Constituição de competências a serem desenvolvidas para a intervenção dos processos saúde: doença da população no ensino de terceiro grau em enfermagem

NOTA PRÉVIA

Constituição de competências a serem desenvolvidas para a intervenção dos processos saúde - doença da população no ensino de terceiro grau em enfermagem

Cesar Cavalcanti Silva^I; Emiko Yoshikawa Egry^II; Sônia Barros^III

^IEnfermeiro. Mestre em Enfermagem, Aluno do Programa Interunidades de Doutoramento em Enfermagem da EEUSP e EERP-USR campus da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, Docente do Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgica e Administração do DEMCA/UFPB, Av, Umbuzeiro, 209 - Manaíra, João Pessoa/PB, [e-mail]

^IIEnfermeira. Mestre em Enfermagem. Doutor em Saúde Pública. Livre-docente em Enfermagem em Saúde Coletiva, Professora Titular do Departamento de Enfermagem em Saúde Coletiva da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, Pesquisadora do CNPq. Orientadora, E-mail; [e-mail]

^IIIEnfermeira. Mestre em Enfermagem. Doutor em Enfermagem. Professora Doutora do Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Psiquiátrica da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. Co-orientadora

As contradições entre o discurso hegemônico do ensino e a prática profissional acentuam-se na medida em que o Estado redefine as prioridades de atenção à saúde e a sociedade reclama um novo perfil profissional que, necessariamente, não é forjado no paradigma tradicional. A superação destas contradições existentes, tanto nas políticas de saúde como no ensino na área de saúde, devem passar também por um processo de reflexão coletiva dos agentes de ensino sobre seu trabalho de reprodução ideológica. (Barros, 1996) O espaço de realização dos estágios curriculares supervisionados tem se constituído num lugar privilegiado para reconhecer essas contradições e promover transformações nas práticas educativas [ensino e avaliação] de modo que, em contato com a realidade, os professores, os alunos e os profissionais de saúde dos serviços locais sejam despertados para a necessidade se pensar acerca desta realidade. É pois, pertinente promover discussões mais aprofundadas na universidade, particularmente na formação em terceiro grau das áreas profissionais da saúde acerca da possibilidade de implementação de processos transformadores, tais como o ensino baseado em competências, visando assim, a produção de sujeitos críticos que atendam às necessidades de implantação efetiva do SUS. Adota-se a idéia de Perrenoud (1999), para dar significado à competência como sendo a capacidade de agir eficazmente em um determinado tipo de situação apoiado em conhecimentos, mas não só, pois é preciso mobilizá-los e integrá-los para resolver problemas com que se defrontam na realidade profissional em saúde. O presente estudo está inscrito dentro da linha de pesquisa "bases teórico-metodológicas e conceituais da enfermagem em saúde coletiva" e buscará compreender os referenciais pedagógicos contidos nos processos de avaliação formativa e transformá-los no sentido de construção/ aquisição de competências para a intervenção nos processos de saúde-doença da coletividade, em um peculiar espaço no qual se articulam a Academia, o Serviço e a Comunidade. O marco teórico-metodológico da investigação estará apoiado na Teoria de Intervenção Práxica da Enfermagem em Saúde Coletiva - TIPESC, proposto por Egry em 1996. Os cenários de estudo serão os loci nos quais são desenvolvidos os trabalhos do Estágio Rural Integrado do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Paraíba - ERI/CCS/UFPB, abrangendo os sujeitos atuantes nesta integração Ensino, Serviço e Comunidade, nos territórios geo-políticos pertencentes aos municípios do Estado da Paraíba.

Datas de Publicação

• Publicação nesta coleção
  18 Dez 2008
• Data do Fascículo
  Mar 2001