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Conhecimento dos alunos que ingressam no curso de auxiliar de enfermagem em relação ao ser profissional e as suas atribuições

Students' background on the profession and duties of as assistant nursing upon entering the course

Resumos

Este estudo de natureza descritiva e exploratória tem como objetivo verificar o conhecimento dos alunos que ingressam no Curso de Auxiliar de Enfermagem em relação ao profissional e suas atribuições. Como resultado, constatou-se que para os alunos o ser e o fazer do auxiliar de enfermagem envolvem o relacionamento interpessoal, responsabilidade, conhecimento teórico-científico e competência.

Auxiliares de enfermagem; Ensino de enfermagem


This descriplice and exploratory study focused on verifyng how know legeable the students of the Auxiliary Nursing Course are regarding their profession and the attributes thereof. Results were that, as far as the students are concerned, being and attendant involves interpesonal relationship, responsability, theoristscientific know-how and competence.

Nurses Aids; Nursing leaching


ARTIGOS ORIGINAIS

Conhecimento dos alunos que ingressam no curso de auxiliar de enfermagem em relação ao ser profissional e as suas atribuições

Students' background on the profession and duties of as assistant nursing upon entering the course

Wania Maria Zangirolano FidelisI; Clarice Heiko MuramatsuII

IEnfermeira Especialista em Administração Escolar e em Reflexologia. Diretora da Escola e Auxiliar de Enfermagem do HIAE. Enfermeira

IIDoutoranda da EEUSP

RESUMO

Este estudo de natureza descritiva e exploratória tem como objetivo verificar o conhecimento dos alunos que ingressam no Curso de Auxiliar de Enfermagem em relação ao profissional e suas atribuições. Como resultado, constatou-se que para os alunos o ser e o fazer do auxiliar de enfermagem envolvem o relacionamento interpessoal, responsabilidade, conhecimento teórico-científico e competência.

Unitermos: Auxiliares de enfermagem. Ensino de enfermagem.

ABSTRACT

This descriplice and exploratory study focused on verifyng how know legeable the students of the Auxiliary Nursing Course are regarding their profession and the attributes thereof. Results were that, as far as the students are concerned, being and attendant involves interpesonal relationship, responsability, theoristscientific know-how and competence.

Unitermos: Nurses Aids. Nursing leaching.

INTRODUÇÃO

Nesta virada de século, visando um atendimento digno e eficiente, as entidades de saúde no voltando a sua atenção para a satisfação das expectativas dos clientes e famílias, através da mobilização total dos recursos humanos no processo de sensibilização e capacitação, tendo como objetivo a "qualidade total ".

Para GOLDBARG (1995), qualidade total é ma filosofia de gestão participativa, que direcionatodas as ações da empresa para o atendimento das necessidades e expectativas dos clientes. Tem como objetivo manter os clientes satisfeitos. promover o processo de melhoria continua através de inovação e mudança. e estabelecer medidas que permitam avaliar o desempenho e a satisfação do cliente.

Nesse sentido, as instituições de ensino, entidades responsáveis pela formação do profissional, devem ter como meta princípios que venham de encontro essa nova filosofia, ou seja, a busca da qualidade dos profissionais formados.

NOGUEIRA (1994) comenta que, qualidade consiste nas características do produto que vão ao ncontro das necessidades dos clientes e dessa forma proporciona satisfação em relação ao produto.

Nesta perspectiva e dentro deste contexto, entendemos que o profissional deve estar devidamente habilitado para prestar assistência à saúde, comprometido com a profissão. consciente do que é cuidar em uma situação de crise e com sensibilidade suficiente para humanizar o atendimento, conhecendo a importância de uma abordagem preventiva visando a promoção da saúde.

Estudos realizados por PORFÍRIO et. al ( 1992) sobre o profissional auxiliar de enfermagem, retratam a preocupação das instituições formadoras e das capacitadoras em relação ao elemento formado.

Por outro lado, NARCHI; FRIEDLANDER (1995) comentam que as escolas nem sempre se preocupam com o controle de qualidade do seu produto, e que a avaliação institucional é fundamental para a melhoria da qualidade tanto dia estrutura quanto do processo e do produto formado.

Em se tratando do perfil do futuro profissional, chamou-nos a atenção a pesquisa realizada por FIGUEIREDO, SILVA (1997). em que 70% da população pesquisadas não trabalhava na área de enfermagem, e quanto ao grau de escolaridade, 9.16% tiveram acesso ao ensino superior. Esse resultado vem de encontro com as experiências das autoras com o ensino médio, e devido a grande demanda para o curso, as mesmas, preocupadas com o processo de seleção, questionam: Qual o real perfil do candidato? Qual o papel dos candidatos? Que motivos levam a se inscreverem no curso? Insatisfação no emprego atual e a busca de uma nova profissão? Mercado de trabalho relativamente fácil? Desemprego?

Esses questionamentos nos conduziram a mais uma reflexão em relação as pessoas que buscam estes cursos, pois cada um - vindos de lugares distintos - carrega a sua história e experiência vivida, mas com um denominador comum, buscam a enfermagem como profissão. Esta pessoa que busca a profissionalização, possui realmente a clara visão do que é ser um profissional da área da saúde? Quais são exatamente as atribuições do auxiliar de enfermagem?

Estas são algumas das reflexões que advém dos problemas vivenciados pelas autoras em relação a evasão dos alunos no decorrer do curso, que se apresenta em torno de 20 a 25%, pois a mesma significa ônus para a instituição de ensino, para o aluno e também para aquele candidato que não bteve a vaga para o curso. No entanto entende-se que a evasão não pode ser vista somente por estes aspecto, deve-se levar em conta aspectos pessoais, econômicos e outros, mas sem dúvida este é um aspecto muito relevante.

Diante do que foi exposto. decidiu-se realizar este trabalho com os objetivos de:

1) Verificar o conhecimento dos alunos que ingressam 110 Curso de Auxiliar de Enfermagem em relação ao ser profissional e suas atribuições.

2) Obter subsidio para o aperfeiçoamento do critério de seleção.

METODOLOGIA

Esta pesquisa descritiva de caráter exploratório foi realizada junto aos alunos incritos no Curso de e Auxiliar de Enfermagem de uma escola do município de São Paulo. No momento da coleta de dados estavam presentes 45 alunos matriculalos no referido curso, no ano de 1997.

A coleta de dados se leu no primeiro dia de aula do ano letivo, mediante a utilização de um instrumento (Anexo I ANEXO - Questionário ). que constou de questões abertas. Optou-se por questões abertas para permitir aos alunos, livre expressão de suas idéias e opiniões. Uma das autoras dirigiu-se à sala de aula, onde os alunos se encontravam reunidos, expôs resumidamente o trabalho os objetivos da pesquisa e solicitou a cooperação e participação dos mesmos; mediante aquiescência, foram entregues aos alunos os questionários, onde foi ressaltada a importância da opinião de cada um, bem como da não obrigatoriedade em respondê-o.

As autoras deixaram que os alunos opinassem de forma livre, escrevendo com suas próprias alavras. Os dados obtidos desta forma e que representam a opinião sobre as questões formuladas, foram analisados através de repetidas leituras e em seguida agrupadas e quantificadas de acordo com suas semelhanças e posteriormente classificadas em categorias e apresentadas por meio de quadros, com frequência absoluta e relativa.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para iniciar a apresentação dos dados,é importante esclarecer que foram entregues 45 questionários e todos foram respondidos.

Quanto ao perfil dos alunos, evidenciou-se que 65.8% são elo sexo feminino, concentrados na faixa etária ele 18 a 30 anos (87.7%). Em relação à escolaridade. 75.6% possuem o ensino médio completo, vindo de encontro com o perfil encontrado no estudo realizado por MACHADO, SANTESSO (1997).

Vale ressaltar também que 14.6% da população estudada possue o ensino superior e são graduados nas áreas de: matemática. biologia. pedagogia, química e psicologia. Em relação ao trabalho, 65,8% estão empregados, sendo que destes 10% atuam como atendentes de enfermagem e 34.2%, não exercem atividades remunerada, alegando desemprego e profissão não definida.

Verifica-se pelo quadro I. que houve uma predominância da categoria "Relacionamento interpessoal", com 27.2% das respostas. O relacionamento consiste em assistir ao paciente em sua totalidade, holísticamente, isto é, interrelacionando os aspectos físicos, psíquicos, sociais e culturais. O mesmo implica um envolvimento emocional maduro, valorizando e aceitando o paciente como ser único e ímpar.


Entendemos também que o relacionamento Interpessoal é a capacidade de estabelecer e manter contato com os pacientes e equipe, demonstrando empatia, calor humano e se fazendo entender através da comunicação. A comunicação deve ocorrer de Forma cordial e positiva, e deve ter como objetivo diminuir a ansiedade e confortar os pacientes.

Segundo KAWAMOTO; FORTES (1986) a comunicação é um dos instrumentos básicos da enfermagem, pois a interação enfermagem/pacienie depende basicamente da mesma.

TAKAHASHI (1991) afirma também que a comunicação deve estar presente em todas as atividades, pois sem ela não existe trabalho e relacionamento humano, portanto, não há grupo, organização e sociedade.

MENDES (1994) ressalta que a comunicação o relacionamento com o paciente não devem se limitar ao cumprimento do seu papel, através do uma relação profissional mecanizada e despersonalizada. Acrescenta ainda que por ser uma profissão da área da saúde, não bastam conhecimentos e habilidades próprias da profissão, pois o paciente não é apenas um ser acometido por uma doença, é uma pessoa. Um eu com desejos, aspirações e vontade de viver de que se sente deslocado num hospital.

Para ilustrar a existência da categoria "Relacionamento Interpessoal", apresentamos algumas falas que procuram expressar esta percepção dos alunos:

"ajudar ao próximo, com a dedicação e amor"

"ser humano, saber ouvir e falar e preocupar-se com os problemas da sociedade"

"apresentar espírito humanitário e vontade de ajudar as pessoas, entendendo o estado emocional do paciente".

Quanto à categoria "Responsabilidade", apresentou 21.5% de indicações e foi interpretada neste estudo como ser pontual, assíduo, ter capacidade de tomar decisões e executar as atividades livres de riscos e responder legalmente pelos seus atos.

MASSAROLO (1991) cita a responsabilidade como um dos aspectos relativos a estrutura organizacional do Serviço de Enfermagem, no sentido de se atingir eficientemente seus objetivos, e alerta que a autoridade e a responsabilidade devem ser equivalentes, ou seja, quando se delega a um subordinado a responsabilidade, deve-se atribuir-lhe também a autoridade necessária para a execução dessa atividade.

Para DRUCKER (1984), a responsabilidade do trabalhador varia de acordo com o tipo de trabalho, com nível de instituição, das aptidões e dos conhecimentos. Afirma também que o trabalhador é responsável pelo seu serviço, pela relação entre os diversos serviços, pelo modo como o trabalho deve ser executado para o alcance das metas propostas e pelo desempenho, tanto em quantidade como em qualidade.

A seguir são apresentados alguns exemplos que demonstram o significado de responsabilidade para os alunos:

"ser atento em relação aos seus deveres"

"estar comprometido com o seu papel"

"estar atento nos cuidados com o paciente"

"ser pontual e consciente"

A categoria "Conhecimento TécnicoCientífico", obteve 19.3% das respostas, as quais indicam a execução os procedimentos para a prestação dos cuidados de enfermagem com Fundamentação científica.

MURAMATSU (1996) salienta em seu estudo a importância do ensino dos procedimentos, a fim de que estes sejam executados com segurança e possibilitem ao futuro profissional um bom desempenho na prática. Sobre este aspecto, os alunos expressaram que o profissional deve:

"administrar medicamentos. colocar sondas. executar curativos, cuidar da higiene e auxiliar os acientes nas suas necessidades"

"ter conhecimentos da execução das técnicas para junto com a equipe, cuidar dos pacientes"

"ser capaz de executar tarefas que contribuam a recuperação do paciente"

A categoria "Competência" foi citada em 15.9% das respostas e indica a capacidade de ordenar desenvolver racionalmente as atividades, perceber fatos, detalhes e senso de prontidão. As falas que ilustram esta categoria são:

"ter qualificação pessoal e profissional para lidar com vidas humanas"

"ser eficiente, atencioso, e ter aptidão"

"ser alguém treinado e interessando em ajudar ao paciente com segurança e competência"

A categoria "Senso de Hierarquia" obteve 12.5% de respostas diz respeito à capacidade de respeitar hierarquicamente as categorias existentes no ambiente profissional.

LEITE; PEREIRA (1991) afirmam que a equipe de enfermagem constitui o grupo mais amplo do setor da saúde, e ressalta também a heterogeneidade existente na formação dos elementos da equipe, que desenvolvem atividades de natureza e abrangência diversificadas. Daí a necessidade de um conhecimento de suas atribuições dentro de uma equipe. Abaixo são apresentadas algumas expressões que melhor ilustram esta categoria:

"ajudar aos enfermeiros e aos médicos. respeitando a hierarquia"

"desenvolver as ordens do médico quanto ao tratamento, sob a supervisão da enfermagem"

A categoria "Atitude Profissional", aparece em 2.2% das respostas e é definido, como sendo o estado mental, a disposição interna, a forma de pensar e sentir do profissional, expressa pelo seu modo de ser e por ações de ajuda terapêutica, de acordo com os princípios éticos (FELCHER 1983), que podem ser evidenciadas nas seguintes falas:

"ter ética e postura"

"ser prestativo e atencioso, mesmo nas horas mais difíceis"

No que se refere categoria "Promoção da Saúde", como sendo a capacidade de executar medidas preconizadas que objetivam aumentar a saúde e o bem estar do cliente, obteve-se apenas 1.1% das respostas, e que podem ser observadas na expressão:

"contribuir para a pessoa manter sua saúde"

ROUQUAYROL (1988) ressalta a importância do profissional no processo de promoção à saúde. Recomenda que a prevenção primária deve ser realizada a partir do nível de conscientização da comunidade envolvida, como também da própria saúde do profissional, e este deve ser o agente esclarecedor da comunidade.

No quadro II, estão indicadas as categorias referentes à questão: "O que faz o auxiliar de enfermagem.


Na categoria "Executa os procedimentos com Conhecimento técnico-científico" obteve 38.6% das respostas. índice esperado pelo questionamento proposto pois enfoca a execução dos procedimentos na prática de enfermagem. Algumas falas ilustram esta opinião:

"realizar atividades básicas. como: limpeza (banho, higiene íntima, arrumação de cama)"

"ministrar medicamentos: controlar sinais vitais e o estado geral do paciente"

"atuar nas rotinas do hospital, auxiliar nos exames e trabalhar diretamente com a enfermidade"

Observa-se pelas respostas apresentadas que os alunos demonstram alguns conhecimentos sobre as atribuições que competem ao auxiliar de enfermagem em relação ao desempenho técnico. Acreditando que esses conhecimentos se deva ao fato de que alguns alunos já trabalham na área da saúde.

A categoria " Respeita o Senso de Hierarquia", obteve 18.6% das respostas. As falas que indicam este aspecto são as seguintes:

"ajudar o enfermeiro nos hospitais, postos e pronto atendimentos"

"executar técnica Sob a supervisão do enfermeiro"

Nestas falas, pode-se observar que, para alguns alunos o profissional auxiliar de enfermagem é subordinado ao médico, como por exemplo:

"hierarquicamente está abaixo do médico"

"acata ordens do médico"

Nota-se pelo percentual de respostas, que a maioria dos alunos tem pouca noção de que o trabalho de enfermagem é uma atividade que deve ser exercida em equipe, e sob a supervisão do enfermeiro.

A categoria "Mantém Relacionamento Interpessoal", obteve 14,6% das respostas,índice relativamente baixo, e que merece atenção especial, pois um bom relacionamento é imprescindível para uma boa atuação profissional, principalmente na área de enfermagem, uma vez que lidamos com o ser humano.

Acreditamos que para um bom relacionamento interpessoal, devemos saber escutar, ter respeito, aceitação empatia pelo outro. Vale ressaltar, no entanto, que no quadro I, este item foi o que apresentou maior percentual, denotando que os alunos valorizam o relacionamento interpessoal, como sendo fundamental para o "ser auxiliar de enfermagem. Algumas falas indicam estes aspectos:

"usar de sensibilidade para que os pacientes se recuperem”

"ser solidário e respeitar o paciente"

“ser sensível para dar apoio, carinho e confiança”

A categoria "Desenvolve as Atividades com Competência" recebeu 12% das referencias como:

"ser um profissional que ajuda a devolver o indivíduo em boas condições psíquicas e físicas para a sociedade"

"ser capacitado pana atuar"

Do nosso ponto de vista deveria ter sido citado com um percentual maior, pois entendemos que o fazer exige habilidade e competência. A prática de enfermagem pressupõe competência para executar uma série de habilidades, desde as mais simples às mais complexas. Sendo o ser humano o objeto do nosso trabalho, torna-se imprescindível executar essas atividades com competência.

Em relação categoria "Participa na Promoção da Saúde" obteve-se 9.3% de referências, que pode ser identificada a partir das seguintes falas:

"ajudar na prevenção das doenças"

"trabalho preventivo...

"cuidar da saúde"

Comparando com a primeira pergunta. que se referia ao ser auxiliar de enfermagem, houve um aumento do percentual de 1.19% para 9.39%, mesmo assim consideramos baixo. Percebemos que a maioria dos alunos não possui a idéia exata da promoção da saúde e da importância dessa atitude enquanto profissionais. Isso reflete a realidade vivenciada no nosso país, em que o aspecto preventivo é pouco valorizado.

PERElRA (1992) refere que a promoção da saúde é responsabilidade individual do profissional, acrescenta a necessidade de uma conscentização do mesmo e da população com relação aos fatores externos que influem no nível da saúde.

Na categoria "Tem Responsabilidade" denota-se uma certa discrepância entre os resultados do quadro I e II , referente ao percentual de 21% para 6,6% merecendo, portanto, uma certa atenção, pois a responsabiIidade, segundo o Código de Ética, cap. 11 - art. 16, significa executar as atividades inerentes às suas atribuições, e assistir o paciente livre de qualquer dano decorrente de imperícia, negligência e imprudência.

A responsabilidade, para OGUISSO, SCHIMIDT (1985), exprime a obrigação de responder por alguma coisa. Significa, pois, a obrigação, encargo, compromisso ou dever de satisfazer ou executar alguma atividade que se tenha convencionado, ou ainda suportar as sanções ou penalidades decorrentes daquela obrigação. Acrescenta que quando o ser humano se apresenta sob as vestes de um profissional, os deveres serão normas de condutas, que orientarão o exercício de suas atividades, nas relações com profissionais entre si, com seus clientes e com a comunidade.

Diante desta perspectiva, entendemos que a responsabilidade enquanto o "fazer" do profissional deveria estar sendo entendida como tal e portanto, apresentar percentual maior de citações.

CONCLUSÕES

Através deste estudo, pode se verificar, que para os alunos, os aspectos mais importantes em relação ao questionamento proposto, quanto ao "ser auxiliar de enfermagem", envolvem Relacionamento lnterpessoal (27.2%). Responsabilidade (21.5%), Conhecimento Técnico-Científico (19.3%) e Competência (15.9%): enquanto que sobre o que "faz o auxiliar de enfermagem", as categorias mais lembradas foram: Executa o Procedimento com Conhecimento Técnico-Científico (38,6%), Respeita o Senso de Hierarquia (18,6%), Mantém Relacionamento Interpessoal (14.6%) e Desenvolve as Atividades com Competência (12% ).

Estes resultados levaram nos a refletir sobre a necessidade de se estudar a criação de um programa de divulgação Sobre esta categoria profissional. enfocando aspectos quanto a importância do interrelacionamento entre profissional, paciente, família e equipe, do equilíbrio emocional. da atitude de disponibilidade quanto ao ajudar e ainda quanto às atribuições e condições de trabalho, de tal forma que possam esclarecer dúvidas sobre o ser e o fazer do auxiliar de enfermagem, evitando-se assim a evasão escolar e também a formação de profissionais que não se enquadrem com a profissão. Pois a enfermagem não é apenas o executar dos procedimentos;é interagir com o ser humano, estar comprometido com a vida, vivenciar a experiência da dor, sofrimento e alegria e contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas.

1 - Sexo

( ) masculino ( ) feminino

2 - Idade

3 - Escolaridade

I grau ( ) incompleto ( ) completo

II grau ( ) incompleto ( ) completo

III grau ( ) incompleto ( ) completo - Especifique _____________________

4 - Trabalho

( ) sim ( ) não

Se não, porquê? ___________________________________________________________

5 - O que é ser um Auxiliar de Enfermagem?

6 - O que faz um Auxiliar de Enfermagem?

  • DRUCKER. P.F. Introdução à administração. São Paulo. Pioneira. 1981.
  • FIGUEIREDO. R.M.: SILVA. M.A. Perfil dos alunos auxiliares de enfermagem da cidade de Campinas. SP. em 1995: mot ivos. expectativas e dificuldades relacionadas ao censo. Rev.Lat.Am Enf. v.5: n. 1, p.89-96: 1997.
  • GOLDBARG. M. C. Times - Ferramentas Eficaz para Qualidade Total. São Paulo. Makron Books, 1995.
  • FELCHER D.L. Atitudes interpessoais em enfermagem. São Paulo, EPU. 1983.
  • KAWAMOTO. E. E: FORTES. J.J. Fundamentos de Enfermagem. São Paulo, EPU. 1986.
  • KURCGANT P. Administração em enfermagem. São Paulo. EPU. 1991.
  • LEITE:. PEREIRA. L.L. Educação continuada em enfermagem. In: KURCGANT. P. Administração em enfermagem. São Paulo. EPU. 1991. cap.12, p.1-17.
  • MASSAROLLO. M.C.K.B. Estrutura organizacional e os serviços de enfermagem. In: KURCGANT. P. Administração em enfermagem. São Paulo. EPU. 1991. cap.3.
  • MACHADO. K.A: SANTESSO. P. Avaliação do curso de auxiliar de enfermagem segundo a visão dos alunos. Rev. Esc. Enf. USP, v.31. n.1. p.51-67. 1997.
  • MENDES, 1.A.C. Enfoque hunianístico à comunicação em enfermagem. São Paulo. Sarvier. 1991.
  • MURAMATSU. C.H. Processo ensino aprendizagem da técnica de palpação e mensuração da altura uterina: influência da prática. São Paulo. 199(i. 115p. Dissertação (mestrado) - Escola de Enfermagem. Universidade de São Paulo.
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  • NOGUEIRA R. P. Perspectiva da qualidade em saúde. Rio de Janeiro. Qualit.ymarlc Ed., 199-1.
  • OGUISSO. T.: SHIMIT .M.J O enfermeiro e a responsabilidade legal no exercício da enfermagem. Rev. Paul. Enf., v.5, n.4, p.170-0, 1985.
  • ROQUAYROL. M.Z. Epidemiologia e saúde. 3. ed.. Rio de Janeiro. Aledsi. 1988. p.7-19: Epidemiologia. história natural e prevenção.
  • PERElRA, R.C.J. Promoção da saúde e prevenção de Doenças: responsabilidade individual ou responsabilidade social. Rev. Esc.Enf. USP: v.20: n.3. p.l-IS-S0: 1992.
  • PORFÍRlO, R.M. Perfil sócio-econômico e cultural do estudante de auxiliais de enfermagem de São Paulo - SP. Rev.Esc.Enf., v.45. p.4: p:290-30: 1992.
  • TAKAHASHI. R. T. Sistema de infor'mação em enfermagem. In: KURCGANT. P. Administração em enfermagem. São Paulo, EPU, 1991. cap.14 p.181-9.

ANEXO -  Questionário

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    04 Mar 2010
  • Data do Fascículo
    Set 1999
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