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Avaliação da implantação da estratégia de tratamento diretamente observado para tuberculose em um município de grande porte

Resumo

OBJETIVO

Avaliar o grau de implantação da estratégia de tratamento diretamente observado (Directly Observed Treatment, Short-course - DOTS) para tuberculose (TB) em um município de grande porte.

MÉTODO

Avaliação de implantação por meio de modelo lógico, cujos casos novos de TB pulmonar bacilífera foram recrutados em ambulatórios especializados e acompanhados nas unidades básicas de saúde. Utilizou-se matriz de julgamento que abrange os cinco componentes da estratégia DOTS.

RESULTADOS

O resultado do modelo lógico indica DOTS implantada parcialmente. Nos contextos externo, organizacional e de implantação, a estratégia DOTS está implantada parcialmente; e, na efetividade não está implantada.

CONCLUSÃO

A implantação parcial da estratégia DOTS, na cidade de Manaus, reflete na não conformidade do controle da TB, levando à baixa efetividade do programa.

Descritores
Tuberculose; Terapia Diretamente Observada; Avaliação em Saúde; Avaliação de Programas e Projetos de Saúde; Enfermagem em Saúde Pública

Abstract

OBJECTIVE

To assess the degree of implementation of the Directly Observed Treatment, Short-course - DOTS for tuberculosis (TB) in a large city.

METHOD

Assessment of the implementation of the logic model, whose new cases of infectious pulmonary TB were recruited from specialized clinics and followed-up in basic health units. The judgment matrix covering the five components of the DOTS strategy were used.

RESULTS

The result of the logic model indicates DOTS was partially implemented. In external, organizational and implementation contexts, the DOTS strategy was partially implemented; and, the effectiveness was not implemented.

CONCLUSION:

The partial implementation of the DOTS strategy in the city of Manaus did not reflect in TB control compliance, leading to low effectiveness of the program.

Descriptors
Tuberculosis; Directly Observed Therapy; Health Evaluation; Program Evaluation; Public Health Nursing

Resumen

OBJETIVO

Evaluar el grado de implantación de la estrategia de tratamiento directamente observado (Directly Observed Treatment, Short-course - DOTS) para tuberculosis (TB) en un municipio de gran porte.

MÉTODO

Evaluación de implantación por medio de modelo lógico, cuyos casos nuevos de TB pulmonar bacilífera fueron obtenidos en ambulatorios especializados y seguidos en la unidades básicas de salud. Se utilizó matriz de juicio que abarca los cinco componentes de la estrategia DOTS.

RESULTADOS

El resultado del modelo lógico señala DOTS implantada parcialmente. En el marco exterior, organizacional y de implantación, la estrategia DOTS está implantada parcialmente; y, en la efectividad, no está implantada.

CONCLUSIÓN

La implantación parcial de la estrategia DOTS, en la ciudad de Manaus, refleja la no conformidad del control de la TB, llevando a la baja efectividad del programa.

Descriptores
Tuberculosis; Terapia por Observación Directa; Evaluación en Salud; Evaluación de Programas y Proyectos de Salud; Enfermería em Salud Pública

Introdução

A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis, mas sua determinação não é apenas biológica, e por isso, o seu controle requer várias estratégias11 Bertolozzi MR, Takahashi RF, Hino P, Litvoc M, França FOS. O controle da tuberculose: um desafio para a saúde pública. Rev Med [Internet]. 2014 [citado 2015 jul. 7];93(2):83-9. Disponível em: Disponível em: http://www.revistas.usp.br/revistadc/article/view/97330
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. A doença se caracteriza por uma evolução insidiosa, cujo tratamento dura pelo menos seis meses, o que é relativamente longo e dificulta o alcance de resultados pelo programa de controle, quais sejam: aumento de alta por cura (acima de 85%) e baixo percentual de abandono (abaixo de 5%)22 Brasil. Ministério da Saúde. Manual de recomendações para o controle da tuberculose no Brasil. Brasília: MS; 2011. . Para isso, a recomendação é a descentralização do programa para a atenção básica (AB) dos municípios, assim como o tratamento supervisionado22 Brasil. Ministério da Saúde. Manual de recomendações para o controle da tuberculose no Brasil. Brasília: MS; 2011. . No Brasil, em 2012, o percentual médio de abandono e cura foram, respectivamente, 10,5 e 70,6%33 Brasil. Ministério da Saúde. O controle da tuberculose no Brasil: avanços, inovações e desafios. Bol Epidemiol [Internet]. 2014 [citado 2015 set. 28];45(2):1-13. Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/maio/29/BE-2014-45--2--tb.pdf, cujas maiores taxas de incidência estão nos estados do Rio de Janeiro e Amazonas. No Amazonas, a cidade de Manaus, com população estimada de 1.982.177 habitantes em 2013, concentra cerca de 70% dos casos do estado, com percentual de cura de 70,8% e abandono de 16,7%, no ano 201333 Brasil. Ministério da Saúde. O controle da tuberculose no Brasil: avanços, inovações e desafios. Bol Epidemiol [Internet]. 2014 [citado 2015 set. 28];45(2):1-13. Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/maio/29/BE-2014-45--2--tb.pdf, revelando a gravidade do problema da TB em uma cidade de grande porte.

A estratégia de tratamento diretamente observado (Directly Observed Treatment, Short-course - DOTS), recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), está alicerçada em cinco componentes fundamentais: compromisso político com financiamento crescente e sustentável; detecção de casos por meio de bacteriologia com controle de qualidade; tratamento padronizado, com supervisão da tomada da medicação e apoio aos doentes; sistema de gestão eficaz do fornecimento de medicamentos; sistema de informação que permita o monitoramento, a avaliação das ações e os respectivos impactos44 El Kamel A, Joobeur S, Skhiri N, Mhamed SC, Mribah H, Rouatbi N. Fight against tuberculosis in the world. Rev Pneumol Clin. 2015;71(2-3):181-7..

Alguns estudos vêm apontando benefícios da estratégia DOTS no sucesso do programa44 El Kamel A, Joobeur S, Skhiri N, Mhamed SC, Mribah H, Rouatbi N. Fight against tuberculosis in the world. Rev Pneumol Clin. 2015;71(2-3):181-7.

5 Reis-Santos B, Pellacani-Posses I, Macedo LR, Golub JE, Riley LW, Maciel EL. Directly observed therapy of tuberculosis in Brazil: associated determinants and impact on treatment outcome. Int J Tuberc Lung Dis. 2015;19(10):1188-93.
-66 Huynh GH, Klein DJ, Chin DP, Wagner BG, Eckhoff PA, Liu R, et al. Tuberculosis control strategies to reach the 2035 global targets in China: the role of changing demographics and reactivation disease. BMC Med [Internet]. 2015 [cited 2015 Sept 10];13:88. Available from: Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4424583/
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, porém faltam avaliações dessa estratégia no cenário amazônico, apontado acima com alta incidência, assim como há necessidade de investigar in loco a realização da DOTS, e não somente pelo registro no sistema de informação. Portanto, é importante avaliar a implantação de DOTS, pois somente estando de fato implantado, será possível mensurar os seus impactos na efetividade do programa. O objetivo neste estudo é avaliar o grau de implantação da estratégia de tratamento diretamente observado para TB em um município de grande porte.

Método

Foi realizada avaliação de implantação, por meio de estudo de casos múltiplos das 22 Unidades Básicas de Saúde da cidade de Manaus e quatro ambulatórios especializados, com níveis de análise imbricados, utilizando a Matriz de Análise e Julgamento, com base no Modelo Lógico de Avaliação, adaptado de uma proposta de avaliação do Programa de Controle da Tuberculose (PCT)77 Oliveira LGD, Natal S, Felisberto E, Alves CKA, Santos EM. Modelo de avaliação do programa de controle da tuberculose. Ciênc Saúde Coletiva [Internet]. 2010 [citado 2013 ago. 3];15 Supl.1:997-1008. Disponível em: Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csc/v15s1/006.pdf
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. Na Figura 1, apresenta-se o modelo lógico de avaliação. Na coluna da esquerda estão os componentes que servem de entrada ou suporte para as atividades, e seguindo para a direita estão os produtos e resultados, cuja avaliação nos permite identificar o grau de implantação. São componentes do modelo os elementos essenciais para a operacionalização da estratégia, de acordo com as orientações do Programa Nacional de Controle da TB (PNCT)22 Brasil. Ministério da Saúde. Manual de recomendações para o controle da tuberculose no Brasil. Brasília: MS; 2011. ,88 Brasil. Ministério da Saúde. Tratamento Diretamente Observado (TDO) da tuberculose na atenção básica: protocolo de enfermagem.; Brasília: MS 2011. . Esse modelo lógico foi estruturado com base nos princípios que norteiam o funcionamento do PNCT, e sua formulação não apresenta diretamente as variáveis de estudo, mas sim os componentes teóricos, necessários ao controle da TB. Para a análise, esses componentes do Modelo Lógico de Avaliação são apresentados nas seguintes dimensões: contexto externo, contexto organizacional, contexto de implantação e contexto de efetividade da Estratégia DOTS.

Figura 1
Modelo Lógico de Avaliação da Estratégia de Tratamento Diretamente Observado para Tuberculose.

A avaliação do programa de controle da TB ocorreu nas 22 Unidades Básicas de Saúde (UBS) e em quatro unidades ambulatoriais de referência denominadas policlínicas de especialidades, que notificaram casos em tratamento DOTS no ano 2012. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos (CAAE nº 01374412.8.0000.5020) e os dados coletados no período de outubro a dezembro de 2013, mediante obtenção do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).

A coleta dos dados primários ocorreu por meio de entrevistas com enfermeiros, e dos dados secundários pelas seguintes fontes: livro de registro de sintomático respiratório, livro de registro e acompanhamento de casos de TB, prontuário do paciente, ficha do tratamento diretamente observado e relatório mensal de atividades. O registro dos dados ocorreu em instrumento estruturado conforme cada item da matriz de julgamento, com digitações em dupla entrada e análise no software STATA 9.0.

A matriz de julgamento é apresentada nas tabelas de resultados, por dimensão, a fim de facilitar a leitura. Cada dimensão foi subdividida em categorias chamadas de subdimensões, considerando os componentes do programa que levem à resolutividade das ações de controle da TB. Então foram criados indicadores para o julgamento do nível de implantação da estratégia DOTS no PCT.

A pontuação máxima de cada contexto foi assim distribuída: contexto externo - 20 pontos; contexto organizacional - 45 pontos; contexto de implantação - 65 pontos; contexto de efetividade - 70 pontos. Portanto, o valor máximo possível, ao total, foi 200 pontos, e os resultados foram apresentados em percentual (Σ de pontos observados/pontos máximos*100). Essa pontuação, ao ser calculada na subdimensão e no contexto, considera os pontos máximos possíveis em cada compartimento calculado. A pontuação máxima foi determinada pela importância de cada elemento para que a estratégia DOTS esteja implantada77 Oliveira LGD, Natal S, Felisberto E, Alves CKA, Santos EM. Modelo de avaliação do programa de controle da tuberculose. Ciênc Saúde Coletiva [Internet]. 2010 [citado 2013 ago. 3];15 Supl.1:997-1008. Disponível em: Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csc/v15s1/006.pdf
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. A pontuação obtida se refere àquilo que foi registrado na coleta de dados em cada item. Como se tratam de dados de várias unidades de saúde, os valores apresentados se referem à média da cidade de Manaus.

Os pontos de corte estabelecidos para definir o grau de implantação da estratégia DOTS para TB foram distribuídos de acordo com o percentual da pontuação máxima alcançada, em relação à pontuação total esperada, de cada subdimensão, dimensão e todo o conjunto dos dados: ˂40% - Não implantada; >40% a <75% - Implantada parcialmente; > 75% - Implantada.

Resultados

No contexto externo (Tabela 1), estão as subdimensões: vulnerabilidade institucional (implantada parcialmente - 48,7%), compromisso político (não implantada - 39,6%) e vulnerabilidades sociais e individuais. Esta última subdimensão é composta pela proporção de pacientes com cadastro social realizado; proporção de pacientes com cadastro social realizado que apresenta determinante social de risco para abandono; e proporção de pacientes com atendimento do determinante social de risco para abandono. Entretanto, não havia dados disponíveis nos serviços de saúde sobre esses indicadores.

Tabela 1
Matriz de julgamento: dimensão contexto externo de avaliação da implantação da estratégia DOTS* * DOTS: Directly Observed Treatment, Short-course. na Atenção Básica em Saúde - Manaus, AM, 2012.

No contexto organizacional (Tabela 2), avaliaram-se as subdimensões: autonomia técnica, política e financeira (implantada parcialmente - 65,4%), ações interprogramáticas (implantada parcialmente - 63,9%), gerência do PCT (implantada parcialmente - 49,2%), e sistema de informação (implantada - 79,8%).

Tabela 2
Matriz de julgamento: dimensão contexto organizacional de avaliação da implantação da estratégia DOTS* * DOTS: Directly Observed Treatment, Short-course; TB: Tuberculose; PCT: Programa de Controle da Tuberculose; DST: Doenças Sexualmente Transmissíveis; AIDS: Síndrome da Imunodeficiência Adquirida; ESF: Estratégia Saúde da Família; UBS: Unidade Básica de Saúde; PAVS: Programação das Ações de Vigilância em Saúde; SR: Sintomático Respiratório. BK: bacillus Koch. na atenção básica em saúde - Manaus, AM, 2012.

No contexto implantação (Tabela 3), avaliaram-se a operacionalização e cobertura da estratégia DOTS (não implantada - 26,7%), diagnóstico bacteriológico (implantada parcialmente - 73,3%), fornecimento de medicamentos e/ou insumos (implantada parcialmente - 70,0%), e, integralidade (implantada parcialmente - 65,0%).

Tabela 3
Matriz de julgamento: dimensão contexto de implantação de avaliação da implantação da estratégia DOTS* * DOTS: Directly Observed Treatment, Short-course; TB: Tuberculose; HIV: Vírus da Imunodeficiência Humana; ESF: Estratégia Saúde da Família; UBS: Unidade Básica de Saúde. na atenção básica em saúde - Manaus, AM, 2012.

Para o contexto efetividade (Tabela 4), avaliou-se o resultado do tratamento, referente à cura e ao abandono (não implantada - 39,1%).

Tabela 4
Matriz de julgamento: dimensão contexto de efetividade de avaliação da implantação da estratégia DOTS** * DOTS: Directly Observed Treatment, Short-course; TB: Tuberculose. na atenção básica em saúde - Manaus, AM, 2012.

No conjunto de todos os contextos (todas as dimensões), identificou-se que a estratégia DOTS na cidade de Manaus, no ano 2012, tem a classificação implantada parcialmente (74,7%).

Discussão

Os resultados desta pesquisa avaliativa revelam a situação do programa de controle da TB, ao levar em conta o contexto em que o programa se insere. Visto que há críticas ao tratamento diretamente observado por si só99 Joseph MR, Thomas RA, Nair S, Balakrishnan S, Jayasankar S. Directly observed treatment short course for tuberculosis. What happens to them in the long term? Indian J Tuberc [Internet]. 2015 [cited 2015 Sept 20];62(1):29-3. Available from: Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25857563
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10 Silva DM, Nogueira JA, Sá LD, Wysocki AD, Scatena LM, Villa TCS. Performance evaluation of primary care services for the treatment of tuberculosis. Rev Esc Enferm USP [Internet]. 2014 [cited 2015 July 15];48(6):1044-53. Available from: Available from: http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v48n6/0080-6234-reeusp-48-06-1044.pdf
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-1111 Queiroz EM, De-La-Torre-Ugarte-Guanilo MC, Ferreira KR, Bertolozzi MR. Tuberculosis: limitations and strengths of Directly Observed Treatment short-course. Rev Latino Am Enfermagem [Internet]. 2012 [cited 2015 Sept 20];20(2):369-77. Available from: Available from: http://www.scielo.br/pdf/rlae/v20n2/21.pdf
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, analisou-se a estratégia DOTS como um todo, e por isso, foi obtida uma avaliação de implantação, sobre a qual é possível discutir e identificar as fortalezas e limitações para o sucesso da estratégia.

Um item de avaliação importante é identificar o contexto do programa77 Oliveira LGD, Natal S, Felisberto E, Alves CKA, Santos EM. Modelo de avaliação do programa de controle da tuberculose. Ciênc Saúde Coletiva [Internet]. 2010 [citado 2013 ago. 3];15 Supl.1:997-1008. Disponível em: Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csc/v15s1/006.pdf
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, visto que o mesmo pode influenciar tanto a implantação do programa quanto a sua efetividade1212 Hill PC, Whalen CC. Non-clinical factors associated with TB: important for DOTS impact evaluation and disease elimination. Trans R Soc Trop Med Hyg. 2014;108(9):523-5.. É preciso verificar a existência da rede de serviços, as instituições de longa permanência e as interfaces do programa com outras secretarias e organizações da sociedade civil22 Brasil. Ministério da Saúde. Manual de recomendações para o controle da tuberculose no Brasil. Brasília: MS; 2011. . Com relação ao contexto externo, que descreve a situação local, observou-se a desarticulação do programa com a sociedade e com as outras instituições, embora a subdimensão vulnerabilidade institucional esteja parcialmente implantada.

Na subdimensão compromisso político (não implantado), os indicadores, com exceção da participação na programação de insumos, não alcançaram sequer 50% da pontuação máxima, estando como pior critério a ausência de participação no Conselho Local de Saúde, sendo inclusive encontrada a ausência do Conselho Local de Saúde em algumas unidades. Isso denota que a organização política na operacionalização da estratégia DOTS está comprometida e fragiliza a sua implantação. Uma comunidade mobilizada que estabelece parceria com os trabalhadores da saúde pode organizar-se em prol de uma causa e construir suas próprias estratégias de ações para o fortalecimento das políticas públicas em saúde, por meio da inserção nas instâncias formais de controle social1313 Nickel DA, Natal S, Hartz ZMA, Calvo MCM. O uso de uma avaliação por gestores da atenção primária em saúde: um estudo de caso no Sul do Brasil. Cad Saúde Pública [Internet]. 2014 [citado 2015 set. 20];30(12):2619-30. Disponível em: Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csp/v30n12/0102-311X-csp-30-12-02619.pdf
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.

A ausência de dados na subdimensão vulnerabilidade social e individual denota que esta é uma temática deixada em segundo plano. Isso pode influenciar no sucesso do programa e da estratégia DOTS, "dado que a TB é enfermidade de cunho eminentemente social, a sua persistência decorre das inadequadas condições sociais e das iniquidades e seu controle pressupõe o entendimento da doença a partir de uma perspectiva ampla, que envolve a determinação social e a sua superação decorrerá da superação das desigualdades sociais"11 Bertolozzi MR, Takahashi RF, Hino P, Litvoc M, França FOS. O controle da tuberculose: um desafio para a saúde pública. Rev Med [Internet]. 2014 [citado 2015 jul. 7];93(2):83-9. Disponível em: Disponível em: http://www.revistas.usp.br/revistadc/article/view/97330
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.

Com relação ao contexto organizacional (implantado parcialmente), observa-se priorização nas ações programáticas, em detrimento da autonomia técnica, política e financeira, participação no controle dos incentivos complementares do DOTS, com auxílio transporte e/ou alimentação. No entanto, não basta a execução de ações isoladamente1010 Silva DM, Nogueira JA, Sá LD, Wysocki AD, Scatena LM, Villa TCS. Performance evaluation of primary care services for the treatment of tuberculosis. Rev Esc Enferm USP [Internet]. 2014 [cited 2015 July 15];48(6):1044-53. Available from: Available from: http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v48n6/0080-6234-reeusp-48-06-1044.pdf
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, é necessário o envolvimento das equipes de saúde na organização do serviço1414 Sá LD, Andrade MN, Nogueira JA, Villa TC, Figueiredo TM, Queiroga RP et al. Implantação da estratégia DOTS no controle da tuberculose na Paraíba: entre o compromisso político e o envolvimento das equipes do Programa Saúde da Família (1999-2004). Ciênc Saúde Coletiva [Internet]. 2011 [citado 2015 set. 20];16(9):3917-24. Disponível em: Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csc/v16n9/a28v16n9.pdf
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. Nas ações interprogramáticas há déficit de integração do PCT com outras áreas, especialmente serviço social, com percentual de consultas inferior a 50% do esperado, denotando a carência de interdisciplinaridade, a qual tem seu valor reconhecido no controle da TB1515 Fraisse P. La tuberculose, le patient, le médecin et la société [éditorial]. Rev Mal Respir [Internet]. 2013 [citado 2015 set 18];30(6):444-5. Disponível em: Disponível em: http://www.em-consulte.com/showarticlefile/819599/main.pdf
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Quanto aos aspectos gerenciais do PCT, as deficiências de monitoramento e avaliação dos principais indicadores de TB repercute na própria avaliação para a tomada de decisão, pois nos serviços é essencial que se utilize o monitoramento de indicadores no cotidiano77 Oliveira LGD, Natal S, Felisberto E, Alves CKA, Santos EM. Modelo de avaliação do programa de controle da tuberculose. Ciênc Saúde Coletiva [Internet]. 2010 [citado 2013 ago. 3];15 Supl.1:997-1008. Disponível em: Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csc/v15s1/006.pdf
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,1313 Nickel DA, Natal S, Hartz ZMA, Calvo MCM. O uso de uma avaliação por gestores da atenção primária em saúde: um estudo de caso no Sul do Brasil. Cad Saúde Pública [Internet]. 2014 [citado 2015 set. 20];30(12):2619-30. Disponível em: Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csp/v30n12/0102-311X-csp-30-12-02619.pdf
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. Embora os resultados indiquem que os profissionais participaram de atividades de atualização, e atuam há pelo menos um ano no programa, não há reflexo na implantação da estratégia DOTS, pois se esperaria um ganho na qualidade das ações1313 Nickel DA, Natal S, Hartz ZMA, Calvo MCM. O uso de uma avaliação por gestores da atenção primária em saúde: um estudo de caso no Sul do Brasil. Cad Saúde Pública [Internet]. 2014 [citado 2015 set. 20];30(12):2619-30. Disponível em: Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csp/v30n12/0102-311X-csp-30-12-02619.pdf
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. Ao que parece, a prioridade é o cumprimento de normas de preenchimento de dados para o sistema de informação, o qual foi classificado como implantado, sendo notáveis os registros no livro de acompanhamento de casos, embora haja deficiência de registro no livro de sintomático respiratório. Entretanto, detectamos problemas quanto ao encerramento dos casos devido à dificuldade de entendimento de alguns profissionais entre alta por cura e por completar o tratamento, remetendo à necessidade de educação continuada e não apenas capacitações pontuais no serviço77 Oliveira LGD, Natal S, Felisberto E, Alves CKA, Santos EM. Modelo de avaliação do programa de controle da tuberculose. Ciênc Saúde Coletiva [Internet]. 2010 [citado 2013 ago. 3];15 Supl.1:997-1008. Disponível em: Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csc/v15s1/006.pdf
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,1515 Fraisse P. La tuberculose, le patient, le médecin et la société [éditorial]. Rev Mal Respir [Internet]. 2013 [citado 2015 set 18];30(6):444-5. Disponível em: Disponível em: http://www.em-consulte.com/showarticlefile/819599/main.pdf
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-1616 Oliveira L, Natal S, Chrispim P. Tratamento Diretamente Supervisionado: estratégia para o controle da tuberculose. Rev APS [Internet]. 2010 [citado 2015 jul. 22];13(3):357-64. Disponível em: Disponível em: http://aps.ufjf.emnuvens.com.br/aps/article/view/612/348
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A operacionalização e cobertura de DOTS foi a subdimensão avaliada como a mais deficiente, classificada como não implantada, já que os registros e a observação da tomada da medicação são quase inexistentes, seja esta na primeira ou na segunda fase do tratamento. Questiona-se essa situação, visto que se trata da subdimensão que expressa a execução do elemento-chave da estratégia DOTS22 Brasil. Ministério da Saúde. Manual de recomendações para o controle da tuberculose no Brasil. Brasília: MS; 2011. ,88 Brasil. Ministério da Saúde. Tratamento Diretamente Observado (TDO) da tuberculose na atenção básica: protocolo de enfermagem.; Brasília: MS 2011. . Desse modo, se o tratamento diretamente observado é somente registrado no sistema de informação, mas localmente não reflete a sua execução, há de se pensar sobre a fase processual, a qual deve incluir o acompanhamento dos casos. Outro agravante é não haver uma implementação de busca aos faltosos do tratamento, seja por carência de recursos humanos, seja pela dificuldade de comunicação para realizar contato via telefone com o paciente faltoso ou de transporte para chegar ao domicílio. Os enfermeiros das UBS relatam não haver integração do PCT com a Estratégia Saúde da Família na busca e no acompanhamento dos casos e, quando ocorre, é informal, por iniciativa individual, contrariando orientação do Ministério da Saúde pela integração entre os serviços1717 Brasil. Ministério da Saúde. Detectar, tratar e curar: desafios e estratégias brasileiras frente à tuberculose. Bol Epidemiol [Internet]. 2015 [citado 2015 set. 2];46(9):1-19. Disponível em: Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2015/marco/27/2015-007---BE-Tuberculose---para-substitui----o-no-site.pdf
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No diagnóstico bacteriológico, a classificação foi implantada parcialmente. Somente as baciloscopias para acompanhamento do tratamento são realizadas em 100% das UBS. A realização da sorologia para HIV encontra dificuldade por não haver laboratório em algumas das unidades e falta profissional treinado e capacitado para realizar o teste rápido. Nos casos de retratamento encontrados, a cultura de escarro é realizada em 80% das unidades. A disponibilidade de recursos de laboratório é elemento importante na detecção e acompanhamento de casos, e sua falta impõe trabalho adicional e barreiras ao tratamento11 Bertolozzi MR, Takahashi RF, Hino P, Litvoc M, França FOS. O controle da tuberculose: um desafio para a saúde pública. Rev Med [Internet]. 2014 [citado 2015 jul. 7];93(2):83-9. Disponível em: Disponível em: http://www.revistas.usp.br/revistadc/article/view/97330
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-22 Brasil. Ministério da Saúde. Manual de recomendações para o controle da tuberculose no Brasil. Brasília: MS; 2011. .

A subdimensão integralidade teve o seu grau de implantação classificado como implantada parcialmente, já que poucos casos são referenciados, tampouco acompanhados sobre as condutas e os resultados obtidos em outros pontos de atenção. Em relação às consultas médicas e de enfermagem realizadas foi observado um melhor desempenho pelo profissional de enfermagem, alcançando quase 80% da pontuação máxima, o que demonstra lacuna na execução dos trabalhos de forma articulada entre os profissionais. Ressalta-se que a estratégia DOTS não é centrada no médico, mas este, juntamente com os outros profissionais, passam a ter um papel de destaque, principalmente os enfermeiros, coordenando as ações, e os ACS no contato direto com o paciente e sua família1818 Cardoso G, Cruz M, Abreu D, Decotelli P, Chrispim P, Borenstein J et al. A conformidade das ações do tratamento diretamente observado para tuberculose na perspectiva dos profissionais de duas unidades de saude da cidade do Rio de Janeiro. Cad Saúde Colet [Internet]. 2012 [citado 2015 fev. 2];20(2):203-10. Disponível em: Disponível em: http://www.iesc.ufrj.br/cadernos/images/csc/2012_2/artigos/csc_v20n2_203-210.pdf .
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. Entretanto, há que se trabalhar de forma interdisciplinar e articulada, com vistas a alcançar a integralidade1010 Silva DM, Nogueira JA, Sá LD, Wysocki AD, Scatena LM, Villa TCS. Performance evaluation of primary care services for the treatment of tuberculosis. Rev Esc Enferm USP [Internet]. 2014 [cited 2015 July 15];48(6):1044-53. Available from: Available from: http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v48n6/0080-6234-reeusp-48-06-1044.pdf
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No contexto de efetividade da estratégia DOTS, ou seja, os resultados do tratamento, não se observou relação entre o grau de implantação e a efetividade do programa. Na efetividade, a classificação foi não implantada, e, portanto, o PCT não vem alcançando sua meta, que deve ser elevada proporção de cura e baixa proporção de abandono. Ao se analisar individualmente (dados não apresentados), quase todas as UBS obtém a classificação final como implantada parcialmente, o que, todavia, não está refletindo no sucesso do programa. Portanto, há que se pensar na estratégia DOTS como um todo, e promover ações para sua implantação, a fim de contribuir para o controle da TB neste cenário de elevada incidência.

Conclusão

A estratégia DOTS é uma importante ferramenta a corroborar o controle da TB. Apesar disso, foi classificada como parcialmente implantada nas UBS estudadas. É necessário reforçar que não se trata apenas de supervisionar a tomada do medicamento, mas de um conjunto de atividades. Embora os indicadores avaliados estejam aquém daquele esperado, considera-se a potencialidade da estratégia DOTS viável no controle da TB, conquanto que ao menos seja implantada e implementada conforme seus pressupostos, pois assim a avaliação poderá oferecer direções tanto da efetividade da estratégia quanto da melhor forma de atuação dos profissionais.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Mar-Apr 2016

Histórico

  • Recebido
    01 Out 2015
  • Aceito
    27 Dez 2015
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