Acessibilidade / Reportar erro

Caracterização de concreções ferro-manganosas de solos de calcário no norte do estado de Minas Gerais

Characterization of iron-manganese concretions of limestone-derived soils from Northern Minas Gerais

Resumos

As concreções ferro-manganosas, variáveis quanto ao diâmetro e formato, são comuns em solos desenvolvidos de calcário no norte de Minas Gerais. Normalmente, tendem a aumentar de tamanho com a profundidade nos Cambissolos e Vertissolos e a permanecer pequenas nos Latossolos, onde são mais lisas (menos corroídas) e mais arredondadas (lembrando chumbinho de caça). Com o objetivo de estudá-las, foram coletadas concreções (C) nos horizontes B de Latossolos Vermelhos; B e BC de Cambissolo e C de Vertissolo, agrupadas de acordo com o diâmetro médio (C1-Φ = 0,18 cm; C2-Φ = 0,53 cm; C3-Φ = 0,90 cm; C4-Φ = 1,75 cm), sendo C1 as concreções dos Latossolos e C2, C3 e C4 separações das concreções do Cambissolo e do Vertissolo. Tais concreções, após trituradas, foram caracterizadas química (extração de Fe e Mn com oxalato e DCB; ataque sulfúrico e ataque triácido) e mineralogicamente (difração de raios-X). Também foram coletadas amostras indeformadas dos solos que apresentavam concreções, as quais foram impregnadas para análise micromorfológica. A caracterização química das concreções revelou o ferro, a sílica e o manganês como os principais constituintes. Houve correlação significativa e negativa entre o diâmetro das concreções e o teor de ferro (r = -0,88), o que concorda com a literatura, bem como maior acúmulo de ferro nas concreções de menor diâmetro. Também houve correlação positiva entre o diâmetro e o teor de sílica (r = 0,96), fato explicado pelos teores de sílica encontrados nos solos e horizontes onde as concreções ocorrem. Para o manganês nenhuma correlação foi observada, o que contradiz dados de literatura, que revelam normalmente aumento do teor de manganês com o diâmetro. Observou-se, ainda, nas concreções, alguns elementos traços (Ba, Co, Ni, Pb). A quantificação de elementos traços demonstrou elevadas concentrações de manganês, com valores médios 40 vezes maiores que os encontrados nos solos, valores elevados de bário (em média 20 vezes maiores que nos solos) e que tendem a acompanhar o manganês (r = 0,99), o que também foi verificado para o Co (r = 0,99), Ni (r = 0,94), Pb (r = 0,99). A difração de raios-X revelou a presença de goethita como único óxido de ferro presente. Também foi detectada a presença de quartzo, caulinita, lithiophorita e traços de minerais 2:1 (possivelmente interestratificados ilita/esmectita). A micromorfologia revelou a presença de concreções (com organização interna concêntrica) e de nódulos ferro-manganosos. Observando do centro para a periferia, as camadas concêntricas das concreções variaram do preto ao amarelo-avermelhado, evidenciando a contribuição do manganês e a possível transformação dos óxidos de ferro, talvez de hematita para goethita. Alguns fragmentos de concreções presentes nos solos encontravam-se recapeados por novos aportes de ferro, indicando que o processo de difusão e concentração do ferro continuava ativo.

química; mineralogia e micromorfologia de nódulos e concreções-Fe, Mn; potencial redox; elementos traços; calcário Bambuí


The occurrence of iron-manganese concretions, which vary in diameter and shape, are common in limestone-derived soils from northern Minas Gerais, Brazil. Normally, they tend to increase their size with depth in Cambisols (Inceptisols) and Vertisols, and to remain small in Latosols (Oxisols), where they are smoother and more rounded. Aiming to study them, concretions in the B horizons of Red Latosols, B and BC horizons of Cambisols and C horizons of Vertisols were collected and grouped according to their average diameter (C1-f = 0.18 cm; C2-f = 0.53 cm; C3-f = 0.90 cm; C4-f = 1.75 cm). C1 are concretions of Latosols and C2, C3, C4 groups of concretions of Cambisol and Vertisol; after being grinded, they were chemically (Fe and Mn extracted by oxalate and dithionite (CBD); sulfuric acid digestion and triacid acid digestion) and mineralogically (X-ray diffraction) analyzed. Undisturbed samples of soils that had concretions were collected and impregnated for micromorphological analyses. The chemical characterization of concretions revealed that Fe, Si, and Mn are the main components. There was a significant and negative correlation between the concretions' diameter and iron amount (r = -0.88), which agrees with the literature and indicates higher Fe accumulation in smaller diameter concretions. Also, there was a significant and positive correlation between the concretions' diameter and silica content (r = 0.96), explained by different silica contents of soils and horizons where the concretions occurred. For Mn, no correlation was found, which is not in agreement with the literature, which commonly postulates that, as the diameter increases, there is an increment of Mn amount. The quantification of trace elements showed, - besides the elevated Mn amounts, with average values 40 times higher than those found in soils - elevated Ba values (in average 20 times higher than those found in soils) which tend to follow that of Mn (r = 0.99), which was also verified for Co (r = 0.99), Ni (r = 0.94) and Pb (r = 0.99). X-ray diffraction revealed goethite as the sole iron oxide mineral. Quartz, caulinite, lithiphiorite and trace of 2:1 minerals (probably illite/smectite interstratified) were also detected. Micromorphological analyses revealed the presence of true concretions (having concentric internal organization) and iron-manganese nodules. From the center to the borders, the concentric layers of concretions varied from black to reddish-yellow colors, suggesting Mn contribution and possible transformation of Fe-oxides, possibly hematite to goethite. Some fragments of concretions present in soils are cloaked by new Fe additions, indicating that the process of Fe diffusion and concentration is still active.

Fe, Mn nodules and concretions chemistry; mineralogy and micromorphology; redox potential; trace elements; Bambuí limestone


SEÇÃO II - QUÍMICA DO SOLO

Caracterização de concreções ferro-manganosas de solos de calcário no norte do estado de Minas Gerais(1 (1 ) Trabalho extraído da Tese de Doutorado da primeira autora, financiado pela FAPEMIG e apresentado no XXVII CBCS. )

Characterization of iron-manganese concretions of limestone-derived soils from Northern Minas Gerais

C. V. OliveiraI; J. C. KerII; N. CuriIII; M. N. DuarteIV,† ; L. E. F. FontesII

IProfessora do Departamento de Geografia, Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG. Av. Antônio Carlos 6627, CEP 31270-090 Belo Horizonte (MG). E-mail: cristian@igc.ufmg.br

IIProfessor do Departamento de Solos, Universidade Federal de Viçosa - UFV. Av. P.H. Rolfs s/n, CEP 36571-000 Viçosa (MG)

IIIProfessor Titular do Departamento de Ciência do Solo, Universidade Federal de Lavras - UFLA. CEP 37200-000 Lavras (MG)

IVPesquisadora do Centro Nacional de Pesquisa de Solos da EMBRAPA, Rua Jardim Botânico 1024, Jardim Botânico, CEP 22460-000 Rio de Janeiro (RJ)

RESUMO

As concreções ferro-manganosas, variáveis quanto ao diâmetro e formato, são comuns em solos desenvolvidos de calcário no norte de Minas Gerais. Normalmente, tendem a aumentar de tamanho com a profundidade nos Cambissolos e Vertissolos e a permanecer pequenas nos Latossolos, onde são mais lisas (menos corroídas) e mais arredondadas (lembrando chumbinho de caça). Com o objetivo de estudá-las, foram coletadas concreções (C) nos horizontes B de Latossolos Vermelhos; B e BC de Cambissolo e C de Vertissolo, agrupadas de acordo com o diâmetro médio (C1-Φ = 0,18 cm; C2-Φ = 0,53 cm; C3-Φ = 0,90 cm; C4-Φ = 1,75 cm), sendo C1 as concreções dos Latossolos e C2, C3 e C4 separações das concreções do Cambissolo e do Vertissolo. Tais concreções, após trituradas, foram caracterizadas química (extração de Fe e Mn com oxalato e DCB; ataque sulfúrico e ataque triácido) e mineralogicamente (difração de raios-X). Também foram coletadas amostras indeformadas dos solos que apresentavam concreções, as quais foram impregnadas para análise micromorfológica. A caracterização química das concreções revelou o ferro, a sílica e o manganês como os principais constituintes. Houve correlação significativa e negativa entre o diâmetro das concreções e o teor de ferro (r = -0,88), o que concorda com a literatura, bem como maior acúmulo de ferro nas concreções de menor diâmetro. Também houve correlação positiva entre o diâmetro e o teor de sílica (r = 0,96), fato explicado pelos teores de sílica encontrados nos solos e horizontes onde as concreções ocorrem. Para o manganês nenhuma correlação foi observada, o que contradiz dados de literatura, que revelam normalmente aumento do teor de manganês com o diâmetro. Observou-se, ainda, nas concreções, alguns elementos traços (Ba, Co, Ni, Pb). A quantificação de elementos traços demonstrou elevadas concentrações de manganês, com valores médios 40 vezes maiores que os encontrados nos solos, valores elevados de bário (em média 20 vezes maiores que nos solos) e que tendem a acompanhar o manganês (r = 0,99), o que também foi verificado para o Co (r = 0,99), Ni (r = 0,94), Pb (r = 0,99). A difração de raios-X revelou a presença de goethita como único óxido de ferro presente. Também foi detectada a presença de quartzo, caulinita, lithiophorita e traços de minerais 2:1 (possivelmente interestratificados ilita/esmectita). A micromorfologia revelou a presença de concreções (com organização interna concêntrica) e de nódulos ferro-manganosos. Observando do centro para a periferia, as camadas concêntricas das concreções variaram do preto ao amarelo-avermelhado, evidenciando a contribuição do manganês e a possível transformação dos óxidos de ferro, talvez de hematita para goethita. Alguns fragmentos de concreções presentes nos solos encontravam-se recapeados por novos aportes de ferro, indicando que o processo de difusão e concentração do ferro continuava ativo.

Termos de indexação: química, mineralogia e micromorfologia de nódulos e concreções-Fe, Mn, potencial redox, elementos traços, calcário Bambuí.

SUMMARY

The occurrence of iron-manganese concretions, which vary in diameter and shape, are common in limestone-derived soils from northern Minas Gerais, Brazil. Normally, they tend to increase their size with depth in Cambisols (Inceptisols) and Vertisols, and to remain small in Latosols (Oxisols), where they are smoother and more rounded. Aiming to study them, concretions in the B horizons of Red Latosols, B and BC horizons of Cambisols and C horizons of Vertisols were collected and grouped according to their average diameter (C1-f = 0.18 cm; C2-f = 0.53 cm; C3-f = 0.90 cm; C4-f = 1.75 cm). C1 are concretions of Latosols and C2, C3, C4 groups of concretions of Cambisol and Vertisol; after being grinded, they were chemically (Fe and Mn extracted by oxalate and dithionite (CBD); sulfuric acid digestion and triacid acid digestion) and mineralogically (X-ray diffraction) analyzed. Undisturbed samples of soils that had concretions were collected and impregnated for micromorphological analyses. The chemical characterization of concretions revealed that Fe, Si, and Mn are the main components. There was a significant and negative correlation between the concretions' diameter and iron amount (r = -0.88), which agrees with the literature and indicates higher Fe accumulation in smaller diameter concretions. Also, there was a significant and positive correlation between the concretions' diameter and silica content (r = 0.96), explained by different silica contents of soils and horizons where the concretions occurred. For Mn, no correlation was found, which is not in agreement with the literature, which commonly postulates that, as the diameter increases, there is an increment of Mn amount. The quantification of trace elements showed, - besides the elevated Mn amounts, with average values 40 times higher than those found in soils - elevated Ba values (in average 20 times higher than those found in soils) which tend to follow that of Mn (r = 0.99), which was also verified for Co (r = 0.99), Ni (r = 0.94) and Pb (r = 0.99). X-ray diffraction revealed goethite as the sole iron oxide mineral. Quartz, caulinite, lithiphiorite and trace of 2:1 minerals (probably illite/smectite interstratified) were also detected. Micromorphological analyses revealed the presence of true concretions (having concentric internal organization) and iron-manganese nodules. From the center to the borders, the concentric layers of concretions varied from black to reddish-yellow colors, suggesting Mn contribution and possible transformation of Fe-oxides, possibly hematite to goethite. Some fragments of concretions present in soils are cloaked by new Fe additions, indicating that the process of Fe diffusion and concentration is still active.

Index terms: Fe, Mn nodules and concretions chemistry, mineralogy and micromorphology, redox potential, trace elements, Bambuí limestone.

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

LITERATURA CITADA

Recebido para publicação em abril de 2000

Aprovado em fevereiro de 2001

  • BREWER, R. Fabric and mineral analysis of soils. New York, Robert Krieger, 1976. 482p.
  • EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA - EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Sistema brasileiro de classificação de solos. Brasília, 1999. 412p.
  • EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA - EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Manual de métodos de análise de solo. Rio de Janeiro, 1997. 212p.
  • GERMANIQUE, J.C. Major, trace and rare-earth elements in fourteen GSJ references samples. Determinations by X-ray fluorescence spectrometry and inductively coupled plasma optical emission spectrometry. Geost. Newsl, 18:91-100, 1994.
  • HALLETT, R.B. & KYLE, P.R. XRF and INAA determinations of major and trace elements in geological survey of Japan igneous and sedimentary rock standards. Geost. Newsl, 17:127-133, 1993.
  • HARDEN, J.W.; TAYLOR, E.M.; McFADDEN, L.D. & REHEIS, M.C. Calcic, gypsic and siliceous soil chronosequences in arid and semiarid environments. In: NETTLETON, W.D., ed. Ocurrence, characteristics and genesis of carbonate, gypsum and silica accumulations in soils. Madison, Soil Science Society of America, 1991. p.1-16. (Special Publication, 26)
  • KÄMPF, N. & SCHWERTMANN, U. The 5-M-NaOH concentration treatment for iron oxides in soils. Clays Clay Miner., 30:401-408, 1982.
  • KHAN, F.A. & FENTON, T.E. Secondary iron and manganese distributions and aquic conditions in a Mollisol catena of central Iowa. Soil Sci. Soc. Am. J., 60:546-551, 1996.
  • McKEAGUE, J.A. & DAY, J.H. Dithionite and oxalate extractable Fe and Al as aids in differentiating various classes of soil. Can. J. Soil Sci., 46:13-22, 1966.
  • McKENZIE, R.M. Manganese oxides and hidroxides. In: DIXON, J.B. & WEED, S.B., eds. Minerals in soil environments. Madison, Soil Science Society of America, 1989. p.439-466.
  • McKENZIE, R.M. The surface charge on manganese dioxides. Aust. J. Soil. Res., 19:41-50, 1981.
  • MEHRA, J.P. & JACKSON, M.L. Iron oxides removal from soils and clays by a ditionite-citrate-bicarbonate system buffered with sodium bicarbonate. Clays Clay Miner., 7:317-327, 1960.
  • OLIVEIRA, C.V.; KER, J.C.; DUARTE, M.N.; CURI, N. & FONTES, L.E.F. Atributos micromorfológicos de solos do Projeto Jaíba, norte de Minas Gerais. R. Bras. Ci. Solo, 24:117-128, 2000.
  • PHILLIPPE, W.R.; BLEVINS, R.L.; BARNHISEL, R.I. & BAILEY, H.H. Distribution of concretions from selected soils of the inner bluegrass region of Kentucky. Soil Sci. Soc. Am. Proc., 36:171-173, 1972.
  • RAMANAIDOU, E.; NAHON, D.; DECARREAU, A. & MELFI, A.J. Hematite and goethite from duricrusts developed by lateritic chemical weathering of precambriam banded iron formations, Minas Gerais, Brazil. Clays Clay Miner., 44:22-31, 1996.
  • ROSS Jr., S.J.; FRANZMEIER, D.P. & ROTH, C.B. Mineralogy and chemistry of manganese oxides in some Indiana soils. Soil Sci. Soc. Am. J., 40:137-143, 1976.
  • SANZ, A.; GARCIA-GONZÁLEZ, M.T.; VIZCAYNO, C. & RODRIGUES, R. Iron-manganese nodules in a semi-arid environment. Aust. J. Soil Res., 34:623-634, 1996.
  • SCHWERTMANN, U. & FANNING, D.S. Iron-manganese concretions in hydrosequences of soils in Loess in Bavaria. Soil Sci. Soc. Am. J., 40:731-738, 1976.
  • SINGH, B. & GILKES, R.J. Nature and properties of iron rich globules and mottles from some south-west Australian soils. Geoderma, 71:95-120, 1996.
  • SOARES, M.F. Caracterização química e mineralógica de concreções ferruginosas de alguns solos brasileiros. Viçosa, Universidade Federal de Viçosa, 1980. 62p. (Tese de Mestrado)
  • SRIVASTAVA, P.C. & GUPTA, U.C. Trace elements in crop production. Science, 1996. 356p.
  • SULLIVAN, L.A. & KOPPI, A.J. Manganese oxide accumulations associated with some soils structural pores. I. Morphology, composition and genesis. Aust. J. Soil. Res., 30:409-427, 1992.
  • TOKASHIKI, Y.; DIXON, J.B. & GOLDEN, D.C. Manganese oxide analysis in soils by combined X-ray diffraction and selective dissolution methods. Soil Sci. Soc. Am. J., 50:1079-1084, 1986.
  • UZOCHUKWU, G.A. & DIXON, J.B. Manganese oxide minerals in nodules of two soils of Texas and Alabama. Soil Sci. Soc. Am. J., 50:1358-1363, 1986.
  • WHITE, G.N. & DIXON, J.B. Iron and manganese distribution in nodules from a young Texas vertisol. Soil Sci. Soc. Am. J., 60:1254-1262, 1996.
  • ZHANG, M. & KARATHANASIS, A.D. Characterization of iron-manganese concretions in Kentucky alfisols with perched water tables. Clays Clay Miner., 45:428-439, 1997.
  • (1
    ) Trabalho extraído da Tese de Doutorado da primeira autora, financiado pela FAPEMIG e apresentado no XXVII CBCS.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      30 Set 2014
    • Data do Fascículo
      Set 2001

    Histórico

    • Aceito
      Fev 2001
    • Recebido
      Abr 2000
    Sociedade Brasileira de Ciência do Solo Secretaria Executiva , Caixa Postal 231, 36570-000 Viçosa MG Brasil, Tel.: (55 31) 3899 2471 - Viçosa - MG - Brazil
    E-mail: sbcs@ufv.br