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Atuação do enfermeiro no manejo da incontinência urinária no idoso: uma revisão integrativa

Actuación del enfermero en el manejo de la incontinencia urinaria en el anciano: una revisión integrativa

Resumos

Este estudo teve como objetivo verificar quais são as estratégias utilizados pelos enfermeiros para o manejo da incontinência urinária (IU) em idosos. Realizou-se um estudo de revisão integrativa da literatura nas seguintes bases de dados: WEB OF SCIENCE, MEDLINE, SCOPUS e CINAHL, no período de 2006 a 2010. Foram encontradas 186 publicações, e, após a exclusão daquelas com duplicidade e a leitura cuidadosa dos trabalhos na íntegra, a amostra constituiu-se de sete artigos. A maior parte das pesquisas aborda a incontinência urinária de uma maneira geral, sem caracterização quanto ao seu tipo ou queixas presentes nos sujeitos da pesquisa. Apenas um trabalho referia-se ao manejo de incontinência urinária em idosos com demência e outro especificou o tipo (bexiga hiperativa). Diante disso, destaca-se a necessidade de realizar pesquisas clínicas sobre o manejo da incontinência urinária realizado por enfermeiros, visando o fornecimento de evidências científicas para o embasamento dessa prática.

Idoso; Incontinência urinária; Terapêutica; Cuidados de enfermagem; Revisão


Se objetivó verificar cuáles son las estrategias utilizadas por enfermeros para el manejo de la incontinencia urinaria (IU) en ancianos. Se realizó estudio de revisión integrativa de literatura, en las bases de datos WEB OF SCIENCE, MEDLINE, SCOPUS y CINAHL, en período de 2006 a 2010. Fueron encontradas 186 publicaciones; una vez excluidas las duplicadas y efectuada la lectura integral de los trabajos, la muestra se constituyó de 7 artículos. La mayoría de las investigaciones aborda la IU de un modo general, sin caracterización de tipología o quejas expresadas por los sujetos investigados. Apenas un trabajo se refería al manejo de IU en ancianos con demencia y otro especificó el tipo (vejiga hiperactiva). Frente a eso, se destaca la necesidad de realizar investigaciones clínicas sobre el manejo de la IU realizadas por enfermeros, apuntando a ofrecer evidencias científicas que sirvan de base a esta práctica.

Anciano; Incontinencia urinaria; Terapéutica; Atención de enfermería Revisión


The objective of this study was to verify the strategies that nurses use to manage urinary incontinence (UI) in the elderly. An integrative literature review was performed on the following databases: WEB OF SCIENCE, MEDLINE, SCOPUS and CINAHL, in the period from 2006 to 2010. A total of 186 articles were located, and after excluding duplicates and performing a careful reading of the full articles, the sample was comprised of seven articles. Most studies utilize an overall approach to urinary incontinence, without characterizing the type or the subjects' claims. Only one study addressed the management of urinary incontinence in the elderly with dementia; another specified the type (hyperactive bladder). Therefore, there is a need for further clinical nursing studies regarding the management of urinary incontinence, aiming to provide scientific evidence to support this practice.

Aged; Urinary incontinence; Therapeutics; Nursing care; Review


ARTIGO DE REVISÃO

Atuação do enfermeiro no manejo da incontinência urinária no idoso: uma revisão integrativa

Actuación del enfermero en el manejo de la incontinencia urinaria en el anciano: una revisión integrativa

Vanessa Abreu da SilvaI; Maria José D'ElbouxII

IEnfermeira. Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Faculdade de Ciências Medicas da Universidade Estadual de Campinas. Campinas, SP, Brasil, vanisabreu@hotmail.com

IIProfessora Associada do Departamento de Enfermagem da Faculdade de Ciências Medicas da Universidade Estadual de Campinas. Campinas, SP, Brasil, mariadio@uol.com.br

Correspondência Correspondência: Vanessa Abreu Silva Rua Deoclésio Camara Mattos, 570 - Vila Carminha CEP 13045425 – Campinas, SP, Brasil

RESUMO

Este estudo teve como objetivo verificar quais são as estratégias utilizados pelos enfermeiros para o manejo da incontinência urinária (IU) em idosos. Realizou-se um estudo de revisão integrativa da literatura nas seguintes bases de dados: WEB OF SCIENCE, MEDLINE, SCOPUS e CINAHL, no período de 2006 a 2010. Foram encontradas 186 publicações, e, após a exclusão daquelas com duplicidade e a leitura cuidadosa dos trabalhos na íntegra, a amostra constituiu-se de sete artigos. A maior parte das pesquisas aborda a incontinência urinária de uma maneira geral, sem caracterização quanto ao seu tipo ou queixas presentes nos sujeitos da pesquisa. Apenas um trabalho referia-se ao manejo de incontinência urinária em idosos com demência e outro especificou o tipo (bexiga hiperativa). Diante disso, destaca-se a necessidade de realizar pesquisas clínicas sobre o manejo da incontinência urinária realizado por enfermeiros, visando o fornecimento de evidências científicas para o embasamento dessa prática.

Descritores: Idoso. Incontinência urinária. Terapêutica. Cuidados de enfermagem. Revisão.

RESUMEN

Se objetivó verificar cuáles son las estrategias utilizadas por enfermeros para el manejo de la incontinencia urinaria (IU) en ancianos. Se realizó estudio de revisión integrativa de literatura, en las bases de datos WEB OF SCIENCE, MEDLINE, SCOPUS y CINAHL, en período de 2006 a 2010. Fueron encontradas 186 publicaciones; una vez excluidas las duplicadas y efectuada la lectura integral de los trabajos, la muestra se constituyó de 7 artículos. La mayoría de las investigaciones aborda la IU de un modo general, sin caracterización de tipología o quejas expresadas por los sujetos investigados. Apenas un trabajo se refería al manejo de IU en ancianos con demencia y otro especificó el tipo (vejiga hiperactiva). Frente a eso, se destaca la necesidad de realizar investigaciones clínicas sobre el manejo de la IU realizadas por enfermeros, apuntando a ofrecer evidencias científicas que sirvan de base a esta práctica.

Descriptores: Anciano. Incontinencia urinaria. Terapéutica. Atención de enfermería Revisión.

INTRODUÇÃO

A incontinência urinária (IU) tem sido apontada por estudiosos como um problema de saúde pública(1), devido à magnitude de sua ocorrência e consequências. Porém, poucos profissionais de saúde investigam essa temática e escassos são os estudos sobre a incontinência urinária(2), especialmente realizados por enfermeiros.

A incontinência urinária é considerada uma das mais importantes e recorrentes síndromes geriátricas(3-4). É definida como queixa de qualquer perda involuntária de urina(5). É um problema comum que pode afetar pessoas de todas as faixas etárias, contudo sua prevalência é maior na população feminina e aumenta com o avanço da idade(6-8).

Estima-se que a incontinência urinária acometa cerca de 30% dos idosos que vivem na comunidade, de 40% a 70% dos idosos hospitalizados e 50% dos idosos que vivem em instituições de longa permanência para idosos(5).

Isso acontece porque as alterações decorrentes do processo de envelhecimento e os eventos de crises de saúde podem favorecer o desenvolvimento de incontinência urinária na velhice(6,9). Cabe ressaltar que o processo de envelhecimento como fenômeno isolado não é causa, mas induz a alterações anatômicas e funcionais que predispõem ao problema(7).

Sabe-se que a incontinência urinária tem impacto negativo na qualidade de vida dos idosos e favorece o isolamento social, frente ao medo de perder urina em locais públicos, ao constrangimento e às restrições de atividades, além de gerar sentimento de baixa auto-estima, interferir nas relações pessoais e nas tarefas domésticas(8-10). Ademais é uma das principais causas de institucionalização entre os idosos(11).

Estudos mostram que um plano de cuidado de enfermagem individualizado leva à diminuição da ocorrência e consequências da incontinência urinária entre os idosos(12). Ocorre que, a atuação do enfermeiro no manejo dessa situação é relativamente nova na história da profissão(13).

A avaliação e manejo da incontinência urinária é uma área de especialidade da enfermagem denominada estomaterapia, a qual abrange assistência a pessoas com estomas, feridas, incontinência anal e urinária, que é reconhecida pelo órgão de classe e sociedades científicas nacionais e internacionais. Apesar disso, é escasso o número de enfermeiros com conhecimento específico sobre essa área de atuação, bem como a produção científica sobre a temática do manejo da incontinência urinária em idosos realizado por enfermeiros.

Diante disso, este estudo tem como objetivo verificar, por meio de revisão integrativa da literatura, as estratégias utilizadas pelos enfermeiros para o manejo da incontinência urinária em idosos.

MÉTODO

Trata-se de um de estudo de revisão bibliográfica em que foi empregado o método de revisão integrativa da literatura. Esta modalidade tem por finalidade reunir e sintetizar os resultados de pesquisas sobre um determinado tema, de maneira sistemática e ordenada, contribuindo assim para o aprofundamento do conhecimento do tema pesquisado(14).

Para o desenvolvimento dessa pesquisa, foram adotadas as seguintes etapas propostas na literatura(15):

– Busca em base de dados indexada de trabalhos publicados sobre o tema;

– Leitura criteriosa dos trabalhos e seleção das informações a serem extraídas;

– Seleção dos artigos que atenderam aos critérios de inclusão e exclusão definidos;

– Apresentação e discussão dos achados da revisão.

Foi utilizada a seguinte pergunta para guiar a revisão integrativa: quais são as estratégias dos enfermeiros para o manejo da incontinência urinária em idosos?

Para o refinamento da pesquisa, foi definida uma amostra, obedecendo aos seguintes critérios de inclusão:

– Periódicos indexados nas bases de dados WEB OF SCIENCE, MEDLINE (Literatura Internacional em Ciências da Saúde), SCOPUS e CINAHL (Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature).

– Artigos nos idiomas português, inglês e espanhol, com os resumos disponíveis nas bases de dados citadas anteriormente, publicados no período de 2006 a 2010;

– Artigos indexados pelos seguintes descritores DeCS/MeSH:

• Idoso – aged – anciano;

• Incontinência urinária – urinary incontinence – icotnência urinária;

• Terapia – therapy – terapia;

• Enfermagem – nursing – enfermaria.

– Estudos com abordagem sobre o manejo da IU em idosos realizados por enfermeiros.

Na primeira etapa, referente à busca em base de dados, foram encontrados 186 publicações indexadas, conforme mostra a Tabela 1.

Após a exclusão das publicações com duplicidade obtiveram-se 138 trabalhos, os quais foram submetidos à leitura do título e do resumo. Destes, 20 artigos atenderam inicialmente os critérios de inclusão, contudo, após a leitura cuidadosa dos artigos na íntegra, observou-se que 13 trabalhos não abordavam o manejo da incontinência urinária por enfermeiros. Portanto, a amostra constituiu-se de sete publicações.

RESULTADOS

No que diz respeito ao delineamento das publicações avaliadas, verificou-se que: três artigos eram de revisão, um artigo de atualização, um descritivo, um de educação das enfermeiras no manejo da incontinência urinária e apenas um era ensaio clínico randomizado.

A maioria dos artigos abordou a incontinência urinária de uma maneira geral, sem caracterização do tipo ou das queixas presentes nos sujeitos da pesquisa. Apenas um trabalho referiu-se ao manejo de incontinência urinária em idosos com demência e outro especificou o tipo (bexiga hiperativa).

Os sete artigos incluídos no presente estudo de revisão foram publicados em periódicos internacionais, sendo que dois em revistas de Enfermagem Geral, dois em revistas sobre Geriatria e/ou Gerontologia e três em revista especifica de enfermagem em gerontologia, conforme mostra a Tabela 2.

A Tabela 3 apresenta uma síntese dos artigos incluídos neste estudo de revisão integrativa.

Baseado na literatura pesquisada seguem as principais atuações do enfermeiro no manejo da incontinência urinária em idosos.

Assistência de enfermagem no manejo da incontinência urinária em idosos

No que se refere às estratégias para tratamento de incontinência urinária efetuadas por enfermeiros, os sete estudos abordam o tratamento conservador, que incluem exercícios físicos, terapia comportamental, modificações no estilo de vida, ajustadas de acordo com o comportamento individual, que têm como objetivo reduzir os fatores de risco associados ao desenvolvimento de incontinência urinária em idosos(16).

A otimização da ingesta hídrica é controversa, pois há estudiosos que sugerem que ela aumenta a produção de urina e perdas. Por outro lado, alguns autores concordam que deve ser realizada, já que muitos idosos restringem a ingesta hídrica com o objetivo de reduzir a produção de urina e consequentemente a incontinência urinária(12,16). Entretanto, a sua redução torna a urina mais concentrada, o que pode contribuir para a infecção do trato urinário (ITU) e para a constipação intestinal, importantes fatores de risco para incontinência urinária em idosos(18,22).

Medidas que visem reduzir a constipação intestinal devem ser empregadas porque sabe-se que, como consequência da constipação pode haver impactação fecal, causando pressão suficiente no reto para alterar o ângulo da uretra, resultando em esvaziamento vesical incompleto, incontinência ou ainda infecção do trato urinário(23). Portanto, deve-se verificar se a ingesta alimentar do idoso contém fibras em quantidades adequadas a fim de contribuir para um bom funcionamento intestinal.

Outro fator relevante a ser considerado é a orientação do idoso quanto à redução da ingestão de alimentos considerados irritantes vesicais, como a cafeína, bebidas gaseificadas, pimenta, e alimentos e bebidas ácidas(16,24). A irritação vesical causada por esses alimentos aumenta a instabilidade detrusora e favorece incontinência urinária de urgência(10).

A redução do peso é outra estratégia conservadora para diminuir os episódios, uma vez que o seu excesso leva ao aumento crônico da pressão intra-abdominal e, por conseguinte, da pressão intravesical, podendo comprometer a função do trato urinário inferior(24).

Também existe um consenso entre os autores de que a prática de exercícios físicos auxilia na manutenção de uma boa mobilidade. Ela favorece o acesso dos idosos ao banheiro e, assim, contribui para a redução da perda involuntária de urina frente à urgência(16).

Ainda envolvendo exercícios, destaca-se outra medida de extrema importância, que se refere ao fortalecimento da musculatura do soalho pélvico, também conhecido como exercícios de Kegel. A adoção desta medida fundamenta-se em duas funções da musculatura do soalho pélvico, que são, oferecer suporte aos órgãos pélvicos e auxiliar no mecanismo de fechamento uretral(10,17,25). Ao exercer essas funções, a musculatura do soalho pélvico favorece a redução de incontinência urinária de esforço e mista. Para isso, é essencial que o idoso reconheça, identifique e isole os músculos específicos, para garantir a execução

correta do exercício e evitar o fracasso do tratamento(10).

De acordo com alguns autores, um programa de fortalecimento da musculatura do soalho pélvico inclui a identificação da musculatura do soalho pélvico pelo idoso, treinamento de força por meio da contração dessa musculatura, com o objetivo de promover redução dos episódios de perda urinária(17).

Para os idosos com dificuldade de identificar a musculatura do soalho pélvico a ser contraída é possível recorrer à estimulação elétrica, ao biofeedback ou à utilização de cones vaginais(26).

A estimulação elétrica é uma medida adjuvante para o fortalecimento da musculatura do soalho pélvico e, além disso, pode ser utilizada no tratamento da bexiga hiperativa com a finalidade de inibir hiperatividade detrusora(18) .

O treinamento vesical é apontado na literatura como primeira linha de tratamento para a bexiga hiperativa, todavia antes de sua instituição, deve-se realizar uma avaliação adequada e solicitar que o idoso preencha um diário vesical para verificar seu comportamento miccional(16,18). Muitos idosos apenas têm perdas urinárias quando a bexiga está cheia. Então micção um pouco mais frequente pode impedir a urgência causada pela distensão do músculo detrusor da bexiga e reduzir episódios de incontinência urinária em alguns casos(24).

Dentre outras medidas que podem ser tomadas, é preciso ensinar o idoso a se concentrar nas sensações da pelve e realizar várias contrações da musculatura do soalho pélvico na vigência da urgência urinária, aguardar até o desaparecimento da sensação de urgência e, em seguida, caminhar normalmente até o banheiro, para evitar perdas urinárias decorrentes de urgência(24). Além disso, o idoso é orientado a programar micções em intervalos regulares, na tentativa de aumentar sua capacidade vesical e de reduzir episódios de perda urinária(17).

É fundamental salientar que todos estes métodos requerem que o paciente tenha preservada sua função cognitiva para participar ativamente nestas formas de terapia(24,27).

Muitos idosos usam de absorventes e fraldas na tentativa de minimizar o constragimento causado pela incontinência urinária. Sabe-se que esses produtos desempenham um papel significativo para os idosos, mas eles visam a manutenção da higiene e não têm como objetivo a cura. Portanto, os idosos devem ser orientados a procurar os tipos de tratamento mais adequados(24).

O cateterismo vesical intermitente, por exemplo, pode ser utilizado naqueles idosos que apresentam hipocontratilidade do músculo detrusor da bexiga e dificuldade de esvaziamento vesical com retenção urinária(17).

Através deste estudo de revisão integrativa verificou-se a escassez de pesquisas que abordem o tratamento incontinência urinária realizado por enfermeiros, apesar de esta ser uma importante área de atuação do enfermeiro.

CONCLUSÃO

Embora o crescimento da população idosa seja um fenômeno imediato e os estudos apontem a grande ocorrência de incontinência urinária nessa população, poucos são os estudos que mencionamm o tratamento por enfermeiros, apesar do comprovado impacto na vida dos idosos e de seus familiares.

Diante desse quadro, mostra-se necessário desenvolver pesquisas clínicas sobre o tratamento de incontinência urinária feito por enfermeiros, visando o fornecimento de evidências científicas para o embasamento dessa prática, uma vez que essa é uma promissora área de atuação do enfermeiro.

Recebido: 29/04/2011

Aprovado: 03/02/2012

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  • Correspondência:

    Vanessa Abreu Silva
    Rua Deoclésio Camara Mattos, 570 - Vila Carminha
    CEP 13045425 – Campinas, SP, Brasil
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      04 Dez 2012
    • Data do Fascículo
      Out 2012

    Histórico

    • Recebido
      29 Abr 2011
    • Aceito
      03 Fev 2012
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