Acessibilidade / Reportar erro

Checklist de Chironomidae para o estado de Mato Grosso do Sul

Checklist of Chironomidae from Mato Grosso do Sul state

RESUMO

A família Chironomidae é amplamente distribuída com aproximadamente 4.147 espécies conhecidas para o mundo, entretanto esse valor já está desatualizado; para o Brasil cerca de 379 espécies são registradas. Apresentamos um inventário atualizado das espécies de Chironomidae do estado do Mato Grosso do Sul. Até o momento, 16 espécies possuem registro assinalado para o estado. Estas pertencem aos gêneros Aedokritus, Beardius, Chironomus, Corynoneura, Djalmabatista, Fissimentum, Goeldichironomus, Oukuriella e Xenochironomus. Além destas, são conhecidas 83 morfoespécies, referentes a 33 gêneros de Chironominae, seis de Orthocladiinae e dez de Tanypodinae, todas provenientes de levantamentos faunísticos e estudos ecológicos no Alto Rio Paraná e seus rios adjacentes.

PALAVRAS-CHAVE
Chironomidae; larvas; insetos aquáticos; Rio Paraná; Programa Biota-MS

ABSTRACT

Family Chironomidae is widely distributed with approximately 4,147 species known to the World, but this value is already outdated; for to Brazil about 379 species are recorded. We present a current inventory of species of Chironomidae for the state of Mato Grosso do Sul. Up to now, 16 species are recorded to the state. These species belongs to the genera Aedokritus, Beardius, Chironomus, Corynoneura, Djalmabatista, Fissimentum, Goeldichironomus, Oukuriella and Xenochironomus. In addition, 83 morphospecies are known to 33 genus of Chinonominae, six of Orthocladiinae and ten of Tanypodinae, all from fauna surveys and ecological studies in the Upper Paraná River and its adjacent rivers.

KEYWORDS
Chironomidae; larvae; aquatic insects; Paraná river; Biota-MS Program

Os Chironomidae (Diptera) estão entre os mais bem distribuídos e abundantes insetos aquáticos ( Armitage et al., 1995Armitage, P.; Cranston, P. S. & Pinder, L. C. V. 1995. The Chironomidae. The biology and ecology of non-biting midges. London, Chapman & Hall. 450p. ; Ferrington Jr., 2008Ferrington Jr., L. C. 2008. Global diversity of non-biting midges (Chironomidae; Insecta-Diptera) in freshwater. Hydrobiologia 595:447-455. ). O estágio predominante do ciclo de vida, as larvas, é encontrado em ambiente terrestre, semi-terrestre e semi-aquático, marinho, e, principalmente, em ambiente dulciaquícola. Ferrington Jr. (2008Ferrington Jr., L. C. 2008. Global diversity of non-biting midges (Chironomidae; Insecta-Diptera) in freshwater. Hydrobiologia 595:447-455. ) mencionou 4.147 espécies com larvas em ambientes de água-doce mundialmente e estimativas apontam para a existência de 10.000 a 20.000 espécies no total ( Coffman, 1995Coffman, W. P. 1995. Conclusions. In:; Armitage, P. Cranston, P. S.& Pinder, L. C. V.eds.. The Chironomidae. The biology and ecology of non-biting midges London, Chapman & Hall, p.436-447. ).

Atualmente são reconhecidas 11 subfamílias: Aphroteniinae, Buchonomyiinae, Chironominae, Chilenomyiinae, Diamesinae, Orthocladiinae, Podonominae, Prodiamesinae, Tanypodinae, Telmatogetoninae e Usumbaromyiinae ( Spies & Reiss, 1996Spies, M. & Reiss, F. 1996. Catalog and bibliography of Neotropical and Mexican Chironomidae (Insecta, Diptera). Spixiana 22:61-119. ); destas, somente a última não ocorre na Região Neotropical, sendo endêmica para a África ( Andersen & Sæther, 1994Andersen, T. & Saether, O. A. 1994. Usambaronyia nigralagen. n., sp. n., and Usambaromyiinae, a new family among the Chironomidae. Aquatic Insects 16(1):21-29.). No Brasil há registro de cinco subfamílias (Chironominae, Orthocladiinae, Podonominae, Tanypodinae e Telmatogetoninae). Ashe (1983Ashe, P. 1983. A catalogue of chironomid genera and subgenera of the world including synonyms (Diptera: Chironomidae). Entomologica Scandinavica, Supplement 17:3-17.) reconheceu 355 gêneros válidos, Sæther et al.(2000) estimaram haver 440 gêneros. Mendes (2008Mendes, H. F. 2008. Revisão das espécies neotropicais de Neelamia Soponis, Nilothauma Kieffer e Paranilothauma Soponis (Diptera: Chironomidae: Chironomini). Tese de Doutorado. São Paulo, Universidade de São Paulo. 97p. ), por sua vez, considerou que, devido ao elevado número de gêneros descritos nos últimos anos, uma estimativa de 500 não é exagerada. A distribuição da família abrange todas as regiões zoogeográficas, inclusive a Antártida ( Cranston, 1995Cranston, P. S. 1995. Introduction to Chironomidae. In: Armitage, P.; Cranston, P. S. & Pinder, L. C. V. eds. The Chironomidae: The biology and ecology of non-biting midges. London, Chapman & Hall, p. 1-7). O catálogo dos Chironomidae neotropicais ( Spies & Reiss, 1996Spies, M. & Reiss, F. 1996. Catalog and bibliography of Neotropical and Mexican Chironomidae (Insecta, Diptera). Spixiana 22:61-119. ) listou 710 espécies em 155 gêneros. Porém, trabalhos recentes vêm aumentando significativamente o registro de espécies e gêneros para esta região ( e.g.Kyerematen & Andersen, 2002Kyerematen, R. A. K. & Andersen, T. 2002. Rheotanytarsus Thienemann et Bause (Diptera: Chironomidae) from Central America and México. Studies on Neotropical Fauna and Environment 37(1):23-51. ; Fusari et al., 2013 Fusari, L. M. . 2013. Review of Xenochironomus Kieffer, 1921 (Diptera: Chironomidae) with description of six new species. Zootaxa 3646(2):101-126.; Trivinho-Strixino & Strixino, 2005 Trivinho-Strixino, S. 2005. Two new species of Goeldichironomus Fittkau from southeast Brazil (Diptera, Chironomidae). Revista Brasileira de Entomologia 49(4):441-445.; Sanseverino & Fittkau, 2006Sanseverino, A. M. & Fittkau, E. J. 2006. Four new species of Tanytarsus van der Wulp, 1874 (Diptera: Chironomidae) from South America. Zootaxa 1162:1-18. , entre outros.). Mendes (2008Mendes, H. F. 2008. Revisão das espécies neotropicais de Neelamia Soponis, Nilothauma Kieffer e Paranilothauma Soponis (Diptera: Chironomidae: Chironomini). Tese de Doutorado. São Paulo, Universidade de São Paulo. 97p. ), por exemplo, adicionou 181 novos registros ao catálogo de Chironomidae da Região Neotropical. A necessidade de mais trabalhos que abordem a sistemática de Chironomidae no Brasil foi ressaltada por muitos autores ( e.g.Trivinho-Strixino & Strixino, 1995Trivinho-Strixino, S. & Strixino, G. 1995. Larvas de Chironomidae (Diptera) do Estado de São Paulo. Guia de Identificação e Diagnose dos Gêneros. São Carlos, PPG-ERN/UFSCar. 229p. ; Spies & Reiss, 1996Spies, M. & Reiss, F. 1996. Catalog and bibliography of Neotropical and Mexican Chironomidae (Insecta, Diptera). Spixiana 22:61-119. ; Trivinho-Strixino, 2011Trivinho-Strixino, S. 2011. Larvas de Chironomidae. Guia de identificação. São Carlos, UFSCar. 3 vols. 371p. ).

Uma lista dos gêneros e espécies de Chironomidae relatadas para o Brasil é encontrada em Mendes & Pinho (2013Mendes, H. F. & Pinho, L. C. 2013. Brazilian chironomid home page. Disponível em: < https://sites.google.com/site/brazilianchironomids/home>.
https://sites.google.com/site/brazilianc...
). O pouco que se conhece atualmente no Brasil concentra-se em São Paulo e na região Amazônica, pelo simples fato da concentração de taxonomistas no local e maior esforço de coleta.

Considerando as demandas do Programa Estadual de Biodiversidade - Biota MS de reunir as informações existentes sobre a biodiversidade do estado de Mato Grosso do Sul para subsidiar políticas públicas de pesquisa e conservação, apresentamos um checklist dos táxons de Chironomidae registrados no estado.

MATERIAL E MÉTODOS

Triamos uma lista dos trabalhos publicados sobre ecologia e taxonomia de Chironomidae no estado de Mato Grosso do Sul. Consultas foram realizadas a partir do site Brazilian Chironomids ( Mendes & Pinho, 2013Mendes, H. F. & Pinho, L. C. 2013. Brazilian chironomid home page. Disponível em: < https://sites.google.com/site/brazilianchironomids/home>.
https://sites.google.com/site/brazilianc...
), e de bancos de dados na internet como Web of Science e Scopus; além disso, autores foram consultados diretamente para atualizar a lista. Nível de identificação e morfoespécies são citados aqui como foram escritos nas referências originais.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Estudos taxonômicos foram realizados primeiramente por Oliveira & Messias (1989Oliveira, S. J. & Messias, M. C. 1989. Sobre uma nova espécie do gênero Aedokritus Roback, 1958 (Diptera: Chironomidae). Memórias do Instituto Oswaldo Cruz 84:405-407. ) quando descreveram Aedokritus souzalopesi, a primeira espécie para o estado. Somente em 2005 uma nova espécie, Xenochironomus ceciliae Roque & Trivinho-Strixino, foi descrita a partir de coletas em esponja de água doce no Rio Paraná ( Roque & Trivinho-Strixino, 2005Roque, F. de O. & Trivinho-Strixino, S. 2005. Xenochironomus ceciliae (Diptera: Chironomidae), a new chironomid species inhabiting freshwater sponges in Brazil. Hydrobiologia 534:1-6.). Posteriormente, Fusari et al. (2008Fusari, L. M.; Roque, F. de O. & Hamada, N. 2008. Sponge-dwelling Chironomids in the upper Paraná River (Brazil): Little known but potentially threatened species. Neotropical Entomology 37(5):522-527. , 2014 Fusari, L. M. . 2014. Systematics of Oukuriella Epler, 1986, including a revision of the species associated with freshwater sponges. Insect Systematics & Evolution 45(2):117-157.) descreveram Oukuriella antonioi Fusari, Roque & Hamada, 2008 e Oukuriella rimamplusa ( Fusari et al., 2014 Fusari, L. M. . 2014. Systematics of Oukuriella Epler, 1986, including a revision of the species associated with freshwater sponges. Insect Systematics & Evolution 45(2):117-157.) ambas também associadas a esponjas de água doce do Rio Paraná. Wiedenbrug & Trivinho-Strixino (2011 Wiedenbrug, S.& Trivinho-Strixino, S.2011. New species of the genus Corynoneura Winnertz (Diptera, Chironomidae) from Brazil. Zootaxa 2822:1-40. ) e Wiedenbrug et al. (2012) Wiedenbrug, S.; Lamas, C. J. E. & Trivinho-Strixino, S.2012. A review of the genus Corynoneura Winnertz (Diptera: Chironomidae) from the Neotropical region. Zootaxa 3574:1-61. descreveram seis espécies de Corynoneura. Wiedenbrug & Silva (2013) descreveram Nanocladius longispicula. Silva et al. (2014) descreveram Denopelopia moema Silva, Wiedenbrug & Neubern. Ainda, Trivinho-Strixino et al. (2015) descreveram Tanytarsus corumba Trivinho-Strixino, Wiedenbrug & Silva e registraram a ocorrência de mais duas espécies do gênero. Pinho et al. (2015) estabeleceram Polypedilum ( Tripodura) guato Pinho, Fusari & Lamas e Polypedilum ( Tripodura) kadiweu Pinho, Fusari & Lamas. Complementando o levantamento, em análise do material biológico na Coleção de Diptera do Museu de Zoologia, constatamos exemplares de Zavreliella longiseta Reiss, 1990 provenientes de coletas no estado através do projeto SISBIOTA. Na tabela I apresentamos registros taxonômicos, onde os tipos estão depositados e quais os semaforontes descritos.

Tab. I
Espécies de Chironomidae conhecidas para o estado do Mato Grosso do Sul, localização dos tipos e semaforontes conhecidos (M - macho e F - fêmea do semaforonte adulto; L, larva; P, pupa).

Em estudos realizados por Anjos & Takeda (2010Anjos, A. F. & Takeda, A. M. 2010. Estrutura da comunidade das larvas de Chironomidae (Insecta: Diptera), em diferentes substratos artificiais e fases hídricas, no trecho superior do rio Paraná, Estado do Paraná, Brasil. Acta Scientiarum, Biological Sciences 32:131-140. ), Butakka et al. (2014Butakka, C. M. M.; Ragonha, F. H. & Takeda, A. M.2014. Chironomidae larvae (Diptera) of Neotropical floodplain: overlap niche in different habitats. Brazilian Journal of Biology 74(2):363-370. ) e Higuti & Takeda (2002) identificaram - através das larvas - as espécies Beardius xylophilus Trivinho-Strixino & Strixino, 2000, Chironomus streinzkei Fittkau, 1968, Djalmabatista pulcher (Johannsen, 1908), Fissimentum desiccatum Cranston & Nolte, 1996, Goeldichironomus holoprasinus (Goeldi, 1905), Goeldichironomus maculatus Trivinho-Strixino & Strixino, 1991. Desta forma, 16 espécies são reconhecidas para o estado do Mato Grosso do Sul.

Na tabela I apresentamos as descrições taxonômicas, onde os tipos estão depositados e quais os semaforontes descritos.

Entretanto, estudos com a família iniciaram na década de 1990, esses de cunho ecológico, ficando o conhecimento desta fauna restrito a larvas aquáticas. Nosso levantamento bibliográfico resultou basicamente em artigos ecológicos e de levantamento com foco em larvas do Chironomidae, assim listamos a ocorrência de 83 morfoespécies, referentes a 33 gêneros de Chironominae, seis de Orthocladiinae e dez de Tanypodinae ( Tab. II). Na Tabela II consta todas as morfoespécies registradas nos estudos conforme foram citadas nos textos originais e suas respectivas referências.

Tab. II
Inventário dos gêneros e morfoespécies de Chironomidae para o estado do Mato Grosso do Sul e a respectiva bibliografia.

Todos os estudos analisados se concentram na região do Alto Rio Paraná e seus rios adjacentes. Como o enfoque dos estudos é levantamento faunístico e ecológico, consiste basicamente em coleta e identificação de larvas, o que praticamente impossibilita a identificação específica da maioria das espécies. Isto resulta em uma discrepância entre o número de gêneros registrados e espécies.

A ausência de contribuições na sistemática do grupo, como também, a falta da associação entre os imaturos e adultos ainda se constitui num impedimento para o conhecimento da família ( Trivinho-Strixino, 2011Trivinho-Strixino, S. 2011. Larvas de Chironomidae. Guia de identificação. São Carlos, UFSCar. 3 vols. 371p. ). Neste sentido, ressaltamos a necessidade de estudos sistemáticos que contemplem associações e distribuição biogeografia, de forma a fornecer informações mais precisas a respeito da fauna ocorrente no Mato Grosso do Sul.

Principais grupos de pesquisa e acervos. Apresentamos uma lista de Instituições onde estão lotados pesquisadores que atuam diretamente com taxonomia e sistemática de Chironomidae no Brasil. Para maiores informações sobre os pesquisadores e o endereço para contato consulte Mendes & Pinho (2013Mendes, H. F. & Pinho, L. C. 2013. Brazilian chironomid home page. Disponível em: < https://sites.google.com/site/brazilianchironomids/home>.
https://sites.google.com/site/brazilianc...
): Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (INPA); Museu Nacional (MZ/UFRJ); Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZUSP); Universidade Federal do ABC (UFABC); Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS); Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). As principais instituições com acervos de Chironomidae são: (1) brasileiras: Coleção de Entomologia, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA); Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz (IOF/FIOCRUZ); Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZUSP); Universidade Federal de São Carlos, Laboratório de Entomologia Aquática (UFSCar); (2) estrangeiras: Museum of Zoology, University of Bergen, Noruega e Zoologische Staatssammlung München, München, Alemanha.Principais Lacunas de Conhecimento. Apesar do progresso feito nos recentes anos, com o Guia de identificação de larvas de Chironomidae para o Estado de São Paulo ( Trivinho-Strixino & Strixino, 1995Trivinho-Strixino, S. & Strixino, G. 1995. Larvas de Chironomidae (Diptera) do Estado de São Paulo. Guia de Identificação e Diagnose dos Gêneros. São Carlos, PPG-ERN/UFSCar. 229p. ; Trivinho-Strixino, 2011Trivinho-Strixino, S. 2011. Larvas de Chironomidae. Guia de identificação. São Carlos, UFSCar. 3 vols. 371p. ) e o aumento significativo de registros de espécies e gêneros, o conhecimento taxonômico ainda se encontra incompleto para muitos gêneros. A informação de Chironomidae existente no Brasil ainda é, de maneira geral, maior nas regiões Sudeste e Norte, em especial nos estados do Amazonas e São Paulo, onde estão muitos dos pesquisadores e grandes iniciativas de pesquisa. Nas outras regiões essa fauna ainda é pouco conhecida, recebendo contribuições isoladas.Perspectivas de Pesquisa para Grupo nos próximos 10 anos. Para as pesquisas envolvendo a ordem Diptera, como também para a família Chironomidae, existe uma grande expectativa relacionada ao desenvolvimento do projeto “Rede temática para estudos de diversidade, sistemática e limites distribucionais de Diptera nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia”, aprovado no âmbito do Edital SISBIOTA, em uma parceria do CNPq com a FAPESP. O projeto teve início em fevereiro de 2010 e vem amostrando, de forma continuada, localidades estratégicas nestes três estados.

Juntamente com o recente instalado Grupo de pesquisa em Chironomidae na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) e a formação de taxonomistas pela pós-graduação em Entomologia e Conservação da Biodiversidade pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), espera-se que haja um aumento bastante significativo no conhecimento da diversidade nos próximos anos.

Agradecimentos.

A Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciências e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect) e a Superintendência de Ciências e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Sucitec/MS) pelo convite de participação neste fascículo especial da Iheringia, Série Zoologia e o suporte financeiro para sua publicação. Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) (Proc. 563256/2010-9) e Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) (Proc. 2010/52314-0) pelo auxílio conferido ao projeto “Rede temática para estudos de diversidade, sistemática e limites distribucionais de Diptera nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia”, aprovado no âmbito do Edital SIBIOTA. A Prof. Dra. Alice Takeda pela disponibilidade de dados e publicações. Lívia M. Fusari agradece ao CNPq pela bolsa de pós-doutoramento (Proc. 150424/2013-8). Fabio O. Roque e Carlos J. E. Lamas são bolsistas CNPq.

Referências Bibliográficas

  • Andersen, T. & Saether, O. A. 1994. Usambaronyia nigralagen n., sp. n., and Usambaromyiinae, a new family among the Chironomidae. Aquatic Insects 16(1):21-29.
  • Anjos, A. F. & Takeda, A. M. 2010. Estrutura da comunidade das larvas de Chironomidae (Insecta: Diptera), em diferentes substratos artificiais e fases hídricas, no trecho superior do rio Paraná, Estado do Paraná, Brasil. Acta Scientiarum, Biological Sciences 32:131-140.
  • Anjos, A. F.; Takeda, A. M.& Pinha, G. D. 2011. Distribuição espacial e temporal das larvas de Chironomidae em diferentes ambientes do complexo - rio Baía, Estado do Mato Grosso do Sul, Brasil., Acta Scientiarum Biological Sciences 33:417-426.
  • Armitage, P.; Cranston, P. S. & Pinder, L. C. V. 1995. The Chironomidae. The biology and ecology of non-biting midges. London, Chapman & Hall. 450p.
  • Ashe, P. 1983. A catalogue of chironomid genera and subgenera of the world including synonyms (Diptera: Chironomidae). Entomologica Scandinavica, Supplement 17:3-17.
  • Butakka, C. M. M.; Ragonha, F. H. & Takeda, A. M.2014. Chironomidae larvae (Diptera) of Neotropical floodplain: overlap niche in different habitats. Brazilian Journal of Biology 74(2):363-370.
  • Coffman, W. P. 1995. Conclusions. In:; Armitage, P. Cranston, P. S.& Pinder, L. C. V.eds.. The Chironomidae. The biology and ecology of non-biting midges London, Chapman & Hall, p.436-447.
  • Cranston, P. S. 1995. Introduction to Chironomidae. In: Armitage, P.; Cranston, P. S. & Pinder, L. C. V. eds. The Chironomidae: The biology and ecology of non-biting midges. London, Chapman & Hall, p. 1-7
  • Ferrington Jr., L. C. 2008. Global diversity of non-biting midges (Chironomidae; Insecta-Diptera) in freshwater. Hydrobiologia 595:447-455.
  • Fusari, L. M.; Roque, F. de O. & Hamada, N. 2008. Sponge-dwelling Chironomids in the upper Paraná River (Brazil): Little known but potentially threatened species. Neotropical Entomology 37(5):522-527.
  • Fusari, L. M. . 2013. Review of Xenochironomus Kieffer, 1921 (Diptera: Chironomidae) with description of six new species. Zootaxa 3646(2):101-126.
  • Fusari, L. M. . 2014. Systematics of Oukuriella Epler, 1986, including a revision of the species associated with freshwater sponges. Insect Systematics & Evolution 45(2):117-157.
  • Higuti, J.; Takeda, A. M. & Paggi, A. C. 1993. Distribuição espacial de Chironomidae (Insecta, Diptera) do Rio Baia (MS-Brasil). Revista Unimar 15:65-81.
  • Kyerematen, R. A. K. & Andersen, T. 2002. Rheotanytarsus Thienemann et Bause (Diptera: Chironomidae) from Central America and México. Studies on Neotropical Fauna and Environment 37(1):23-51.
  • Mendes, H. F. 2008. Revisão das espécies neotropicais de Neelamia Soponis, Nilothauma Kieffer e Paranilothauma Soponis (Diptera: Chironomidae: Chironomini). Tese de Doutorado. São Paulo, Universidade de São Paulo. 97p.
  • Mendes, H. F. & Pinho, L. C. 2013. Brazilian chironomid home page. Disponível em: < https://sites.google.com/site/brazilianchironomids/home>.
    » https://sites.google.com/site/brazilianchironomids/home
  • Oliveira, S. J. & Messias, M. C. 1989. Sobre uma nova espécie do gênero Aedokritus Roback, 1958 (Diptera: Chironomidae). Memórias do Instituto Oswaldo Cruz 84:405-407.
  • Pinha, G. D.; Alessio, P. C.; Gurski, F. A.; Sacramento, P. A.; Pezenti, T. A. & Takeda, A. M.2013. Spatial distribution of larvae Chironomidae assemblage (Insecta: Diptera) in five floodplain lakes of Ilha Grande National Park (Paraná, Mato Grosso do Sul - Brazil)., Acta Scientiarum Biological Sciences 35:169-177.
  • Roque, F. de O. & Trivinho-Strixino, S. 2005. Xenochironomus ceciliae (Diptera: Chironomidae), a new chironomid species inhabiting freshwater sponges in Brazil. Hydrobiologia 534:1-6.
  • Rosin, G. C. & Takeda, A. M.2007. Larvas de Chironomidae (Diptera) da planície de inundação do alto rio Paraná: distribuição e composição em diferentes ambientes períodos hidrológicos., Acta Scientiarum Biological Sciences 29:57-63.
  • Rosin, G. C.; Mangarotti, D. P. O. & Takeda, A. M.2010. Chironomidae (Diptera) community structure in two subsystems with different states of conservation in a floodplain of southern Brazil. Acta Limnologica Brasiliensia 22:276-286.
  • Sanseverino, A. M. & Fittkau, E. J. 2006. Four new species of Tanytarsus van der Wulp, 1874 (Diptera: Chironomidae) from South America. Zootaxa 1162:1-18.
  • Spies, M. & Reiss, F. 1996. Catalog and bibliography of Neotropical and Mexican Chironomidae (Insecta, Diptera). Spixiana 22:61-119.
  • Takeda, A. M.; Kobayashi, J. T.; Resende, D. L. M. C.; Fujita, D. S.; Avelino, G. S.; Fujita, R. H.; Braga, C. P. & Butakka, C. M. M. 2004. Influence of decreased water level on the Chironomidae community of the Upper Paraná River alluvial plain. In: Agostinho, A. A.; Rodrigues, L.; Gomes, L. C.; Thomaz, S. M. & Miranda, L. E. org. Structure and functioning of the Paraná River and its floodplain. LTER - Site 6 (PELD - Sítio 6). Maringá, EDUEM, p. 101-106.
  • Trivinho-Strixino, S. 2011. Larvas de Chironomidae. Guia de identificação. São Carlos, UFSCar. 3 vols. 371p.
  • Trivinho-Strixino, S. & Strixino, G. 1995. Larvas de Chironomidae (Diptera) do Estado de São Paulo. Guia de Identificação e Diagnose dos Gêneros. São Carlos, PPG-ERN/UFSCar. 229p.
  • Trivinho-Strixino, S. 2005. Two new species of Goeldichironomus Fittkau from southeast Brazil (Diptera, Chironomidae). Revista Brasileira de Entomologia 49(4):441-445.
  • Wiedenbrug, S.; Lamas, C. J. E. & Trivinho-Strixino, S.2012. A review of the genus Corynoneura Winnertz (Diptera: Chironomidae) from the Neotropical region. Zootaxa 3574:1-61.
  • Wiedenbrug, S.& Trivinho-Strixino, S.2011. New species of the genus Corynoneura Winnertz (Diptera, Chironomidae) from Brazil. Zootaxa 2822:1-40.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    2017

Histórico

  • Recebido
    28 Nov 2016
  • Aceito
    06 Fev 2017
Museu de Ciências Naturais Museu de Ciências Naturais, Secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura, Rua Dr. Salvador França, 1427, Jardim Botânico, 90690-000 - Porto Alegre - RS - Brasil, Tel.: + 55 51- 3320-2039 - Porto Alegre - RS - Brazil
E-mail: iheringia-zoo@fzb.rs.gov.br