Acessibilidade / Reportar erro

Anisocoria na fase crônica da doença de Chagas

Resumos

Para verificar a freqüência de anisocoria em portadores da fase crônica da doença de Chagas foi feito estudo prospectivo e duplo cego. Foram submetidos a exame oftalmológico 131 pacientes com sorologia positiva para doença de Chagas e 138 indivíduos com sorologia negativa, da população do município de Mambaí (GO), região endêmica de doença de Chagas. Para a avaliação da presença ou não de anisocoria foi realizada a pupilometria com régua. Observamos a presença de anisocoria em 10(7,6%) pacientes chagásicos e em 3(2,1%) controles. O teste do qui-quadrado revelou que as diferenças detectadas foram estatisticamente significantes ao nível de 5%. A doença de Chagas deve ser incluída entre as causas de anisocoria.

Doença de Chagas; Anisocoria


To compare the frequency of anisocoria in patients unth chronic Chagas' dtsease a prospective double-blind study was done in 131 patients with positive serology for Chagas' disease and 138 negative, at Mambaí (GO-Brazil), which is an endemic area for Chagas' disease. To detect anisocoria, pupilometry was done with a millimetric ruler. Anisocoria was seen in 10 (7.6%) patients with Chagas' disease and in 3(2.1%) normal subjects. The qui-square test showed statistical significance at level of 5%. Chagas' disease must be included among the causes of anisocoria.

Chagas' disease; Anisocoria


NOTA PRÉVIA

Anisocoria na fase crônica da doença de Chagas

João Antônio Prata; João Antônio Prata Júnior; Cleudson Nery de Castro; Vanize Macedo; Aluízio Prata

Endereço para correspondência Endereço para correspondência: Dr. João Antonio Prata. Disciplina de Oftalmologia/FMTM. Av. Getúlio Guaritá s/n 38025-440 Uberaba, MG.

RESUMO

Para verificar a freqüência de anisocoria em portadores da fase crônica da doença de Chagas foi feito estudo prospectivo e duplo cego. Foram submetidos a exame oftalmológico 131 pacientes com sorologia positiva para doença de Chagas e 138 indivíduos com sorologia negativa, da população do município de Mambaí (GO), região endêmica de doença de Chagas. Para a avaliação da presença ou não de anisocoria foi realizada a pupilometria com régua. Observamos a presença de anisocoria em 10(7,6%) pacientes chagásicos e em 3(2,1%) controles. O teste do qui-quadrado revelou que as diferenças detectadas foram estatisticamente significantes ao nível de 5%. A doença de Chagas deve ser incluída entre as causas de anisocoria.

Palavras-chaves: Doença de Chagas. Anisocoria.

ABSTRACT

To compare the frequency of anisocoria in patients unth chronic Chagas' dtsease a prospective double-blind study was done in 131 patients with positive serology for Chagas' disease and 138 negative, at Mambaí (GO-Brazil), which is an endemic area for Chagas' disease. To detect anisocoria, pupilometry was done with a millimetric ruler. Anisocoria was seen in 10 (7.6%) patients with Chagas' disease and in 3(2.1%) normal subjects. The qui-square test showed statistical significance at level of 5%. Chagas' disease must be included among the causes of anisocoria.

Keywords: Chagas' disease. Anisocoria.

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

Recebido para publicação em 18/01/95.

Disciplina de Oftalmologia e Disciplina de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro, Uberaba, MG, Departamento de Oftalmologia da Escola Paulista de Medicina, São Paulo, SP e Núcleo de Medicina Tropical e Nutrição da Universidade de Brasília, Brasília, DF.

  • 1. Atiás A, Morales NM, Nunoz P, Barría C. El compromisso ocular en la enferemedad de Chagas congęnita. Revista Chilena de Pediatria 56:137-141,1985.
  • 2. Idiaquez J. Parasympathetic denervation of the iris in Chagas disease. Clinical Autonomic Research 2:277-279,1992.
  • 3. Le Rebeller MJ. Pathologie pupillaire. In: Encyclopédie Medico-Chirurgicale Ophtalmologie. Ed. revisada. Paris. Éditions Techniques, v.5. cap.21510A. 1-20p. 1994.
  • 4. Loewenfeld IE. Simple central anisocoria. Transactions American Academy of Ophthalmology and Otology 83:832-839,1977.
  • 5. Moses RA. Iris y Pupila. In: Adler. Fisiologia del ojo. Buenos Aires, Editora Panamericana 1980.
  • 6. Prata A. Classificaçăo da infecçăo chagásica no homem. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 23:109-113,1990.
  • 7. Prata JA, Prata JA Júnior, Castro CN, Macedo V, Prata A. Resultados preliminares sobre pacientes chagásicos. In: Anais da X Reuniăo Anual de Pesquisa Aplicada em Doença de Chagas, Uberaba p.123-124,1994.
  • 8. I Reuniăo de Pesquisa Aplicada em Doença de Chagas. Validade do conceito da forma indeterminada de Doença de Chagas. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 18:46, 1985.
  • Endereço para correspondência:

    Dr. João Antonio Prata.
    Disciplina de Oftalmologia/FMTM.
    Av. Getúlio Guaritá s/n
    38025-440
    Uberaba, MG.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      10 Abr 2013
    • Data do Fascículo
      Jun 1995

    Histórico

    • Aceito
      18 Jan 1995
    • Recebido
      18 Jan 1995
    Sociedade Brasileira de Medicina Tropical - SBMT Caixa Postal 118, 38001-970 Uberaba MG Brazil, Tel.: +55 34 3318-5255 / +55 34 3318-5636/ +55 34 3318-5287, http://rsbmt.org.br/ - Uberaba - MG - Brazil
    E-mail: rsbmt@uftm.edu.br