Resumos
Os autores apresentaram informações sobre 6.556 triatomíneos capturados na área pela SUCAM, de 1964 a 1974, os quais apresentavam T. cruzi em 4,7%. O estudo atual revelou 1.290 exemplares em 69 localidades trabalhadas, 63,8% com triatomíneos, das quais 52,3% apresentavam triatomíneos infectados, o que significa 33,3% da área. Foram pesquisados ecótopos artificiais distante até 200 metros das casas. Dos 37 ecótopos naturais pesquisados, 73,6% eram habitados por morcegos, 23,7% por preás e 5,2% por punarés, espécies que apresentam variáveis taxas de infecção por T. cruzi. O T. brasiliensis corresponde a 65,5% dos triatomíneos capturados e 942% dos triatomíneos infectados são desta espécie, considerada a principal transmissora de Doença de Chagas na região. Em ecótopos naturais é a única espécie encontrada (10 vezes em 55, os triatomíneos estavam infectados). Dentro das habitações a espécie é menos abundante e menos infectada (2,7%). A segunda espécie é o T. pseudomaculata, (34,3%) considerada sem importância na transmissão da Doença de Chagas; a terceira espécie é o P. megistus, da qual foram capturados apenas 2 exemplares (0,2%).
The authors report informations about their studies in Morada Nova, Ceará, where 69 locaties were searched for triatomine bugs; 1290 bugs were found, 33.3% of them infected with T. cruzi. T. brasiliensis was the most frequent species (65.5%); 34.3% ofthe bugs belonged to T. pseudomaculata species, considered of little importance in the transmission of Chaga's disease in the region; only 2 specimens of P. megistus were captured.
Epidemiologia da doença de Chagas no Ceará IX - estudo de vetores numa área endêmica (Morada Nova)
J. E. AlencarI; F. BezerraII
IDo Departamento de Patologia e Medicina Legal, do Centro de Ciências de Saúde - Universidade Federal do Ceará
IIDa Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (SUCAM) do Ministério da Saúde
RESUMO
Os autores apresentaram informações sobre 6.556 triatomíneos capturados na área pela SUCAM, de 1964 a 1974, os quais apresentavam T. cruzi em 4,7%. O estudo atual revelou 1.290 exemplares em 69 localidades trabalhadas, 63,8% com triatomíneos, das quais 52,3% apresentavam triatomíneos infectados, o que significa 33,3% da área. Foram pesquisados ecótopos artificiais distante até 200 metros das casas. Dos 37 ecótopos naturais pesquisados, 73,6% eram habitados por morcegos, 23,7% por preás e 5,2% por punarés, espécies que apresentam variáveis taxas de infecção por T. cruzi. O T. brasiliensis corresponde a 65,5% dos triatomíneos capturados e 942% dos triatomíneos infectados são desta espécie, considerada a principal transmissora de Doença de Chagas na região. Em ecótopos naturais é a única espécie encontrada (10 vezes em 55, os triatomíneos estavam infectados). Dentro das habitações a espécie é menos abundante e menos infectada (2,7%). A segunda espécie é o T. pseudomaculata, (34,3%) considerada sem importância na transmissão da Doença de Chagas; a terceira espécie é o P. megistus, da qual foram capturados apenas 2 exemplares (0,2%).
ABSTRACT
The authors report informations about their studies in Morada Nova, Ceará, where 69 locaties were searched for triatomine bugs; 1290 bugs were found, 33.3% of them infected with T. cruzi. T. brasiliensis was the most frequent species (65.5%); 34.3% ofthe bugs belonged to T. pseudomaculata species, considered of little importance in the transmission of Chaga's disease in the region; only 2 specimens of P. megistus were captured.
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Recebido para publicação em 23-9-1976.
Trabalho realizado com recursos do Convênio PGE-08/74DNOCS - Universidade Federal do Ceará.
- 1. ALENCAR. J.E., SANTOS, A.R., BEZERRA, O.F. & SARAIVA, T.M. - Distribuição Geográfica dos principais vetores de Endemias no Estado do Ceará. I - Triatomíneos. Trabalho apresentado ao XI Congresso Bras. de Medicina Tropical. Fevereiro de 1975.
- 2. GUERREIRO, C. & MACHADO, A. - Da reação de Bordet e Gengou na moléstia de Carlos Chagas como elemento diagnóstico. Brasil - Med. 27:225-226, 1913.
- 3. ALENCAR, J.E. - Estudos sobre a epidemiologia da Doença de Chagas no Ceará. I - Dados preliminares. Rev. Bras. Malariol. D. Trop. 74:201-219, 1962.
- 4. ALENCAR, J.E., ALMEIDA, J.O., SHERLOCK, V., FRANÇA, A.P. & LEITE, L. - Estudos sobre a epidemiologia da Doença de Chagas no Ceará. II - Novos dados. Rev. Bras. Malariol. D. Trop., 75:551-565, 1963.
- 5. ALENCAR, J.E. - Estudos sobre a epidemiologia da Doença de Chagas no Ceará. III - Região do Baixo Jaguaribe. Rev. Bras. Malariol. D. Trop., 77:149-158, 1965.
Datas de Publicação
-
Publicação nesta coleção
11 Jun 2013 -
Data do Fascículo
Fev 1977
Histórico
-
Recebido
23 Set 1976 -
Aceito
23 Set 1976