Acessibilidade / Reportar erro

Fibrose de Symmers leve, moderada e intensa na esquistossomose mansônica hepatoesplênica

IMAGENS EM DIP

Fibrose de Symmers leve, moderada e intensa na esquistossomose mansônica hepatoesplênica

José Roberto LambertucciI; Izabela VoietaI; Vivian ResendeII

IGraduation Course in Health Science: Infectology and Tropical Medicine, Faculty of Medicine, Federal University of Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brazil

IIDepartment of Surgery, Faculty of Medicine, Federal University of Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brazil

Address to Address to: Dr. José Roberto Lambertucci Faculdade de Medicina da UFMG Av. Alfredo Balena, 190 30130-100 Belo Horizonte, MG, Brazil Tel: 55 31 3409 9820. e-mail: lamber@uai.com.br

Três pacientes com esquistossomose mansônica hepatoesplênica, hipertensão porta, esplenomegalia e hemorragia digestiva foram admitidos ao hospital para tratamento cirúrgico de varizes do esôfago. O primeiro paciente, de 49 anos, apresentara dois episódios de sangramento digestivo. A superfície do fígado, durante a cirurgia, tinha aparência discretamente alterada (Figura A). Ao ultrassom (US) não se encontrou fibrose hepática e a ressonância magnética (MR) mostrou fibrose leve. À histologia havia moderada fibrose de Symmers. O segundo paciente, de 35 anos, apresentara um episódio de hemorragia digestiva. Durante a cirurgia constatou-se fibrose na superfície do fígado (Figura B) e a borda do fígado era fina. O US e a RM mostraram fibrose moderada e a histologia confirmou a presença de fibrose moderada. O terceiro paciente, de 48 anos, relatara quatro episódios de hemorragia digestiva. A superfície do fígado, durante a cirurgia, mostrava nódulos com clara evidência de fibrose (Figura C). O US e a RM mostraram intensa fibrose periportal e os achados foram confirmados pela histologia. Os três casos apresentados aqui revelam claramente que a fibrose de Symmers é uma única entidade, mas, evolui com graus variados de fibrose. Na verdade, a fibrose variou de leve a intensa e sugere que a hipertensão porta não está sempre associada à intensidade da fibrose. Ao assumirmos que a fibrose não é o único fator responsável pela hipertensão porta devemos suspeitar que o dano vascular intra-hepático causado pelos granulomas deve ser a razão última a explicar a hipertensão porta na esquistossomose.




Received in 27/04/2009

Accepted in 30/04/2009

  • 1. Lambertucci JR. Schistosoma mansoni: pathological and clinical aspects. In: Jordan P, Webbe G (eds) Human Schistosomiasis. Cab International, Wallingford, UK, pp. 195-235, 1993.
  • 2. Lambertucci JR, Serufo JC, Gerspacher-Lara R, Rayes AAM, Teixeira R, Nobre V, Antunes CMF. Schistosoma mansoni: assessment of morbidity before and after control. Acta Tropica 77: 101-109, 2000.
  • 3. Lambertucci JR, Silva LCS, Andrade LM, Queiroz LC, Carvalho VT, Voieta I, Antunes CM. Imaging techniques in the evaluation of morbidity in schistosomiasis mansoni. Acta Tropica 108: 209-217, 2008.
  • Address to:
    Dr. José Roberto Lambertucci
    Faculdade de Medicina da UFMG
    Av. Alfredo Balena, 190
    30130-100 Belo Horizonte, MG, Brazil
    Tel: 55 31 3409 9820.
    e-mail:
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      30 Nov 2009
    • Data do Fascículo
      Out 2009
    Sociedade Brasileira de Medicina Tropical - SBMT Caixa Postal 118, 38001-970 Uberaba MG Brazil, Tel.: +55 34 3318-5255 / +55 34 3318-5636/ +55 34 3318-5287, http://rsbmt.org.br/ - Uberaba - MG - Brazil
    E-mail: rsbmt@uftm.edu.br