Produção científica sobre assédio moral e enfermagem: estudo bibliométrico^*

Producción científica sobre asedio sexual y enfermería: estudio bibliométrico

RESUMO

Objetivo

Verificar indicadores bibliométricos da produção científica disponível em periódicos online que abordam assédio moral e enfermagem.

Método

Estudo bibliométrico com utilização da Lei de Bradford, Lei de Zipf e estatística textual realizado com publicações em português, inglês e espanhol, disponibilizadas em bases de dados nacionais e internacionais, no período de 2000 a 2016.

Resultados

A amostra foi constituída por 111 publicações. Os principais autores tinham vinculações com 91 instituições distribuídas em 24 países. Estados Unidos da América, Brasil e Austrália foram os países que mais publicaram. Profissionais e estudantes de enfermagem compuseram as populações das pesquisas, e o ambiente hospitalar foi o cenário mais investigado. Os periódicos com maior número de publicações possuem influência científica internacional. Os termos com maior poder semântico e alta frequência nos resumos foram: bullying, assédio moral e acoso laboral.

Conclusão

Os indicadores apontam que o assédio moral ocorre no ambiente de trabalho de enfermagem em vários países e que o número de publicações nesta temática tende a crescer. É importante diversificar os métodos e os cenários de investigação para contribuir no avanço do conhecimento e no combate a essa violência.

Enfermagem; Violência no Trabalho; Condições de Trabalho; Bibliometria

RESUMEN

Objetivo

Verificar indicadores bibliométricos de la producción científica disponible en periódicos en línea que abordan asedio moral y enfermería.

Método

Estudio bibliométrico con utilización de la Ley de Bradford, Ley de Zipf y estadística textual realizado con publicaciones en portugués, inglés y español, facilitadas en bases de datos nacionales e internacionales, en el período de 2000 a 2016.

Resultados

La muestra estuvo constituida de 111 publicaciones. Los principales autores tenían vinculaciones con 91 centros distribuidos en 24 países. Estados Unidos de América, Brasil y Australia fueron los países que más publicaron. Profesionales y estudiantes de enfermería compusieron las poblaciones de las investigaciones, y el ambiente hospitalario fue el escenario más investigado. Los periódicos con mayor número de publicaciones tienen influencia científica internacional. Los términos con mayor poder semántico y alta frecuencia en los resúmenes fueron: bullying, asedio moral y acoso laboral.

Conclusión

Los indicadores señalan que el asedio moral ocurre en el ambiente laboral de enfermería en distintos países y que el número de publicaciones en esta temática tiende a crecer. Es importante diversificar los métodos y los escenarios de investigación para contribuir al avance del conocimiento y al combate a dicha violencia.

Enfermería; Violencia Laboral; Condiciones de Trabajo; Bibliometría

ABSTRACT

Objective

To verify bibliometric indicators of the scientific production available in online journals that approach workplace bullying and nursing.

Method

A bibliometric study making use of Bradford’s law, Zipf’s law, and textual statistics was carried out with publications in Portuguese, English, and Spanish, made available in national and international databases, from 2000 to 2016.

Results

The sample was made up of 111 publications. The main authors had connections with 91 institutions distributed in 24 countries. The United States, Brazil, and Australia were the countries with the most publications. The populations of the studies were made up of nursing professionals and students, and the hospital environment was the most studied setting. The journals with a higher number of publications have international scientific influence. The terms that presented greater semantic power and high frequency in the abstracts were: bullying; assédio moral; and acoso laboral.

Conclusion

Indicators showed that workplace bullying occurs in the nursing work environments of several countries, and the number of publications on this theme has tended to increase. Diversifying methods and study settings is important to contribute to the advancement of knowledge and fight against this violence.

Nursing; Workplace Violence; Working Conditions; Bibliometrics

INTRODUÇÃO

O assédio moral, embora seja um fenômeno antigo no mundo do trabalho, passou a ser estudado de forma sistematizada a partir da década de 1980. Mobbing foi o termo escolhido para referir-se a uma interação social na qual um indivíduo é atacado por uma ou mais pessoas quase diariamente por vários meses, podendo levar a vítima a transtornos psicológicos e psicossomáticos⁽¹⁾.

Estudado em vários países e em diferentes áreas do conhecimento, esse tipo de violência no trabalho tem sido designado por termos sinônimos, conforme o idioma das publicações, a saber: bullying, mobbing e harassement em inglês; acoso laboral/moral em espanhol; harcèlement moral em francês e assédio moral em português. Convém mencionar que além desses termos principais são utilizadas expressões secundárias, por exemplo: horizontal violence, lateral violence, vertical violence, nurse hostility, abuse, e disruptive behavior⁽²⁾.

Ainda que seja necessária uma avaliação criteriosa para cada situação, de modo geral, o assédio moral é reflexo do processo de organização do trabalho e tem a cultura de intolerância como seu campo de desenvolvimento⁽³⁾. Entende-se que o aumento da incidência de assédio moral está relacionado às alianças organizacionais informais, que suportam e protegem os agressores, assim como ao mau uso dos processos e procedimentos organizacionais. Por sua vez, o aumento do assédio moral entre pessoas de mesmo nível hierárquico incide em maiores intenções de abandono da profissão⁽⁴⁾.

Trabalhadores vítimas de assédio moral têm distúrbios emocionais que podem afetar a qualidade de vida e reduzir o desempenho no trabalho⁽⁵⁾. A exposição a essa violência afeta o estado geral de saúde da vítima⁽⁶⁾ e prevê um aumento subsequente de sintomas de ansiedade e fadiga⁽⁷⁾.

No Brasil, uma pesquisa que descreveu o perfil da enfermagem no país revelou que aproximadamente 360 mil trabalhadores sofreram algum tipo de violência (física /psicológica) no período de um ano⁽⁸⁾. A partir da década de 2000, o assédio moral tem passado por intensas reflexões nas áreas da psicologia, direito, administração e saúde, no entanto, há um déficit de estudos que acompanhem o desenvolvimento da investigação deste fenômeno no campo da enfermagem.

Ponderando esse déficit, surgiu o interesse de descrever as características e dar visibilidade às tendências da produção científica de assédio moral no campo da enfermagem. Ressalta-se que o estudo descritivo aponta caminhos em direção à compreensão do fenômeno⁽⁹⁾_, suscitando novas investigações.

Como eixo norteador da pesquisa, formulou-se a seguinte questão: Quais os indicadores bibliométricos da produção científica disponível em periódicos online que abordam assédio moral e enfermagem? Para tanto, definiu-se o objetivo de descrever os indicadores bibliométricos da produção científica disponível em periódicos online que abordam assédio moral e enfermagem.

MÉTODO

Trata-se de um estudo bibliométrico, cujo potencial de acompanhar os padrões de produtividade científica ao longo do tempo ajuda a responder perguntas importantes sobre o progresso da ciência⁽¹⁰⁾. O método de análise bibliométrica, associado a outras abordagens, permite visualizar o conteúdo de artigos científicos e conhecer as dinâmicas e tendências da produção desses estudos⁽¹¹⁾.

Para operacionalização desta pesquisa, realizaram-se buscas nas bases de dados LILACS, MEDLINE, BDENF e nas bibliotecas Cochrane e SCIELO. Para tanto, utilizaram-se os termos assédio moral, acoso moral, harassment, bullying e mobbing; associou-se a esses termos o operador booleano and e as palavras enfermagem, enfermería, nursing, nurse e nurses.

O levantamento bibliográfico ocorreu no mês de janeiro de 2017, identificando-se 3.113 produções científicas. Para a seleção da amostra foram adotados os seguintes critérios de inclusão: publicações disponíveis em periódicos científicos no período de 2000 a 2016; texto completo em inglês, português ou espanhol e termos de busca presentes no título ou resumo. Como critério de exclusão, eliminaram-se as publicações nas modalidades: tese, dissertação e monografia.

Com base nesses paramentos, chegou-se ao número de 331 publicações. A partir de então, realizou-se uma leitura atenta de todos os resumos, descartando as produções científicas que não estavam diretamente relacionadas ao objeto de estudo proposto para esta pesquisa. Além disso, os artigos repetidos foram suprimidos. Desse modo, a amostra do estudo foi constituída por 111 artigos.

Para facilitar a organização e análise dos dados, construiu-se uma tabela com o software Excel, contemplando os indicadores bibliométricos: ano de publicação, idiomas, número de autores, modalidade da publicação, ambiente estudado, país, instituições mais produtivas e área de formação dos autores principais. Os dados obtidos dos referidos indicadores foram agrupados e analisados através de estatística descritiva (frequência e percentual).

Para avaliar a dispersão das revistas científicas em relação a sua produtividade, aplicou-se a lei de Bradford, pois é um modelo tradicionalmente usado em estudos bibliométricos de literatura médica⁽¹²⁾. Esta lei permite separar em grupos (zonas) o total de periódicos encontrados, levando em consideração a produtividade individual. O núcleo é composto por periódicos de maior produtividade sobre o fenômeno estudado, e as zonas são compostas por periódicos que publicam com menor frequência.

Vale ressaltar que se empregou a Lei de Bradford pela tabulação de dados, e, posteriormente, recorreu-se à fórmula analítica mB=(1,781 x Ym)^1/p para conferência do resultado, em que mB é uma constante (multiplicador de Bradford), Ym é a produtividade máxima e P equivale ao número (nº) de zonas⁽¹³⁾.

Adicionalmente, realizou-se a análise dos conteúdos dos resumos pela aplicação da Lei de Zipf (frequência de palavras), para tanto, utilizou-se como ferramenta auxiliar o software Iramuteq, versão 0.7 alpha 2.

A verificação das ocorrências de palavras nessa pesquisa foi realizada no intuito de observar qual termo tende a se consolidar na descrição do assédio moral no Brasil, Estados Unidos da América e Espanha, países com maior número de publicações em seus respectivos idiomas. As Leis de Zipf, clássicas em estudos bibliométricos, proporcionam modelos analíticos para estimarem características numéricas sobre palavras em um determinado texto⁽¹⁴⁾. A primeira Lei é mais aplicada às palavras de alta frequência. A segunda Lei (Zipf-Booth) é utilizada em palavras com baixa frequência. Em seguida, tem-se o ponto de transição (T) de Goffman. Escolheu-se este último, pois permite estimar uma zona de transição entre as palavras mais frequentes e as menos frequentes, onde se encontram as palavras de alto conteúdo semântico, ou seja, possíveis para uso em indexação⁽¹⁵⁾.

Para instrumentalizar a análise textual dos resumos, utilizou-se o software Iramuteq. Essa ferramenta realiza análises lexicais clássicas, identifica a quantidade de palavras, frequência média e número de hapax (palavras com frequência um); pesquisa o vocabulário e reduz as palavras com base em suas raízes (lematização)⁽¹⁶⁾. Um estudo reconheceu esse software como uma ferramenta importante, visto que permite um olhar criterioso sobre o material coletado e, com o recurso de lexicografia básica, permite conhecer o vocabulário mais frequentemente utilizado pelos participantes da pesquisa⁽¹⁷⁾.

RESULTADOS

DISTRIBUIÇÃO CRONOLÓGICA DOS ARTIGOS

A Figura 1 apresenta o quantitativo de publicações por ano. Foram observados picos de produtividade nos anos 2009, 2012 e 2016. Por outro lado, notou-se um decréscimo em 2011. Em relação ao motivo da diminuição de produções científicas no referido ano, nenhuma referência de evidência foi encontrada na literatura pesquisada.

Figura 1
– Distribuição dos artigos por ano de publicação.

Observou-se que entre os anos 2000 a 2007, período que equivale a 47% do total de anos estudados, foram publicados apenas quatro (3,6%) trabalhos com resultados relacionados à enfermagem.

IDIOMAS DISPONÍVEIS PARA LEITURA NA ÍNTEGRA

O idioma predominante foi o inglês, presente de forma exclusiva em 91 publicações (81,9%), seguido de 11 artigos (10%) disponíveis apenas em português, e cinco artigos (4,5%) em espanhol.

No que tange aos trabalhos acessíveis para leitura em dois idiomas, uma publicação está disponível ao mesmo tempo em inglês e português (0,9%), e outra em inglês e espanhol (0,9%). Dois (1,8%) artigos da amostra foram publicados nos três idiomas elencados para o estudo.

NÚMERO DE AUTORES POR ARTIGO

No que se refere ao número de autores por artigo, a produção individual esteve presente em 20 (18%) publicações. A proporção de dois autores por artigo obteve o maior índice, composto por 31 estudos (28%). Em sequência, trabalhos com três (n=22), quatro (n=26) e cinco (n=3) autores representaram, respectivamente, 19,8%, 23,4% e 2,7% do total de publicações. Verificou-se que sete artigos (6,3%) apresentaram seis autores, um artigo (0,9%) foi composto por sete autores e um artigo (0,9%) por 14 autores.

MODALIDADE DAS PUBLICAÇÕES E PÚBLICO ESTUDADO

A Tabela 1 apresenta os dados relacionados às modalidades das publicações. Os artigos originais se destacaram pelo alto número de publicações, fato que motivou a investigação de informações acerca dos públicos incluídos nos estudos, bem como dos cenários de atuação.

Ao verificar o delineamento metodológico das investigações originais, identificou-se que 78% (n=59) dos estudos foram do tipo quantitativo, ocorrendo três (4%) de coorte (longitudinais prospectivos) e 56 (74%) descritivos transversais. As pesquisas qualitativas corresponderam a 22% (n=17).

Constatou-se que a categoria profissionais de enfermagem esteve presente em 86,8% dos estudos. Nessa categoria foram incluídos profissionais com nível universitário e profissionais com nível médio de ensino. Essa categorização foi adotada em virtude da diversidade de termos utilizados pelos países-sede das publicações para nomear os integrantes das equipes de enfermagem e seus respectivos níveis de escolaridade.

Observou-se que 10 publicações incluíram estudantes de graduação em enfermagem, e outras duas publicações associaram esses estudantes aos profissionais de enfermagem, totalizando 15,8%. Os médicos foram mencionados em 5,3% das publicações, estando essas pesquisas associadas aos profissionais de enfermagem.

Entre os resultados dos estudos publicados ao longo do período pesquisado (2000-2016), notou-se a elevada menção ao tipo de violência vertical descendente, modalidade em que a vítima é agredida por um superior hierárquico. No tocante às pesquisas realizadas com estudantes, sobressaiu-se a referência à prática de assédio efetuada por enfermeiros supervisores, durante o período de estágio acadêmico. Outra modalidade bastante citada foi a prática de assédio feita por trabalhadores com mesma posição hierárquica, classificada como assédio horizontal.

Quanto ao local de atuação, observou-se que o ambiente hospitalar esteve presente em 87% dos artigos originais. Ambientes como instituições de ensino, clínicas, atenção primária e ambulâncias ocorreram em pequenas proporções, além de outros locais de atuação que suas denominações variaram muito de acordo com o país do estudo. Isso indica que a maior parte dos estudos apresentou relações do fenômeno assédio moral com o ambiente hospitalar.

PAÍS, INSTITUIÇÕES MAIS PRODUTIVAS E ÁREA DE FORMAÇÃO DOS AUTORES PRINCIPAIS

Na Tabela 2 são apresentados os dados relacionados aos primeiros autores identificados na ordem numérica da lista de autores das publicações. Observou-se a vinculação a 91 instituições, distribuídas em 24 países. A formação em enfermagem se destacou, no entanto, 25 publicações foram provenientes de autores com outras formações.

Tabela 2
– Resultados relacionados ao país, afiliação e área de formação dos autores principais.

Variáveis	Número de artigos	%
País do autor principal
Estados Unidos da América (EUA)	36	32.4%
Brasil	14	12,6%
Austrália	11	10%
Canadá	8	7,2%
Espanha	7	6,3%
Reino Unido	5	4,5%
Turquia	4	3,6%
Coreia do Sul, Taiwan e Itália	3*	2,7%*
Chile, Grécia e Japão	2*	1,8%*
Egito, Portugal, China, Barbados, Singapura, Iran, Dinamarca, Istambul, Noruega, Turquia, Lismore	1*	0,9%*
Instituições com 3 ou mais artigos
University of Cincinnati (EUA)	4	3,6%
Universidade Federal da Paraíba (Brasil)	4	3,6%
Southern Cross University (Austrália)	4	3,6%
Universidade Estadual de Maringá (Brasil)	3	2,7%
University of Massachusetts, Lowell (EUA)	3	2,7%
Nota: 7 instituições com 2 artigos cada	14	12,6%
Nota: 79 instituições com 1 artigo cada	79	71,2%
Área de formação (autor principal)
Enfermagem	86	77,5%
Psicologia	13	11,7%
Medicina	6	5.4%
Administração	4	3,6%
Fisioterapia	1	0,9%
Ciências da computação	1	0,9%

• * valor por cada país.

DISPERSÃO DAS REVISTAS EM ZONAS DE PRODUTIVIDADE

O número de publicações por Zona de Bradford foi de 37 artigos, visto que em sua forma clássica esta lei orienta que cada zona deve conter 1/3 do total (111) das publicações encontradas. O multiplicador de Bradford (mB) variou de forma aceitável entre as zonas, e o resultado do cálculo na forma analítica foi aproximadamente mB≈2,3 (analítico). Observou-se que o número de artigos em todas as zonas permanece o mesmo (37), contudo, o número de periódicos aumenta de uma zona para a outra, ou seja, enquanto a zona 2 apresenta 37 periódicos que publicam apenas um artigo, o Núcleo de Bradford possui a mesma quantidade de artigos (37) publicados por 7 revistas.

A Figura 2 representa a proporção numérica da dispersão dos artigos acerca da temática estudada em relação às revistas que os publicaram, conforme os resultados da tabulação original das Zonas de Bradford. Na parte inferior da Figura 2, destacaram-se os nomes dos periódicos que compuseram o Núcleo, associando-os a uma classificação exclusivamente brasileira (Qualis) e outra internacional (SJR), visto que publicaram proporcionalmente o maior número de artigos na temática.

Figura 2
– Dispersão das revistas e artigos conforme lei de Bradford.

PALAVRAS MAIS FREQUENTES EM RESUMOS DE AUTORES DOS EUA, BRASIL E ESPANHA

Por entender que o resumo é a estrutura responsável por compilar as informações mais relevantes do texto completo, realizaram-se análises de resumos tomando como base a Lei de Zipf, clássica na bibliometria. Segundo a Lei, ao observar uma lista ordenada em forma decrescente com todas as palavras (formas) presentes em um texto, é possível perceber uma correlação entre a frequência em que um termo ocorre e sua posição na lista. Algo que retrataria certa constância na seleção e no uso das palavras no texto por seu respectivo autor.

Do conteúdo total da lista de termos, feita a partir da Lei de Zipf, foram extraídas as palavras de alto conteúdo semântico, apresentadas no Quadro 1. Dentre elas, os termos que servem para descrição do fenômeno estudado e mais se destacaram pela alta frequência foram: bully(ing), em inglês; assédio (moral), em português; acoso (laboral), em espanhol.

No Quadro 1 foram apresentadas cinco palavras por idioma. Para a obtenção das duas primeiras palavras, utilizou-se o critério de maior frequência, ou seja, ao serem excluídos todos os termos com alta frequência, porém com baixo conteúdo semântico (artigos, preposições, pronomes), as duas palavras com maiores ocorrências foram incluídas. Para a obtenção das últimas três palavras (por idioma), foi calculado o ponto T (n) de Goffman pela fórmula n = [-1+√(1+8I₁)]/2, em que 8 é uma constante e I₁ é o número de palavras com frequência 1. A partir dessa equação, é possível determinar uma zona de transição entre as palavras de alta e baixa frequência. Essa zona abrange o conjunto de palavras com alto conteúdo semântico e forte condição de uso para indexação do texto. Os valores calculados para o inglês, português e espanhol foram, respectivamente, 35, 27 e 20.

Observou-se que os resultados dos referidos cálculos foram mais apropriados aos resumos em inglês e português devido a uma possível interferência do tamanho dos corpus textuais desses idiomas serem maiores em relação ao corpus em espanhol, composto por quatro textos. Em inglês foram encontradas 1286 formas (palavras), com 6044 ocorrências (frequência), sendo 638 formas ocorrendo apenas uma vez. Em português foram encontradas 665 formas, com 2184 ocorrências, sendo 404 formas ocorrendo apenas uma vez. Em espanhol, foram encontradas 333 formas (palavras), com 889 ocorrências (frequência), sendo 222 formas ocorrendo apenas uma vez.

No que diz respeito aos resumos analisados no estudo proposto, verificou-se que não houve registro de resumos no idioma espanhol de três dos sete artigos que possuem o primeiro autor de instituição com origem espanhola. Estes artigos possivelmente foram escritos em inglês, posto que encontraram-se resumos e textos completos apenas nesse idioma, foram eles: Mentoring and group identification as antecedents of satisfaction and health among nurses: What role do bullying experiences play?; Prevalence of bullying at work and its association with self-esteem scores in a Spanish nurse sample e Vertical and lateral workplace bullying in nursing: development of the hospital aggressive behavior scale.

Essa prática é comum em autores que divulgam seus trabalhos em periódicos de alto impacto. Nessa perspectiva, não foi feita a análise da frequência de palavras desses três artigos, pois se adotou como critério o uso do texto no idioma do autor, objetivando retratar o uso original das palavras, sem tradução. Dois artigos de origem americana não entraram nessa avaliação de frequência em razão de não apresentarem resumos, sendo identificados apenas os textos completos, foram eles: Are School Nurses Victims of Bullying? e Complexity, bullying, and stress: analyzing and mitigating a challenging work environment for nurses.

DISCUSSÃO

O recorte temporal elencado para esse estudo foi de 17 anos. Ao longo desse período, os indicadores (Figura 1) demonstraram crescimento no número das publicações sobre a temática, com destaque para o ano 2008. Ao aplicarmos o recurso linha de tendência, observou-se uma predisposição ao crescimento linear da investigação acerca da temática assédio moral e enfermagem. Contudo, ao considerar a gravidade das consequências desse fenômeno, e que o estudo buscou artigos em idiomas utilizados em vários países, o quantitativo de 111 publicações foi entendido como limitado para o período.

No tocante ao tipo de publicação, deve-se ponderar que alguns trabalhos de conclusão de curso não são publicados em forma de artigo, fato que dificulta a disseminação do conhecimento. Tal realidade é confirmada a partir de uma pesquisa bibliométrica abordando dissertações e teses no cenário nacional. Essa pesquisa assinalou que, entre 57 estudos analisados, 12 resultaram em trabalhos publicados em periódicos⁽¹⁸⁾_. Entende-se que a publicação de tais produções é de suma importância para a disseminação dos resultados de pesquisa. A estrutura de artigo facilita o processo de leitura e crítica ao apresentar escrita objetiva e reduzido número de laudas.

O primeiro trabalho encontrado no período estudado foi publicado em 2001, escrito por uma psicóloga do Reino Unido e intitulado Workplace bullying in nurses. Refere-se a um processo no qual a vítima é submetida a uma série de ataques sistematizados, tendo os seus direitos civis invadidos por um ou mais colegas de trabalho. Esse estudo revelou que 44% dos enfermeiros relataram experimentar bullying nos últimos 12 meses, as vítimas relataram níveis significativamente mais baixos de satisfação no trabalho e níveis expressivamente mais altos de ansiedade, depressão e propensão para saírem do trabalho⁽¹⁹⁾.

No cenário brasileiro, o primeiro artigo que abordou a relação entre assédio moral e enfermagem foi publicado em 2006. Esse trabalho investigou problemas de violência ocupacional em um serviço de urgência e apresentou em seus resultados que o assédio moral equivaleu a 30% da violência sofrida pelos trabalhadores de enfermagem pesquisados⁽²⁰⁾_.

Uma revisão sistemática evidenciou a prevalência de assédio moral entre trabalhadores de enfermagem em torno de 17-20%. Foram associados alguns fatores de risco como: idade inferior a 30 anos, curta trajetória profissional e trabalhar em determinadas unidades ou turnos⁽²¹⁾.

Estudo realizado com enfermeiras sul-coreanas detectou a prevalência de diferentes tipos de violência relacionada aos ambientes de trabalho. O abuso verbal foi preponderante, seguido por ameaças de violência, violência física, assédio sexual e assédio moral. A violência física, as ameaças de violência e o abuso verbal ocorreram mais frequentemente nas Unidades de Terapia Intensiva, enquanto o assédio sexual e o assédio moral foram maiores nas salas de cirurgia. Estas situações, segundo resultados da pesquisa eram percebidas por enfermeiros com maiores demandas de trabalho e menos confiança na justiça⁽²²⁾.

A análise da variável número de autores apontou que o total de produções em coautoria revelou-se significativamente maior (81,9%). A esse respeito, um estudo afirma que alguns dos benefícios gerados pelas colaborações são: acesso a equipamentos e materiais, compartilhamento de conhecimento científico, maior especialização e aprofundamento das pesquisas. Além disso, indica que os resultados concretos de um trabalho publicado em coautoria não são menos importantes. Ao contrário, apresentam maior probabilidade de aceite e maior número de citações, quando comparado a trabalhos publicados individualmente⁽²³⁾.

No tocante às modalidades das publicações, destacaram-se os estudos com desenho metodológico quantitativo, descritivo e transversal, representando 74% dos artigos originais. A relação entre assédio moral no local de trabalho e problemas de saúde está bem documentada em estudos transversais, mas o conhecimento sobre como essa relação se desenvolve ao longo do tempo ainda é exíguo⁽⁷⁾. Assim, é importante o desenvolvimento de pesquisas com outras abordagens metodológicas para colaborar no avanço da construção do conhecimento acerca do assédio moral.

O público participante com maior índice nas publicações originais (Tabela 1) foi composto prioritariamente por profissionais de enfermagem (86,8%), resultado previamente esperado por sua relação com os termos utilizados para a busca dos artigos. Porém, constatou-se outro importante público nos achados, os estudantes de graduação em enfermagem.

Tabela 1
– Modalidades das publicações e população estudada em artigos originais.

Variáveis	Número de artigos	%
Modalidade do artigo
Original	76	68,5%
Revisão	26	23,4%
Reflexão	6	5,4%
Editorial	3	2,7%
Público participante dos artigos originais
Profissionais de enfermagem	(presente em) 66 artigos	86,8%**
Estudante de enfermagem	(presente em) 12 artigos	15,8%**
Médicos*	(presente em) 4 artigos	5,3%**

• *Todos os estudos que incluíram médicos, também incluíram profissionais de enfermagem.
• ** Calculado com base em 76 artigos originais.

Vale salientar que, entre as publicações da amostra, não foram encontrados estudos com estudantes de nível auxiliar e técnico de enfermagem, categorização profissional presente no Brasil. Também, observou-se a ausência de estudos específicos com gerentes de enfermagem, no intuito de verificar se estes profissionais são assediados por seus subordinados. Essas lacunas indicam uma possível subnotificação da violência contra esses públicos.

Pesquisas envolvendo estudantes de enfermagem alertaram a ocorrência do assédio moral tanto no ambiente acadêmico⁽²⁴⁾, envolvendo alunos, professores e funcionários, como no ambiente de estágio^(25-26)_, apresentando os enfermeiros dos serviços e supervisores como agressores.

No entanto, os estudantes podem não estar preparados para reconhecer e lidar com o comportamento de assédio moral quando ele ocorre. Impactos desse tipo de violência foram relatados por alunos, por exemplo: resposta física, emocional e psicológica; isolamento; repercussões na aprendizagem, produtividade e desempenho; interferência na percepção sobre a enfermagem e sobre os cuidados de saúde⁽²⁵⁾.

No contexto dos estudos com profissionais de enfermagem e estudantes, ressaltou-se a menção ao tipo de assédio em que a vítima é agredida por uma pessoa de hierarquia superior, classificado de vertical descendente⁽²⁷⁾. Essa modalidade é recorrente e grave, se expressa pelo uso abusivo do poder outorgado pela posição do agressor na instituição, prejudica o trabalhador em suas atividades e omite seus direitos^(28-30). Somando-se a essa modalidade, estudos apontam que a violência praticada entre pessoas de mesma hierarquia, conhecida por assédio horizontal, favorece o abandono profissional ou acadêmico da vítima, pois desestrutura o seu convívio com pessoas mais próximas^(31-33).

Dentre os países que mais publicaram artigos sobre a temática, destacaram-se Estados Unidos da América, Brasil e Austrália. Não por coincidência, as instituições mais produtivas são oriundas respectivamente dos mencionados países, são elas: University of Cincinnati, Universidade Federal da Paraíba e Southern Cross University.

A University of Cincinnati apresenta políticas inibitórias relacionadas à violência, como a Declaração de Política Universitária sobre Assédio Sexual, a Política Universitária sobre Assédio Discriminatório e a Política Universitária de Não Discriminação. A Universidade Federal da Paraíba possui o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Bioética e Cuidados Paliativos, pioneiro em pesquisas e eventos sobre assédio moral no nordeste brasileiro. A Southern Cross University difunde na instituição uma Política contra Assédio e Discriminação, visando estabelecer um ambiente de trabalho e educacional produtivo e positivo. Essas ações favorecem e estimulam a realização de investigações sobre o tema.

Quanto aos periódicos inseridos no estudo, observou-se que as revistas integrantes do Núcleo de Bradford (Figura 2) são de relevante influência científica internacional e são bem avaliadas nos programas de pós-graduação brasileiros, possuindo Qualis A1 para a enfermagem. O termo Qualis se refere ao sistema brasileiro de avaliação e classificação de periódicos que divulgam a produção científica de pós-graduações.

Para o alcance desses achados, aplicou-se o modelo clássico de distribuição de periódicos da Lei Bradford. Esse modelo permite a identificação das revistas mais amplamente escolhidas para a publicação de uma temática, ou seja, as revistas com maior peso em um determinado campo da literatura científica⁽³⁴⁾_. Os resultados demonstraram uma considerável dispersão das 111 publicações, visto que o tema assédio moral foi divulgado em 63 periódicos diferentes.

Autores de artigos na temática de assédio moral utilizam, além dos termos principais, alguns termos secundários na construção de seus textos⁽²⁾. Entende-se que essa prática pode dificultar o acesso à informação dos leitores que desconhecem a variedade de termos, visto que o processo de busca de artigos online requer do pesquisador o uso de palavras que garantam a recuperação do maior número de publicações.

Nesse sentido, utilizou-se de leis da bibliometria para acompanhar a tendência do uso dos termos referentes ao fenômeno no recorte de 17 anos. Os resultados da análise de frequência de palavras contidas nos resumos na língua inglesa (Quadro 1) demostraram que o termo mais frequente nas publicações foi bullying (f=172). Esse achado revela um aspecto interessante, pois o pioneiro pesquisador sobre assédio moral conceituou e defendeu o uso do termo mobbing para descrever o fenômeno em inglês⁽¹⁾.

Quadro 1
– Frequência de palavras com alto conteúdo semântico nos resumos.

FREQUÊNCIA DE PALAVRAS EM RESUMOS – LEI DE ZIPF
Resumo em Inglês Autor dos EUA (n=34)			Resumo em Português Autor do Brasil (n=14)			Resumo em Espanhol Autor da Espanha (n=4)
Palavra	F	Rank*	Palavra	F	Rank*	Palavra	f	Rank*
Nurse	180	4ª	Assédio	46	6ª	Enfermería	12	7ª
Bully	172	5ª	Moral	45	7ª	Laboral	11	8ª
Workplace	60	9ª	Enfermagem	26	10ª	Personal	9	3ª
Behavior	46	14ª	Violência	25	11ª	Riesgo	9	10ª
Violence	43	16ª	Saúde	21	15ª	Acoso	8	11ª

• Legenda: f – frequência em que a palavra se repete no conjunto de resumos analisados por idioma.
• Rank* – Posição que a palavra ocupa, considerando as formas gramaticais excluídas do quadro, pois possuíam alta frequência, mas baixo conteúdo semântico, por exemplo: preposição, artigo, pronome e numeral.
• n = número de resumos que compuseram o corpus textual analisado

Esse pesquisador entendia que o termo bullying era mais propício às relações de violência entre escolares, contudo, os resultados demostraram que os demais pesquisadores seguiram outra lógica ao longo dos anos, uma vez que o termo bullying foi regularmente associado ao termo nurse (f=180) e workplace (f=60). Assim, evidenciou-se que o uso da palavra bullying não se restringiu ao âmbito escolar, ganhando destaque nas publicações científicas em inglês, se comparado aos termos mobbing e harassment.

Corroborando com a mencionada constatação, observou-se que o termo mobbing aparece em apenas três artigos, com frequência (f) total de quatro repetições. Outra obra, de fundamental importância para o assédio moral, acrescenta que o fenômeno nos Estados Unidos da América (EUA) pode ser também associado ao termo harassment⁽²⁷⁾_. Este termo foi encontrado em cinco publicações, com total de 12 repetições (f=12).

Com relação aos trabalhos em espanhol, verificou-se que as palavras com maiores frequências e alto significado foram enfermería, laboral e acoso. Os resumos no idioma português apresentaram os termos assédio, moral e enfermagem como os mais recorrentes.

A aplicação da Lei de Zipf, associada ao uso do software Iramutec, proporcionou uma análise objetiva dos resumos. Ressalta-se que o estudo observou fortes ligações conceituais e semânticas entre os termos destacados nos três idiomas, o que deve ser levado em consideração pela diretoria do Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (BIREME). Diante dessa observação, sugere-se a inclusão da expressão assédio moral entre os Descritores em Ciências da Saúde (Decs).

CONCLUSÃO

Os indicadores bibliométricos apontam que a produção científica disponível em periódicos online sobre assédio moral e enfermagem está em desenvolvimento no âmbito nacional e internacional, com tendência ao crescimento.

Os periódicos que mais publicam sobre essa temática possuem alta influência científica entre as revistas acadêmicas (SJR e Qualis Capes A1), e a utilização da Lei de Bradford foi importante para a análise, sistematização e apresentação desse resultado. O sistema de produção de trabalhos em coautoria (82%) é o mais utilizado, e as publicações estão disponíveis principalmente em inglês (81,9%). EUA, Brasil e Austrália são responsáveis por 55% das publicações, 45% dividem-se entre outros 21 países.

Embora haja a utilização de diferentes termos para se referir ao fenômeno em um mesmo idioma, a partir da Lei de Zipf, constatou-se a consolidação do termo Bullying em inglês, Acoso Laboral em espanhol e Assédio Moral em português.

Destaca-se a necessidade de realização de novas pesquisas longitudinais, bem como de estudos que diversifiquem os públicos e os locais de atuação, o que contribuirá para a ampliação do conhecimento acerca do assédio moral em diferentes circunstâncias. Ressalta-se a importância de um processo educativo envolvendo entidades empregadoras e instituições de ensino de enfermagem, visto que profissionais e estudantes precisam estar aptos ao reconhecimento e ao combate a essa violência.

REFERÊNCIAS

• ¹
  Leymann H. The content and development of mobbing at work. Eur J Worgan Psicol. 1996;5(2):165-84.
• ²
  Castronovo MA, Pullizzi A, Evans S. Nurse bullying: a review and a proposed solution. Nurs Outlook. 2016;64(3):208-14. DOI: http://dx.doi.org/10.1016/j.outlook.2015.11.008
  » http://dx.doi.org/10.1016/j.outlook.2015.11.008
• ³
  Barreto M, Heloani R. Violência, saúde e trabalho: a intolerância e o assédio moral nas relações laborais. Serv Soc Soc. 2015;(123):544-61. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/0101-6628.036
  » http://dx.doi.org/10.1590/0101-6628.036
• ⁴
  Blackstock S, Harlos K, Macleod MLP, Hardy CL. The impact of organisational factors on horizontal bullying and turnover intentions in the nursing workplace. J Nurs Manag. 2015;23(8):1106-14. DOI: http://dx.doi.org/10.1111/jonm.12260
  » http://dx.doi.org/10.1111/jonm.12260
• ⁵
  Medina-Gómez OS. Prevalencia de mobbing en trabajadores y factores de riesgo asociados. Gac Med Mex [Internet]. 2016 [citado 2017 abr. 10];152:452-6. Disponible en: http://www.anmm.org.mx/GMM/2016/n4/GMM_152_2016_4_452-456.pdf
  » http://www.anmm.org.mx/GMM/2016/n4/GMM_152_2016_4_452-456.pdf
• ⁶
  Karatza C, Zyga S, Tziaferi S, Prezerakos P. Workplace bullying and general health status among the nursing staff of Greek public hospitals. Ann Gen Psychiatry. 2016;15:7. DOI: http://dx.doi.org/10.1186/s12991-016-0097-z
  » http://dx.doi.org/10.1186/s12991-016-0097-z
• ⁷
  Reknes I, Pallesen S, Magerøy N, Moen BE, Bjorvatn B, Einarsen S. Exposure to bullying behaviors as a predictor of mental health problems among Norwegian nurses: results from the prospective SUSSH-survey. Int J Nurs Stud. 2014;51(3):479-87. DOI: http://dx.doi.org/10.1016/j.ijnurstu.2013.06.017
  » http://dx.doi.org/10.1016/j.ijnurstu.2013.06.017
• ⁸
  Machado MH, Santos MR, Oliveira E, Lemos W, Wermelinger M, Vieira M, et al. Condições de trabalho da enfermagem. Enferm Foco. 2016;7(n.esp):63-71. DOI: https://doi.org/10.21675/2357-707X.2016.v7.nESP.695
  » https://doi.org/10.21675/2357-707X.2016.v7.nESP.695
• ⁹
  Volpato GL. O método lógico para redação científica. RECIIS [Internet]. 2015 [citado 2017 jul. 22];9(1). Disponível em: https://www.reciis.icict.fiocruz.br/index.php/reciis/article/view/932/1832
  » https://www.reciis.icict.fiocruz.br/index.php/reciis/article/view/932/1832
• ¹⁰
  Hutchins BI, Yuan X, Anderson JM, Santangelo GM. Relative Citation Ratio (RCR): a new metric that uses citation rates to measure influence at the article level. PLoS Biol. 2016;14(9):e1002541. DOI: https://doi.org/10.1371/journal.pbio.1002541
  » https://doi.org/10.1371/journal.pbio.1002541
• ¹¹
  Vošner HB, Kokol P, Bobek S, Železnik D, Završnik J. A bibliometric retrospective of the Journal Computers in Human Behavior (1991–2015). Comput Human Behav. 2016;65:46-58. DOI: http://dx.doi.org/10.1016/j.chb.2016.08.026
  » http://dx.doi.org/10.1016/j.chb.2016.08.026
• ¹²
  Goffman W, Warren KS. Dispersion of papers among journals based on a mathematical analysis of two diverse medical literatures. Nature. 1969;221(5187):1205-7. DOI: http://dx.doi.org/10.1038/2211205a0
  » http://dx.doi.org/10.1038/2211205a0
• ¹³
  Egghe L, Rousseau R. Introduction for informetrics: quantitative methods in library, documentation and information science. Amsterdam: Elsevier, c1990.
• ¹⁴
  Zipf GK. Statistical methods and dynamic philology. Language. 1937;13(1):60-70. DOI: http://dx.doi.org/10.2307/409172
  » http://dx.doi.org/10.2307/409172
• ¹⁵
  Guedes VLS. A bibliometria e a gestão da informação e do conhecimento científico e tecnológico: uma revisão da literatura. Ponto Acesso [Internet]. 2012 [citado 2017 abr. 10];6(2):74-109. Disponível em: https://portalseer.ufba.br/index.php/revistaici/article/view/5695
  » https://portalseer.ufba.br/index.php/revistaici/article/view/5695
• ¹⁶
  Camargo BV, Justo AM. IRAMUTEQ: um software gratuito para análise de dados textuais. Temas Psicol [Internet]. 2013 [citado 2017 abr. 10];21(2):513-8. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-389X2013000200016
  » http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-389X2013000200016
• ¹⁷
  Kami MTM, Larocca LM, Chaves MMN, Lowen IMV, Souza VMP, Goto DYN. Trabalho no consultório na rua: uso do software IRAMUTEQ no apoio à pesquisa qualitativa. Esc Anna Nery [Internet]. 2016 [citado 2017 abr. 10];20(3):e20160069. Diponível em: http://www.scielo.br/pdf/ean/v20n3/1414-8145-ean-20-03-20160069.pdf
  » http://www.scielo.br/pdf/ean/v20n3/1414-8145-ean-20-03-20160069.pdf
• ¹⁸
  Costa ICP, Costa SFG, Andrade CG, Oliveira RC, Abrão FMS, Silva CRL. Scientific production on workplace bullying/harassment in dissertations and theses in the Brazilian scenario. Rev Esc Enferm USP [Internet]. 2015 [cited 2017 Apr 10];49(2):265-74. Available from: http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v49n2/0080-6234-reeusp-49-02-0267.pdf
  » http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v49n2/0080-6234-reeusp-49-02-0267.pdf
• ¹⁹
  Quine L.Workplace bullying in nurses. J Health Psychol. 2001;6(1):73-84. DOI: http://dx.doi.org/10.1177/135910530100600106
  » http://dx.doi.org/10.1177/135910530100600106
• ²⁰
  Cezar ES, Marziale MHP. Problemas de violência ocupacional em um serviço de urgência hospitalar da Cidade de Londrina, Paraná, Brasil. Cad Saúde Pública. 2006;22(1):217-21.
• ²¹
  Molero Jurado MM, Pérez-Fuentes MC, Gászquez Linares JJ. Acoso laboral entre personal de enfermería. Enferm Universit. 2016;13(2):114-23. DOI: http://dx.doi.org/10.1016/j.reu.2016.03.001
  » http://dx.doi.org/10.1016/j.reu.2016.03.001
• ²²
  Park M, Cho SH, Hong HJ. Prevalence and perpetrators of workplace violence by nursing unit and the relationship between violence and the perceived work environment. J Nurs Scholarsh. 2015; 47(1):87-95. DOI: http://dx.doi.org/10.1111/jnu.12112
  » http://dx.doi.org/10.1111/jnu.12112
• ²³
  Vanz SAS, Stumpf IRC. Scientific collaboration: theoretical and conceptual review. Perspect Ciênc Inf. 2010;15(2):42-55. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1413-99362010000200004
  » http://dx.doi.org/10.1590/S1413-99362010000200004
• ²⁴
  Cooper B, Curzio J. Peer bullying in a pre-registration student nursing population. Nurse Educ Today. 2012;32(8):939-44. DOI: http://dx.doi.org/10.1016/j.nedt.2011.10.012
  » http://dx.doi.org/10.1016/j.nedt.2011.10.012
• ²⁵
  Smith CR, Gillespie GL, Brown KC, Grubb PL. Seeing students squirm student nurses’ bullying experiences in clinical settings. West J Nurs Res. 2016;38(10):1397-8. DOI: http://dx.doi.org/10.1177/0193945916658207
  » http://dx.doi.org/10.1177/0193945916658207
• ²⁶
  Clarke CM., Kane DJ, Rajacich DL, Lafreniere KD. Bullying in undergraduate clinical nursing education. J Nurs Educ. 2012;51(5):269-76. DOI: http://dx.doi.org/10.3928/01484834-20120409-01
  » http://dx.doi.org/10.3928/01484834-20120409-01
• ²⁷
  Hirigoyen MF. Mal-estar no trabalho: redefinindo o assédio moral. 3ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil; 2006.
• ²⁸
  Yokoyama M, Suzuki M, Takai Y, Igarashi A, Noguchi-Watanabe M, Yamamoto-Mitani N. Workplace bullying among nurses and their related factors in Japan: a cross-sectional survey. J Clin Nurs. 2016;25(17-18):2478-88. DOI: http://dx.doi.org/10.1111/jocn.13270
  » http://dx.doi.org/10.1111/jocn.13270
• ²⁹
  Costa A. Da aplicação dos institutos previstos no art. 129 do Código penal aos autores de assédio moral nas relações trabalhistas em que há consequente afastamento perante o instituto previdenciário. Rev Direito Trabalho. 2016;42(170):167-86.
• ³⁰
  Oh H, Uhm D, Yoon Y. Workplace bullying, job stress, intent to leave, and nurses’ perceptions of patient safety in South Korean hospitals. J Nurs Res. 2016;65(5):380-8. DOI: http://dx.doi.org/10.1097/NNR.0000000000000175
  » http://dx.doi.org/10.1097/NNR.0000000000000175
• ³¹
  Blackstock S, Harlos K, Macleod M, Hardy C. The impact of organisational factors on horizontal bullying and turnover intentions in the nursing workplace. J Nurs Manag. 2014;23(8):1106-14. DOI: http://dx.doi.org/10.1111/jonm.12260
  » http://dx.doi.org/10.1111/jonm.12260
• ³²
  Leong Y, Crossman J. Tough love or bullying? New nurse transitional experiences. J Clin Nurs. 2016;25(9-10):1356-66. DOI: http://dx.doi.org/10.1111/jocn.13225
  » http://dx.doi.org/10.1111/jocn.13225
• ³³
  Tee S, Üzar Özçetin Y, Russell-Westhead M. Workplace violence experienced by nursing students: a UK survey. Nurse Educ Today. 2016;41:30-5. DOI: http://dx.doi.org/10.1016/j.nedt.2016.03.014
  » http://dx.doi.org/10.1016/j.nedt.2016.03.014
• ³⁴
  Flannelly KJ, Flannelly LT, Jankowski KR. Studying associations in health care research. J Health Care Chaplain. 2016;22(3):118-31. DOI: http://dx.doi.org/10.1080/08854726.2016.1194046
  » http://dx.doi.org/10.1080/08854726.2016.1194046

Datas de Publicação

• Publicação nesta coleção
  13 Set 2018
• Data do Fascículo
  2018

Histórico

• Recebido
  08 Ago 2017
• Aceito
  27 Fev 2018