Resumos
Sympleurotis Bates, 1881 é revisto. Sympleurotis rudis Bates, 1881 e S. armatus Gahan, 1892 são redescritos e acrescentam-se duas espécies novas: S. wappesi sp. nov., da Guatemala e S. albofasciatus sp. nov., do México. São fornecidas ilustrações e chave de identificação para as espécies.
Cerambycidae; Colobotheini; espécies novas; taxonomia
Sympleurotis Bates, 1881 is revised. Sympleurotis rudis Bates, 1881 and S. armatus Gahan, 1892 are redescribed and two new species added: S. wappesi sp. nov., from Guatemala and S. albofasciatus sp. nov., from Mexico. All the species are illustrated and keyed.
Cerambycidae; Colobotheini; new species; Sympleurotis; taxonomy
SISTEMÁTICA, MORFOLOGIA E BIOGEOGRAFIA
Revisão do gênero Sympleurotis Bates (Coleoptera, Cerambycidae, Lamiinae, Colobotheini)
Revision of the genus Sympleurotis Bates (Coleoptera, Cerambycidae, Lamiinae, Colobotheini)
Carlos Eduardo de Alvarenga JulioI, II; Miguel A. MonnéI, III
IDepartamento de Entomologia, Museu Nacional, Universidade Federal do Rio Janeiro, Quinta da Boa Vista, São Cristóvão, 20940-040 Rio de Janeiro-RJ, Brasil
IIBolsista de Pós-Doutorado CNPq (Proc. 150583/2003-6)
IIIPesquisador do CNPq
RESUMO
Sympleurotis Bates, 1881 é revisto. Sympleurotis rudis Bates, 1881 e S. armatus Gahan, 1892 são redescritos e acrescentam-se duas espécies novas: S. wappesi sp. nov., da Guatemala e S. albofasciatus sp. nov., do México. São fornecidas ilustrações e chave de identificação para as espécies.
Palavras-chave: Cerambycidae, Colobotheini, espécies novas, taxonomia.
ABSTRACT
Sympleurotis Bates, 1881 is revised. Sympleurotis rudis Bates, 1881 and S. armatus Gahan, 1892 are redescribed and two new species added: S. wappesi sp. nov., from Guatemala and S. albofasciatus sp. nov., from Mexico. All the species are illustrated and keyed.
Keywords: Cerambycidae, Colobotheini, new species, Sympleurotis, taxonomy.
Bates (1881) erigiu o gênero Sympleurotis para S. rudis procedente da Guatemala. Gahan (1892) descreveu S. armatus do México e Guatemala. O exame do material depositado nas coleções do Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro (MNRJ); National Museum of Natural History, Washington (USNM) e J. E. Wappes (JEWC) permitiu a descrição de duas espécies novas do México e Guatemala.
Sympleurotis Bates, 1881
Sympleurotis Bates, 1881: 185; Monné, 1995: 5 (cat.)
Espécie-tipo, Sympleurotis rudis Bates, 1881 (monotipia)
Redescrição. Corpo recoberto por pubescência decumbente, mais densa na superfície ventral. Cabeça lisa; fronte plana, com a margem inferior reta em ambos os sexos. Lobos oculares inferiores com o comprimento menor que o das genas (exceto em S. albofasciatus sp. nov., tão longo quanto as genas); lobos oculares superiores tão distantes entre si quanto o dobro da largura de um lobo (exceto em S. albofasciatus sp. nov., tão distantes quanto a largura de um lobo). Tubérculos anteníferos discretamente projetados. Antenas mais longas que o corpo tanto nos machos como nas fêmeas, com setas curtas, eretas e esparsas na face ventral do escapo, pedicelo e antenômero III; escapo subcilíndrico, não atinge a margem posterior do protórax; demais antenômeros cilíndricos; antenômero III o mais longo.
Protórax mais largo que longo; margens anterior e posterior pontuadas; lados subplanos, sem tubérculos; pronoto com tubérculos manifestos. Processo prosternal com 1/3 do diâmetro da cavidade procoxal; processo mesosternal plano, em declive anteriormente, com a mesma largura da cavidade mesocoxal e com pequeno entalhe no centro da margem posterior. Escutelo triangular. Élitros alongados, ligeiramente convexos, com suave decaimento posterior e comprimidos lateralmente; úmeros projetados; ápices elitrais truncados, o ângulo externo com projeção espiniforme aguda, mais longa nos machos e ângulo sutural não projetado; carena longitudinal lateral manifesta na metade basal, a partir dos úmeros; disco densamente pontuado, com pontos pilíferos esparsos e tubérculo centro-basal manifesto, mais ou menos projetado. Fêmures pedunculados e clavados; profêmures com pedúnculo curto. Metatarsômero I tão ou mais longo que os seguintes reunidos.
Segmento abdominal V, dos machos, moderadamente projetado além das extremidades elitrais; urotergito mais ou menos emarginado com os ângulos projetados; urosternito semicircularmente emarginado com os ângulos obtusos. Ovipositor acentuadamente projetado além das extremidades elitrais; urotergito aguçado e urosternito mais ou menos emarginado e com cerdas apicais longas.
Discussão: Sympleurotis pode ser diferenciado de outros gêneros da tribo pelo protórax inerme nos lados; pela presença de tubérculo centro-basal nos élitros e pelo segmento abdominal V, das fêmeas, projetado para formar um longo ovipositor.
Chave para as espécies de Sympleurotis
Lobos oculares inferiores com, aproximadamente, o mesmo comprimento das genas; lobos oculares superiores tão distantes entre si quanto a largura de um lobo; metatarsômero I mais longo que os seguintes reunidos; placa ventral do ovipositor com recorte estreito e profundo em forma de U alongado. México (fig. 4) ........................................................... S. albofasciatus sp. nov.
Lobos oculares inferiores com o comprimento menor que o das genas; lobos oculares superiores tão distantes entre si quanto o dobro da largura de um lobo; metarsômero I, no máximo, tão longo quanto os seguintes reunidos; placa ventral do ovipositor com outro formato ........................................ 2
Pronoto com quatro tubérculos rombos, os dois anteriores mais desenvolvidos, centrais e próximos entre si e os dois posteriores laterais e afastados; pequena carena longitudinal centro-basal manifesta entre os dois tubérculos posteriores do pronoto; carenas laterais dos élitros projetadas. Guatemala (fig. 3) .................................................................. S. wappesi sp. nov.
Pronoto com dois tubérculos látero-anteriores discretamente elevados; carena longitudinal centro-basal no pronoto ausente; carenas elitrais laterais discretas ........................................................................................ 3
Antenas, nas fêmeas, longas, ultrapassam os ápices elitrais a partir da base do antenômero VII; lados do protórax, próximo à margem posterior, com pequeno espinho, pouco nítido, mais visível nas fêmeas; placa ventral do ovipositor com recorte raso em forma de U; segmento abdominal V, dos machos, projetado cerca de 1,0 mm além das extremidades elitrais. México e Guatemala (fig. 2) ............................................. S. armatus Gahan, 1892
Antenas, nas fêmeas, mais curtas, ultrapassam os ápices elitrais a partir da base do antenômero IX; lados do protórax desarmados; placa ventral do ovipositor com recorte ligeiramente profundo em forma de V; segmento abdominal V, dos machos, discretamente projetado além das extremidades elitrais. México, Guatemala, Honduras e Panamá (fig.1).............................. ........................................................................... S. rudis Bates, 1881
Sympleurotis rudis Bates, 1881
(Fig. 1)
Sympleurotis rudis Bates, 1881: 185; Lameere, 1883: 71 (cat.); Chemsak & Linsley, 1970: 416 (lect.); Chemsak et al., 1992: 151 (cat.); Monné, 1995: 5 (cat.); Noguera & Chemsak, 1996: 407 (cat.).
Redescrição. Macho. Tegumento castanho-avermelhado. Pubescência decumbente castanho-escura, cinérea e alaranjada, mescladas, revestem a superfície dorsal da cabeça, o protórax e os élitros. Pubescência decumbente esbranquiçada reveste: o escapo, mais densamente na superfície ventral e formando anel mediano; a base dos antenômeros IIIXI; os fêmures, exceto área anelar mediana; as tíbias, exceto nas superfícies dorsais basal e apical; a metade basal dos tarsômeros I; e densamente a superfície ventral do corpo.
Antenas alcançam os ápices elitrais na metade do antenômero VI; escapo com, aproximadamente, o mesmo comprimento do antenômero IV; antenômeros III - XI gradualmente decrescentes em comprimento.
Protórax com pontuação mais aparente junto à margem posterior. Pronoto com dois tubérculos rombos, látero-anteriores, manifestos, duas faixas laterais longitudinais de pubescência aveludada castanho-escura com estreitamento mediano e que não atingem as margens anterior e posterior e uma pequena linha longitudinal centro-basal castanho-escura. Escutelo com triângulo central de pubescência esbranquiçada. Élitros com pontos de pubescência castanho-escura ao longo das margens suturais; pequena mancha aveludada transversal de pubescência castanho-escura próxima ao início da declividade posterior, mais densa próxima à sutura, margeada anteriormente por pubescência esbranquiçada; tubérculo centro-basal manifesto com pontos pilíferos no topo; ápices truncados, com projeção externa espiniforme. Meso- e metatarsômeros I longos, o comprimento do mesotarsômero I é igual ao dos dois seguintes reunidos e do metatarsômero I é subigual ao dos seguintes reunidos.
Segmento abdominal V discretamente projetado além dos ápices elitrais; urotergito com recorte semicircular e ângulos projetados e agudos; urosternito com emarginação semicircular e ângulos arredondados.
Fêmea. Antenas ultrapassam os ápices elitrais a partir da base do antenômero IX; ápices elitrais com ângulo externo pouco projetado. Ovipositor projetado cerca de 5,0 mm além das extremidades elitrais; urotergito aguçado; ursternito com recorte ligeiramente profundo em forma de V.
Dimensões (mm), respectivamente macho e fêmea: comprimento total, 11,58,6 e 12,812,0; comprimento do protórax, 2,21,5 e 2,22,0; maior largura do protórax, 3,02,1 e 3,02,8; comprimento do élitro, 8,76,4 e 9,59,2; largura umeral, 4,33,1 e 4,54,3.
Material examinado. MÉXICO. Colina: El Terrero, fêmea, IX.1991, J.E.Wappes; Jalisco: 12 km N ElTuito, macho, VII.1990, J.E.Wappes; GUATEMALA. Zacapa: Sieira de las Minas (San Lorenzo Rd, 20.5 km N of Hwy. 9, ca. 1700 m), macho e fêmea, VI.1993, W.B.Warnes; San Lorenzo, macho, VI.1991, J.W.Wappes; 9 km S San Jeronimo, macho, VI.1966, J.M.Campbell; HONDURAS. Paraiso: Cerro Monserrat, 7 km SW Yuscarán, 1800, macho, V.1994; PANAMÁ. Chiriqui: 7 km SE Fortuna Dam, 1200 m, macho, V.1993, A. Gillogly. Todos na coleção J. E. Wappes.
Sympleurotis armatus Gahan, 1892
(Fig. 2)
Sympleurotis armatus Gahan, 1892: 266, pl. 12, fig. 10; Chemsak et al., 1992: 151 (cat.); Monné, 1995: 5 (cat.); Noguera & Chemsak, 1996: 407 (cat.).
Redescrição. Macho. Tegumento castanho-escuro nos élitros e castanho-avermelhado no restante do corpo. Pubescência decumbente cinérea e duas pequenas manchas transversais laterais, castanho-escuras, recobrem a metade apical dos élitros, não alcançando as margens suturais. Pubescência decumbente esbranquiçada densa, reveste: a superfície ventral do corpo; os lados da cabeça; a base dos tarsômeros I e II; as áreas basal e média dos fêmures; a superfície ventral das tíbias, onde forma, também, um anel mediano; e forma, nos élitros, uma pequena mancha transversal que não alcança a margem sutural e margeia, inferiormente, a mancha lateral castanho-escura.
Antenas ultrapassam os ápices elitrais por, aproximadamente, cinco antenômeros; escapo com, aproximadamente, o mesmo comprimento do antenômero IV; antenômeros IIIXI gradualmente decrescentes em comprimento, com pubescência decumbente esbranquiçada ao redor da base.
Protórax com pontuação profunda mais evidente na margem posterior; pronoto com tubérculos látero-anteriores rombos e discretamente elevados; os lados, próximo à margem posterior, com pequeno espinho pouco nítido, mais visível nas fêmeas; pequena faixa transversal de pubescência decumbente esbranquiçada presente acima de cada espinho. Escutelo preto, com pequena pubescência esbranquiçada triangular. Élitros com pontuação profunda mais densa na metade basal; região centro-basal ligeiramente elevada; ápices truncados com projeção externa espiniforme longa e bastante afilada. Meso- e metafêmures com o pedúnculo longo e a clava pouco robusta. Metatarsômero I tão longo quanto os seguintes reunidos.
Segmento abdominal V projetado cerca de 1,0 mm além das extremidades elitrais; urotergito com profundo recorte semicircular e ângulos acentuadamente projetados e afilados.
Fêmea. Antenas ultrapassam os ápices elitrais a partir da base do antenômero VIII; espinhos protorácicos látero-posteriores mais visíveis que nos machos; extremidades elitrais com ângulo externo pouco projetado. Ovipositor projetado cerca de 3,0 mm além das extremidades elitrais; urosternito com recorte raso em forma de U; urotergito com o ápice bastante afilado.
Dimensões (mm), respectivamente macho e fêmea: comprimento total, 8,6 e 8,6; comprimento do protórax, 1,6 e 1,5; maior largura do protórax, 2,3 e 2,1; comprimento do élitro, 6,5 e 6,5; largura umeral, 3,2 e 3,0.
Material examinado. MÉXICO. Oaxaca: Hwy. 131, 115 mi S Oaxaca, fêmea, V.1971, D.E.Bright; Guerrero: 18-23 km S Filo de Caballo, macho, IX.1989, J.E.Wappes. Ambos no MNRJ.
Sympleurotis wappesi sp. nov.
(Fig. 3)
Descrição. Fêmea. Tegumento predominantemente castanho-escuro. Pubescência decumbente esbranquiçada reveste a cabeça, a metade basal do escapo, a base dos antenômeros IIIVI, os fêmures, as tíbias, a metade basal dos tarsômeros I e a superfície ventral do corpo. Protórax e élitros recobertos por pubescência cinérea e manchas de pubescência amarelada mescladas.
Antenas ultrapassam os ápices elitrais a partir da base do antenômero IX; escapo com, aproximadamente, o mesmo comprimento do antenômero III; antenômeros IIIXI gradualmente decrescentes em comprimento.
Margens anterior e posterior do protórax com pontuação profunda, os pontos da margem posterior com o diâmetro maior que os da anterior. Pronoto com quatro tubérculos rombos, os dois anteriores mais desenvolvidos, centrais e próximos entre si e os dois posteriores, laterais e afastados; pequena carena longitudinal centro-basal manifesta entre os dois tubérculos posteriores. Escutelo com um triângulo central de pubescência esbranquiçada. Élitros com tubérculo centro-basal protuberante, um pouco alongados longitudinalmente, granulados e com pontos pilíferos no topo; pontos de pubescência castanho-escura ao longo das margens suturais; pontuação profunda mais concentrada no terço basal; carenas laterais projetadas; ápices truncados com projeção externa pouco desenvolvida; mesotarsômero I com o mesmo comprimento dos dois seguintes reunidos e metatarsômero I aproximadamente tão longo quanto os seguintes reunidos.
Ovipositor projetado cerca de 3,5 mm além das extremidades elitrais; urotergito aguçado; urosternito com recorte raso em forma de U.
Dimensões (mm): comprimento total, 11,08,8; comprimento do protórax, 1,91,6; maior largura do protórax, 2,42,1; comprimento do élitro, 8,66,8; largura umeral, 4,13,4.
Discussão: Distingue-se de S. rudis e S. armatus pelo pronoto com quatro tubérculos; pela presença de uma pequena carena longitudinal centro-basal entre os dois tubérculos posteriores do pronoto e pelas carenas laterais dos élitros projetadas. Em S. rudis e S. armatus: pronoto com apenas dois tubérculos e sem carena longitudinal centro-basal; carenas laterais dos élitros discretas. Assemelha-se a S. armatus pelo aspecto da placa ventral do ovipositor, com recorte raso em forma de U. Em S. rudis a placa ventral tem a forma de V, com recorte ligeiramente profundo.
Material-tipo. Holótipo fêmea, GUATEMALA. El Progreso: 28-29 km N Sn Augustin, IV.1990, J.E.Wappes (USNM). Parátipo: mesmos dados do holótipo (MNRJ).
Etimologia. Espécie dedicada a J. E. Wappes (Bulverde, Texas)
Sympleurotis albofasciatus sp. nov.
(Fig. 4)
Descrição. Fêmea. Tegumento predominantemente castanho-escuro, exceto as pernas e abdômen com tegumento castanho-avermelhado. Densa pubescência decumbente branca reveste as antenas, os fêmures, as tíbias, a metade basal dos tarsômeros I e II, a superfície ventral do corpo e, nos élitros, a base até os tubérculos centro-basais, uma faixa transversal, ligeiramente curva, de contorno irregular, no meio e uma mancha circular, de contorno irregular, que ocupa o quarto apical; o restante dos élitros, a cabeça e o protórax com manchas de pubescência caramelo, mescladas com máculas de pubescência amarela.
Lobos oculares inferiores com, aproximadamente, o mesmo comprimento das genas; lobos superiores tão distantes entre si quanto a largura de um lobo. Antenas ultrapassam oa ápices elitrais a partir da base do antenômero VIII; escapo com o mesmo comprimento do antenômero IV; antenômeros IIIX gradualmente decrescentes em comprimento; XI tão longo quanto o X; IIIVI ligeiramente intumescidos no ápice.
Protórax com pontuação mais evidente na margem posterior; pronoto com quatro tubérculos rombos pouco desenvolvidos, os dois anteriores próximos e os dois posteriores afastados entre si; pequeno tubérculo centro-basal manifesto. Escutelo com triângulo central de pubescência esbranquiçada, que não atinge o ápice. Élitros com pontos granulados mais concentrados no quarto basal; região centro-basal elevada; carenas laterais apenas indicadas; ápices transversalmente truncados e com pequena projeção espiniforme no ângulos externo.
Fêmures pedunculados e clavados, os metafêmures com o pedúnculo longo e a clava discreta, pouco robusta. Mesotarsômero I tão longo quanto os seguintes reunidos; metatarsômero I mais longo que os seguintes reunidos.
Ovipositor longo, projetado cerca de 6,5 mm além das extremidades elitrais. Urotergito bastante afilado, urosternito com recorte estreito e profundo.
Dimensões (mm): comprimento total, 13,7; comprimento do protórax, 2,2; maior largura do protórax, 3,1; comprimento do élitro, 10,4; largura umeral, 4,8.
Discussão: Distingue-se das demais espécies de Sympleurotis pelo comprimento dos lobos oculares inferiores igual ao das genas; pelos lobos superiores tão distantes entre si quanto a largura de um lobo; pelo metatarsômero I mais longo que os seguintes reunidos; pelo ovipositor bastante longo, projetado cerca de 6,5 mm além das extremidades elitrais e pela placa ventral do ovipositor com recorte estreito e profundo. Nas demais espécies: lobos oculares inferiores com o comprimento menor que o das genas; lobos superiores tão distantes entre si quanto o dobro da largura de um lobo; metatarsômero I, no máximo, tão longo quanto os seguintes reunidos; ovipositor projetado, no máximo, cerca de 5,0 mm além das extremidades elitrais; em S. armatus e S. wappesi sp. nov. a placa ventral do ovipositor apresenta um recorte raso em forma de U e em S. rudis a placa ventral tem a forma de V, com recorte ligeiramente profundo.
Material-tipo. Holótipo fêmea, MÉXICO. Oaxaca: Hwy. 131, 178 km S Oaxaca, V.1971, J.M.Campbell & D.E.Bright (MNRJ).
Etimologia. Latim, albus = branco e fascia = faixa. Alusivo à faixa transversal branca no meio dos élitros.
Recebido em 23.XI.2004; aceito em 10.III.2005
- Bates, H. W. 1881. Biologia Centrali-Americana, Insecta, Coleoptera, London, 5: 153224, prs. 1215.
- Chemsak, J. A. & Linsley, E. G. 1970. Additional designations of lectotypes of neotropical Cerambycidae in the collections of the British Museum (Natural History) (Coleoptera). Journal of the Kansas Entomological Society, 43: 404417.
- Chemsak, J. A. & Linsley, E. G. & Noguera, F. A. 1992. Listados faunísticos de México. II. Los Cerambycidae y Disteniidae de Norteamérica, Centroamérica y las Indias Occidentales (Coleoptera). México, D. F., Univ. Nac. Autón. México, 204 pp.
- Gahan, C. J. 1892. Additions to the Longicornia of Mexico and Central America, with notes on some previously-recorded species. The Transactions of the Entomological Society of London 1892: 255274, 1 pr.
- Lameere, A. A. 1883. Liste des cérambycides, décrits postérieurement au catalogue de Munich. Annales de la Société Entomologique de Belgique, Bruxelles, 26: 178.
- Monné, M. A. 1995. Catalogue of the Cerambycidae (Coleoptera) of the Western Hemisphere. Part XIX. Subfamily Lamiinae: Tribes Elytracanthini, Cyrtinini, Colobotheini, Tetraopini, and Saperdini. S. Paulo, Sociedade Brasileira de Entomologia, 94 pp.
- Noguera, F. A. & Chemsak, J. A. 1996. Cerambycidae (Coleoptera) (381409): In: Biodiversidad taxonomía, y biogeografía de artrópodos de México: Hacia una síntesis de su conocimiento. México, D. F., Universidad Nacional Autónoma de México.
Datas de Publicação
-
Publicação nesta coleção
23 Nov 2005 -
Data do Fascículo
Set 2005
Histórico
-
Aceito
10 Mar 2005 -
Recebido
23 Nov 2004