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Sistema renina-angiotensina: é possível identificar genes de suscetibilidade à hipertensão?

ARTIGO DE REVISÃO

Sistema renina-angiotensina: é possível identificar genes de suscetibilidade à hipertensão?

Sandro Gonçalves de Lima; Ana Hatagima; Norma Lucena Cavalcanti L. da Silva

Instituto Oswaldo Cruz, Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães e Instituto Materno Infantil Professor Fernando Figueira – Rio de Janeiro, RJ - Recife, PE - Brasil

Correspondência Correspondência: Sandro Gonçalves de Lim Rua André Cavalcanti, 45/1702 - Parnamirim 52060-090 - Recife, PE - Brasil E-mail: sandrolima@cardiol.br

Palavras-chave: Sistema renina-angiotensina, genes, hipertensão/epidemiologia, fatores de risco.

No Brasil, estima-se que 15% a 20% da população adulta urbana sejam acometidos por hipertensão arterial sistêmica (HAS)1,2. Em que pese a inexistência de um estudo de base populacional com representatividade nacional para HAS, indicadores de morbidade e mortalidade por doença cerebrovascular podem mostrar, claramente, a relevância da HAS para a saúde pública brasileira, uma vez que representa um fator de risco com expressiva força de determinação para doenças cardiovasculares3. Em 2004, a doença cerebrovascular foi responsável por 90.930 mortes, sendo a principal causa de mortalidade no Brasil4.

Vários fatores de risco já foram identificados para o desenvolvimento da HAS, entre eles: obesidade, resistência a insulina, consumo aumentado de álcool e sal, idade, sedentarismo e estresse. O conhecimento da epidemiologia desses fatores de risco é fundamental para a compreensão do impacto de cada um deles como determinante da HAS. Em estudo de revisão, recentemente publicado, avaliou-se a prevalência dos fatores de risco mais comuns para a HAS no Brasil a partir de estudos populacionais realizados no período de 1996 a 2005 (tab. 1)5. Verifica-se ampla faixa de variação na prevalência desses fatores de risco que aponta para a necessidade de estudos epidemiológicos mais bem estruturados, entretanto os valores da mediana apresentados revelam elevada prevalência, o que justifica a alta mortalidade por doença cerebrovascular.

HAS: uma doença complexa

Fatores de risco ambientais e genéticos, em conjunto, constituem fenótipos intermediários, como a obesidade, a resistência a insulina, entre outros. Assim, a HAS pode ser entendida como um fenótipo final, resultante de diversos fenótipos intermediários. À luz da biologia molecular, poderíamos conceituar a HAS como uma doença complexa, poligênica, multifatorial, na qual cada paciente pode apresentar diferentes fatores causais (ambientais e/ou genéticos) para o traço6.

A pressão arterial (PA) é resultado do débito cardíaco e da resistência vascular periférica. A descoberta de novos sistemas e mecanismos que influenciam o débito cardíaco e a resistência vascular periférica e, por conseguinte a PA, contribuiu para a construção de uma complexa rede de inter-relações na fisiopatologia da HAS7. Alterações nos mecanismos de retenção renal de sódio, no sistema nervoso simpático, no sistema renina-angiotensina (SRA), na membrana celular, a hiperinsulinemia, entre outros, são parte dessa rede fisiopatológica complexa8. Entendendo cada um desses componentes como fenótipos intermediários e determinados por múltiplos genes, fortalece-se o conceito de HAS como uma doença complexa.

Muitos estudos têm sido realizados para se identificar os genes de susceptibilidade à HAS (tab. 2). Ainda não se conhece o número de genes envolvidos, seu modo de transmissão, seu efeito quantitativo na PA, sua interação com outros genes e com fatores ambientais9. Dos fatores envolvidos na etiopatogenia da HAS, um terço pode ser atribuído a fatores genéticos9-12; entretanto, muitos estudos podem subestimar o impacto desses genes, uma vez que os padrões comportamentais, como a obesidade e o uso excessivo de álcool, também podem ser modulados por fatores genéticos6. Tem sido demonstrado que as respostas ao exercício físico variam de indivíduo para indivíduo, sugerindo que os efeitos dos exercícios podem ser mediados, em grande parte, por variações genéticas13.

A complexidade do estudo dos determinantes moleculares da HAS não se deve apenas à interação gene-ambiente, mas à própria interferência de múltiplos alelos que individualmente podem ter pouca influência no fenótipo final, mas em associação podem ter efeito aditivo significativo14-16. Há relatos de efeitos combinados de genótipos relacionados ao SRA e a elevada prevalência de HAS, embora nenhum efeito individual de cada genótipo isolado tenha sido detectado17. Contudo, alguns genes da HAS podem ser ativados apenas em alguns períodos durante a história de vida de um organismo, assim alguns indivíduos que desenvolvem HAS em idade mais avançada podem ter como mecanismo responsável a ativação de genes da HAS. Apesar dessas evidências, estudos longitudinais são necessários para examinar a relação entre HAS e genes em diferentes idades18. As mutações em diferentes sítios no mesmo gene podem também contribuir para aumentar a complexidade do entendimento do impacto dos genes na determinação da HAS.

O estudo de polimorfismos genéticos na HAS, entretanto, não é dificultado apenas pelos aspectos genéticos já citados; há limitações relacionadas com a metodologia dos estudos empregados. Os tipos de estudos mais utilizados são do tipo caso controle e análises de ligação. Estudos do tipo caso controle selecionam indivíduos não aparentados e permitem obter amostras maiores, têm maior poder estatístico, mas são mais suscetíveis a resultados falso-positivos. Estudos de análise de ligação recrutam sujeitos de uma mesma família ou grupos de familiares portadores de HAS, porém um número menor de indivíduos participa do estudo, o que reduz o seu poder19.

Sistema renina-angiotensina: um componente da rede complexa

Um dos componentes da complexa rede que regula a pressão arterial é o SRA. Seu papel na fisiopatologia da HAS tem sido extensamente estudado, bem como os genes que regulam a expressão de proteínas envolvidas nesse sistema. O SRA influencia a homeostase do sal e da água e o tônus vascular7. Ele é constituído por quatro proteínas principais: renina (REN), angiotensinogênio (AGT), enzima conversora da angiotensina (ECA) e os receptores para a angiotensina II (AII). Todos os componentes do SRA já foram encontrados em tecidos como coração, cérebro, rins, glândulas adrenais, vasos sangüíneos e órgãos reprodutores, permitindo distinguir um SRA local e um circulante. Tem-se sugerido a existência de um SRA intracelular, onde seus componentes não seriam secretados e exerceriam suas ações no interior da célula7,20.

Sumariamente, temos que a renina, de origem renal, atua no AGT, formado no fígado, originando a angiotensina I (AI), que pela ação da ECA transforma-se na AII, potente vasoconstritor direto, e que de forma indireta interage com a secreção de aldosterona, com o sistema nervoso central e com o sistema nervoso simpático. Além da AII, outras angiotensinas produzidas têm ações específicas e entre as melhores caracterizadas estão as angiotensina III, angiotensina IV e angiotensina 1-77.

As ações reguladoras da AII são mediadas por receptores de superfície celular que estão acoplados, por meio da proteína G, a efetores, incluindo a fosforilase C e a adenilciclase21. Existem quatro classes farmacologicamente distintas de receptores para as angiotensinas: AT1, AT2, AT4 e AT1-7. O tipo 1 parece ser o mediador das principais ações fisiopatológicas da AII e é por meio dele que o SRA influencia a PA7,20. Os receptores AT1 estão localizados na membrana plasmática das células-alvo para a AII: células da musculatura lisa vascular, adrenais, miocárdicas e cerebrais22.

A renina, na maioria das espécies, é codificada por um único gene. No homem o gene REN está localizado na região 1q32. O RNA mensageiro é traduzido para uma forma inativa denominada pré-prorenina, com 401 resíduos de aminoácidos, posteriormente clivados até formar a renina ativa. O angiotensinogênio é codificado pelo gene AGT localizado no cromossomo 1q42-43 e pode ser clivado por diferentes enzimas gerando a angiotensina I ou a angiotensina II diretamente. A enzima conversora de angiotensina é codificada pelo gene ACE situado no cromossomo 17q23. Além de aumentar a produção da AII, é também responsável pela degradação da bradicinina, uma substância vasodilatadora e natriurética20. O gene que codifica o receptor AT1 (AGTR1) está localizado no cromossomo 3q21-25, compreende 60 Kb e possui 6 éxons. A região codificante inteira está situada no éxon 523.

HAS e os polimorfismos do sistema renina-angiotensina

Vários genes que codificam as proteínas integrantes do SRA têm sido implicados na etiopatogenia da HAS, doença arterial coronária, síndrome do prolapso da valva mitral, hipertrofia cardíaca, apnéia obstrutiva do sono, demência de Alzheimer, entre outras.

A relação dos polimorfismos do SRA com HAS não é bem definida, como pode ser visto nas tabelas 3, 4 e 5. Alguns estudos mostram associação desses polimorfismos com a HAS, enquanto outros não. Apesar da diversidade étnica e do tamanho amostral, achados semelhantes foram relatados por Sakuma e cols.24 no Brasil e por Sayed-Tabatabaei e cols.25 em Roterdã. O mesmo desenho de estudo (corte transversal) foi utilizado para descrever a associação do alelo D do polimorfismo I/D da ECA com HAS. O primeiro grupo de pesquisadores utilizou uma amostra de 184 indivíduos, enquanto o segundo avaliou 5.321.

A substituição de uma timina por uma citosina na posição 704, no éxon 2 do gene AGT, altera a seqüência de aminoácidos da proteína, levando à substituição de uma metionina por uma treonina, no códon 235. Indivíduos homozigotos TT possuem níveis plasmáticos de AGT 10% a 20% maiores que os homozigotos MM, mostrando uma estreita relação desse polimorfismo com os níveis plasmáticos de AGT18,26,27. A correlação positiva entre o polimorfismo M235T e a concentração plasmática de AGT tem sido observada em diferentes populações28-30. O alelo AGT*235T está em desequilíbrio de ligação com uma variante na região promotora do gene AGT, que consiste na substituição de uma adenina por uma guanina no nucleotídeo 6 (A-6G)31. Tem sido sugerido que essa mutação, A-6G, afeta a interação de fatores de transcrição com o promotor do AGT, influenciando assim a taxa basal de transcrição do gene. Um aumento da expressão do gene AGT pode elevar a produção de angiotensina II pelo SRA resultando na expansão do volume sangüíneo que, por sua vez, aumentaria a pressão arterial31. O polimorfismo M235T pode ser considerado um marcador para a co-existência do polimorfismo A-6G e esse, por sua vez, um marcador para o polimorfismo M235T32.

A relação do gene AGT com HAS foi descrita por Jeunemaitre e cols. em 199219. Esse gene parece estar envolvido no determinismo da hipertensão familiar e de algumas formas de hipertensão induzidas pela gravidez22,33. Pereira e cols.34, em estudo realizado em uma população etnicamente diversa, observaram que o alelo AGT*235T, em homozigose, conferia risco aumentado de HAS34. A tabela 3 mostra alguns estudos realizados em diversas populações. Na Alemanha, Mondry e cols. demonstraram redução do risco de HAS entre mulheres com o genótipo TT18. Deve-se notar, ainda, que, nesses estudos, a distribuição da freqüência dos genótipos do AGT variou consideravelmente entre as populações estudadas.

O polimorfismo inserção/deleção da ECA foi caracterizado em 199035 e corresponde a inserção (I) ou deleção (D) de 287 pares de base no íntron 16 do gene ACE13. Estudos sugerem que esse polimorfismo influencia a concentração sérica de ECA; indivíduos com genótipo DD teriam as maiores concentrações séricas da ECA, enquanto aqueles com genótipo II teriam as menores18,25,36. Estima-se que o alelo D contribuiria com aproximadamente metade da variação dos níveis plasmáticos da ECA37.

Tem sido relatada associação do polimorfismo I/D da ECA com HAS10,24 e com elevada morbidade em hipertensos e diabéticos, embora estudos em populações caucasianas não tenham conseguido detectar um efeito maior desse gene nos hipertensos18,38-42. Em estudo em que a monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) foi utilizada, a PA e a carga pressórica estavam relacionadas com o polimorfismo I/D da ECA43. Especula-se, ainda, que esse polimorfismo modifica a resposta hipotensora dos inibidores da ECA, uma vez que atividade residual dessa enzima tem sido detectada em hipertensos que utilizam essa medicação44. Espinel e cols.35 detectaram uma maior prevalência do genótipo DD em pacientes portadores de hipertensão maligna35. O'Donnell e cols.37 demonstraram um aumento estatisticamente significante na pressão arterial diastólica (PAD) ajustada pela idade, nos indivíduos do sexo masculino, portadores do alelo ACE*D, de forma dose-dependente37. Outros estudos que avaliaram a associação do polimorfismo I/D da ECA com HAS estão listados na tabela 4.

O polimorfismo A1166C do receptor AT1 da AII corresponde à troca de uma adenina por uma citosina na posição 1166 da região 3' não traduzida do gene AGTR1. Variantes no gene AGTR1 humano podem afetar a pressão sangüínea. Alguns autores encontraram associação do alelo AGTR1*1166C com a predisposição para HAS45-49. Castellano e cols. relataram que o alelo AGTR1*1166A era mais freqüente entre os hipertensos46. Jones e cols.50 observaram que o polimorfismo A1166C confere ao indivíduo um risco relativo independente para HAS50. Outros estudos, entretanto, não demonstraram nenhuma associação51-54. Na tabela 5 observa-se que nas populações estudadas o genótipo mais freqüente foi AA.

Como explicar os achados conflitantes

Os resultados muitas vezes conflitantes entre alguns estudos podem, em parte, ser explicados pelo tamanho relativamente pequeno das amostras, especialmente nos estudos de associação25, ou seja, um poder inadequado para detectar modestas contribuições de um fator genético individual para traços complexos como a HAS37. O desenho do tipo caso controle usado em muitos estudos de associação de genes candidatos é eficiente para avaliar a hipótese de associação com a doença, mas a sua metodologia está sujeita a vieses se a seleção de casos e controles não for aleatorizada37. Uma recente metanálise envolvendo estudos em genes candidatos demonstrou que grandes amostras são necessárias para mostrar os efeitos dos genes envolvidos em traços complexos55.

Outro fator que pode contribuir para os resultados divergentes pode estar relacionado aos grupos étnicos estudados. As freqüências dos diferentes marcadores podem variar de acordo com a estrutura da população e a etnia6,32, assim, em razão das diferenças genéticas interindividuais ou do estilo de vida, um fator que é identificado como de risco para HAS em uma população pode não ser significante em outro grupo populacional9,18,32,37.

A interação gene-ambiente também pode ser responsável por uma parcela das contradições entre os estudos. Fatores ambientais ou comportamentais como o exercício físico e o cigarro podem influenciar a expressão de um determinado gene e assim influenciar o fenótipo final. Existem evidências de que a nicotina aumenta a expressão de vários genes no endotélio, incluindo o gene da ECA25. Montgomery e cols.56 mostraram que indivíduos homozigotos DD somente apresentavam hipertrofia ventricular esquerda, em relação aos indivíduos homozigotos II, se esses fossem submetidos à influência de algum fator hipertrófico como o exercício56. Sayed-Tabatabaei e cols.25 demonstraram por meio de modelos de regressão múltipla que o polimorfismo I/D da ECA e o cigarro foram os únicos determinantes dos níveis de atividade plasmática da ECA, explicando, juntos, 28% dos níveis de variação enzimática25.

A interação gene-gene também pode ser imputada para explicar alguns desses resultados divergentes. O'Donnell e cols.37 observaram que o gene do hormônio do crescimento está relacionado com a PAD e cogitaram, a partir desse achado, que outros genes, além do gene do hormônio do crescimento, poderiam estar em desequilíbrio de ligação com o gene da ECA37.

Considerações finais

Assim como é importante conhecer a epidemiologia dos fatores de risco clássicos para HAS e avaliar o impacto que cada um deles tem sobre a morbidade e a mortalidade relacionadas à HAS, o conhecimento de fatores de risco baseados no polimorfismo genético é, da mesma forma, fundamental. Embora estes últimos não sejam, na atualidade, modificáveis, ações em saúde voltadas para a população geneticamente mais suscetível poderão representar valioso impacto na redução da prevalência da HAS. Indivíduos normotensos portadores de polimorfismos do SRA, associados com HAS, poderiam se beneficiar de medidas de tratamento farmacológico ou não-farmacológico, com o objetivo de impedir o desenvolvimento da HAS. O bloqueio precoce do SRA com agentes atualmente disponíveis, como os inibidores da ECA e os bloqueadores dos receptores AT1, poderá representar uma alternativa. Ademais, com os avanços da farmacogenômica, medidas terapêuticas visando modificar a expressão de genes, por exemplo, poderão ser uma realidade no futuro.

Sendo a HAS uma doença poligênica e multifatorial, caracterizar genes de suscetibilidade para HAS não é tarefa fácil. As evidências disponíveis até o momento indicam que talvez a maior dificuldade resida em quantificar o grau de participação desses genes no determinismo da HAS, em face das interações gene-gene e gene-ambiente. Contudo, os avanços em tecnologia aplicada à genética e os crescentes estudos de epidemiologia molecular nos fazem acreditar que esse objetivo será alcançado.

Potencial Conflito de Interesses

Declaro não haver conflitos de interesses pertinentes.

Fontes de Financiamento

O presente estudo não teve fontes de financiamento externas.

Vinculação Acadêmica

Não há vinculação desse estudo a programas de pós-graduação.

Artigo recebido em 15/05/07; revisado recebido em 23/08/07; aceito em 23/08/07.

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  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      18 Abr 2008
    • Data do Fascículo
      Dez 2007
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