Acessibilidade / Reportar erro

Profilaxia da peste

Resumo

O autor parte da premissa de que a profilaxia da doença infecciosa decorre do encadeamento epidemiológico: fonte de infecção-veículo transmissor - receptivel, para explicar a da peste, baseada no mesmo princípio. Depois de citar os 4 principais complexos epidemiológicos da peste e afirmar que tôda a profilaxia da doença consiste em atingir os dois primeiros elos dessas cadeias e proteger o último, passa a classificar os vários métodos profiláticos empregados em 2 grandes grupos: o das medidas destrutivas ou provisórias e o das medidas supressivas ou definitivas. Entre as primeiras arrola a desratização e a despulização, às quais acrescenta o tratamento e isolamento do doente e do portaãor, e entre as segundas inclui a anti-ratização e a imunização. A seguir, passa a explicar em que consistem essas várias medidas profiláticas e quais os agentes de que se tem lançado mão para executá-las, expendendo ao curso dessa exposição o conceito que formula a respeito de cada uma delas, à guisa de apreciação do seu valor relativo. Enaltece sobretudo as medidas supressivas ou definitivas, às quais empresta a maior significação na luta antipestosa, chamando a atenção, em especial, para a necessidade de estudos imunológicos para aperfeiçoamento do poder imunitário das vacinas de germes vivos avirulentos, que considera um grande recurso para a profilaxia da doença, sobretudo para a proteção do rurícola, cujo labor e modo de vida o expõem inevitavelmente a se infectar, por ocasião da ocorrência de epizootias de origem silvestre. Concluída essa primeira parte, passa a fazer o histórico de como se desenvolveu a campanha contra a peste, no Brasil, desde a época da sua invasão em 1899 pelo pôrto de Santos até os nossos dias. Nesse histórico, detem-se um pouco para expôr a atuação do extinto Serviço Nacional de Peste, o qual, criado em 1941, após a reorganização do Departamento Nacional de Saúde, passou, como órgão específico, a cuidar do problema até sua incorporação em 1956, a dois outros grandes Serviços Nacionais (o de Malária e o de Febre Amarela), para constituição do Departamento Nacional de Endemias Rurais, ao qual cabe atualmente a responsabilidade da campanha.


Profilaxia da peste

Renato dos Santos Araújo

Médico Sanitarista, Assessor da Circ. Bahia do D.N.E.Ru. - M.S.

RESUMO

O autor parte da premissa de que a profilaxia da doença infecciosa decorre do encadeamento epidemiológico: fonte de infecção-veículo transmissor - receptivel, para explicar a da peste, baseada no mesmo princípio.

Depois de citar os 4 principais complexos epidemiológicos da peste e afirmar que tôda a profilaxia da doença consiste em atingir os dois primeiros elos dessas cadeias e proteger o último, passa a classificar os vários métodos profiláticos empregados em 2 grandes grupos: o das medidas destrutivas ou provisórias e o das medidas supressivas ou definitivas. Entre as primeiras arrola a desratização e a despulização, às quais acrescenta o tratamento e isolamento do doente e do portaãor, e entre as segundas inclui a anti-ratização e a imunização.

A seguir, passa a explicar em que consistem essas várias medidas profiláticas e quais os agentes de que se tem lançado mão para executá-las, expendendo ao curso dessa exposição o conceito que formula a respeito de cada uma delas, à guisa de apreciação do seu valor relativo.

Enaltece sobretudo as medidas supressivas ou definitivas, às quais empresta a maior significação na luta antipestosa, chamando a atenção, em especial, para a necessidade de estudos imunológicos para aperfeiçoamento do poder imunitário das vacinas de germes vivos avirulentos, que considera um grande recurso para a profilaxia da doença, sobretudo para a proteção do rurícola, cujo labor e modo de vida o expõem inevitavelmente a se infectar, por ocasião da ocorrência de epizootias de origem silvestre.

Concluída essa primeira parte, passa a fazer o histórico de como se desenvolveu a campanha contra a peste, no Brasil, desde a época da sua invasão em 1899 pelo pôrto de Santos até os nossos dias.

Nesse histórico, detem-se um pouco para expôr a atuação do extinto Serviço Nacional de Peste, o qual, criado em 1941, após a reorganização do Departamento Nacional de Saúde, passou, como órgão específico, a cuidar do problema até sua incorporação em 1956, a dois outros grandes Serviços Nacionais (o de Malária e o de Febre Amarela), para constituição do Departamento Nacional de Endemias Rurais, ao qual cabe atualmente a responsabilidade da campanha.

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

BIBLIOGRAFIA

Trabalho do Departamento Nacional de Endemias Rurais, M S., apresentado ao III Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 1-4 de fevereiro, 1967, Bahia.

  • 1 - BARROS BARRETO, JOÃO & CASTRO, ALMIR - Diretrizes do combate à peste no Brasil - Imprensa Nacional, 1948.
  • 2 - BARROS BARRETO, JOÃO - Tratado de Higiene - 3.a edição - Livraria Atheneu, 1956.
  • 3 - BICA, A.N. - Epidemioiogia e Clínica da Peste - Notas de aula do Curso de Peste, 1943.
  • 4 - BIER, OTTO - Bacteriologia e Imunologia - 7.a edição - Edições Melhoramentos, 1955.
  • 5
    - Conclusões da Primeira Reunião de Técnicos do S.N.P. - Inédito, 1954.
  • 6 - COUTINHO, EUGÊNIO - Tratado de Clínica das Doenças Infectmosas e Parasitárias - 5.a edição - Editora Guanabara, 1951.
  • 7 - DIAS DOS SANTOS, RAUL PARANHOS - Contribuição ao Estudo da Peste Bubônica - Tese - A Nova Gráfica, 1928.
  • 8 - Diretoria Nacional de Saúde - Instruções para o Serviço de Peste - I e II - Oficinas Gráficas da Seção de Bio-estatística.
  • 9 - Discussão do Tema Peste - in Atas da XI Conferência Sanitária Pan-Americana (pags. 614 a 645) - Imprensa Nacional, 1942.
  • 10 - D.N.E.Ru. - Combate a Endemias Rurais - Serviço Gráfico do IBGE, 1962.
  • 11 - Expert Comittee on Plague - Third Report - World Health Organization Tecnical Report - Séries n.° 165 - Geneva, 1959.
  • 12 - FONSECA, OLÍMPIO - Panorama sanitário do Brasil - in J.B.M. - Vol. VIII n.° 5, 1964.
  • 13 - FONTENELLE, J.P. - Compêndio de Higiene - 5.a edição - Editora Guanabara, 1940.
  • 14
    - Normas Técnicas Especiais para o Combate à Peste - Decreto n.° .. 51.840 de 14.3.63 - in Diário Oficial da República.
  • 15 - OLIVEIRA, ZAMIR - Sensibilidade dos roedores aos novos rodenticidas. Trabalho apresentado ao VII Congresso. Brasileiro de Higiene, 1954.
  • 16 - OLIVEIRA, ZAMIR - Observações de uma viagem de estudos sôbre peste na Rússia, Iran e nos EUA - XVI Congresso Brasileiro de Higiene, 1966.
  • 17 - PEIXOTO, AFRANIO - Higiene - 5.a edição - Livraria Francisco Alves, 1931.
  • 18 - PESSÔA, SAMUEL BRANSLEY - Parasitologia Médica - 4.a edição - Editora Guanabara, 1954.
  • 19 - POLLITZER, R. - La Peste - Organisation Mondiale de la Santé - Série de Monographies n.° 22 - Genève, 1954.
  • 20 - Profilaxia das Doenças Transmissíveis - Relatório Oficial da Associação Americana de Saúde Pública - Publicações científicas n.° 51 - OPAS, 1962.
  • 21 - Regulamento do SNP - Decreto-lei n° 8.938, de 26.1.46 - Imprensa Nacional, 1946.
  • 22 - SILVA JÚNIOR, MARCELO - Peste Bubônica - Jornal do Comércio, 1942.
  • 23 - SILVA JÚNIOR, MARCELO - Em tôrno da Profilaxia da Peste - Apontamentos de aulas do Curso de Peste - Imprensa Nacional, 1945.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    07 Ago 2013
  • Data do Fascículo
    Dez 1967
Sociedade Brasileira de Medicina Tropical - SBMT Caixa Postal 118, 38001-970 Uberaba MG Brazil, Tel.: +55 34 3318-5255 / +55 34 3318-5636/ +55 34 3318-5287, http://rsbmt.org.br/ - Uberaba - MG - Brazil
E-mail: rsbmt@uftm.edu.br