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Avaliação ecocardiográfica da terapia de ressincronização cardíaca

ATUALIZAÇÃO

Avaliação ecocardiográfica da terapia de ressincronização cardíaca

Carlos Eduardo Suaide Silva; Antonio Carlos Pereira Barretto

OMNI-CCNI Medicina Diagnóstica/Diagnósticos da América e Instituto do Coração do Hospital das Clínicas - FMUSP - São Paulo, SP

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Carlos Eduardo Suaide Silva OMNI-CCNI Rua Cubatão, 726 04013-002 - São Paulo, SP E-mail: csuaide@cardiol.br

Insuficiência cardíaca é uma das principais causas de mortalidade, morbidade e hospitalizações em pacientes com mais de 60 anos, representando 1 a 2% do custo total das despesas na área da saúde nos Estados Unidos (cerca de 20 bilhões de dólares ao ano!)1,2. Apesar dos grandes avanços na terapêutica, as taxas de morbi-mortalidade ainda permanecem altas3. A terapia de ressincronização cardíaca (TRC) foi introduzida no início dos anos 90 e se desenvolveu rapidamente até sua aprovação em 2001 pelo FDA (Food and Drugs Admnistration)4.

A TRC está contemplada nas diretrizes da American Heart Association com nível de evidência IIA5. Essas diretrizes foram baseadas em dois grandes trials: o MUSTIC6 e o MIRACLE7. Em ambos, os critérios de inclusão foram similares: a) insuficiência cardíaca importante apesar de terapêutica adequada; b) fração de ejeção baixa; c) QRS largo com padrão de bloqueio de ramo esquerdo (duração >120 ms). Os dois estudos comprovaram que a TRC melhora significativamente os sintomas, a tolerância ao exercício e a qualidade de vida. Ainda assim, 20% a 30% dos pacientes não melhoram com a terapia de ressincronização8, enfatizando a necessidade de novos critérios de seleção destes pacientes.

Estudos recentes têm demonstrado que a dessincronia mecânica nem sempre está relacionada à dessincronia elétrica9,10 e que a presença de dessincronismo ventricular é o maior preditor para uma boa resposta à terapia de ressincronização. Na realidade, alguns pacientes com QRS largo podem não apresentar dessincronia mecânica enquanto outros com QRS estreito a apresentam11-13.

Apesar da duração do QRS ser um bom marcador prognóstico para mortalidade nos pacientes com insuficiência cardíaca e estar presente em mais de 80% dos indivíduos nos dois meses que antecedem o óbito14,15, estudos comparando alterações do QRS com o desfecho clínico de pacientes parecem demonstrar pouca ou nenhuma relação com o prognóstico16.

Estas informações sugerem que, talvez, o eletrocardiograma não deva ser o melhor método de diagnóstico complementar para a seleção dos candidatos a TRC. Outras técnicas de imagem, em particular os novos métodos de avaliação da função ventricular pela ecocardiografia, parecem ser superiores na seleção de pacientes que irão desenvolver melhor resposta à terapia de ressincronização.

Tanto a presença de QRS alargado quanto sinais de dessincronia interventricular são preditores de hospitalização e eventos cardíacos graves em pacientes com insuficiência cardíaca17,18.

Dessincronia ventricular

No mecanismo da dessincronia estão incluídos atrasos regionais tanto da contração quanto do relaxamento ventricular. O ventrículo direito se contrai durante a tele-diástole ventricular esquerda levando a um abaulamento do septo para dentro do ventrículo esquerdo. Além disso, o atraso na ativação dos músculos papilares causa, ou piora, a incompetência mitral19. Todos estes fatores contribuem para a diminuição da fração de ejeção e agravamento dos sintomas clínicos.

A dessincronia pode ser inter ou intraventricular. A ecocardiografia pode avaliar os dois tipos através de diversas técnicas.

Uma forma de avaliar a dessincronia interventricular é através da medida do tempo que demora a ocorrer a ejeção dos ventrículos. Com o Doppler convencional medimos o intervalo de tempo entre a onda R do eletrocardiograma e o início das ondas sistólicas de ejeção pulmonar e aórtica (fig. 1). Um atraso maior que 60 ms entre essas medidas é indicativo de dessincronia interventricular. A crítica a esse método é que essas medidas não são realizadas simultaneamente20-22.


Outra forma de avaliar o atraso é através do modo M, medindo-se o tempo entre a contração septal e da parede posterior (fig. 2). Este tempo é considerado normal quando inferior a 130 ms23. Neste caso, a crítica é o fato de avaliarmos apenas as regiões médias das paredes septal e posterior.


A dessincronia intraventricular é considerada um dos aspectos mais importantes do atraso eletromecânico e pode ser avaliada por diversas técnicas ecocardiográficas. O atraso eletromecânico é definido como o tempo entre o início do complexo QRS e o pico da onda sistólica do Doppler tecidual (técnica ecocardiográfica que mede a velocidade de movimentação do miocárdio) no segmento miocárdico correspondente (fig. 3).


Ainda não há uma diretriz sobre o assunto, e inúmeros autores têm publicado trabalhos propondo diversos índices para diagnosticar dessincronia inter e intraventricular baseados em técnicas do Doppler tecidual. Yu e cols.11 investigaram 88 indivíduos normais, 67 pacientes com insuficiência cardíaca (ICC) e QRS estreito (<120 ms) e 45 pacientes com ICC e QRS alargado (>120 ms). Nesse estudo foi medido o tempo entre o início do QRS e o pico sistólico do Doppler tecidual (atraso eletromecânico) em 12 segmentos miocárdicos. Como conclusão, dois parâmetros foram indicativos de dessincronia intraventricular: diferença máxima de tempo entre dois segmentos distintos maior que 100 ms, ou um desvio padrão na medida dos 12 segmentos de 33 (que foi chamado de índice de dessincronia). Os autores demonstraram ausência de dessincronia no grupo de normais, 73% de dessincronia nos pacientes com ICC e QRS largo e, o mais interessante, 51% de dessincronia naqueles com ICC e QRS estreito.

Em outros estudos a dessincronia foi avaliada através da medida do atraso eletromecânico nas regiões basais das paredes septal e lateral. Uma diferença superior a 60 ms (atraso septo-lateral) foi usada como indicador substancial de dessincronia24-25 (fig. 4).


O atraso eletromecânico intraventricular pode ser demonstrado, também, através da técnica do Tissue Tracking (técnica ecocardiográfica que representa a integral da velocidade adquirida pelo Doppler tecidual). Esta técnica mostra em cores o deslocamento do miocárdio no sentido da base para o ápice ventricular. Quando não há deslocamento não há cor. Se selecionarmos separadamente as fases sistólica e diastólica do ciclo cardíaco poderemos saber quais as regiões estão contraindo nas respectivas fases. As regiões que se apresentarem coloridas na fase diastólica representam uma contração miocárdica tardia (ou contração pós-sistólica) e podem ser facilmente evidenciadas por essa técnica (fig. 5).


O movimento pós-sistólico pode ser passivo ou ativo (nesse caso é que deve ser chamado de contração ou encurtamento pós-sistólico). Entretanto, é preciso tomar cuidado em pacientes com miocardiopatia isquêmica, pois esse fenômeno não é apenas um sinal de dessincronia, mas, também, um marcador de isquemia e/ou viabilidade em segmentos acinéticos ou gravemente hipocinéticos. Nesses casos não deve ser utilizado como critério útil de avaliação de resposta positiva à TRC26.

Detecção automática de dessincronia

Sincronização tecidual (TSI) é uma nova técnica ecocardiográfica que codifica em cores os intervalos de tempo entre o início do QRS e o pico sistólico do Doppler tecidual em cada ponto do miocárdio, permitindo a visibilização, em tempo real, dos segmentos dissincronizados pela superposição de imagens desses dados de tempo às imagens do eco bidimensional. Essa análise é possível em todos os segmentos miocárdicos, mas deve ser usada com cautela nos segmentos apicais. O princípio é bastante simples: quando o intervalo até o pico sistólico for normal o miocárdio é representado em verde; quando estiver entre 150 e 300 ms é representado em amarelo e quando estiver maior que 300 ms, em vermelho27. O resultado é muito interessante e pode ser visto na figura 6.


Seleção de pacientes para implante de marcapasso biventricular

Poucos estudos foram publicados utilizando a ecocardiografia como ferramenta para a escolha desses pacientes. Um deles28 avaliou 42 indivíduos com marcapasso em VD, sendo 26 com fração de ejeção normal e 16 com comprometimento da função sistólica e clínica de ICC. Um atraso eletromecânico maior que 50 ms identificou pacientes com dessincronia significativa. Não houve correlação entre dessincronia e QRS largo nos pacientes com ICC. Se tivesse sido usado somente o critério eletrocardiográfico para implante de marcapasso biventricular, 44% dos pacientes com dessincronia teriam sido excluídos, demonstrando a importância da realização do ecocardiograma.

São necessários mais estudos nessa área a fim de validar de forma definitiva esta metodologia, porém, essa revisão sugere que os critérios para implante de marcapasso biventricular precisam ser revisados e que a ecocardiografia com Doppler tecidual deve estar presente nessa seleção de pacientes.

Onde implantar o eletrodo?

O Doppler tecidual pode ajudar na determinação do local ideal para implantar o eletrodo dentro do seio coronário.

Já está documentado que o melhor local para implante, ou seja, o local onde será obtida a melhor resposta ventricular (ganho em fração de ejeção) é onde o atraso eletromecânico é maior. Este local está na parede lateral em 35% dos casos, nas paredes anterior e posterior em 26% e 23%, respectivamente, e raramente nas paredes inferior e septal (16%)29.

Pelo fato do objetivo da terapia de ressincronização ser a ativação do local de maior atraso eletromecânico, a determinação desse local está diretamente ligada ao sucesso do procedimento. E, de fato, Ansalone demonstrou que o melhor resultado foi obtido naqueles pacientes onde o eletrodo foi implantado de acordo com o local eterminado pela ecocardiografia de maior atraso eletromecânico29.

Marcadores ecocardiográficos indicativos de melhora com a TRC

Os sinais mais evidentes de melhora pós-implante de marcapasso biventricular são o aumento da fração de ejeção, diminuição do grau de incompetência mitral e regressão do remodelamento ventricular, entretanto, a ecocardiografia pode contribuir com outros marcadores menos evidentes como: a) melhora na ativação atrioventricular avaliada pelo aumento da integral da velocidade de fluxo aórtico e prolongamento do tempo de enchimento diastólico (avaliado pelo fluxo mitral) em 10 a 20%; b) reversão do atraso eletromecânico interventricular avaliada pelo Doppler tecidual. No estudo MIRACLE houve uma redução de 19% nesse marcador30. Yu e cols.31 reportaram regressão completa de grande atraso interventricular entre as paredes livre do VD e lateral do VE após TRC; c) ressincronização intraventricular. Vários trabalhos comprovam a normalização do atraso intraventricular através das diversas técnicas relatadas acima (modo M, Doppler pulsátil dos tratos de saída e Doppler tecidual)32-35.

Conclusão

A terapia de ressincronização cardíaca se acha definida por estudos envolvendo número reduzido de pacientes como uma excelente opção terapêutica para pacientes com insuficiência cardíaca. Entretanto, cerca de 30% dos casos não apresentam resposta adequada quando utilizados os critérios atuais eletrocardiográficos de indicação. As evidências apresentadas acima comprovam que a ecocardiografia parece ser o método complementar ideal para identificar aqueles pacientes que serão, efetivamente, beneficiados com a TRC. Contudo, grandes estudos que validem o método de forma definitiva ainda não foram realizados.

Particularmente, as novas técnicas ecocardiográficas baseadas no Doppler tecidual (Tissue Tracking, Strain Rate e TSI), além de diagnosticar quantitativamente a ressincronização, podem auxiliar na escolha do melhor local para o implante do eletrodo do marcapasso com benefícios importantes para o procedimento e acompanhar evolutivamente o paciente de forma não invasiva.

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Recebido em 20/10/04

Aceito em 4/3/05

  • Endereço para correspondência
    Carlos Eduardo Suaide Silva
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    Rua Cubatão, 726
    04013-002 - São Paulo, SP
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  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      28 Jun 2005
    • Data do Fascículo
      Jun 2005
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