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A patologia da esquistossomose mansoni no coelho

Pathology of Manson's shistosomiasis in rabits

Resumos

Coelhos com infecções maciças (20.000 cercárias) pelo Schistosoma mansoni desenvolvendo dentro de três a dez meses intensas e peculiares lesões no sistema porta intrahepático; estas consisten en endoflebite poliposa e endoflebite granulomatosa oclusiva, que evoluem para a cicatrização, com hialinização dos polipos endoteliais e com ectasia vascular, ou com trombose, organização e recanalização. Nos períodos tardios, estas lesões se acompanham de fibrose periportal, septal e de espessamento da trama reticular intra-parenquimal. Embora podendo ser bem intensas, tais lesões têm um caráter focal, pois se relacionam com grupos de vermes alojados em alguns segmentos da veia porta, não determinam hipertensão porta, nem têm semelhanças com as lesões da esquistossomose humana. Os granulomas periovulares quase não aparecem no fígado, mas se formam bem nos intestinos, especialmetne nos dois ou três primeiros meses após a infecção. A patologia da esquistossomose no coelho tem, portanto, aspectos peculiares, os quais merecem ser bem conhecidos, uma vez que este modelo pode se revelar de interesse para estudantes dos imunológicos e imunopatológicos.

esquistossomose; coelhos; patologia; lesões vasculares


The pathology of Schistosomiasis mansoni in rabbits was studied with special consideration to worm burden and duration of infection. Heavy and prolonged infectious resulted in severe changes involving the intrahepatic portal vein branches, such as: polypoid endophlebitis, granulomatous endophlebitis and, later on, vascular occlusion and recanalization, vascular ectasia, fibrosis and hyalinization of the endothelial polyps. Living and dead adult worms, rather than the mature eggs, were the main pathogenetic factors. For some time the lesions tend to be limited to the portal vein banches, not extending to the periportal tissues, but, after 8 to 10 months, variable degree of portal, septal and intra-parenchymal fibrosis can be formed. However, both vascular and fibrotic changes in the liver had a focal distribution and therefore didi not appear to cause portal hypertension and had no resemblance to the human pathology seen in cases of hepatosplenic schistosomiasis. Pathology of schistosomiasis in rabbits has peculiar aspects, which are worthwhile studying, since the model can be interest for investigations, especially concerning the immunology and immunopathology of schistosomiasis mansoni.

schistosomiasis; rabbits; pathology; vascular lesions


ABSTRACTRESUMO

A patologia da esquistossomose mansoni no coelho

Zilton A. Andrade1

Eduardo G. Ramos1

Mitermayer Galvão dos Reis1

FIOCRUZ, Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz, Salvador, Brasil

The pathology of Schistosomiasis mansoni in rabbits was studied with special consideration to worm burden and duration of infection. Heavy and prolonged infectious resulted in severe changes involving the intrahepatic portal vein branches, such as: polypoid endophlebitis, granulomatous endophlebitis and, later on, vascular occlusion and recanalization, vascular ectasia, fibrosis and hyalinization of the endothelial polyps. Living and dead adult worms, rather than the mature eggs, were the main pathogenetic factors. For some time the lesions tend to be limited to the portal vein banches, not extending to the periportal tissues, but, after 8 to 10 months, variable degree of portal, septal and intra-parenchymal fibrosis can be formed. However, both vascular and fibrotic changes in the liver had a focal distribution and therefore didi not appear to cause portal hypertension and had no resemblance to the human pathology seen in cases of hepatosplenic schistosomiasis. Pathology of schistosomiasis in rabbits has peculiar aspects, which are worthwhile studying, since the model can be interest for investigations, especially concerning the immunology and immunopathology of schistosomiasis mansoni.

Coelhos com infecções maciças (20.000 cercárias) pelo Schistosoma mansoni desenvolvendo dentro de três a dez meses intensas e peculiares lesões no sistema porta intrahepático; estas consisten en endoflebite poliposa e endoflebite granulomatosa oclusiva, que evoluem para a cicatrização, com hialinização dos polipos endoteliais e com ectasia vascular, ou com trombose, organização e recanalização. Nos períodos tardios, estas lesões se acompanham de fibrose periportal, septal e de espessamento da trama reticular intra-parenquimal. Embora podendo ser bem intensas, tais lesões têm um caráter focal, pois se relacionam com grupos de vermes alojados em alguns segmentos da veia porta, não determinam hipertensão porta, nem têm semelhanças com as lesões da esquistossomose humana. Os granulomas periovulares quase não aparecem no fígado, mas se formam bem nos intestinos, especialmetne nos dois ou três primeiros meses após a infecção. A patologia da esquistossomose no coelho tem, portanto, aspectos peculiares, os quais merecem ser bem conhecidos, uma vez que este modelo pode se revelar de interesse para estudantes dos imunológicos e imunopatológicos.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    29 Jun 2009
  • Data do Fascículo
    Set 1988
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