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Infecções experimentais na Leishmaniose Tegumentar Americana

Resumos

Rhésus foram infectados com culturas recentemente isoladas de L. brasiliensis. As inoculações foram feitas por via intradérmica nas arcadas superciliares e, excepcionalmente, na superfícia do nariz. O prazo da incubação foi de 1 a 2 mêses. A marcha da infecção varia conforme as lesões se limitam à pele ou se estendem às mucosas. No primeiro caso, a duração da infecção foi de 3 a 8 meses e terminou sempre pela cura espontânea. Quando as lesões se estendem às mucosas elas persistem e se agravam, enquanto as lesões cutâneas observadas no mesmo animal, regridem, tendendo para cicatrização e cura. Cães também foram injetados com resultados positivos. As inoculações foram praticadas por via intradérmica na superfície do nariz. O prazo de incubação foi de cêrca de 2 mêses e as lesões observadas se limitaram à pele e terminaram pela cura. Uma cotia (Dasyprocta agouti) foi inoculada não se mostrando infectada. Um rhésus, curado de uma infecção pela L. brasiliensis, inoculado de novo com outra amostra do mesmo parasito, não se mostrou infectado. A extensão das lesões às mucosas nas infecções experimentais do rhésus pela L. brasiliensis, fato ainda não veificado na L. trópica, constitue mais um argumento em favor da independência daquela espécie.


Rhesus specimens were infected with recently isolated cultures of L. brasiliensis. The inoculations were made intradermically into the superciliary arches and, exceptionally, into the skin of the nose. The incubation period from 1 to 2 months. The course of the infection varies according to the extention of the lesios if limited to the skin of invading the mucous membranes. In the first case, the infection lasted form 3 to 8 months and always termninated in spontaneous cure. When the changes extend to the mucous membranes, they persist and evolute, whilst the skin changes observed on the same animal become regressive and tending towards cicatrization and cure. Also dogs were inoculated with positive results. The inoculation were carried out by intradermic way into the skin of the nose. The incubation period was of about 2 months and the changes observed were confined to the skin and terminated in cure. One agouti (Dayprocta agouti) was inoculated but was not infectes. One Rhesus which recovered from an infection by L. brasiliensis, reinoculated with another strain of the same parasite, was also not infected. The extent of the changes to the mucous membranes, in experimental infections of Rhesus by L. brasiliensis, a fact not yet observed in L. tropica, consitutes one more argument in favour of the independence of the species.


RESUMOABSTRACT

Infecções experimentais na Leishmaniose Tegumentar Americana

Aristides Marques da Cunha1

Divisão de Estudo de Endemias, s.p

Rhésus foram infectados com culturas recentemente isoladas de L. brasiliensis. As inoculações foram feitas por via intradérmica nas arcadas superciliares e, excepcionalmente, na superfícia do nariz. O prazo da incubação foi de 1 a 2 mêses. A marcha da infecção varia conforme as lesões se limitam à pele ou se estendem às mucosas. No primeiro caso, a duração da infecção foi de 3 a 8 meses e terminou sempre pela cura espontânea. Quando as lesões se estendem às mucosas elas persistem e se agravam, enquanto as lesões cutâneas observadas no mesmo animal, regridem, tendendo para cicatrização e cura. Cães também foram injetados com resultados positivos. As inoculações foram praticadas por via intradérmica na superfície do nariz. O prazo de incubação foi de cêrca de 2 mêses e as lesões observadas se limitaram à pele e terminaram pela cura. Uma cotia (Dasyprocta agouti) foi inoculada não se mostrando infectada. Um rhésus, curado de uma infecção pela L. brasiliensis, inoculado de novo com outra amostra do mesmo parasito, não se mostrou infectado. A extensão das lesões às mucosas nas infecções experimentais do rhésus pela L. brasiliensis, fato ainda não veificado na L. trópica, constitue mais um argumento em favor da independência daquela espécie.

Rhesus specimens were infected with recently isolated cultures of L. brasiliensis. The inoculations were made intradermically into the superciliary arches and, exceptionally, into the skin of the nose. The incubation period from 1 to 2 months. The course of the infection varies according to the extention of the lesios if limited to the skin of invading the mucous membranes. In the first case, the infection lasted form 3 to 8 months and always termninated in spontaneous cure. When the changes extend to the mucous membranes, they persist and evolute, whilst the skin changes observed on the same animal become regressive and tending towards cicatrization and cure. Also dogs were inoculated with positive results. The inoculation were carried out by intradermic way into the skin of the nose. The incubation period was of about 2 months and the changes observed were confined to the skin and terminated in cure. One agouti (Dayprocta agouti) was inoculated but was not infectes. One Rhesus which recovered from an infection by L. brasiliensis, reinoculated with another strain of the same parasite, was also not infected. The extent of the changes to the mucous membranes, in experimental infections of Rhesus by L. brasiliensis, a fact not yet observed in L. tropica, consitutes one more argument in favour of the independence of the species.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    16 Out 2009
  • Data do Fascículo
    Out 1944
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