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Influências do comportamento comunicativo não-verbal do docente em sala de aula: visão dos docentes de enfermagem

Influences of nonverbal comunicative behavior of professors into the classroom: nursing professors' point of view

Influencias del comportamiento comunicativo no verbal del docente en sala de clase: vision de los docentes de enfermeria

Resumos

Na interação professor-aluno, o professor tem um importante papel e seu bom desempenho depende da consciência e habilidade que tenha na comunicação. Este trabalho teve como objetivo verificar junto aos docentes de Enfermagem, o conhecimento e a importância atribuída aos sinais não-verbais na sua interação em sala de aula. É um estudo exploratório, na linha qualitativa e foram entrevistados 25 docentes da EEUSP, de outubro a dezembro de 1999. Dentre os achados, pudemos verificar que são considerados facilitadores da interação: algumas características do professor, características do aluno, a regularidade de contato, o tipo de conteúdo exposto e a própria comunicação.

Comunicação não-verbal; Docente de enfermagem; Ensino


In the interaction teacher-student, the teacher has an important paper and his good acting depends mainly on thé conscience and ability that he has in the communication, the nonverbal. This work had as objective to verify the educational of Nursing, the knowledge and the importance attributed to the nonverbal signs in its interaction in class room close to. It is an exploratory study, in the qualitative line and 25 teachers were interviewed in the Nursing School of USP, in October to December of 1999. As results, we could verify that facilitators of the interaction are considered in class room: some teacher's characteristics, student's characteristics, the contact regularity, the type of exposed content and the own communication.

Nonverbal communication; Faculty, nursing; Teaching


En la interacción profesor-alumno, el profesor tiene un importante papel y su buen desempeno depende de la consciencia y habilidad que tenga com la comunicación. Este trabajo tuvo como objetivo verificar junto a los docentes de Enfermería, el conocimiento y la importância atribuida a los senales no verbales en su interacción en sala de clase. Es un estudio exploratório, en la linea cualitativa y fueron entrevistadas 25 docentes de la Escuela de Enfermeras de la Universidad de São Paulo (EEUSP), de outubre a diciembre de 1999. Dentro de los resultados, podemos verificar que son considerados facilitadores de la interacción: algumas características del profesor, características del alumna, la regularidad del contacto, el tipo de cohtenido expuesto y la propia comunicación.

Comunicación no verbal; Docente de enfermería; Enseñanza


Influências do comportamento comunicativo não-verbal do docente em sala de aula - visão dos docentes de enfermagem

Influences of nonverbal comunicative behavior of professors into the classroom - nursing professors' point of view

Influencias del comportamiento comunicativo no verbal del docente en sala de clase - vision de los docentes de enfermeria

Rosely Kalil de Freitas CastroI; Maria Júlia Paes da SilvaII

IAluna 7ºsemestre do curso de graduação em Enfermagem e Obstetrícia da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. E-mail: roselykfc@hotmail.com

IIProfessora livre-Docente do Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgica da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. E-mail: juliaps@usp.br

RESUMO

Na interação professor-aluno, o professor tem um importante papel e seu bom desempenho depende da consciência e habilidade que tenha na comunicação. Este trabalho teve como objetivo verificar junto aos docentes de Enfermagem, o conhecimento e a importância atribuída aos sinais não-verbais na sua interação em sala de aula. É um estudo exploratório, na linha qualitativa e foram entrevistados 25 docentes da EEUSP, de outubro a dezembro de 1999. Dentre os achados, pudemos verificar que são considerados facilitadores da interação: algumas características do professor, características do aluno, a regularidade de contato, o tipo de conteúdo exposto e a própria comunicação.

Palavras-chave: Comunicação não-verbal. Docente de enfermagem. Ensino.

ABSTRACT

In the interaction teacher-student, the teacher has an important paper and his good acting depends mainly on thé conscience and ability that he has in the communication, the nonverbal. This work had as objective to verify the educational of Nursing, the knowledge and the importance attributed to the nonverbal signs in its interaction in class room close to. It is an exploratory study, in the qualitative line and 25 teachers were interviewed in the Nursing School of USP, in October to December of 1999. As results, we could verify that facilitators of the interaction are considered in class room: some teacher's characteristics, student's characteristics, the contact regularity, the type of exposed content and the own communication.

Keywords: Nonverbal communication. Faculty, nursing. Teaching.

RESUMEN

En la interacción profesor-alumno, el profesor tiene un importante papel y su buen desempeno depende de la consciencia y habilidad que tenga com la comunicación. Este trabajo tuvo como objetivo verificar junto a los docentes de Enfermería, el conocimiento y la importância atribuida a los senales no verbales en su interacción en sala de clase. Es un estudio exploratório, en la linea cualitativa y fueron entrevistadas 25 docentes de la Escuela de Enfermeras de la Universidad de São Paulo (EEUSP), de outubre a diciembre de 1999. Dentro de los resultados, podemos verificar que son considerados facilitadores de la interacción: algumas características del profesor, características del alumna, la regularidad del contacto, el tipo de cohtenido expuesto y la propia comunicación.

Palabras-clave: Comunicación no verbal. Docente de enfermería. Enseñanza.

INTRODUÇÃO

Sylvester(1)afirma que as emoções devem ser consideradas, mesmo quando se discutem aspectos racionais. Um ambiente escolar estressante é contra-produtivo porque reduz a habilidade para o aprendizado e, por outro lado, uma atmosfera agradável em classe, torna os estudantes mais aptos a resolver com sucesso problemas em situações potencialmente estressantes.

O professor pode despertar o interesse dos alunos quando se preocupa, não apenas em transmitir alguma mensagem, mas em entender os códigos conhecidos pelo aluno e tenta codificar essas mensagens de acordo com esse código já anteriormente conhecido. Necessariamente o professor deve ser alguém sensível aos diferentes aspectos que envolvem as relações humanas(2).

Toda aula tem uma parte manifesta e intencional, na qual são colocados nossos objetivos, e uma parte não intencional, que acontece em função de nossos valores e crenças, expressas através da sinalização não-verbal, ou seja, no jeito como nos relacionamos com os alunos, no nosso jeito de falar sobre o assunto, de olhar para a classe, de andar, de interagir.

Knapp(3) cita um experimento feito com um grupo de alunos de uma classe, apontados pelos pesquisadores aos professores, como sendo pessoas de um elevado Q.I. (Quociente de Inteligência), sem realmente o serem. Ao final do ano letivo, esses mesmos alunos foram os que tiveram melhor desempenho, ficando demonstrado que com base em uma expectativa criada, como "eles são inteligentes", os professores mudaram seu comportamento em relação à eles, dando mais atenção às dúvidas expressadas pelos mesmos.

Goleman(4) afirma que nós, seres humanos, não somos apenas razão, mas também e o tempo todo, emoção; portanto, o que o professor sente sobre o que está passando aos alunos, o que sente sobre a classe e a consciência que tem sobre a importância de expressar coerência entre o que fala e demonstra no seu corpo, pode alterar o grau de motivação do aluno em classe.

A tarefa de comunicar é mais fácil e efetiva quando o professor conhece bem seus alunos e, portanto, seus repertórios comunicativos, seus objetivos, suas experiências e signos, estando e demonstrando interesse em modificar e ampliar esses repertórios. Da boa comunicação dependem não só a aprendizagem, mas também o respeito mútuo, a cooperação e a criatividade (5).

A pessoa do professor revela vários signos para o aluno: o signo icônico-que significa sua aparência, cor de pele, roupa, classe social, a forma exteriorizada de ser e tudo o que ele representa visualmente; o signo linguístico- que se concentra na língua com a qual se comunica; e o signo cibernético- que compreende os movimentos e os gestos(2).

A comunicação possui sempre três elementos: algo que conhecemos, que sentimos e que vivenciamos(6). O professor deve compreender bem o conteúdo a ser transmitido, ligar esse conteúdo conscientemente ao que está sentindo, e ser vivenciado, ou seja, fazer parte do seu cotidiano.

Essa coerência de comunicação é expressa pela complementaridade entre seu verbal (associado às palavras expressas) e seu não-verbal (que é toda informação obtida por meio de gests, posturas, expressões faciais, orientações do corpo, singularidades somáticas naturais ou artificiais, organizações dos objetos no espaço e até pela relação de distância mantida entre os indivíduos(6)

No processo de ensino-aprendizagem, percebemos sinais não-verbais na própria sala de aula; por exemplo, quando fazemos uma pergunta, uns levantam a mão, outros desviam o olhar, uns inclinam lateralmente a cabeça e levantam as sobrancelhas... Sommer (7)afirma, quanto à localização dos alunos em sala de aula, que aqueles que fazem parte do triângulo invertido com o professor na base, são os que mais participam das discussões em classe.

E importante o professor conhecer essa sinalização não-verbal, não. só para verificar o interesse da classe, mas para avaliar sua própria postura, que também interfere no interesse e no desempenho dos alunos. Eles são influenciados, a todo momento, pelos comportamentos assumidos pelo professor.

Silva (6) ressalta que o conhecimento ou não dos códigos não-verbais e o uso dos comportamentos citados podem ser utilizados de maneira eficaz ou ineficaz na comunicação, considerando-os, conseqüentemente, como estímulos motivacionais positivos e/ou negativos em qualquer relação interpessoal, portanto também presentes na relação professor-aluno. Propõe um quadro esquemático, com alguns modelos não-verbais de comunicação, separando-os quanto ao seu uso efetivo/eficaz e ineficaz referente a postura física do professor, olhar, uso dos móveis, roupas, expressões faciais, distância interpessoal, entre outros.

Partindo da importância que assumem os comportamentos do professor em sala de aula, influenciando o aprendizado dos alunos, nos propusemos a realizar esse estudo, onde se torne mais explícito o conhecimento, ou seja, a noção e a idéia que o professor de Enfermagem tem desses códigos, na sua vivência em sala de aula. Enfim, saber junto à esses docentes, se emitem esses sinais com consciência durante sua interação com os alunos.

Um exemplo que pode ilustrar a importância da consciência nos nossos atos é a execução da técnica simples de lavagem das mãos, feita pelos profissionais de saúde. A maioria sabe, "teoricamente", da importância da lavagem das mãos para a prevenção da infecção hospitalar, mas sabemos que não são todos e o tempo todo que realizam essa atividade.

Nessa primeira fase, questionaremos os docentes sobre essa temática; num próximo trabalho, poderemos observá-los em sala de aula, para verificarmos e quantificarmos os sinais não-verbais por eles emitidos. Diante da problemática exposta nos propusemos a:

· verificar junto aos docentes de Enfermagem, o conhecimento e a importância atribuída aos sinais não-verbais na sua interação em sala de aula.

MATERIAL E MÉTODO

É um estudo exploratório, descritivo, transversal, na linha qualitativa, que foi desenvolvido no curso de graduação em Enfermagem da Escola de Enfermagem da USP, na cidade de São Paulo.

Foram entrevistados 25 docentes do curso (30% do total de docentes da graduação), que aceitaram participar da pesquisa. A amostra foi aleatória, com distribuição eqüitativa pelos departamentos da instituição.

Após aprovação pela Comissão de Ética e Pesquisa, entramos em contato com os docentes, expondo o objetivo do estudo e solicitando seu consentimento por escrito para a entrevista, conforme a Resolução 196/96 do Ministério da Saúde, que traz as Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisa envolvendo seres humanos. Os participantes foram informados quanto à garantia do anonimato, e que o material coletado ficaria à disposição dos participantes interessados.

A coleta foi realizada no período de outubro a dezembro de 1999, através de entrevista semi-estruturada, agendada previamente com os docentes, sendo gravada em fita K-7 (cassete) e baseada nas seguintes questões:

  • O que você acha que facilita a interação dos alunos com o professor, em uma sala de aula ?

  • Que aspectos da comunicação do professor interferem nesse momento ?

  • Como você acha que deve ser: o contato com os olhos dos alunos; a disposição dos móveis na classe; as roupas (do professor); as expressões faciais; os gestos adaptativos; o toque (entre eles); a voz; o paraverbal (do professor); a distância interpessoal (mantida com os alunos) e a postura corporal.

Tratamento dos dados: O tratamento dos dados foi realizado pela interpretação dos depoimentos, com base no método de análise de conteúdo proposto por Bardin (8). Para esse autor, a análise de conteúdo é o conjunto de técnicas de análise de comunicação visando obter, por procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição de conteúdo das mensagens, indicadores, qualitativos ou não, que permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção/recepção (variáveis inferidas) destas mensagens.

O método é composto de três fases: pré-análise, exploração do material e tratamento dos resultados, inferência e a interpretação. Os critérios para a categorização podem ser: semântico ou temático-quando agrupados todos os temas que têm o mesmo significado; léxico- que corresponde à classificação das palavras, segundo seu sentido, com emparelhamento dos sinônimos e dos sentidos próximos; sintático- que agrupa verbos e adjetivos; e, expressivo- que classifica as diversas perturbações da fala. Neste trabalho o agrupamento foi feito por temas.

APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

Com relação à primeira pergunta: 'O que você acha que facilita a interação dos alunos com o professor em uma sala de aula?', conseguimos identificar cinco categorias no discurso dos professores, que foram apontadas como facilitadoras na sua interação com os alunos, em sala de aula, que são: características do professor, características do aluno, regularidade de contato, conteúdo e comunicação.

O diagrama 1 mostra as subcategorias existentes na categoria características do professor.

Pelo diagrama 1 podemos perceber que as duas grandes subcategorias existentes nas características do professor são sua postura e o conhecimento do professor.

Na subcategoria postura estão incluídas tanto as atitudes dos professores quanto a sua postura física, propriamente dita, sendo que os mesmos discorreram sobre as atitudes facilitadoras na interação com os alunos como: o compromisso com o ensino, o respeito ao seu papel, a ética, a motivação para a aula, a disponibilidade para com seus alunos, a atenção ao momento presente, a tranqüilidade diante dos alunos, a espontaneidade, a compreensão do tema, a transparência no seu papel, a solicitação da participação dos alunos permitindo trocas e a empatia. Já em relação à postura física do professor, identificamos em suas falas como sendo importantes: o olhar, o toque, o sorriso, a vestimenta, a proximidade mantida com os alunos e o cumprimento.

Alguns dos aspectos citados pelos docentes como importantes na sua interação com os alunos em sala de aula, tais como a sua postura física, o contato dos olhos, as roupas do professor, o seu nível de energia (tônus, motivação), o toque afetivo e sua postura corporal, reafirmam o que está proposto no trabalho de Silva (6), que esses sinais não-verbais, entre outros, podem ser usados de maneira que encorajem a fala do outro (aluno), porque demostram aceitação e respeito, sendo portanto facilitadores da comunicação entre professor e aluno.

A subcategoria conhecimento do professor diz respeito tanto ao conhecimento por eles adquiridos em seus anos de estudo e experiência, quanto ao conhecimento que o professor tem de si mesmo e dos alunos, sendo que este conhecimento adquirido está relacionado ao uso de estratégias de aprendizagem e ao uso da linguagem adequados.

O diagrama 2 mostra as subcategorias existentes na categoria características do aluno

Pelo diagrama 2 podemos perceber que as duas grandes subcategorias existentes nas características do aluno são individuais e grupais.

Na subcategoria de características individuais dos alunos o aspecto citado foi a sua motivação, que pode estar relacionada com o tipo de perguntas que ele faz ou com a sua condição física (seu cansaço). Já na subcategoria de características grupais, apontou-se além da motivação dos alunos (perceptível através de seu interesse), a idade (faixa etária do grupo), o tamanho do grupo (número de alunos), especificidades do grupo, o silêncio e a participação da classe nas atividades propostas, como sendo outros dos aspectos facilitadores da interação aluno - professor.

Um dos achados de Roche que corroboram com o que apresentamos, diz respeito aos aspectos facilitadores da interação professor- aluno, em que o docente considerou facilitador nesta interação, entre outras coisas, a dinâmica da aula (representada pela participação dos alunos, pelas técnicas utilizadas pelo professor que facilitam o processo de aprendizagem e o relacionamento professor-aluno) e a boa comunicação professor-aluno (representada pelo relacionamento interpessoal, pela participação da classe e pela solicitação da participação dos alunos que é feita pelo docente). Ela também nos aponta as características dos alunos que dizem respeito à sua motivação como a falta de interesse pelo tema e a inibição dos alunos (vergonha).

Além das características próprias do professor e do aluno, a regularidade de contato entre eles forma outra categoria encontrada e está relacionada à aproximação que aluno e professor têm fora da sala de aula e ao conhecimento prévio que o professor tem do aluno. Foi entendido que quanto mais se encontrem fora da sala de aula e possam se conhecer, mais facilidade para a interação e para que a aprendizagem ocorra.

O conteúdo também foi citado como sendo uma importante categoria, principalmente no que diz respeito à sua adequação, ao quão interessante ele possa ser e à clareza com que é apresentado, ou seja, a forma como se desenvolve o assunto. Roche' também diz que um conteúdo relevante pode ser facilitador na interação professor-aluno, principalmente quando é organizado, planejado, revisado e atualizado, corroborando com nosso achados.

A própria comunicação, também foi apontada como uma categoria que facilita a interação aluno - professor e, nessa interação aparece o ambiente como aspecto que pode intervir, dependendo da localização da sala, da temperatura e da disposição dos móveis da mesma, além dos ruídos externos. Ainda na categoria da comunicação, as expressões não-verbais foram citadas como sendo importantes.

Silva(6) discorre sobre o ambiente referindo que as diferenças no meio ambiente geram diferentes reações emocionais. O ambiente formal, por exemplo, gera uma relação mais superficial em comparação ao informal. Lembra que, no que diz respeito à temperatura, tendemos a permanecer mais tempo em ambiente quente do que frio; porém, se o ambiente torna-se abafado, a tendência é sair.

Com relação à segunda pergunta: "Que aspectos da comunicação do professor você acha que interferem nesse momento?", identificamos três categorias: a verbal, a não - verbal e a consciência do momento.

A categoria verbal está ligada à dicção do professor, à validação que ele faça da compreensão do aluno, à clarificação do entendimento (priorizando conteúdos e dando exemplos), além da própria linguagem que deve ser clara, com pouca gíria e adequada ao público alvo (com terminologia própria).

Na categoria não-verbal foram apontados os gestos (expressão corporal), o olhar, a postura (atitudes), a proxêmica, a roupa, o paraverbal (tom de voz e ritmo da voz) e os sinais fisiológicos de cansaço, mau-humor e as emoções do professor como sendo intervenientes na sua comunicação.

Em relação ao volume da voz, por exemplo, explicitaram em suas falas que interfere no momento de sala de aula: " ... um tom de voz não muito alto, não muito baixo ..."; "... a maneira do professor falar, se ele sempre fala no mesmo tom de voz ... ". No esquema proposto por Silva(6), usar a voz num volume sempre alto ou baixo é usá-la ineficazmente; já num volume audível, é o eficaz.

Em relação aos gestos referiram que: " ... uma professora que joga o cabelo pra cá, joga o cabelo prá lá, acaba atrapalhando ... "; " ... uma pessoa que gesticula muito desvia a atenção...". Knapp (3) e Silva (6) lembram que os maneirismos (gestos adaptativos) acabam distraindo e que o ideal seria que não houvesse esse tipo de gestual.

Em relação ao olhar disseram: "... olhar nos olhos das pessoas ... ". O contato com os olhos deve ser regular, pois demonstra aceitação e respeito com o outro; já a ausência de olhar acaba por enfraquecer a conversação (6,10,11)

Em relação as roupas do professor afirmaram que: "... uma professora com uma roupa muito curta, um decote muito acentuado desvia a atenção ... " Esta fala reforça o que Stern; Payment(12) e Silva(6) dizem a respeito das roupas; que interferem na comunicação se forem provocativas e extravagantes devendo, portanto, ser simples.

Na categoria consciência do momento, que é a categoria relacionada à consciência que o professor tenha do seu conhecimento sempre parcial do tema, das diferenças culturais e sociais que existe entre os alunos, está a importância que ele atribui a elas, além da consciência de saber ouvir (compreendendo a comunicação sempre como uma troca) e da importância de causar uma boa primeira impressão (saber se apresentar aos alunos).

Além dessas categorias foram citados também aspectos importantes da interação do professor tais como: sua emoção, sua motivação, sua disponibilidade, sua competência, seu domínio do conhecimento, suas crenças e seus valores. Entretanto, mesmo sendo aspectos importantes da interação, eles não decodificam a comunicação em si e, portanto, não puderam ser incluídos nas outras categorias identificadas.

A terceira pergunta era "Como você acha que deve ser: a) o contato com os olhos dos alunos; b) a disposição dos móveis dentro da sala de aula; c)as roupas do professor d)as expressões faciais do professor; e)os gestos adaptativos do professor; f)o toque entre professor e aluno; g)a voz do professor; h)o paraverbal do professor; i)a distância interpessoal mantida com os alunos; j)a postura corporal do professor." Os itens foram questionados um a um.

Em relação ao contato com os olhos encontramos uma categoria que diz respeito às características do olhar, sendo estas características relacionadas a freqüência do olhar, sua forma e o tipo do olhar, propriamente dito. A freqüência, segundo os docentes, deve existir, embora às vezes esteja bloqueada pelos alunos. Disseram que se deve acessar o maior número de olhos possível, olhar sempre (muito), sendo que esta freqüência do olhar é maior em grupos pequenos, dependente da cultura e mais difícil de ocorrer nos primeiros encontros.

Na forma de olhar, identificamos o olhar podendo ser direto ou indireto; no direto devendo-se olhar diretamente, sempre nos olhos (olhos nos olhos), procurando as pessoas com o olhar; já no indireto devendo-se saber para onde os alunos estão olhando, olhar para o rosto do aluno, para as pessoas no geral e para sua expressão facial, sem se fixar em ninguém.

Stern; Paymen (12) afirmam que os profissionais da área de treinamento, educadores, no caso, devem se comprometer a estabelecer contato com todos. Enquanto falam, devem olhar diretamente para os olhos de alguém durante alguns segundos e depois, olhar para uma outra pessoa. Lembram ainda como é desagradável a sensação quando alguém fala conosco sem olhar-nos nos olhos.

Quanto ao tipo propriamente dito do olhar, os professores disseram que deve ser espontâneo, de "troca", transmitir segurança e ser capaz de individualizar a interação. Além disso, citaram que há olhares que aproximam, que distanciam, olhares fixos (que indicam que querem conversar), olhares de interrogação, tímidos e que dependem do grau de maturidade. Gaiarsa(10) e Silva(6)confirmam que o olhar retrata nssas emoções, como: a surpresa, a alegria, ou a tristeza, atuando também, no controle do nível de atenção e regulando o fluxo da conversação.

A importância do olhar é tamanha que Gaiarsa(10) escreve sobre a dificuldade de se enfrentar uma platéia. Refere que não é fácil ter clareza ou sentir-se seguro sobre nossas reações diante de muitas pessoas. Afirma que o motivo parece claro: quem olha vê. Se estamos sendo olhados por muitos, cada qual com suas expectativas, nos perguntamos a quais e a quantos poderemos perceber e/ou responder? Certamente não a todos. Relata ainda que a repressão começa pelos olhos, pela proibição implícita de dizer o que estamos vendo no outro; e sem perceber nossas atitudes e nossas faces. Esta repressão do olhar alheio é outra dificuldade.

Afirma também que quanto menor a dissociação entre a fala e a expressão não-verbal, mais integrada a pessoa estará ao aqui e ao agora, mais inteira. Mais forte também será sua presença para os demais.

Garante que toda conversa capaz de diminuir a distância entre o verbal e o não-verbal é terapêutica(10)

Quanto a disposição dos móveis na sala os professores acham que depende: 1º) dos recursos áudio-visuais utilizados (como o retro-projetor e o microfone); 2°) do tempo que se tem para ministrar a aula; 3ºdos objetivos da aula; 4º) do número de alunos na sala; 5º do momento da aula; 6º do mobiliário disponível da sala; 7ºdo tamanho da sala; 8º do tipo de aula (da estratégia que está sendo utilizada). O mobiliário da sala deve ter cadeiras móveis, não muito juntas e as mesas devem ficar no canto. O tamanho da sala deve ser o suficiente para que admita os móveis em diferentes posições, para que as pessoas possam se movimentar. Quanto ao tipo de aula, se a. aula for expositiva, as carteiras, segundo os docentes, devem ficar na forma tradicional (formal, ou seja, em fileiras), mas se a aula for composta por uma dinâmica ou se for uma discussão, as carteiras devem ficar em círculos ou semi-círculos, que estimulam a participação dos alunos.

Explicitaram, em seu discurso, que esses móveis devem estar no mesmo patamar (no mesmo nível), devem pssibilitar que o professor fique o mais próximo possível dos alunos, que não haja nenhum móvel interposto entre alunos e professores, que dêem liberdade de movimentos para ambos e de forma que as duas partes se sintam à vontade para desempenhar o seu trabalho. Silva (6)propõe que os móveis devam ser sempre usados para unir com o objetivo de "tornar comum" o que ocorrer no ambiente, não como barreira à comunicação.

As roupas do professor devem ser limpas, usadas com bom senso, de acordo com o momento e com seu estado de espírito, simples, informais, confortáveis, discretas. Para alguns deve ser o avental branco ou uniformes e formais. Outros referem que deve-se usar as cores como recurso, estar de acordo com as convenções sociais e com a instituição onde se trabalha. Ser elegantes, de acordo com a cultura.

Segundo Stern; Payment(12), as roupas dizem muito sobre as pessoas. A partir delas é que as pessoas estabelecem uma primeira impressão, mesmo antes de se dizer qualquer palavra. Afirmam que se parecermos ricos demais, poderemos afastar o público (alunos no caso); se parecermos pobres demais, poderemos perder a credibilidade; se estivermos vestidos informalmente, poderemos ser vistos como amadores; se parecermos desleixados, indicaremos falta de respeito com o público (alunos). Sugerem que escolhamos roupas que nos igualem ou nos coloquem um pouco acima deles.

As expressões faciais do professor foram consideradas importantes, fundamentais, influen-ciadoras do comportamento do aluno e sendo capazes de dizer muita coisa. Segundo os docentes elas devem ser variadas, espontâneas (sem disfarce), sorridentes (dóceis), de validação (reafirmando aquilo que está sendo dito no momento), conscientes (pensadas), demostrando interesse (disponibilidade, receptividade) e podendo colocar limites, quando necessário.

Retomamos Bezerra (2) quando diz que o uso da linguagem, símbolos e expressões são códigos e estilos pessoais que podem facilitar a interrelação. Afirma ainda que a intenção do professor deve ser coerente com sua ação e postura, promovendo a participação do aluno na aprendizagem, sem "dominar a situação", não tendo em sala de aula um ambiente artificial, onde o poder é exercido de forma autoritária, onde pensamento e ação não se identificam.

A fala dos professores corrobora a afirmação de Silva (6) que lembra da importância de nos aproximarmos das pessoas "com a comissura da boca voltada para cima", por ser o sorriso um sinal que diz: não quero brigar com você. Lembra também que as pessoas conversam olhando-se nos rostos e daí a importância de termos consciência de que nossa face expressa nossas emoções, e que às vezes, o outro percebe o que sentimos antes de nós mesmos (o rubor, por exemplo, demostrando nosso constrangimento, nossa vergonha).

Quanto aos gestos adaptativos, os professores pontuaram como eles podem ser (ou o que eles podem parecer, demonstrar) e como eles devem ser. Esses gestos podem ser incômodos aos alunos, parecer tiques nervosos ou hábitos, aproximar ou afastar os alunos. São mecanismos de defesa que podem indicar desconforto ou insegurança, segundo os docentes, além de ansiedade, cansaço, estresse, tensão ou lacunas na memória. Disseram ainda, que estes gestos têm grande significado para o aluno que percebe, atrapalhando e desviando sua atenção, além de serem incontroláveis e dependerem da cultura.

Os gestos adaptativos, na verdade, funcionam como "muletas", isto é, são partes do nosso corpo que usamos para liberar nossa ansiedade, para compensar sentimentos de insegurança, ansiedade e tensão. Por exemplo, roer unhas, mexer no cabelo ou utilizar os adaptadores objetuais (brincar com jóia, cigarro, lápis etc.)(6). Alguns docentes não souberam definir estes gestos e isto pode afetar o aprendizado uma vez que distraem a atenção do aluno, como já foi dito.

O toque entre professor e aluno foi considerado importante, porém não devendo existir para aqueles alunos que demonstram que não gostam. Em seu discurso, os professores explicitaram que o toque demonstra que o outro te reconhece, indica disponibilidade, significa estreitamento ou distanciamento, é caracterizado como afeto e deve ocorrer para que permita expressar interação. A existência do toque, segundo eles, depende da cultura, do tipo de aula, da intenção, da situação, do momento, do conteúdo da aula e do tipo de toque. Os tipos de toque podem ser um afago nas costas, no ombro, nas mãos, no braço, no cabelo ou na cabeça, além do beijo no rosto (cumprimento). Os docentes consideram que o toque é mais freqüente em aulas que não sejam expositivas e acham que este toque deve ser natural, sem exageros, agradável, espontâneo, não invasivo, com discernimento, com cuidado (para não confundir a relação), de forma que o aluno se sinta à vontade, saudável, dentro do limite da relação professor-aluno, e validado pelo olhar. Disseram que o toque deve ser valorizado e usado como uma técnica, um instrumento fundamental e necessário.

Essa preocupação com o toque, explicitada pelos docentes, procede uma vez que ele provoca sensações. Silva (6) explica que o contato físico em si não é um acontecimento emocional, mas seus elementos sensoriais provocam alterações neurais, glandulares, musculares e mentais, que chamamos de emoções e que por isso, muitas vezes, o tato não é "sentido" como uma sensação, e sim, efetivamente, como uma emoção.

Quanto à voz do professor encontramos características relacionadas ao seu ritmo, a sua intensidade e a emoção expressa através dela. Os docentes referiram que a voz deve ter um ritmo adequado, ser pausada, ter ritmos diferentes, dando tempo para os alunos entenderem, ser pontuada, ter cadência. Em relação à intensidade (volume), encontramos que a voz deve ter altos e baixos (entonação variável, diferente, para chamar atenção a assuntos importantes); ser alta, clara (audível); em tom médio (nem alta nem baixa); num volume adequado para a situação. Os professores pontuam que a voz deve ter sentimento, ser agradável, sinal de incentivo ao outro, ter espontaneidade, equilíbrio, ser motivadora, estar de acordo com o momento/ situação; passar tranqüilidade, ser calma. Ser firme (levando segurança) e íntegra, além de poder ser desenvolvida.

No paraverbal do professor, também pudemos perceber que os docentes, em sua maioria, desconhecem o que significa o paraverbal, pois o consideram apenas como o 'né' e o 'á', não se referindo aos grunhidos, à entonação e a qualquer outro som do aparelho fonador, exceto as palavras por elas mesmas, que também fazem parte do paraverbal (6). Acharam que o paraverbal é necessário, inevitável, não didático, um hábito, usado com freqüência, ruim, incômodo para quem está ouvindo, difícil de controlar, irritante, característica de cada um, um vício (cacoete). Acertaram quando disseram que é uma expressão interna, emocional e que tem influência cultural.

Embora a emoção da fala transpareça o paraverbal, é importante lembrar que o falante e o ouvinte variam suas capacidades de expressar sentimentos, sendo que em um dia de maior retração, o falante pode ser mais linear na demonstração da emoção. O ouvinte, por sua vez, fica mais superficial ou menos atento à apreensão da emoção (6).

A distância interpessoal mantida entre professor e aluno foi dividida, pelos professores, em distância objetiva e subjetiva. Os docentes consideraram a distância subjetiva como aquela relacionada a limites não físicos, mas "energéticos". É semelhante ao espaço pessoal, definido por Silva (6) como o quanto nosso corpo agüenta a proximidade de alguém; uma espécie de "bolha invisível" que existe ao redor do corpo de toda pessoa. Varia de acordo com o tipo de relação a ser mantida e não está, necessariamente, relacionada com a distância física mantida do outro.

Com relação à distância objetiva, referiram que ela depende do mobiliário da sala, da situação/momento, dos recursos audio-visuais que estão sendo utilizados, do tipo de aula que está sendo dada, da disponibilidade do aluno. Deve ser, sempre que possível, próxima do aluno, sem diferença de níveis (no mesmo piso), sem invasão do espaço pessoal, natural (normal, sem forçar), com a possibilidade de olhar nos olhos, quando possível ombro a ombro (lado a lado), facilitadora da interação (da aproximação, do ensino), que possibilite o toque, respeitando o limite do outro. Alguns docentes referiram que, à medida que o professor conhece mais o aluno, a distância física diminui.

Segundo Hall(13), existem quatro tipos de distâncias entre as pessoas: a distância íntima (do toque a 45 centímetros), a distância pessoal (de 45 centímetros a 125 centímetros), a distância social (de 125 centímetros a 360 centímetros) e a distância pública (acima de 360 centímetros>. Na distância íntima, a presença do outro se impõe. O cheiro, o calor do corpo, o ritmo da respiração e o sopro do hálito são percebidos com bastante nitidez. As defesas possíveis apresentadas normalmente pelas pessoas que se encontram nessa distância por falta de opção são: imobilidade, olhos no infinito, músculos tensos.

Na distância social, os pormenores íntimos do rosto já não são percebidos e ninguém toca ou espera ser tocado. As pessoas que trabalham juntas praticam, geralmente, a distância social. Também é o modo corrente nas reuniões informais. Neste caso, não fixar o olhar no interlocutor equivale a negá-lo e a interromper a conversa.

Algumas pessoas não se importam se chegamos muito perto delas, enquanto outras odeiam esse tipo de aproximação. Devemos estar atentos para não ultrapassarmos os limites da 'zona de conforto' dos participantes (alunos). Saberemos se estamos 'passando dos limites' observando suas reações quando derem um passo para trás ou olharem para outro lado; são indicativos de que devemos nos afastar(12).

Enfim, na postura corporal do professor, encontramos como categorias a atitude do docente e sua postura física, propriamente dita. Na categoria atitude, os professores consideraram que sua postura deve ser educada, formal, de escuta e depende do seu jeito de ser, do seu cansaço, do seu ânimo, da sua motivação, da sua auto-estima, do gosto pelo que faz, da sobrecarga de trabalho, das suas emoções. Em relação a sua postura física, que esta deve ser discreta, natural, espontânea, adequada ao momento, passar pelo crivo pessoal de cada um, ser de um comportamento ergonômico, congruente com a expressão facial, olhar, roupa e tom de voz. Que as posturas assumidas dependem do nível de intimidade que se tem, da mensagem/conteúdo que se quer passar, da intenção, do tamanho da sala e da situação/ momento. Silve(6) lembra que a postura efetiva, para quem quer interagir, é aquela que "inclui" .o outro, ou seja, quando nos voltamos para as pessoas e não viramos as costas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ficou claro que os docentes valorizam a comunicação como um dos elementos essenciais para a interação com os alunos em sala de aula; que são capazes de citar a comunicação não-verbal como um aspecto importante da interação (principalmente o olhar e o paraverbal do professor); e que estão mais familiarizados com uns do que com outros. Exemplificam e desenvolvem o raciocínio sobre a importância do olhar, da postura física do professor, da distância a ser mantida em sala de aula, do uso do toque, mas desconhecem, muitas vezes, a abrangência e o significado dos gestos adaptativos e do paraverbal ou paralinguagem.

Como afirmam Olschowsky; Grando(14), o trabalho docente não pode limitar-se ao roteiro de sala de aula; requer um olhar ético, político, cultural, técnico e psicológico. Ensinar é também interagir, aproximar e fazer dialogar dois universos diferentes. O aluno quer aprender, progredir e obter benefícios. O educador informa, orienta, estimula e quer ensinar a pensar. Ambos interagem com o objetivo de adquirir e construir conhecimento.

Toda interação que consiga promover crescimento mútuo é uma verdadeira conquista. Exige esforços, interesse, consciência, motivação, vontade e persistência de ambos os lados. Fica evidente neste trabalho que, mais ou menos conscientemente, o docente sabe da importância do seu papel para o aprendizado do aluno, portanto é só agir de maneira coerente com sua própria crença.

Artigo recebido em 12/02/01

Artigo aprovado em 01/04/02

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  • (13) Hall E. A Dimensăo oculta. Lisboa: Relógio D'água; 1986.
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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    10 Dez 2008
  • Data do Fascículo
    Dez 2001

Histórico

  • Aceito
    01 Abr 2002
  • Recebido
    12 Fev 2001
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