Acessibilidade / Reportar erro

Checklist dos Rotifera (Animalia) do Estado de Mato Grosso do Sul, Brasil

Checklist of the Rotifera (Animalia) from Mato Grosso do Sul State, Brazil

RESUMO

Este estudo listou os táxons de Rotifera encontrado da literatura científica no estado de Mato Grosso do Sul. O estudo foi dividido em cinco áreas gerais: (1) rio Paraguai, (2) Pantanal de Nhecolândia, (3) rio Miranda, rio Negro, rio Abobral e Itaqueri, (4) represa Lago do Amor na cidade de Campo Grande, e (5) rios, lagos e canais do rio Paraná. Foram registrados um total de 364 táxons, sendo as famílias Lecanidae, Trichocercidae e Brachionidae as mais ricas, com 72, 32 e 30 táxons respectivamente. A maior riqueza de táxons foi registrada na área do rio Paraná (244 táxons), e em seguida no rio Paraguai na região da cidade de Corumbá (com 154 táxons encontrados), e nos lagos de água doce do Pantanal da Nhecolândia (com 148 táxons). É altamente provável que estes resultados são reflexos da quantidade e qualidade dos estudos nestas áreas.

PALAVRAS-CHAVE:
Biodiversidade; zooplancton de água doce; Bacia do Alto Paraguai; Bacia do rio Paraná; Programa Biota-MS.

ABSTRACT

This study comprises a list of rotifer taxa found in the state of Mato Grosso do Sul, gleaned from the scientific literature. The studies were divided in five general areas: (1) the River Paraguay, (2) the Pantanal of Nhecolândia, (3) the rivers Miranda, Abobral and Itaqueri, (4) a reservoir in the city of Campo Grande, and (5) rivers, lakes and canals of the River Paraná. In total, 364 taxa were registered, with the families Lecanidae, Trichocercidae and Brachionidae showing greatest taxonomic richness, with 72, 32 and 30 taxa, respectively. The greatest taxon richness was found in the area of the River Paraná (244 taxa), followed by the River Paraguay in the region of the city of Corumbá (with 154 taxa), and the freshwater lakes of Nhecolândia (with 148 taxa). This pattern is most probably due to the quantity and quality of the studies carried out in these areas.

KEYWORDS:
Biodiversity; freshwater zooplankton; Alto Paraguay River Basin; Paraná River basin; Biota-MS Program.

Os rotíferos são animais geralmente microscópicos, quase exclusivamente de água doce e geralmente abundantes em lagos, represas e rios, e também em solos úmidos. Tem grande importância nas teias alimentares de ambientes aquáticos, se alimentando de algas, protozoários, bactérias e detritos, servindo como presas para predadores invertebrados, bem como peixes, especialmente formas jovens e pequenas. Podem ter papéis muito importantes na reciclagem de nutrientes e serem úteis como indicadores de qualidade ambiental, na ecotoxicologia, e na aquicultura. O filo consiste de três grupos, o pequeno grupo marinho Seisonacea, e os grupos maiores de água doce, Bdelloidea e Monogononta. Em Bdelloidea não foram registrados machos, enquanto em Monogononta os mesmos são extremamente raros. Assim, a taxonomia é baseada quase exclusivamente das características das fêmeas. Para uma introdução à biologia, ecologia e sistemática do Rotifera, ver Wallace et al. (2006Wallace, R. L.; Snell, T. W.; Ricci, C.& Nogrady, T.2006. Rotifera Biology, ecology and systematics. 2ed. Holanda, Kenobi Productions; Gent, Belgica, Backhuys Academic Publishing B. V. 299 p.).

Nas ações de conservação e gestão da biodiversidade, estudos taxonômicos são de extrema importância ( Segers, 2008 Segers, H. 2008. Global diversity of rotifers (Rotifera) in freshwater. Hydrobiologia 595:49-59.). Para se ter uma visão do estado do conhecimento taxonômico em uma região e apontar lacunas na informação e direções de futuras pesquisas, os inventários taxonômicos são fundamentais ( Oliveira-Neto & Moreno, 1999Oliveira-Neto, A. L. & Moreno, I. H.1999. Rotíferos. In: Joly, C. A. & Bicudo, C. E. M. coord. Biodiversidade do Estado de São Paulo, Brasil: síntese do conhecimento ao final do século XX. Invertebrados de água doce. São Paulo, FAPESP, v.4.; Souza-Soares et al., 2011Souza-Soares, F.; Tundisi, J. G. & Matsumura-Tundisi, T.M. 2011. Checklist de Rotifera de água doce do Estado de São Paulo, Brasil. Biota Neotropica 11(1a):1-25. Disponível em: < http://www.biotaneotropica.org.br/v11n1a/pt/fullpaper?bn0231101a2011+pt>.
http://www.biotaneotropica.org.br/v11n1a...
; Garrafoni & Lourenço, 2012)Garraffoni, A. R. S. & Lourenço, A. P. 2012. Synthesis of Brazilian Rotifera: An updated list of species. Check List 8:375-407.. No presente estudo, pela primeira vez, um inventário taxonômico do grupo Rotifera é compilado para o Estado de Mato Grosso do Sul.

MATERIAL E MÉTODOS

Para a compilação da lista de táxons de rotíferos encontrados no Estado de Mato Grosso do Sul foram utilizados artigos da literatura científica, bem como uma dissertação de mestrado, uma tese de doutorado e relatórios não publicados. Táxons não reconhecidos por Segers (2007 Segers, H. 2007. Annotated checklist of the rotifers (Phylum Rotifera), with notes on nomenclature, taxonomy and distribution. Auckland, New Zealand, Magnolia Press. 104p.) são indicados na tabela da listagem; este trabalho é considerado como a mais correta revisão moderna, porque segue rigorosamente as regras do Código Internacional de Nomenclatura Zoológica ( ICZN, 1999ICZN. International Commission on Zoological Nomeclature.1999. International Code of Zoological Nomenclature. London, The International Trust for Zoological Nomenclature. 306p.).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os estudos foram divididos em cinco áreas ( Tab. I), sendo o rio Paraguai, incluindo lagoas marginais e áreas inundadas, lagos de água doce e hiposalina do Pantanal da Nhecolândia, corpos de água associados com os rios Miranda, Negro, Abobral e Itaqueri, a represa Lago do Amor na cidade de Campo Grande, e rios, lagos e canais do rio Paraná.

Tab. I
Identificação das localidades de amostragem de Rotifera, com coordenadas geográficas e referências dos estudos, Mato Grosso do Sul., Brasil.

Devido ao número reduzido de estudos e diferenças no esforço de amostragem (número de estudos, número de amostras analisadas), não é possível obter nenhuma conclusão em relação a padrões de biodiversidade de Rotifera no estado, em nível regional ( Oliveira-Neto & Moreno, 1999Oliveira-Neto, A. L. & Moreno, I. H.1999. Rotíferos. In: Joly, C. A. & Bicudo, C. E. M. coord. Biodiversidade do Estado de São Paulo, Brasil: síntese do conhecimento ao final do século XX. Invertebrados de água doce. São Paulo, FAPESP, v.4.; Souza-Soares et al., 2011Souza-Soares, F.; Tundisi, J. G. & Matsumura-Tundisi, T.M. 2011. Checklist de Rotifera de água doce do Estado de São Paulo, Brasil. Biota Neotropica 11(1a):1-25. Disponível em: < http://www.biotaneotropica.org.br/v11n1a/pt/fullpaper?bn0231101a2011+pt>.
http://www.biotaneotropica.org.br/v11n1a...
) ou em nível nacional ( Garrafoni & Lourenço, 2012Garraffoni, A. R. S. & Lourenço, A. P. 2012. Synthesis of Brazilian Rotifera: An updated list of species. Check List 8:375-407.). A maior riqueza foi registrada na área do rio Paraná, seguida do rio Paraguai na região da cidade de Corumbá, e nos lagos de água doce da Nhecolândia ( Tab. 2). É provável que estes resultados refletem principalmente a quantidade e qualidade de pesquisa nestas áreas, o rio Paraná sendo pesquisado detalhadamente por vários anos ( Lansac-Tôha et al., 2009Lansac-Tôha, F. A.;; Bonecker, C. C.; Velho, L. F. M. Simões, N. R.; Dias, J. D.; Alves, G. M. & Takahashi, E. M. 2009. Biodiversity of zooplankton communities in the Upper Paraná River floodplain: interannual variation from long-term studies. Brazilian Journal of Biology69:539-549.), e os outros dois estudos beneficiados por estudos do taxonomista Walter Koste (Koste, 1978Koste, W. 1978. Rotatoria. Die Rädertiere Mitteleuropas. Berlin, Gebrüder Borntraeger. 2 vol.). Assim, o efeito esforço/especialista seria a explicação para estes elevados valores de riqueza ( Fontaneto et al., 2012Fontaneto, D.; Barbosa, A. M.; Segers, H. & Pautasso, M. 2012. The ‘rotiferologist’ effect and other global correlates of species richness in monogonont rotifers. Ecography 35:174-182.). Pode-se concluir que mais estudos taxonômicos e ecológicos são necessários e urgentes, especialmente na região do Pantanal, uma Reserva da Biosfera e Patrimônio da Humanidade da UNESCO.

Quando amostras fixadas são analisadas, muitas formas de rotíferos, especialmente os aloricados sem apêndices distintos (sendo principalmente formas não planctônicas como membros das famílias de Notommatidae e Dicranophoridae, e o grupo Bdelloidea) não podem ser identificados. Assim, para identificação confiável e descrição de novas espécies, é necessário examinar organismos vivos. No Brasil, onde é frequentemente necessário viajar grandes distâncias para amostrar áreas de interesse longe de laboratórios, tais análises são muitas vezes inviáveis. A utilização de anestesia, por exemplo Bupivacaine ( Nogrady & Rowe, 1993Nogrady, T. & Rowe, T. L. A. 1993. Comparative laboratory studies of narcosis in Brachionus plicatilis. Hydrobiologia 255,256:51-56. ), ou água carbonificada pode ser útil, mas nem sempre funciona eficientemente.

A identificação de rotíferos, especialmente os aloricados, frequentemente depende de análises da microestrutura do mástax (mandíbula) ( Obertegger et al., 2006Obertegger, U.; Braioni, M. G.; Arrighett, G. & Flaim, G. 2006. Trophi morphology and its usefulness for identification of formalin-preserved species of Synchaeta Ehrenberg, 1832 (Rotifera: Monogononta: Synchaetidae). Zoologischer Anzeiger245:109-120.). Tais análises são frequentemente viáveis com o uso de microscopia convencional (óptica). Porém, o uso de microscopia eletrônica pode revelar mais detalhes, com maior confiabilidade.

A técnica de microscopia eletrônica é de grande utilidade em análises de microcaracterísticas de rotíferos ( Clément & Wurdak, 1991Clément, P. & Wurdak, E. 1991. Rotifera. In: Harrison, F. W. & Ruppert, E. E. eds. Microscopic Anatomy of Invertebrates 4: Aschelminthes. New York, Wiley-Liss, p. 219-297.), principalmente Microscopia Eletrônica de Varredura (SEM) aplicada ao mástax ( De Smet, 1998De Smet, W. H. 1998. Preparation of rotifer trophi for light and scanning electron microscopy. Hydrobiologia 387,388:117-121.), sendo usada cada vez mais para a identificação de espécies ( De Smet, 2005 De Smet, W. H. 2005. Study of the trophi of Testudinella Bory de St. Vincent and Pompholyx Gosse (Rotifera: Testudinellidae) by scanning electron microscopy. Hydrobiologia 546:203-211.). Markevich & Kutikova (1989Markevich, G. I. & Kutikova, L. A. 1989. Mastax morphology under SEM and its usefulness in reconstructing rotifer phylogeny and systematics. Hydrobiologia 186,187:285-289.) propõem uma classificação nova de Rotifera, baseada inteiramente em estudos da ultraestrutura do mástax utilizando SEM. Sanoamuang (1993b Sanoamuang, L. 1993b. Comparative studies on scanning electron microscopy of trophi of the genus Filinia Bory De St. Vincent (Rotifera). Hydrobiologia 264:115-128.) e Shiel & Sanoamuang (1993Shiel, R. J. & Sanoamuang, L.1993. Trans-Tasman variation in Australasian Filinia populations. Hydrobiologia 255,256:455-462. ) utilizaram SEM para distinguir, na base da ultraestrutura do mástax, espécies de Filinia. Por exemplo, para distinguir a F. teminalis (uma espécie de água temperada) de F. novaezealandiae (uma espécie de água tropical) ( Segers et al., 1996Segers, H.; Koste, W.& Yussef, S. M. 1996. Contribution to the knowledge of the monogonont Rotifera of Zanzibar, with a note on Filinia novaezealandiae Shiel & Sanoamuang. Internationale Revue der gesamten Hydrobiologie 96:597-603.), é necessário contar o número de dentes do único do mástax; isto só pode ser feito com confiabilidade utilizando SEM. A frequente indisponibilidade deste equipamento é um obstáculo aos estudos taxonômicos de Rotifera no Brasil.

O conhecimento sobre a taxonomia morfológica deve-se aliar à ecologia e taxonomia molecular para aumentar a precisão dos diagnósticos. Silva & Matsumura-Tundisi (2005Silva, W. M. & Matsumura-Tundisi, T.2005. DNA extraction and ITS2 (Internal Transcribed Spacer 2) gene sequences of some Brazilian freshwater copepods. Verhandlungen des Internationalen Verein Limnologie 29:409-413.) sugeriram marcadores moleculares, ITS2 (Espaço transcrito interno 2) para Copepoda como auxílio a taxonomia tradicional. Esta abordagem pode ser também útil para os cladóceros ( Abreu et al., 2010Abreu, M. J.; Santos-Winiewski, M. J.; Rocha, O. & Orlando, T. C. 2010. The use of PCR-RFLP to genetically distinguish the morphologically close species: Ceriodaphnia dubia Richard, 1894 and Ceriodaphnia silvestrii Daday, 1902 (Crustacea Cladocera). Brazilian Journal of Biology 70:121-124.). Em relação aos rotíferos, estudos desta categoria demonstraram que existem espécies crípticas em várias morfoespécies, como, por exemplo, Brachionus calyciflorus ( Gilbert & Walsh, 2005Gilbert, J. J. & Walsh, E. J. 2005. Brachionus calyciflorus is a species complex: Mating behavior and genetic differentiation among four geographically isolated strains. Hydrobiologia 546:257-265.). Mais estudos deste tipo são necessários no Brasil.

Um fator que dificulta a taxonomia dos rotíferos é o alto grau de plasticidade fenotípico em morfologia de vários gêneros, como Brachionus e Keratella (Pejler, 1977), com a descrição de elevados números de subespécies, formas e variedades, de relações taxonômicas confusas. Assim, características utilizadas na taxonomia podem variar em relação às características do ambiente, como temperatura e predadores ( Sanoamuang, 1993aSanoamuang, L. 1993a. The effect of temperature on morphology, life history and growth rate of Filinia terminalis (Plate) and Filinia cf. pejleri Hutchinson in culture. Freshwater Biology30:257-267.; Gilbert, 2011Gilbert, J. J. 2011. Induction of different defences by two enemies in the rotifer Keratella tropica: response priority and sensitivity to enemy density. Freshwater Biology 56:926-938.). Estudos espaço-temporais de biometria de populações destas formas podem ser importantes no esclarecimento de suas posições taxonômicas ( Roche, 1993Roche, K. F. 1993. Temporal variation in the morphology of the rotifer Keratella quadrata (Müller, 1786). Annales de Limnologie 29:119-127. ; Giri & José de Paggi, 2006Giri, F. & José de Paggi, S. 2006. Geometric morphometric and biometric analysis for the systematic elucidation of Brachionus caudatus Barrois and Daday, 1894 (Rotifera Monogononta Brachionidae) forms. Zoologischer Anzeiger 244:171-180.).

Finalmente, a necessidade de chaves de identificação em português é grande; a chave mais comumente usada ainda é de Koste (1978Koste, W. 1978. Rotatoria. Die Rädertiere Mitteleuropas. Berlin, Gebrüder Borntraeger. 2 vol.) que, além de antiquada, é na língua alemã. As chaves mais atualizadas de Segers (1995Segers, H. 1995. The Lecanidae (Monogononta). Rotifera 2. . In: Dumont, H. J.ed. Guides to the identification of microinvertebrates of continental waters of the world6. The Netherlands, SBP Academic. 226p.), Nogrady et al. (1995Nogrady, T.;. Pourriot, R & Segers, H.1995. The Notommatidae and the Scaridiidae. Rotifera 3. In: Dumont, H. J.ed. Guides to the identification of microinvertebrates of continental waters of the world8. The Netherlands, SPB Academic. 248p.), De Smet (1996 De Smet, W. H. 1996. The Proalidae (Monogononta). Rotifera 4. In: Dumont, H. J. ed. Guides to the identification of microinvertebrates of continental waters of the world 9. The Netherlands, SPB Academic. 344p.), De Smet & Pourriot (1997De Smet, W. H. & Pourriot, R. 1997. The Dicranophoridae and: The Ituridae (Monogononta). Rotifera 5. In: Dumont, H. J. ed. Guides to the identification of microinvertebrates of continental waters of the world 12. The Netherlands, SPB Academic. 344p. ), Ricci & Melone (2000Ricci, C. & Melone, G. 2000. Key to the identification of the genera of bdelloid rotifers. Hydrobiologia 418:73-80. ), e Nogrady & Segers (2002Nogrady, T. & Segers, H.2002. Asplanchnidae, Filiniidae, Gastropodidae, Lindiidae, Microcodidae and Synchaetidae. Rotifera 6. In: Dumont, H. J.ed. Guides to the identification of microinvertebrates of continental waters of the world18. The Netherlands, Backhuys Publishers BV. 264p.) são em inglês, e assim mais acessível. Porém, uma chave no modelo de El Moor-Loureiro (1997El Moor Loureiro, L. M. A. 1997. Manual de identificação de cladóceros límnicos do Brasil. Brasília, Editora Universa-UCB. 156p. ) para Cladocera seria útil em estudos taxonômicos de Rotifera no Brasil.

Tab. II
Lista dos táxons encontrados nas localidades do Mato Grosso do Sul, Brasil ( Tab. I). Táxons não reconhecidos por Segers (2007 Segers, H. 2007. Annotated checklist of the rotifers (Phylum Rotifera), with notes on nomenclature, taxonomy and distribution. Auckland, New Zealand, Magnolia Press. 104p.) são indicados pelo *.

Agradecimentos

A Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciências e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (FUNDECT) e a Superintendência de Ciências e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (SUCITEC/MS) pelo convite de participação neste fascículo especial da Iheringia, Série Zoologia e o suporte financeiro para sua publicação.

Referências Bibliográficas

  • Abreu, M. J.; Santos-Winiewski, M. J.; Rocha, O. & Orlando, T. C. 2010. The use of PCR-RFLP to genetically distinguish the morphologically close species: Ceriodaphnia dubia Richard, 1894 and Ceriodaphnia silvestrii Daday, 1902 (Crustacea Cladocera). Brazilian Journal of Biology 70:121-124.
  • Bonecker, C. C.; Aoyagui, A. S. M. & Santos, R. M. 2009. The impact of impoundment on the rotifer communities in two floodplain environments: interannual pulse variations. Brazilian Journal of Biology69:529-537.
  • Bonecker, C. C.; Lansac-Tôha, F. A. & Bini, L. M. 1998. Composition of zooplankton communities in different environments of the Mato Grosso Pantanal, Mato Grosso, Brazil. In: Anais do VIII Seminário Regional de Ecologia, v. III, p. 1123-1135.
  • Bonecker, C. C.; Lansac-Tôha, F. A.& Staub, A. 1994. Qualitative study of rotifers in different environments of the High Paraná River floodplain (MS) - Brazil. Revista Unimar 16:1-16.
  • Calheiros, D. F. 2003. Influência do pulso de inundação na composição isotópica (δ13C e δ15N) das fontes primárias de energia na planície de inundação do rio Paraguai, Pantanal - MS. Tese de doutorado. Piracicaba, Centro de Energia Nuclear na Agricultura, Universidade de São Paulo . 164p.
  • Clément, P. & Wurdak, E. 1991. Rotifera. In: Harrison, F. W. & Ruppert, E. E. eds. Microscopic Anatomy of Invertebrates 4: Aschelminthes. New York, Wiley-Liss, p. 219-297.
  • De Smet, W. H. 1998. Preparation of rotifer trophi for light and scanning electron microscopy. Hydrobiologia 387,388:117-121.
  • De Smet, W. H. 1996. The Proalidae (Monogononta). Rotifera 4. In: Dumont, H. J. ed. Guides to the identification of microinvertebrates of continental waters of the world 9. The Netherlands, SPB Academic. 344p.
  • De Smet, W. H. 2005. Study of the trophi of Testudinella Bory de St. Vincent and Pompholyx Gosse (Rotifera: Testudinellidae) by scanning electron microscopy. Hydrobiologia 546:203-211.
  • De Smet, W. H. & Pourriot, R. 1997. The Dicranophoridae and: The Ituridae (Monogononta). Rotifera 5. In: Dumont, H. J. ed. Guides to the identification of microinvertebrates of continental waters of the world 12. The Netherlands, SPB Academic. 344p.
  • El Moor Loureiro, L. M. A. 1997. Manual de identificação de cladóceros límnicos do Brasil. Brasília, Editora Universa-UCB. 156p.
  • Espíndola, E. G.; Matsumura-Tundisi, T. & Moreno, I. H. 1996. Efeitos da dinâmica hidrológica do sistema Pantanal Matogrossense sobre a estrutura da comunidade de zooplancton da Lagoa Albuquerque. Acta Limnologica Brasiliensia 8:37-57.
  • Fontaneto, D.; Barbosa, A. M.; Segers, H. & Pautasso, M. 2012. The ‘rotiferologist’ effect and other global correlates of species richness in monogonont rotifers. Ecography 35:174-182.
  • Frutos, S. M.; Poi De Neiff, A. S. G. & Neiff, J. J. 2006. Zooplankton of the Paraguay River: a comparison between sections and hydrological phases. Annales de Limnologie - International Journal of Limnology 42:277-288.
  • Garcia, A. P. P.; Lansac-Tôha, F. A.& Bonecker, C. C.1998. Species composition and abundance of rotifers in different environments of the floodplain of the upper Paraná River, Brazil. Revista Brasileira de Zoologia 15:327-343.
  • Garraffoni, A. R. S. & Lourenço, A. P. 2012. Synthesis of Brazilian Rotifera: An updated list of species. Check List 8:375-407.
  • Gilbert, J. J. 2011. Induction of different defences by two enemies in the rotifer Keratella tropica: response priority and sensitivity to enemy density. Freshwater Biology 56:926-938.
  • Gilbert, J. J. & Walsh, E. J. 2005. Brachionus calyciflorus is a species complex: Mating behavior and genetic differentiation among four geographically isolated strains. Hydrobiologia 546:257-265.
  • Giri, F. & José de Paggi, S. 2006. Geometric morphometric and biometric analysis for the systematic elucidation of Brachionus caudatus Barrois and Daday, 1894 (Rotifera Monogononta Brachionidae) forms. Zoologischer Anzeiger 244:171-180.
  • ICZN. International Commission on Zoological Nomeclature.1999. International Code of Zoological Nomenclature. London, The International Trust for Zoological Nomenclature. 306p.
  • Joko, C. Y.; Lansac-Tôha, F. A. Murakami, E. A. & Bonecker, C. C.2008. Novas ocorrências de Lecane no plâncton de distintos ambientes da planície de inundação do alto rio Paraná. Acta Scientiarum, Biological Sciences 30:165-171.
  • José de Paggi, S. 1995. Rotifera. In: Lopretto, E. C. & Tell. G. eds. Ecosistemas de aguas continentales. Metodologias para su estudio. II. La Plata, Ediciones Sur, p.643-667.
  • Koste, W. 1978. Rotatoria. Die Rädertiere Mitteleuropas. Berlin, Gebrüder Borntraeger. 2 vol.
  • Koste, W. 1999. Uber Radertiere (Rotifera) aus Gewassern des sudlichen Pantanal (Brasilien). Osnabrücker Naturwissenschaftliche Mitteilungen 25:179-209.
  • Lansac-Tôha, F. A.;; Bonecker, C. C. Velho, L. F. M. & Lima, A. F. 1997. Composição, distribuição e abundância da comunidade zooplanctônica. In: Vazzoler, A. E. A. M.; Agostinho, A. A. & Hahn, N. S. eds. A planície de inundação do alto rio Paraná. Maringá, Editora UEM, p.117-155.
  • Lansac-Tôha, F. A.;; Bonecker, C. C.; Velho, L. F. M. Simões, N. R.; Dias, J. D.; Alves, G. M. & Takahashi, E. M. 2009. Biodiversity of zooplankton communities in the Upper Paraná River floodplain: interannual variation from long-term studies. Brazilian Journal of Biology69:539-549.
  • Markevich, G. I. & Kutikova, L. A. 1989. Mastax morphology under SEM and its usefulness in reconstructing rotifer phylogeny and systematics. Hydrobiologia 186,187:285-289.
  • Martínez, J. C. C.; Canesin, A. & Bonecker, C. C.2000. Species composition of rotifers in different habitats of an artificial lake, Mato Grosso do Sul State, Brazil. Acta Scientiarum 22:343-346.
  • Medina-Júnior, P. B. 1999. Estrutura e diversidade da comunidade zooplanctônica em lagoas naturais do Pantanal de Nhecolândia - MS. Dissertação de Mestrado. São Carlos, Ciências da Engenharia Ambiental, Universidade de São Paulo.
  • Nogrady, T. & Segers, H.2002. Asplanchnidae, Filiniidae, Gastropodidae, Lindiidae, Microcodidae and Synchaetidae. Rotifera 6. In: Dumont, H. J.ed. Guides to the identification of microinvertebrates of continental waters of the world18. The Netherlands, Backhuys Publishers BV. 264p.
  • Nogrady, T. & Rowe, T. L. A. 1993. Comparative laboratory studies of narcosis in Brachionus plicatilis. Hydrobiologia 255,256:51-56.
  • Nogrady, T.;. Pourriot, R & Segers, H.1995. The Notommatidae and the Scaridiidae. Rotifera 3. In: Dumont, H. J.ed. Guides to the identification of microinvertebrates of continental waters of the world8. The Netherlands, SPB Academic. 248p.
  • Obertegger, U.; Braioni, M. G.; Arrighett, G. & Flaim, G. 2006. Trophi morphology and its usefulness for identification of formalin-preserved species of Synchaeta Ehrenberg, 1832 (Rotifera: Monogononta: Synchaetidae). Zoologischer Anzeiger245:109-120.
  • Oliveira-Neto, A. L. 1991. Rotifers from Pantanal. A flood area in Brazil. End of Course Report of the International training course on Lake zooplankton: a tool in lake management. Belgium, State University of Ghent, Laboratory of Limnology.
  • Oliveira-Neto, A. L. & Moreno, I. H.1999. Rotíferos. In: Joly, C. A. & Bicudo, C. E. M. coord. Biodiversidade do Estado de São Paulo, Brasil: síntese do conhecimento ao final do século XX. Invertebrados de água doce. São Paulo, FAPESP, v.4.
  • Ricci, C. & Melone, G. 2000. Key to the identification of the genera of bdelloid rotifers. Hydrobiologia 418:73-80.
  • Roche, K. F. 1993. Temporal variation in the morphology of the rotifer Keratella quadrata (Müller, 1786). Annales de Limnologie 29:119-127.
  • Roche, K. F. 2010. Estudo da eutrofização de uma pequena represa urbana (“Lago do Amor”, Campo Grande, MS): qualidade da água, biomonitoramento, e modelagem. Relatório Técnico. Campo Grande, Fundect/UFMS.
  • Sanoamuang, L. 1993a. The effect of temperature on morphology, life history and growth rate of Filinia terminalis (Plate) and Filinia cf. pejleri Hutchinson in culture. Freshwater Biology30:257-267.
  • Sanoamuang, L. 1993b. Comparative studies on scanning electron microscopy of trophi of the genus Filinia Bory De St. Vincent (Rotifera). Hydrobiologia 264:115-128.
  • Segers, H. 1995. The Lecanidae (Monogononta). Rotifera 2. . In: Dumont, H. J.ed. Guides to the identification of microinvertebrates of continental waters of the world6. The Netherlands, SBP Academic. 226p.
  • Segers, H. 2007. Annotated checklist of the rotifers (Phylum Rotifera), with notes on nomenclature, taxonomy and distribution. Auckland, New Zealand, Magnolia Press. 104p.
  • Segers, H. 2008. Global diversity of rotifers (Rotifera) in freshwater. Hydrobiologia 595:49-59.
  • Segers, H.; Koste, W.& Yussef, S. M. 1996. Contribution to the knowledge of the monogonont Rotifera of Zanzibar, with a note on Filinia novaezealandiae Shiel & Sanoamuang. Internationale Revue der gesamten Hydrobiologie 96:597-603.
  • Serafim, M. Jr.; Bonecker, C. C. Rossa, D.C.; Lansac-Tôha, F. A.& Costa, C. L. 2003. Rotifers of the upper Paraná River floodplain: additions to the checklist. Brazilian Journal of Biology63:207-212.
  • Shiel, R. J. & Sanoamuang, L.1993. Trans-Tasman variation in Australasian Filinia populations. Hydrobiologia 255,256:455-462.
  • Silva, W. M. & Matsumura-Tundisi, T.2005. DNA extraction and ITS2 (Internal Transcribed Spacer 2) gene sequences of some Brazilian freshwater copepods. Verhandlungen des Internationalen Verein Limnologie 29:409-413.
  • Silva, W. M.;, Roche K. F. & Rocha, O.2010. Zooplankton communities of hyposaline Pantanal lakes in Brazil. Verhandlungen des Internationalen Verein Limnologie30:1530-1530.
  • Souza-Soares, F.; Tundisi, J. G. & Matsumura-Tundisi, T.M. 2011. Checklist de Rotifera de água doce do Estado de São Paulo, Brasil. Biota Neotropica 11(1a):1-25. Disponível em: < http://www.biotaneotropica.org.br/v11n1a/pt/fullpaper?bn0231101a2011+pt>
    » http://www.biotaneotropica.org.br/v11n1a/pt/fullpaper?bn0231101a2011+pt
  • Wallace, R. L.; Snell, T. W.; Ricci, C.& Nogrady, T.2006. Rotifera Biology, ecology and systematics. 2ed. Holanda, Kenobi Productions; Gent, Belgica, Backhuys Academic Publishing B. V. 299 p.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    2017

Histórico

  • Recebido
    01 Dez 2016
  • Aceito
    06 Fev 2017
Museu de Ciências Naturais Museu de Ciências Naturais, Secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura, Rua Dr. Salvador França, 1427, Jardim Botânico, 90690-000 - Porto Alegre - RS - Brasil, Tel.: + 55 51- 3320-2039 - Porto Alegre - RS - Brazil
E-mail: iheringia-zoo@fzb.rs.gov.br