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Maioridade científica rumo à liderança na América do Sul
Antonio Carlos Palandri Chagas
Presidente da SBC
Correspondência Correspondência: Antonio Carlos Palandri Chagas Avenida Marechal Câmara, 160/330, Centro 20020-907, Rio de Janeiro, RJ - Brasil E-mail: acchagas@cardiol.br
Acabamos de realizar a 63ª edição do Congresso Brasileiro de Cardiologia. Digo "realizar", pois este é o termo mais adequado, porque me refiro ao fato de a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) ter alcançado um ideal.
Em números, a programação científica reuniu 30 conferências; 49 mesas redondas, 29 colóquios, 37 sessões "como eu faço", dois casos clínicos, 41 controvérsias, 28 atualizações curriculares, 13 sessões especiais e 65 de temas livres orais, contemplando 660 apresentações, e três dias de apresentação de temas livres murais, incluindo quatro sessões especiais com os melhores.
Além disso, foram realizadas 11 atividades pré-congresso e quatro fóruns de especialidades distintas - fisioterapia, nutrição, enfermagem e psicologia em cardiologia e, ainda, três edições do curso ACLS. E, em um modelo inovador, a essa programação também foram acrescidas 15 sessões para debate das principais diretrizes publicadas pela SBC no bem-recebido projeto Salas das Diretrizes.
O congresso também ofereceu oportunidade de credenciamento dos médicos interessados no Título de Especialista em Cardiologia SBC/AMB com a realização de exame durante o evento; opção cultural com a mostra inaugural do Museu do Coração; capacitação tecnológica para o Consultório Digital, software de automatização de consultórios; e oferta de produtos exclusivos da SBC no Cantinho do Coração.
Sem contar com a infra-estrutura de serviços disponibilizada que somou 53 estabelecimentos da rede hoteleira de Curitiba, 16 linhas de ônibus para transporte dos congressistas ao centro de convenções - além do disponibilizado para visita ao Museu do Coração - e duas agências de turismo oficiais envolvidas.
Os números são grandiosos e, sem dúvida, foram primordiais para a atração dos inscritos contabilizados no congresso. Foram 6.305 participantes, entre eles 5.259 médicos, 588 acadêmicos e 458 colaboradores.
Enfim, o 63º Congresso Brasileiro de Cardiologia marcou a maioridade científica do evento que se tornou efetivamente internacional com a realização de simpósios conjuntos com importantes entidades de outros países. Entre elas: o American College of Cardiology, as sociedades Portuguesa de Cardiologia, de Aterosclerose Latino-Americana, Latino-Americana de Cardiologia Intervencionista e o Pulmonary Vascular Research Institute. É nessa direção que a SBC caminha - rumo à liderança da cardiologia sul-americana.
Não posso me esquecer de mencionar a presença destacada do governo Federal com a realização de várias atividades conjuntas. É importante lembrar que, pouco antes do congresso, no dia 3 de setembro, a SBC assinou com o Ministério da Saúde termo de cooperação técnica. O acordo reconhece a importância científica da entidade que passará a respaldar as políticas públicas direcionadas à saúde cardiovascular.
A exemplo do que aconteceu este ano, para o 64º Congresso Brasileiro de Cardiologia que será realizado em Salvador, entre 12 e 16 de setembro, registro aqui um compromisso desta gestão: o de superar todas as expectativas com um evento em que, além de uma programação científica de elevado gabarito, estará exposto tudo de melhor e mais moderno que a indústria tem a oferecer, assegurando a difusão do conhecimento para os cardiologistas, e, sobretudo, contribuindo para o aprimoramento do exercício da atividade médica.
Datas de Publicação
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Publicação nesta coleção
11 Nov 2008 -
Data do Fascículo
Out 2008