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Anticoagulação, gravidez e cardiopatia: uma tríade, três domínios e cinco momentos

PONTO DE VISTA

Anticoagulação, gravidez e cardiopatia. Uma tríade, três domínios e cinco momentos

Walkiria Samuel Avila; Max Grinberg

São Paulo, SP

Incor do Hospital das Clínicas da FMUSP

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Dr. Max Grinberg Av. Dr. Eneas de Carvalho Aguiar, 44 Cep 05403-000 — São Paulo — SP E-mail: max@cardiol.br, grinberg@incor.usp.br

Os recentes consensos em muito contribuíram para minimizar potenciais riscos obstétricos e fetais e melhorar a assistência a um número cada vez maior de pacientes durante o ciclo gravídico-puerperal. Anticoagulação versus gravidez é uma associação que, freqüentemente, suscita dilema à beira do leito, vez que significa reprogramar a fisiologia da coagulação em busca do ponto de equilíbrio entre os riscos de tromboembolismo materno e os de hemorragia, inerente ao anticoagulante, conjugado aos diversos momentos da gestação, do parto e do puerpério. Acrescente-se, ainda, o efeito teratogênico da varfarina sódica.

As considerações que se seguem são reflexões sobre o tema, baseadas na significativa experiência do Setor de Cardiopatia e Gravidez da Unidade Clínica de Valvopatias do InCor.

I. Risco tromboembólico e obrigatoriedade da anticoagulação

O potencial tromboembólico está centrado, habitualmente, nas circunstâncias antecedentes e seguintes à concepção, com grande possibilidade de agravamento devido às particularidades inerentes à gravidez, como as reológicas, mecânicas e hormonais, entre outras (quadro I). Há duas modalidades de anticoagulação a ser consideradas durante o ciclo gravídico-puerperal, com respeito ao período de uso:


1. Anticoagulação permanente é recomendada às mulheres que apresentam condições trombogênicas pré-gestacionais e cujo benefício supera sobejamente os riscos (quadro II). Próteses mecânicas cardíacas e fibrilação atrial são as indicações mais freqüentes de anticoagulação permanente correspondendo, respectivamente, a 38 e 32% das gestantes com cardiopatia, sob anticoagulação, no InCor. Tromboembolismo e complicações hemorrágicas constituem as maiores desvantagens das próteses mecânicas durante a gravidez, entretanto os índices de complicações tromboembólicas de 3,9 a 33,3%1 e a taxa de mortalidade materna de 1,8 a 4,2%1 exigem a anticoagulação permanente e fundamentam as normas de conduta. Análise de 35 gestantes usuárias de anticoagulantes e portadoras de próteses mecânicas, no InCor mostrou que sete (20%) delas apresentaram acidente tromboembólico sendo quatro casos de trombose de prótese e três de episódio isquêmico transitório, reforçando o alto risco de tromboembolismo na gestação2. Por sua vez, a incidência de hemorragia, estimada em 2,5%1, está relacionada em 80% dos casos ao parto e a doenças obstétricas nem sempre evitáveis, como abortamento espontâneo, placenta prévia, descolamento prematuro de placenta e parto prematuro. A fibrilação atrial, por ser evento habitual na história natural das valvopatias reumáticas, é situação clínica observada com freqüência na gestante cardiopata3. Embora a gravidez seja um período relativamente curto, o estado de hipercoagulabilidade materna favorece o aumento das taxas de embolia.


2. Anticoagulação transitória é indicada em estados clínicos inexistentes antes da gestação (quadro II). Neste grupo destacam-se, pela freqüência, a trombose venosa profunda e o tromboembolismo pulmonar, causas de morbimortalidade materna, estimadas em 1 óbito para 1.500 partos4. A embolia pulmonar incide em aproximadamente 16% das pacientes com trombose venosa profunda não tratada, sendo que 2/3 dos eventos acontecem durante a gestação e o restante nas primeiras semanas após o parto. Também não é rara, durante a gravidez, a cardioversão elétrica, sob anticoagulação transitória, para reverter ao ritmo sinusal a fibrilação ou o flutter atrial, sendo esta considerada o método de escolha por ser mais eficiente, abreviar o período de instabilidade hemodinâmica materna e evitar a administração de outros fármacos. A ocorrência de tromboembolismo em pacientes com fibrilação atrial submetidos a cardioversão sem ter recebido anticoagulante prévio é estimada entre 1 e 7%, taxa que se reduz a menos de 1% quando a cardioversão é realizada sob efeito de anticoagulação5. A indicação de anticoagulação transitória para pacientes submetidas a repouso hospitalar prolongado é assunto controverso a despeito da presença de situações predisponentes ao tromboembolismo, como cardiopatias congênitas cianóticas, hipertensão arterial pulmonar e insuficiência cardíaca.

II. Peculiaridades dos anticoagulantes no ciclo gravídico-puerperal

O uso da varfarina sódica apresenta riscos peculiares ao feto, com graus variáveis a cada trimestre. Ela atravessa a barreira placentária e é teratogênica, particularmente entre a 6ª e a 9ª semana de gestação, acarretando 1 a 3% de malformações congênitas caracterizadas pela síndrome varfarínico-fetal, e favorece o abortamento espontâneo em cerca de 10 a 33%. Embora o percentual de incidência seja controverso, a varfarina pode acarretar anormalidades no sistema nervoso central quando usada no 2º trimestre da gestação e hemorragia meníngea, por compressão do pólo cefálico fetal, no período expulsivo do parto6. No puerpério, os estudos disponíveis não conseguiram detectar níveis de varfarina sódica no leite materno nem no sangue de lactentes presumivelmente expostos a esse medicamento pelo aleitamento natural, assim como também não encontraram alteração no perfil de coagulação dessas crianças7.

A heparina não-fracionada (HNF) e a heparina de baixo peso molecular (HBPM) não atravessam a barreira placentária e por isto são, conceitualmente, os anticoagulantes preferenciais durante a gravidez. Contudo, seu uso prolongado associa-se a efeitos colaterais maternos, incluindo trombocitopenia8, hemorragia e osteoporose9. As vantagens da HBPM sobre a HNF são a superioridade quanto à biodisponibilidade (100% vs 30%), à vida média após a aplicação (2h vs até 60 min), à absorção por via subcutânea (100% vs variável) e à menor incidência de trombocitopenia (0% vs 2,7%)10,11. Contudo, limitações ao seu uso incluem a neutralização inadequada pelo sulfato de protamina e o alto custo.

III. Recomendações, controle e eficácia da anticoagulação

Não há consenso sobre qual seria o melhor esquema de anticoagulação para as gestantes face os diversos riscos, presumidos, de trombose, porque nenhuma opção farmacológica, isolada ou combinada, forneceu fortes evidências quanto à eficácia em não acarretar efeitos colaterais à mãe e/ou ao feto.

A experiência multidisciplinar do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo fundamentou a elaboração de Recomendações para a prevenção do tromboembolismo na gestação de mulher cardiopata12, sumarizadas no quadro III. Elas pretendem, com apoio na literatura13-15, atender aos requisitos ideais das diretrizes, como: credibilidade, baseada no conhecimento científico; validade, em acordo com os melhores resultados; reprodutibilidade, efetiva em distintos serviços; e, representatividade, fundamentada na vivência dos autores. Ressalve-se que, como qualquer diretriz, sua aplicação exige flexibilidade, que é a adaptação às circunstâncias de cada caso.


Os estudos clínicos continuam apoiando o emprego da varfarina na anticoagulação permanente para portadoras de próteses mecânicas e desencorajando o uso da HNF subcutânea16-20. Dados do InCor reforçam os da literatura ao mostrarem que 85% dos casos de tromboembolismo durante a gravidez de portadoras de próteses mecânicas associaram-se ao uso de HNF em alguma fase da gestação2,21. Admite-se que a ineficácia da HNF subcutânea, nesta situação, deve-se, particularmente, às dificuldades de obtenção da adequada anticoagulação, de seu controle e de aderência da paciente ao medicamento.

Nos casos de fibrilação atrial permanente tem sido recomendada a anticoagulação em doses menores de heparina ou de varfarina ajustadas ao coagulograma (quadro III).

A HBPM ganhou espaço na anticoagulação transitória de pacientes com risco menor e está, gradativamente, tomando o lugar da HNF subcutânea também para pacientes de alto risco, como nos casos de próteses mecânicas19. Nessas condições, embora haja escassez de estudos, seu uso tem sido recomendado em doses terapêuticas controladas pelo fator anti-Xa (quadro III). A propósito, o consenso norte-americano sobre anticoagulação de pacientes grávidas portadoras de próteses valvares, publicado em 200213, concluiu que a enoxaparina deve ser uma opção terapêutica durante o período gestacional e considerou as informações relatadas na bula do produto (Aventis®) como inconsistentes com as experiências clínicas favoráveis, dados institucionais e ensaios comparativos com a HNF em portadoras de próteses mecânicas.

A anticoagulação transitória nos casos de trombose venosa profunda tem sido recomendada com o emprego da HNF intravenosa ou HBPM, em doses ajustadas ao coagulograma, no período de cinco a sete dias, e posterior manutenção em doses menores, subcutânea, até o final do puerpério14. Quando a cardioversão elétrica for realizada no 1º trimestre recomenda-se a HNF ou a HBPM subcutânea, escolhendo-se a varfarina para os demais trimestres, em doses ajustadas ao coagulograma (quadro III). O fármaco (heparina ou varfarina) deve ser administrado três semanas antes e mantido três semanas após a reversão ao ritmo sinusal. Finalmente, para a anticoagulação transitória em casos discutíveis, com risco presumivelmente menor (quadro II) pela ausência de fatores tromboembólicos, recomenda-se o uso de HNF ou HBPM em doses menores (quadro III).

Estas normas têm sido aplicadas no InCor sob o raciocínio de fragmentação obstétrica em cinco momentos: planejamento familiar; cada trimestre; e, parto e puerpério, estratégia esta que se revelou útil para reflexões pedagógicas sobre a dinâmica da anticoagulação.

Momento I

Planejamento familiar (pré-gestação): conscientização da paciente/casal, capacidade da equipe médica, avaliação dos recursos de infra-estrutura.

O momento I diz respeito, essencialmente, à paciente que faz uso permanente de anticoagulante oral. Utilizando a linguagem bioética22,23, o ponto essencial é o respeito à autonomia da paciente. Deve-se, portanto,destacar que não há contra-indicação à gestação mas alertar para a potencial morbidade do uso da varfarina sódica. Outrossim, obriga-se o estabelecimento ao compromisso médico-paciente em função das variáveis previsíveis: risco de hemorragia, tromboembolismo, abortamento, teratogênese, hospitalização prolongada, custos e riscos da administração parenteral do anticoagulante. O diálogo franco com o casal é fundamental. A conscientização de paciente/casal transita pela exatidão das informações médicas, o reforço sobre o porquê do uso da anticoagulação, as opções farmacológicas, a aderência aos esquemas terapêuticos, a atenção ao pronto diagnóstico da gravidez e a mobilização para imediato desencadeamento da estratégia de ação já no primeiro trimestre. A capacitação da equipe médica inclui a contrapartida do conhecimento sobre o benefício/malefício de cada opção farmacêutica, o senso clínico para diagnosticar precocemente a gravidez e a agilidade para adaptar o esquema de anticoagulação de oral para parenteral. A preocupação com a disponibilidade de infra-estrutura alicerça-se nos controles laboratoriais devido às mudanças de condutas: INR (International Normalized Ratio) e fator anti-Xa, dosagem da gonadotrofina coriônica beta à primeira dúvida em função de atraso menstrual, hospitalização prolongada para heparinização intravenosa. Também é desejável a participação em programa de orientação, como o de Consulta Coletiva22.

Momento II

Primeiro trimestre: evitar teratogênese, substituir o anticoagulante, controlar a anticoagulação, evitar hemorragia.

O ponto fundamental neste momento II é a substituição da anticoagulação permanente, oral, pela parenteral. Do ponto de vista da bioética22,24, há preocupação em manter o benefício da anticoagulação para a condição mórbida da paciente e evitar o malefício da síndrome varfarínica. A conciliação entre esses dois pólos aponta para a recomendação do uso da heparina. Concordamos com a literatura que a HBPM fornece maiores recursos para a otimização da anticoagulação, associando praticidade e segurança, em relação à HNF, no decorrer desse trimestre inicial. Idealmente, a partir do resultado positivo do teste de gonadotrofina coriônica (bHCG), faz-se a substituição da varfarina sódica pela enoxaparina, em uso permanente, com doses ajustadas de acordo com o coagulograma nas situações de alto risco e em doses menores nas de menor risco (quadro III). A paciente deve receber informações objetivas de como proceder diante da eventualidade de sangramento vaginal, hematoma espontâneo ou dor no baixo ventre. A administração da HNF (intravenosa, em pacientes de alto risco, e subcutânea, em doses menores, para as demais situações) é motivo de discussão na literatura1. Para as portadoras de próteses mecânicas os riscos correm por conta da trombocitopenia induzida pela heparina com conseqüente trombose, hospitalização prolongada, flebite e bacteriemia.

Momento III

Segundo trimestre: retornar ao anticoagulante oral, controlar a anticoagulação, evitar hemorragia.

Nesse momento III, a liberação para o retorno da varfarina sódica conjuga-se com a pressuposição de se reduzir os efeitos adversos à mãe, ao se abreviar o tempo de uso de heparina. Desaparece o impedimento da varfarina em vista do menor risco de teratogenicidade do momento II, e reaparece a lógica do período pré-gestacional, ou seja, a preferência pela anticoagulação oral. Aspecto de importância quando da re-introdução da varfarina é o ajuste da dose sob rigorosa vigilância dos níveis de INR. Há necessidade da "dinâmica de transição"24, ou seja: manter o benefício da HBPM, enquanto são aguardados os valores de INR admitidos como de proteção antitrombose. Em princípio, a transição pode ser desfeita quando o INR, em ascensão, atingir valor de 1,8-2,0.

Momento IV

Terceiro trimestre: redirecionar para a anticoagulação parenteral, controlar a anticoagulação, evitar hemorragia, planejar o parto, considerar a hospitalização.

Ao contrário dos trimestres anteriores em que a conduta era homogênea, respectivamente, só heparina no 1º e só varfarina no 2º, o 3º trimestre caracteriza-se por uma atitude de transição: suspensão da varfarina e introdução da heparina19. A conduta outrora tomada de substituir a varfarina pela heparina 15 dias antes da data provável do parto associa-se a questões como antecipações de eventos naturais como parto prematuro e exposição, tanto da mãe como do feto, à hemorragia. Por isso, é pertinente considerar como benéfica a substituição da varfarina a partir da 36ª semana de gestação, lembrando-se que o feto adquire maturidade após 37 semanas. No momento IV consideramos que a HNF intravenosa tem indicação nas pacientes de alto risco e a subcutânea, em doses menores, naquelas com menor risco (quadro III). Vida média mais curta e disponibilidade de fármaco-antagonista são as grandes vantagens conceituais da HNF sobre a HBPM, especialmente perante parto prematuro ou outras complicações obstétricas, acrescentando-se, ainda, maior autonomia quanto às decisões obstétricas e anestésicas sobre o parto. A hospitalização das pacientes de alto risco nas últimas quatro semanas de gestação justifica-se pela necessidade de administração intravenosa da HNF, de controles diários da anticoagulação e da saúde fetal, e de planejamento do parto.

Momento V

Parto e puerpério: adequar o parto e a anestesia, adequar a anticoagulação parenteral, reintroduzir a anticoagulação oral.

A discussão sobre o tipo de parto deve ser iniciada o mais precocemente possível quando se está face a gestante em uso de anticoagulante. Essa decisão pode ser tomada no início do 3º trimestre baseando-se exclusivamente nas indicações obstétricas, contudo, na grande maioria dos casos, a indicação do tipo de parto acontece próximo ao termo da gestação. O cardiologista entende que para pacientes com anticoagulação permanente o parto vaginal é o mais pertinente e a anticoagulação é uma variável de peso entre os itens a serem considerados nessa decisão. Reconhece-se, entretanto, que os fatores obstétricos são hierarquicamente superiores no que tange à segurança tanto da mãe como do feto. A suspensão da anticoagulação deve integrar-se à dinâmica do parto e às decisões da equipe obstétrica com o objetivo de, nem deixar de suspender e nem prolongar o período sem anticoagulante. A anticoagulação restringe o uso da anestesia regional como a peridural ou a raquidiana devido aos riscos de hematoma extradural e compressão medular14. Entretanto, a suspensão da anticoagulação algumas horas antes do parto (4 a 24h), na dependência do esquema utilizado, pode permitir a aplicação da punção espinhal. A analgesia para o trabalho de parto e o parto vaginal deve obedecer às normas de cada serviço de acordo com a conduta convencional, contudo, deve acontecer na ausência de anticoagulante. Nas pacientes de alto risco e anticoagulação permanente, a suspensão da HNF intravenosa 4 a 6h antes do início da analgesia e da indução do parto tem proporcionado relativa segurança à punção medular e eficácia no parto vaginal. Para aquelas pacientes de menor risco e submetidas a menor dose de anticoagulação, a HNF ou a HBPM pode ser suspensa no dia anterior à indução do parto. Deve-se considerar que a cesárea, quando indicada, eleva o risco de hemorragia materna, restringe a reintrodução da anticoagulação plena em função do pós-operatório imediato e se associa a maior incidência de fenômenos tromboembólicos. O puerpério caracteriza-se pela fase crítica do estado de hipercoagulabilidade materno que, por si só, predispõe ao tromboembolismo. Por isto, decorridas 6h do parto e em ausência de complicação obstétrica materna, a HNF intravenosa deve ser re-administrada às pacientes de alto risco; a HNF ou HBPM, em doses menores, nas demais situações; enquanto que a varfarina somente após 48h (quadro III). A suspensão da anticoagulação parenteral será concomitante ao alcance do INR adequado para cada caso. A amamentação não deve ser desestimulada em função da anticoagulação, uma vez que são insuficientes as informações disponíveis que suscitem sua contra-indicação.

O retorno às condições pré-gestacionais costuma transcorrer à semelhança do que se observa no início da anticoagulação oral, ou seja, com heterogeneidade de comportamento5. Nesta fase, a paciente pode ter uma certa dificuldade em cumprir a rotina para estabilização da anticoagulação oral devido ao acúmulo de atividades como mãe. O papel do cardiologista é conscientizá-la de que estar adequadamente anticoagulada representa condição essencial para o cumprimento de sua responsabilidade materna.

Agradecimentos

À Dra Maéve de Barros Correia, pela revisão do texto.

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  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      14 Fev 2005
    • Data do Fascículo
      Jan 2005
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