Acessibilidade / Reportar erro

Development of Schistosoma mansoni in Biomphalaria tenagophila, Biomphalaria straminea and Biomphalaria glabrata

Desenvolvimento do Schistosoma mansoni em Biomphalaria tenagophila, Biomphalaria straminea e Biomphalaria glabrata

Abstracts

A comparative study of the development of Schistosoma mansoni during the intra-molluscan phase was made by means of histological sections of Biomphalaria tenagophila, B. straminea and B. glabrata from Brazil. Two hundred snails of each species were individually exposed to 50 miracidia of the S. mansoni, AL line. No larvae were observed in the snails fixed 72 h after exposure. In specimens shedding cercariae, 31 days after exposure tissue reactions encapsulating the larvae were seen in B. tenagophila and B. straminea, in the head-foot, mantle collar and renal ducts. No tissue reactions occurred in the digestive glands of these two species. In B. glabrata the presence of numerous sporocysts and cercariae without tissue reactions was observed in the digestive gland, and other organs. The levels of infection of the snails and the average numbers of cercariae shed per day were 32.6% and 79±90 respectively for B. tenagophila, 11.3% and 112±100 for B. straminea and 75.3% and 432±436 for B. glabrata. The lower levels of infection and average numbers of cercariae shed by B. tenagophila and B. straminea are thus related to their more potent internal defense systems.

Schistosoma mansoni; Biomphalaria tenagophila; Biomphalaria straminea; Biomphalaria glabrata


Foi feito estudo comparativo do desenvolvimento do Schistosoma mansoni na fase intra-molusco, através de cortes histológicos, em Biomphalaria tenagophila, B. straminea e B. glabrata. Duzentos moluscos de cada espécie foram expostos individualmente a 50 miracídios de S. mansoni da linhagem AL. Nenhuma larva foi observada nos exemplares fixados 72 horas após a exposição. Nos exemplares eliminando cercárías, 31 dias após a exposição, foram observadas reações teciduais de encapsulamento de larvas em B. tenagophila e B. straminea, na região cefalopodal, colar do manto e dutos renais. Nas glândulas digestivas das duas espécies não foram observadas reações. Em B. glabrata foi registrada a presença de numerosos esporocistos e cercárias sem reação tecidual na glândula digestiva e outros órgãos. As taxas de infecção desses moluscos com AL e as médias de cercárias eliminadas por dia, foram de 32,6% e 79 ± 90, respectivamente, para B. tenagophila de 11,3% e 112±100 para B. straminea e de 75,3% e 432 ± 436 para B. glabrata. As taxas mais baixas de infecção e as médias menores de cercárias eliminadas por B. tenagophila e B. straminea foram relacionadas aos sistemas internos de defesa mais eficientes dessas espécies.


SCHISTOSOMIASIS

Development of Schistosoma mansoni in Biomphalaria tenagophila, Biomphalaria straminea and Biomphalaria glabrata

Desenvolvimento do Schistosoma mansoni em Biomphalaria tenagophila, Biomphalaria straminea e Biomphalaria glabrata

Cecilia Pereira de SouzaI; Rita de Cássia Palma CunhaII; Zilton A. AndradeII

ICentro de Pesquisas "René Rachou", FIOCRUZ, Caixa Postal 1743, 30190-002 Belo Horizonte, MG, Brasil

IICentro de Pesquisas "Gonçalo Moniz", FIOCRUZ, Caixa Postal 701, 40295-001 Salvador, BA, Brasil

SUMMARY

A comparative study of the development of Schistosoma mansoni during the intra-molluscan phase was made by means of histological sections of Biomphalaria tenagophila, B. straminea and B. glabrata from Brazil. Two hundred snails of each species were individually exposed to 50 miracidia of the S. mansoni, AL line. No larvae were observed in the snails fixed 72 h after exposure. In specimens shedding cercariae, 31 days after exposure tissue reactions encapsulating the larvae were seen in B. tenagophila and B. straminea, in the head-foot, mantle collar and renal ducts. No tissue reactions occurred in the digestive glands of these two species. In B. glabrata the presence of numerous sporocysts and cercariae without tissue reactions was observed in the digestive gland, and other organs. The levels of infection of the snails and the average numbers of cercariae shed per day were 32.6% and 79±90 respectively for B. tenagophila, 11.3% and 112±100 for B. straminea and 75.3% and 432±436 for B. glabrata. The lower levels of infection and average numbers of cercariae shed by B. tenagophila and B. straminea are thus related to their more potent internal defense systems.

Keywords:Schistosoma mansoni: development; Biomphalaria tenagophila; Biomphalaria straminea; Biomphalaria glabrata.

RESUMO

Foi feito estudo comparativo do desenvolvimento do Schistosoma mansoni na fase intra-molusco, através de cortes histológicos, em Biomphalaria tenagophila, B. straminea e B. glabrata. Duzentos moluscos de cada espécie foram expostos individualmente a 50 miracídios de S. mansoni da linhagem AL. Nenhuma larva foi observada nos exemplares fixados 72 horas após a exposição. Nos exemplares eliminando cercárías, 31 dias após a exposição, foram observadas reações teciduais de encapsulamento de larvas em B. tenagophila e B. straminea, na região cefalopodal, colar do manto e dutos renais. Nas glândulas digestivas das duas espécies não foram observadas reações. Em B. glabrata foi registrada a presença de numerosos esporocistos e cercárias sem reação tecidual na glândula digestiva e outros órgãos. As taxas de infecção desses moluscos com AL e as médias de cercárias eliminadas por dia, foram de 32,6% e 79 ± 90, respectivamente, para B. tenagophila de 11,3% e 112±100 para B. straminea e de 75,3% e 432 ± 436 para B. glabrata. As taxas mais baixas de infecção e as médias menores de cercárias eliminadas por B. tenagophila e B. straminea foram relacionadas aos sistemas internos de defesa mais eficientes dessas espécies.

Full text available only in PDF format.

Texto completo disponível apenas em PDF.

Recebido para publicação em 12/09/1994.

Aceito para publicação em 21/12/1994.

  • 1. BARRACCO, M.A.; STEIL, A.A. & GARGIONI, R. - Morphological characterization of the hemocytes of the pulmonate snail Biomphalaria tenagophila. Mem. Inst. Oswaldo Cruz, 88: 73-83, 1993.
  • 2. BAYNE, C.J.; LOKER, E.S. & YUI, M.A. - Interactions between the plasma proteins of Biomphalaria glabrata (Gastropoda) and the sporocyst tegument of Schistosoma mansoni (Trematoda). Parasitology, 92: 653-664, 1986.
  • 3. BERNARDINI, D.J. & MACHADO, M.M. - Esquistossomose em Santa Catarina. Isolamento do Schistosoma mansoni do primeiro foco de transmissăo ativa em Săo Francisco do Sul. Arq. catarin. Med., 10: 213, 1981.
  • 4. CARVALHO, O.S.; GUIMARĂES, C.T.; MASSARA, C.L. & BONÉSIO, J.E.R. - Situaçăo atual da esquistossomose mansoni no Lago da Pampulha, Belo Horizonte, MG, Brasil. Rev. Saúde públ. (S. Paulo), 19: 270-277, 1985.
  • 5. CHENG, T.C. - Functional morphology and biochemistry of molluscan phagocytes. Ann. N. Y. Acad. Sci., 266: 343-379, 1975.
  • 6. CHERNIN, E. & ANTOLICS, V.M. - Penetrative capacity of Schistosoma mansoni miracidia. J. Parasit., 63: 560-561, 1975.
  • 7. CHU, K.Y. & DAWOOD, I.K. - Cercarial production from Biomphalaria alexandrina infected with Schistosoma mansoni. Bull. Wld. Hlth. Org., 42: 569-574, 1970.
  • 8. COELHO, M.V. - Suscetibilidade de Australorbis tenagophilus ŕ infecçăo por Schistosoma mansoni. Rev. Inst. Med. trop. S. Paulo, 5: 289-295, 1962.
  • 9. COELHO, M.V. & BARBOSA, F.S. - Qualidades de vetor dos hospedeiros do Schistosoma mansoni no nordeste do Brasil. III. Duraçăo da infecçăo e eliminaçăo de cercárias em Tropicorbis centimetralis. Publ. avulsas Inst. Aggeu Magalhăes, 5: 21-30, 1956.
  • 10. DIAS, L.C.S.; UETA, M.T. & GUARALDO, A.M.A. - Suscetibilidade de B. glabrata, B. straminea e B. tenagophila a diferentes cepas de S. mansoni. Rev. Inst. Med. trop. S. Paulo, 29: 205-212, 1987.
  • 11. CORREA, M.C.R.; COELHO, P.M.Z. & FREITAS, J.R. - Susceptibilidade de linhagens de Biomphalaria tenagophila e Biomphalaria glabrata a duas cepas de Schistosoma mansoni - (LE-Belo Horizonte, MG e SJ-Săo José dos Campos, SP). Rev. Inst. Med. trop. S. Paulo, 21: 72-76, 1979.
  • 12. FOURNIER, A. & THÉRON, A. - Sectorisation morpho-anatomique et functionnelle du sporocyst-fils de Schistosoma mansoni. Z. Parasitenk., 71: 325-336, 1985.
  • 13. FREITAS, J.R.; JUNQUEIRA, D.V. & GERKEN, S.E. - Habitats primitivos de hospedeiros do S. mansoni na regiăo de Lagoa Santa, MG. Cięnc. e Cult., 24: 377, 1972.
  • 14. GERKEN, S.E.; ARAUJO, M.P.T. & FREITAS, J.R. - Suscetibilidade de Biomphalaria straminea da regiăo de Lagoa Santa (MG) ao Schistosoma mansoni. Rev. Inst. Med. trop. S. Paulo, 17: 338-343, 1975.
  • 15. GUARALDO, A.M.A.; MAGALHĂES, L.A.; RANGEL, H.A. & PAREJA, G. - Evoluçăo dos esporocistos de Schistosoma mansoni Sambon, 1907, em Biomphalaria glabrata (Say, 1818) e Biomphalaria tenagophila (d'Orbigny, 1835). Rev. Saúde públ. (S. Paulo), 15: 436-438, 1981.
  • 16. JOURDANE, J. - Mise en évidence d'un processus original de la réproduction asexuée chez Schistosoma haematobium. C.R. Acad. Sci. (Paris), 286: 419-424, 1983.
  • 17. JOURDANE, J. & THÉRON, A. - Larval development: eggs to cercariae. In: ROLLISON, D. & SIMPSON, A., ed. The biology of schistosomes. London, Academic Press, 1987. p. 83-113.
  • 18. JOURDANE, J.; THÉRON, A. & COMBES, C. - Demonstration of several sporocysts generations as a normal pattern of reproduction of Schistosoma mansoni. Acta trop. (Basel), 37: 177-182, 1980.
  • 19. KECHEMIR, N. & COMBES, C. - Up to what point are cercariogenesis and sporocystogenesis reversible in schistosomes. J. Helmint., 62: 261-264, 1988.
  • 20. KNAAP, VAN DER, W.P.W. & LOKER, E.S. - Immune mechanisms in trematode-snail interactions. Parasit. today, 6: 175-182, 1990.
  • 21. LEWIS, F.A.; RICHARDS, C.S.; KNIGHT, M.; COOPER, L.A. & CLARK, B. - Schistosoma mansoni: analysis of an unusual infection phenotype in the intermediate host snail Biomphalaria glabrata. Exp. Parasit., 77: 349-361, 1993.
  • 22. LOKER, E.S.; BAYNE, C.J.; BUCLEY, P.M. & KRUSE, K.T. - Ultrastructure of encapsulation of Schistosoma mansoni mother sporocysts by hemocytes of juveniles of 10-R2 strain of Biomphalaria glabrata. J. Parasit., 68: 84-94, 1982.
  • 23. MICHELSON, E.H. - Preliminary observations on a hemolymph factor influencing the infectivity of Schistosoma mansoni miracidia. Acta trop. (Basel), 43: 63-68, 1986.
  • 24. NEWTON, W.L. - The comparative tissue reaction of two strains of Australorbis glabratus. J. Parasit., 38: 362-366, 1952.
  • 25. PAN, C.T. - The general histology and topographic microanatomy of Australorbis glabratus. Bul. Museum comp. Zool. (Harvard College), 119: 237-299, 1958.
  • 26. PAN, C.T. - Generalized and focal tissue responses in the snail Australorbis glabratus, infected with Schistosoma mansoni. Ann. N. Y. Acad. Sci., 113: 475-485, 1963.
  • 27. PAN, C.T. - Studies on the host-parasite relationship between Schistosoma mansoni and the snail Australorbis glabratus. Amer. J. trop. Med. Hyg., 14: 931-926, 1965.
  • 28. PARAENSE, W.L. & CORREA, L.R. - Differential susceptibility of Biomphalaria tenagophila populations to infection with a strain of Schistosoma mansoni. J. Parasit., 64: 822-826, 1978.
  • 29. SNEDECOR, G.W. & COCHRAN, W.G. - Statistical methods 6. ed. Iowa, University Press Ames, 1968.
  • 30. SOUZA, C.P. - Estudo de moluscos do gęnero Biomphalaria de Minas Gerais, com relaçăo a adaptaçăo parasito hospedeiro e importância na epidemiología da esquistossomose. Rev. Inst. Med. trop. S. Paulo, 28: 287-292, 1986.
  • 31. SOUZA, C.P.; JANNOTTI-PASSOS, L.K. & FREITAS, J.R. - Degree of host-parasite compatibility between Schistosoma mansoni and their intermediate molluscan hosts in Brazil. Mem. Inst. Oswaldo Cruz, 90: 5-10, 1995.
  • 32. SOUZA, C.P.; DIAS, E.P.; AZEVEDO, M.L.L. & PAULINI, E. - Observaçőes sobre alguns fatores que influem na manutençăo do Schistosoma mansoni em laboratório. Rev. bras. Pesq. méd. biol., 12: 411-419, 1979.
  • 33. SOUZA, C.P.; ARAÚJO, N.; CARVALHO, O.S. & FREITAS, J.R. - Potencialidade de Biomphalaria tenagophila do Lago da Pampulha, Belo Horizonte, MG, como hospedeira do Schistosoma mansoni. Mem. Inst. Oswaldo Cruz, 82: 67-70, 1987.
  • 34. SOUZA, C.P.; GAZZINELLI, G.; ARAÚJO, N.; CRUZ, O.F.R. & SILVA, C.R.T. - Criaçăo de caramujos infectados para obtençăo em massa de cercárias e esquistossômulos. Mem. Inst. Oswaldo Cruz, 80: 55-61, 1985.
  • 35. THÉRON, A. & JOURDANE, J. - Séquence de reconversion des sporocystes de Schistosoma mansoni producteurs de cercaires en vue de la production de nouvelles générations de sporocystes. Z. Parasitenk., 60: 63-71, 1979.
  • 36. THÉRON, A. & TOUASSEN, R. - Schistosoma rodhaini: intramo-lluscan larval development, migration and replication processes of daughter sporocysts. Acta trop. (Basel), 46: 39-45, 1989.
  • 37. TOUASSEN, R. & THÉRON, A. - Study of intramoiluscal development of Schistosoma bovis: demonstration of three patterns of sporocystogenesis by daughter sporocysts. Parasitology, 92: 337-341, 1986.

Publication Dates

  • Publication in this collection
    21 Sept 2006
  • Date of issue
    June 1995

History

  • Accepted
    21 Dec 1994
  • Received
    12 Sept 1994
Instituto de Medicina Tropical de São Paulo Av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 470, 05403-000 - São Paulo - SP - Brazil, Tel. +55 11 3061-7005 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: revimtsp@usp.br