trinta e quatro pacientes apresentaram a fase inicial da infecção, diagnosticada através de parâmetros laboratoriais, clínicos e epidemiológicos, sendo que três deles não evidenciaram quadro clínico, sendo considerados como portadores da forma inaparente da doença.

Não se verificou, entretanto, diferença estatística entre a intensidade da eosinofilia sanguínea, as áreas da reação intradérmica de leitura imediata e as médias das contagens do número de ovos de 5. mansoni eliminados nas fezes, quando se compararam os resultados obtidos em pacientes com as formas aguda e inaparente.

Os casos ora descritos constituem evidenciação objetiva da forma inaparente, antes apenas presumida na literatura.

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Recebido para publicação em 10/09/1992

Aceito para publicação em 04/01/1993

1. BINA, J.C. & PRATA, A. - A evoluçăo natural da esquistossomose mansoni em uma área endęmica. In: Aspectos peculiares da infecçăo por S. mansoni. Salvador, Centro Editorial e Didático da UFBA, 1984. p.13-33.
2. CHING, W.H. - Acute schistosomiasis. Clinical manifestations of 96 cases. Chin. med. J., 76: 1-10, 1958.
3. COURA, J.R.; CAMILLO-COURA, L.; KALACHE, A. & ARCENTO, C.A. - Esquistossomose aguda autóctone de foco na cidade do Rio de Janeiro. Estudo de 22 casos. Rev. Soc. bras. Med. trop., 4: 387-397, 1970.
4. DIAZ-RIVIERA, R.S.; RAMOS-MORALES, F.; KOPPISH, E.; GARCIA-PALMIERI, M.R.; CINTRÓN-RIVERA, A.A.; MARCHAND, E.J.; CONZALES, O. & TORRECROSA, M.Y. - Acute Manson's schistosomiasis. Amer. J. Med., 21: 918-943, 1956.
5. FERREIRA, H.; OLIVEIRA, C.A.; BITTENCOURT, D.; KATZ, N.; CARNEIRO, L.F.C.; GRIMBAUM, E.; VELOSO, C.; DIAZ, R.P.; ALVARENGA, R.J. & DIAS, C.B. - A fase aguda da esquistossomose mansoni. Consideraçőes sobre 25 casos observados em Belo Horizonte. J. bras. Med., 11: 54-67, 1966.
6. FERREIRA, L.F. & SILVA, J.R. - Fase toxęmica da esquistossomose mansoni. Consideraçőes a propósito de alguns casos coletivamente contaminados em uma piscina. Rev. Inst. Med. trop. S. Paulo, 2: 112-120, 1960.
7. GIRGES, R. - Schistosomiasis (Bilharziasis). London, John Bale Sons & Danielson, 1934.
8. GRECO, D.B.; PEDROSO, E.R.P.; LAMBERTUCCI, J.R.; ROCHA, M.O.C.; COELHO, P.M.Z.; RASO, P. & FERREIRA, C.S. - Pulmonary involvement in schistosomiasis mansoni. Mem. Inst. Oswaldo Cruz, 82: 221-227, 1987.
9. HUSSAIN, R.; HOFSTETTER, M.; GOLDSTONE, A.; KNIGHT, W.B. & OTTESEN, E.A. - IgE responses in human schistosomiasis. I - Quantitation of specific IgE by radioimmunoassay and correlation of results with skin test and basophil histamine release, Amer. J. trop. Med. Hyg., 32: 1347-1355, 1983.
10. KATZ, N. - Avaliaçăo terapęutica do hycanthone em pacientes com período de infecçăo esquistossomótica conhecido. Rev. Soc. bras. Med. trop., 5: 55-60, 1971.
11. KATZ. N.; CHAVES, A. & PELLEGRINO, J. - A simple device for quantitative stool thick-smear technique in schistosomiasis mansoni. Rev. Inst. Med. trop. S. Paulo, 14: 397-100, 1972.
12. LAMBERTUCCI, J.R.; PEDROSO, E.R.P.; SOUZA, D.W.; LIMA, D.P.; NEVES, J.; SALAZAR, H.M.; MARINHO, R.P.; ROCHA, M.O.C.; COELHO, P.M.Z.; COSTA, M.F.F.L. & GRECO, D.B. - Therapeutic efficiency of oral oxamniquine in the toxemic form of schistosomiasis mansoni: treatment of eleven individuals from two families and experimental study. Amer. J. trop. Med. Hyg., 29: 50-53, 1980.
13. NEVES, J. - Esquistossomose mansoni. Clínica da forma aguda ou toxęmica. Rio de Janeiro, Medsi, 1986.
14. NEVES, J.; MARTINS, N.R.L.L. & TONELLI, E. - Forma toxęmica da esquistossomose mansoni. Consideraçőes diagnósticas em torno de 50 casos identificados em Belo Horizonte. An. Fac. Med. Minas Gerais, 22: 75-98, 1965.
15. NEVES, J. & RASO, P. - Estudo crítico do tratamento da forma toxęmica de esquistossomose mansoni. Hospital (Rio de J.), 64: 167-212, 1963.
16. NEVES, J. & SOUZA, D.W. - Infecçőes causadas por trematódeos sanguíneos. In: NEVES, J. Diagnóstico e Tratamento das Doenças Infectuosas e Parasitárias. 2Ş ed. Rio deJaneiro, Guanabara Koogan, 1983. p.887-917.
17. PELLEGRINO, J. & MACEDO, D.G. - Novo critério de leitura da reaçăo intradérmica na esquistossomose. Rev. bras. Malar., 8: 499-509, 1956.
18. ROCHA, M.O.C. - Estudo das alteraçőes clínicas e radiológicas pulmonares da fase inicial da esquistossomose mansoni humana. Belo Horizonte, 1983. (Tese de Doutoramento - Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais).
19. ROCHA, M.O.C.; PEDROSO, E.R.P.; KATZ, N.; ROCHA, R.S.; GRECO, D.B.; LAMBERTUCCI, J.R.; ROCHA, R.L. & NEVES, J. - Manifestaçőes clínicas da fase inicial da esquistossomose mansoni humana. In: CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINA TROPICAL, 25, Florianópolis, 1989. RESUMOS Florianópolis, 1989. p.83-84.
20. ROCHA, R.L.; ROCHA, M.O.C.; COELHO, P.M.Z.; PEDROSO, E.R.P.; OLIVEIRA, T.R.F.; BICALHO, S.M. & SILVA, E.S. - Relaçăo da eliminaçăo de ovos com a carga parasitária na evoluçăo da esquistossomose mansoni experimental. In: CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINA TROPICAL, 25, Florianópolis, 1989. Resumos p.80.
21. WELLER, P.F. - Eosinophilia. J. Allergy clin. Immunol., 73: 1-10, 1984.

Publication Dates

Publication in this collection
20 July 2006
Date of issue
June 1993

History

Accepted
04 Jan 1993
Received
10 Sept 1992

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[1] 1. BINA, J.C. & PRATA, A. - A evoluçăo natural da esquistossomose mansoni em uma área endęmica. In: Aspectos peculiares da infecçăo por S. mansoni. Salvador, Centro Editorial e Didático da UFBA, 1984. p.13-33.

[2] 2. CHING, W.H. - Acute schistosomiasis. Clinical manifestations of 96 cases. Chin. med. J., 76: 1-10, 1958.

[3] 3. COURA, J.R.; CAMILLO-COURA, L.; KALACHE, A. & ARCENTO, C.A. - Esquistossomose aguda autóctone de foco na cidade do Rio de Janeiro. Estudo de 22 casos. Rev. Soc. bras. Med. trop., 4: 387-397, 1970.

[4] 4. DIAZ-RIVIERA, R.S.; RAMOS-MORALES, F.; KOPPISH, E.; GARCIA-PALMIERI, M.R.; CINTRÓN-RIVERA, A.A.; MARCHAND, E.J.; CONZALES, O. & TORRECROSA, M.Y. - Acute Manson's schistosomiasis. Amer. J. Med., 21: 918-943, 1956.

[5] 5. FERREIRA, H.; OLIVEIRA, C.A.; BITTENCOURT, D.; KATZ, N.; CARNEIRO, L.F.C.; GRIMBAUM, E.; VELOSO, C.; DIAZ, R.P.; ALVARENGA, R.J. & DIAS, C.B. - A fase aguda da esquistossomose mansoni. Consideraçőes sobre 25 casos observados em Belo Horizonte. J. bras. Med., 11: 54-67, 1966.

[6] 6. FERREIRA, L.F. & SILVA, J.R. - Fase toxęmica da esquistossomose mansoni. Consideraçőes a propósito de alguns casos coletivamente contaminados em uma piscina. Rev. Inst. Med. trop. S. Paulo, 2: 112-120, 1960.

[7] 7. GIRGES, R. - Schistosomiasis (Bilharziasis). London, John Bale Sons & Danielson, 1934.

[8] 8. GRECO, D.B.; PEDROSO, E.R.P.; LAMBERTUCCI, J.R.; ROCHA, M.O.C.; COELHO, P.M.Z.; RASO, P. & FERREIRA, C.S. - Pulmonary involvement in schistosomiasis mansoni. Mem. Inst. Oswaldo Cruz, 82: 221-227, 1987.

[9] 9. HUSSAIN, R.; HOFSTETTER, M.; GOLDSTONE, A.; KNIGHT, W.B. & OTTESEN, E.A. - IgE responses in human schistosomiasis. I - Quantitation of specific IgE by radioimmunoassay and correlation of results with skin test and basophil histamine release, Amer. J. trop. Med. Hyg., 32: 1347-1355, 1983.

[10] 10. KATZ, N. - Avaliaçăo terapęutica do hycanthone em pacientes com período de infecçăo esquistossomótica conhecido. Rev. Soc. bras. Med. trop., 5: 55-60, 1971.

[11] 11. KATZ. N.; CHAVES, A. & PELLEGRINO, J. - A simple device for quantitative stool thick-smear technique in schistosomiasis mansoni. Rev. Inst. Med. trop. S. Paulo, 14: 397-100, 1972.

[12] 12. LAMBERTUCCI, J.R.; PEDROSO, E.R.P.; SOUZA, D.W.; LIMA, D.P.; NEVES, J.; SALAZAR, H.M.; MARINHO, R.P.; ROCHA, M.O.C.; COELHO, P.M.Z.; COSTA, M.F.F.L. & GRECO, D.B. - Therapeutic efficiency of oral oxamniquine in the toxemic form of schistosomiasis mansoni: treatment of eleven individuals from two families and experimental study. Amer. J. trop. Med. Hyg., 29: 50-53, 1980.

[13] 13. NEVES, J. - Esquistossomose mansoni. Clínica da forma aguda ou toxęmica. Rio de Janeiro, Medsi, 1986.

[14] 14. NEVES, J.; MARTINS, N.R.L.L. & TONELLI, E. - Forma toxęmica da esquistossomose mansoni. Consideraçőes diagnósticas em torno de 50 casos identificados em Belo Horizonte. An. Fac. Med. Minas Gerais, 22: 75-98, 1965.

[15] 15. NEVES, J. & RASO, P. - Estudo crítico do tratamento da forma toxęmica de esquistossomose mansoni. Hospital (Rio de J.), 64: 167-212, 1963.

[16] 16. NEVES, J. & SOUZA, D.W. - Infecçőes causadas por trematódeos sanguíneos. In: NEVES, J. Diagnóstico e Tratamento das Doenças Infectuosas e Parasitárias. 2Ş ed. Rio deJaneiro, Guanabara Koogan, 1983. p.887-917.

[17] 17. PELLEGRINO, J. & MACEDO, D.G. - Novo critério de leitura da reaçăo intradérmica na esquistossomose. Rev. bras. Malar., 8: 499-509, 1956.

[18] 18. ROCHA, M.O.C. - Estudo das alteraçőes clínicas e radiológicas pulmonares da fase inicial da esquistossomose mansoni humana. Belo Horizonte, 1983. (Tese de Doutoramento - Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais).

[19] 19. ROCHA, M.O.C.; PEDROSO, E.R.P.; KATZ, N.; ROCHA, R.S.; GRECO, D.B.; LAMBERTUCCI, J.R.; ROCHA, R.L. & NEVES, J. - Manifestaçőes clínicas da fase inicial da esquistossomose mansoni humana. In: CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINA TROPICAL, 25, Florianópolis, 1989. RESUMOS Florianópolis, 1989. p.83-84.

[20] 20. ROCHA, R.L.; ROCHA, M.O.C.; COELHO, P.M.Z.; PEDROSO, E.R.P.; OLIVEIRA, T.R.F.; BICALHO, S.M. & SILVA, E.S. - Relaçăo da eliminaçăo de ovos com a carga parasitária na evoluçăo da esquistossomose mansoni experimental. In: CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINA TROPICAL, 25, Florianópolis, 1989. Resumos p.80.

[21] 21. WELLER, P.F. - Eosinophilia. J. Allergy clin. Immunol., 73: 1-10, 1984.