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Lipemia pós-prandial: influência do envelhecimento

Resumos

OBJETIVO: Investigar o comportamento da lipemia pós-prandial, avaliada por meio de medidas repetidas de triglicérides, em indivíduos saudáveis de 20 a 50 anos de idade, distribuídos em faixas etárias: GI - 20 a 30; GII - 31 a 40; GIII - 41 a 50 anos. MÉTODOS: Os triglicérides foram determinados em 3 condições: após jejum de 12 h, 2 h e 6 h após refeição padronizada contendo 40 g de gordura. RESULTADOS: A análise de medidas repetidas dos triglicérides demonstrou comportamento distinto dos grupos etários ao longo das 6 h. Os participantes mais jovens (GI) apresentavam redução dos valores de triglicérides na 6ª hora; os da faixa etária (GIII) mais idosa, valores ascendentes na 6ª hora, e os da faixa etária intermediária (GII), manutenção dos triglicérides, comparando a 2ª com a 6ª hora de coleta. As diferenças de comportamento foram significantes (p=0,01). CONCLUSÃO: Em amostra populacional adulta saudável, o envelhecimento exerce influência sobre o comportamento da lipemia pós-prandial.

lipemia pós-prandial; envelhecimento; metabolismo lipídico


OBJECTIVE: To investigate the behavior of postprandial lipemia assessed by means of repeated measurements of triglyceride levels in healthy individuals aged from 20 to 50 years, divided into the following 3 age groups: GI - from 20 to 30 years; GII - from 31 to 40 years; and GIII - from 41 to 50 years. METHODS: Triglyceride levels were measured in 3 conditions: after a 12-hour fast, and 2 and 6 hours after a standard meal containing 40 g of fat. RESULTS: The repeated-measures analysis of triglyceride levels showed a distinct behavior of the age groups throughout the 6 hours. The younger participants (GI) had a reduction in the triglyceride levels in the sixth hour; the elderly (GIII) had increasing values in the sixth hour; and those in the intermediate age group (GII) maintained their triglyceride levels, when comparing the second and sixth hours of blood collection. The differences in behavior were significant (P=0.01). CONCLUSION: In a healthy adult population sample, aging influences the postprandial lipemia behavior.

postprandial lipemia; aging; lipid metabolism


ARTIGO ORIGINAL

Lipemia pós-prandial. Influência do envelhecimento

Jaqueline Scholz Issa; Jayme Diament; Neusa Forti

Instituto do Coração do Hospital das Clínicas - FMUSP - São Paulo, SP

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Jaqueline Scholz Issa InCor Av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 44 - Bl. II - 1º Andar 05403-000 - São Paulo - SP E-mail: jissa@cardiol.br

RESUMO

OBJETIVO: Investigar o comportamento da lipemia pós-prandial, avaliada por meio de medidas repetidas de triglicérides, em indivíduos saudáveis de 20 a 50 anos de idade, distribuídos em faixas etárias: GI - 20 a 30; GII - 31 a 40; GIII - 41 a 50 anos.

MÉTODOS: Os triglicérides foram determinados em 3 condições: após jejum de 12 h, 2 h e 6 h após refeição padronizada contendo 40 g de gordura.

RESULTADOS: A análise de medidas repetidas dos triglicérides demonstrou comportamento distinto dos grupos etários ao longo das 6 h. Os participantes mais jovens (GI) apresentavam redução dos valores de triglicérides na 6ª hora; os da faixa etária (GIII) mais idosa, valores ascendentes na 6ª hora, e os da faixa etária intermediária (GII), manutenção dos triglicérides, comparando a 2ª com a 6ª hora de coleta. As diferenças de comportamento foram significantes (p=0,01).

CONCLUSÃO: Em amostra populacional adulta saudável, o envelhecimento exerce influência sobre o comportamento da lipemia pós-prandial.

Palavras-chave: lipemia pós-prandial, envelhecimento, metabolismo lipídico

O termo lipemia pós-prandial se refere a uma série de eventos metabólicos relacionados ao aumento na concentração de lipoproteínas (LP) ricas em triglicérides (TG) - quilomícrons (Qm) e seus remanescentes, lipoproteína de muito baixa densidade (VLDL) e seus remanescentes - ocorrida após a ingestão de gorduras.

Após refeição gordurosa, o pico de quilomícrons é alcançado, habitualmente entre 3 e 6 h, e após período de 12 h essas partículas não são mais detectáveis em pessoas normais1.

Pesquisas indicam que os triglicérides não são componentes das placas ateroscleróticas, mas admite-se que haja participação das lipoproteínas ricas em triglicérides na aterosclerose, de modo direto e/ou indireto, relacionada à ligação de seu metabolismo com o das lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e de alta densidade (HDL), estas, reconhecidamente, relacionadas ao processo aterosclerótico2,3.

A participação direta dos quilomícrons intactos no processo foi descartada pelo seu grande diâmetro, mas a participação dos seus remanescentes, como sugerido de modo pioneiro por Zilversmit4, ganhou apoio de estudos experimentais, que evidenciaram acúmulo de remanescentes de quilomícrons em aorta de coelhos5,6. A participação indireta seria viabilizada pelo acúmulo de quilomícrons e conseqüente excesso das VLDL, IDL (lipoproteína de densidade intermediária) e LDL. No estado pós-prandial, os quilomícrons e as VLDL competem pela lipase lipoproteica (LLP), enzima que hidrolisa os triglicérides. Alguns estudos demonstram que os quilomícrons são o substrato preferencial da LLP, o que determinaria acúmulo de VLDL no estado pós-prandial7, 8.

Relevante também é a associação existente entre envelhecimento e aterosclerose, cujo mecanismo, em parte, poderia ser explicado pela influência da idade na lipemia pós-prandial.

O objetivo deste estudo foi avaliar o comportamento da lipemia pós-prandial em indivíduos adultos. Para esta finalidade procurou-se mimetizar condições habituais, como composição alimentar e intervalo inter-refeições, em população clinicamente saudável e relativamente jovem.

Métodos

Foram selecionados, aleatoriamente, 64 pessoas saudáveis (26 homens e 38 mulheres), com idade entre 20 e 50 anos, distribuídos por faixa etária em 3 grupos: GI, 20 a 30 anos, 14 integrantes; GII, 31 a 40 anos, 25 integrantes e GIII, 41 a 50 anos, 25 integrantes.

Os critérios de exclusão foram: função tireoidiana alterada, diabetes mellitus, etilismo, hepatopatia, cardiopatia, insuficiência renal, doenças auto-imunes e inflamatórias, ou qualquer outra doença capaz de interferir na absorção e metabolismo das lipoproteínas; uso de medicação nos 90 dias precedentes, que alterasse o transporte e metabolismo lipoproteínas, incluindo pílulas anticoncepcionais; pressão arterial >140/90 mmHg; índice de massa corpórea (IMC) >40 kg/m2; CT>300 mg/dl; TG >300 mg/dl; atividade física aeróbia por período superior a 40 min, mais que 1 vez por semana.

Os participantes foram orientados a permanecer em jejum após as 20 h da véspera da realização do experimento, permitindo-se somente a ingestão de água após esse horário e todos chegaram ao laboratório por volta das 7:30 h da manhã e permaneceram em repouso, sem poder ingerir qualquer tipo de alimento, exceto a refeição padronizada e água. A refeição foi ingerida em até 15 min e foi composta por pão de forma (2 fatias), queijo prato (40 g), presunto gordo (40 g), maionese (15 g) e achocolatado (400 ml). Continha 78 mg de colesterol e 882 kcal distribuídas em 35 g de proteínas (16%), 40 g de gordura (42%), sendo 50% na forma de gordura saturada e 89 g de carbohidratos (42%).

Após anamnese, os participantes foram submetidos a exame físico completo. Foram calculados o IMC e a área de superfície corpórea (SC). Determinou-se a distribuição de gordura pela relação da medida da circunferência do abdome (realizada na cicatriz umbilical) com a circunferência do quadril (realizada no trocanter maior do fêmur), denominada RAQ.

Foram realizadas três coletas laboratoriais: jejum, 2 h e 6 h após a refeição. Realizaram-se determinações séricas de triglicérides nas três coletas que foram denominadas TG-(t1), TG-(t2), TG(t3). Na amostra em jejum foram determinados ainda CT, HDL, glicemia,TSH, e genotipagem das isoformas de apolipoprotetina E.

As determinações plasmáticas de TG e CT foram realizadas por método colorimétrico enzimático no equipamento automatizado Cobas-Integra 700 (Roche. Diagnostics, Somerville, NJ, EUA); a de HDL-c foi obtida pelo mesmo método utilizado na determinação do CT, após precipitação das lipoproteínas que contêm apolipoproteína B com solução composta de cloreto de magnésio e ácido fosfotungstico.; a de glicose por método enzimático com hexoquinase; a de TSH por ensaio imunométrico para medida quantitativa através do analisador Immulite 2000.

A genotipagem da apo E foi realizada conforme o método descrito por Hixson e Vernier9. O DNA genômico foi amplificado pela reação em cadeia da polimerase (PCR) em termociclador GeneAmp PCR System 2400 (Perkin Elmer Cetus).

O experimento foi repetido em 6 participantes, escolhidos aleatoriamente, obedecendo aos mesmos procedimentos, sendo comparados dados clínicos e de exame físico prévios.

Realizou-se análise exploratória dos dados por meio de medidas descritivas como freqüência para variáveis categóricas (sexo, antecedente familiar para doença arterial coronariana, tabagismo, fenótipos de apo E), e média e desvio padrão (dp) para variáveis contínuas: idade, IMC, RAQ, consumo proporcional de gordura pelo IMC.

A comparação entre grupos etários em relação a variáveis contínuas foi realizada através da análise de variância (ANOVA). Eventuais diferenças foram localizadas pelo teste de comparações múltiplas. A comparação entre os grupos em relação a variáveis categóricas foi verificada pelo teste do qui-quadrado ou pelo teste exato de Fischer. O comportamento dos triglicérides foi estudado através da análise da variância das medidas repetidas de triglicérides entre os grupos etários. Utilizou-se teste de correlação de Pearson, com intervalo de confiança de 95%, para comparar os valores dos triglicérides obtidos nas duas oportunidades em que o protocolo foi realizado em 6 participantes. Adotou-se significância de 0,05 (a=5%).

Resultados

Não houve diferenças significativas entre os grupos etários em relação às variáveis numéricas (IMC, SC, RAQ) e ao consumo de gordura proporcional ao IMC (tab. I). Também não ocorreram diferenças significativas entre grupos etários em relação às variáveis categóricas sexo, tabagismo e antecedente familiar (tab. II).

Não foram verificadas diferenças significativas na distribuição dos fenótipos de apo E entre os grupos etários (p=0,12). Os fenótipos mais freqüentes foram respectivamente E3/E3 (n=40, 62,5% da amostra); E3/E4 (n=13, 20,3%); E2/E3 (n=8, 12,5%); E4/E4 (n=3, 4,7%).

A análise da variância (ANOVA) evidenciou diferenças significativas nas médias de CT, TG e glicemia entre os grupos etários (tab. III). Os participantes do grupo GIII (41 a 50 anos) apresentaram médias mais elevadas de CT, TG e glicemia que os participantes dos grupos mais jovens (GII e GI).

A análise de medidas repetidas dos triglicérides demostrou interação grupo vs tempo, ou seja, os grupos apresentaram comportamentos distintos dos triglicérides nos tempos t1, t2 e t3 (p=0,01) (fig. 1). Análise de cada grupo etário tempo a tempo revelou diferenças significantes nas médias em quase todos os grupos, exceto no GII onde a média do TG(t2) não diferiu significantemente da média do TG(t3) (p=0,87), indicando manutenção dos valores de TG neste momento. No GI observou-se decaimento significante da média do TG(t3) em comparação com TG(t2) (p=0,03), e no GIII a média de TG(t3) foi significantemente superior a média de TG(t2) (p=0,007), indicando valores crescentes de TG neste momento (tab. IV).


A repetição do experimento obteve valores de correlação dos triglicérides de 92% no tempo 1 (coleta em jejum), 93% no tempo 2 (2 h após refeição padrão) e 92% no tempo 3 (6 h após refeição padrão).

Discussão

Os resultados obtidos na avaliação dos triglicérides permitiram observar que o comportamento da lipemia pós-prandial foi diferente nos grupos etários. O grupo mais jovem GI apresentou decaimento mais rápido da trigliceridemia; o GII teve comportamento intermediário e o GIII, elevação da trigliceridemia durante as 6h de observação do estudo.

As diferenças encontradas poderiam ser atribuídas ao tempo de esvaziamento gástrico e/ou à absorção intestinal. Alguns estudos demostraram que o esvaziamento gástrico de alimentos líquidos e sólidos diminui com o envelhecimento10 mas a motilidade intestinal não é alterada pela idade11. A secreção pancreática decresce suavemente com o envelhecimento12. Entretanto, Arora e cols.13 demostraram em 114 indivíduos saudáveis que a excreção fecal e, por conseguinte, a absorção de gordura, muda pouco com a idade, sugerindo que o decréscimo da secreção pancreática não é suficiente para prejudicar o processo digestivo normal.

Poder-se-ia imaginar que, pelo fato dos indivíduos mais idosos apresentarem tempo de esvaziamento gástrico maior, a absorção de gorduras seria lentificada, justificando aumento tardio da trigliceridemia. No entanto, Krasinski e cols.14 estudaram a lipemia pós-prandial em 86 homens e mulheres saudáveis de 19 a 76 anos, com vitamina A oral e endovenosa, e descartaram a possibilidade das diferenças de comportamento da lipemia observadas nos indivíduos abaixo e acima de 50 anos fossem relacionadas a mudanças ocasionadas nos processos digestivos absortivos, pois o comportamento da lipemia foi semelhante tanto na infusão endovenosa da vitamina A, quanto na ingestão oral. O retinil-ester, metabólito da vitamina A que se incorpora ao quilomícron e, portanto, segue a via metabólica deste elemento, esteve elevado no grupo acima de 50 anos, qualquer que fosse a via de administração da vitamina A. Portanto, o atraso na depuração da lipemia pós-prandial foi maior em indivíduos de maior faixa etária independentemente do fator digestivo/absortivo. Krasinski e cols.14 admitiram que o atraso na depuração do retinil-ester, nos indivíduos mais idosos, seria ocasionado pela lentificação na depuração dos quilomícrons, decorrente, entre outros fatores, pela menor atividade da lipase lipoproteica (LLP) com o envelhecimento. A atividade diminuída da LLP com o envelhecimento também foi constatada por Huttunen e cols.15, em testes de estimulação com heparina, e por Weintraub e cols.16 utilizando vitamina A (via oral) em 27 indivíduos saudáveis de 19 a 72 anos.

Assim, presume-se que a diminuição da atividade da LLP possa justificar a diferença significativa no comportamento da lipemia pós-prandial entre as faixas etárias estudadas.

Os TG e o CT em jejum foram significantemente maiores no grupo G III (41 a 50 anos) que nos demais grupos etários, respectivamente p=0,02 e p<0,01. Nestel17 foi um dos pioneiros a relacionar valores elevados dos triglicérides em jejum com a taxa lenta de remoção dos quilomícrons, indicando que esses poderiam ser preditores de lipemia pós-prandial lentificada. Sabe-se também que níveis de CT aumentam com a idade, possivelmente pelo decréscimo do número de receptores B/E18. A glicemia em jejum também foi significantemente mais elevada no GIII que nos demais (p<0,01).

A avaliação em conjunto dessas variáveis poderia evidenciar mecanismos metabólicos interrelacionados, tendo como elo a resistência à insulina19. A inabilidade das células adiposas em armazenar os triglicérides, provocada pela resistência à insulina, poderia ser passo inicial deste circuito metabólico. A maior liberação de ácidos graxos livres e diminuição da captação dos mesmos pelos adipócitos determinaria influxo de ácidos graxos do tecido adiposo para o fígado, promovendo a neoglicogênese e aumento na produção de VLDL e por conseguinte de LDL. A resistência à insulina também promoveria a oxidação dos ácidos graxos no tecido muscular, proporcionando maior acúmulo de glicose, e consequentemente maior estímulo à produção de insulina, perpetuando este círculo20, 21.

Nossos resultados não sofreram influência da atividade física, pois foi considerada critério de exclusão na seleção da amostra. Entretanto, deve-se ressaltar que a prática regular de atividade física possivelmente retarde o aparecimento dessas modificações metabólicas. Cohen e cols.22 avaliaram a influência do exercício físico no comportamento da lipemia pós-prandial em atletas e sedentários e observaram que em atletas a remoção da lipemia pós-prandial é mais rápida que nos sedentários. Ericsson e cols.23, ao estudar a depuração de emulsões lipídicas, observaram que em atletas a velocidade de remoção das gorduras foi mais rápida.

O estudo dos fenótipos de apo E nesta amostra não influenciou os resultados obtidos, embora Weintraub e cols.16 tenham observado lipemia pós-prandial mais prolongada nos indivíduos com alelo E2, fenótipos E2/E2 e E3/E2.

Destacam-se dois aspectos na avaliação deste experimento: comportamento diferenciado da lipemia pós-prandial entre intervalos de faixas etárias estreitos e precoces (20 a 30 anos; 31 a 40 anos; 41 a 50 anos). As alterações metabólicas foram provocadas por dieta teste com teor de gordura relativamente baixo (40 g sendo 50% de gordura saturada), se comparado a estudos que avaliam lipemia pós-prandial utilizando dieta teste com sobrecarga de gordura (70 g). Esses achados reforçam a necessidade de adoção de medidas preventivas em faixas etárias mais precoces, com a restrição ao consumo de gorduras a no máximo 30% do valor calórico total, sendo restrito o consumo de gordura saturada a 7% deste valor, tal como recomendado por diretrizes atuais de prevenção de doenças cardiovasculares24, 25.

Concluí-se que o envelhecimento exerce efeito significativo sobre a lipemia pós-prandial em indivíduos saudáveis e jovens.

Enviado em 20/01/2004

Aceito em 1/12/2004

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  • Endereço para correspondência

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    InCor
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  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      29 Set 2005
    • Data do Fascículo
      Jul 2005

    Histórico

    • Aceito
      01 Dez 2004
    • Recebido
      20 Jan 2004
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