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Situação epidemiológica da Leishmaniose Tegumentar Americana no estado de Alagoas - 2002

TEMAS APRESENTADOS LEISHMANIOSES

Situação epidemiológica da Leishmaniose Tegumentar Americana no estado de Alagoas - 2002

Dayse Mércia Cavalcante de OliveiraI; Edson Duarte PachecoII; Fernando Pedrosa AraujoIII; Maria Helena Araújo Pinto CoelhoIV

IDIVEP/FUNASA/AL

IINEAL/SESAU/AL

IIIUFAL

IVPROVEP/SESAU/AL. e-mail: dayse.mercia@saude.al.gov.br

INTRODUÇÃO

A ocorrência de casos de Leishmaniose Tegumentar Americana em Alagoas permanece concentrada na área rural da zona da mata e agreste (áreas de colonização antiga que fazem divisa com Pernambuco), apresentando casos esporádicos no sertão e litoral.A série histórica apresentada no figura 1 revela uma tendência decrescente do nº de casos registrados em Alagoas a partir de 2001. Observa-se em 2002 uma redução de aproximadamente 50% quando comparado ao ano anterior.


METODOLOGIA

Foi realizada uma avaliação detalhada do banco de dados no SINANW, referente à leishmaniose tegumentar americana em Alagoas no ano de 2002. Foram utilizados o relatório de conferência e o TABWIN na tabulação e avaliação dos dados apresentados.

RESULTADOS

Dentre os 102 municípios existentes no Estado, 42 registraram casos confirmados de LTA, correspondendo a 41,17%. Na figura 2 observa-se a situação dos municípios de acordo com o risco de transmissão da doença. Nenhum município apresentou um risco muito alto de transmissão.O maior coeficiente de detecção de casos (68,45 /100.000 hab.) ocorreu em Jundiá, município pertencente a área endêmica..Foram notificados 99 casos no período de janeiro a dezembro, sendo confirmados 77 (77,78%). A maior proporção de casos foi no sexo masculino (58%), não diferindo do padrão revelado em anos anteriores em.Alagoas. A faixa etária mais acometida foi a dos maiores de 10 anos (88%), semelhante ao que vem sendo encontrado em outros Estados.A forma clínica predominante no Estado é a cutânea, correspondendo a 95% dos casos registrados em 2002. O principal critério de confirmação diagnóstica foi o laboratorial, representando 66% dos casos ocorridos, enquanto que em 2001 esse percentual foi de apenas 50%. Esse incremento pode estar relacionado à organização dos Serviços de Referência Diagnóstica. A proporção de alta por cura destaca-se pelo reduzido percentual apresentado (42%). Essa informação refere-se ao total de fichas individuais de investigação, onde a variável evolução encontra-se preenchida. Quanto aos "outros tipos", foram considerados todos os casos sem registro de alta por cura, incluindo abandono, óbito, transferência e aqueles com preenchimento em branco ou ignorado.


CONCLUSÃO

O perfil da LTA em Alagoas no ano de 2002 foi de declínio. Em anos anteriores apresentou picos de ocorrência de casos em alguns municípios correlacionados principalmente às modificações do equilíbrio ecológico provocadas pelo homem. O aumento ou diminuição do nº de casos parece não depender das ações de controle realizadas. Os dados revelados nesse trabalho indicam a necessidade de continuar investindo nas ações de vigilância epidemiológica e entomológica, diagnóstico e tratamento precoce dos casos.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    06 Set 2012
  • Data do Fascículo
    2003
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