Imunossupressores; Neoplasias de mama / química; Antineoplásicos / efeitos adversos; Insuficiência cardíaca; Disfunção ventricular
Prezado Editor,
Foi com grande interesse que lemos o artigo "Detecção de Cardiotoxicidade Subclínica
Induzida por Trastuzumabe em Portadoras de Câncer de Mama"11. Dores H, Abecasis J, Correia MJ, Gandara F, Fonseca C, Azevedo J, et
al. Detecção de cardiotoxicidade subclínica induzida por trastuzumabe em portadoras
de câncer de mama. Arq Bras Cardiol. 2013;100(4):328-32.. A cardio-oncologia é um desafio atual para os cardiologistas, dada a elevada
prevalência de toxicidade cardiovascular secundária aos quimioterápicos, aliada à
necessidade de se determinarem condutas eficazes em reduzir a incidência dessas
complicações22. Curigliano G, Cardinale D, Suter T, Plataniotis G, de Azambuja E,
Sandri MT, et al. Cardiovascular toxicity induced by chemotherapy, targeted agents
and radiotherapy: ESMO clinical practice guidelines. Ann Oncol. 2012;23 Suppl
7:vii155-66.
3. Bowles EJA, Wellman R, Feigelson HS, Onitilo AA, Freedman AN, Delate
T, et al. Risk of heart failure in breast cancer patients after anthracycline and
trastuzumab treatment: a retrospective cohort study. J Natl Cancer Inst.
2012;104(17):1293-305.
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44. Kalil Filho R, Hajjar LA, Bacal F, Hoff PM, Diz M del P, Galas FR, et
al. I Diretriz Brasileira de cardio-oncologia da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Arq Bras Cardiol. 2011;96(2 supl.1):1-52..
O artigo citado é muito relevante e gostaríamos de parabenizar os autores. A leitura do título e do objetivo nos leva a crer, de imediato, que haveria a descrição de um método ou variável capaz de detectar precocemente a cardiotoxicidade subclínica (aqui definida como redução da fração de ejeção ventricular). Entretanto, não conseguimos estabelecer de que forma os autores presumem que a alteração da função diastólica encontrada precederia a disfunção sistólica, uma vez que nenhum paciente estudado apresentou redução significativa da fração de ejeção ventricular nos três meses de acompanhamento. Gostaríamos de saber dos autores se eles atribuem a ausência de queda da fração de ejeção ao curto tempo de acompanhamento, à ausência de alterações cardíacas prévias (doença coronária, acidente vascular cerebral ou insuficiência cardíaca) ou ao fato de se tratar de uma população cuja prevalência de comorbidades (hipertensão arterial e diabetes) foi aquém do que temos visto nos grandes estudos.
Muito obrigado e parabéns pelo artigo.
Referências
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1Dores H, Abecasis J, Correia MJ, Gandara F, Fonseca C, Azevedo J, et al. Detecção de cardiotoxicidade subclínica induzida por trastuzumabe em portadoras de câncer de mama. Arq Bras Cardiol. 2013;100(4):328-32.
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2Curigliano G, Cardinale D, Suter T, Plataniotis G, de Azambuja E, Sandri MT, et al. Cardiovascular toxicity induced by chemotherapy, targeted agents and radiotherapy: ESMO clinical practice guidelines. Ann Oncol. 2012;23 Suppl 7:vii155-66.
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3Bowles EJA, Wellman R, Feigelson HS, Onitilo AA, Freedman AN, Delate T, et al. Risk of heart failure in breast cancer patients after anthracycline and trastuzumab treatment: a retrospective cohort study. J Natl Cancer Inst. 2012;104(17):1293-305.
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4Kalil Filho R, Hajjar LA, Bacal F, Hoff PM, Diz M del P, Galas FR, et al. I Diretriz Brasileira de cardio-oncologia da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arq Bras Cardiol. 2011;96(2 supl.1):1-52.
Datas de Publicação
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Publicação nesta coleção
25 Mar 2014
Histórico
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Recebido
10 Ago 2013 -
Revisado
04 Out 2013 -
Aceito
04 Out 2013