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Produtividade de pepino para processamento no Vale do São Francisco

Productivity of pickling cucumber in the São Francisco Valley, Brazil

Resumos

Com o objetivo de identificar as cultivares mais produtivas de pepino para processamento, instalaram-se dois experimentos de maio a agosto de 1997, em Petrolina, PE. O delineamento experimental utilizado foi em blocos ao acaso, com 18 tratamentos e três repetições. A parcela foi composta de quatro linhas de 3,0 m de comprimento, com espaçamento de 1,0x0,30 m. Os frutos comerciais foram classificados na categoria conserva com 6 a 12 cm, e categoria cornichon, com 4,0 a 5,5 cm de comprimento. Na categoria conserva, as cultivares Eureka (34,54 t/ha) e Francipak (33,72 t/ha) destacaram-se em termos de produtividade. As cultivares Pioneiro, Vlaspik e Wisconsin SMR 18 apresentaram os menores desempenhos (21,43 a 23,45 t/ha). Verificou-se uma variação de 30,74 a 37,79 g/fruto e 9,01 a 14,81 frutos/planta. Na categoria cornichon, destacaram-se as cultivares Vlasset e Supremo, seguidas de Vlasstar e Prêmio, com produtividades acima de 10,0 t/ha. O pior desempenho foi da cultivar Wisconsin SMR 18, cuja produção de frutos foi 5,61 t/ha. Foram obtidas variações de 6,09 a 7,27 g/fruto e 11,48 a 24,15 frutos/planta.

Cucumis sativus; hortaliça; rendimento


With the objective of indicating pickling cucumber cultivars of high productivity, two field experiments were carried out in Petrolina, Pernambuco State, Brazil, from May to August of 1997. The experimental design was a randomized complete block with 18 treatments and three replications. Experimental plots consisted of four rows of 3 m long, and the plants were on a 1.00x0.30 m spacing grid. The commercial fruits were classified as pickling (fruits length from 6 to 12 cm) and cornichon (from 4.0 to 5.5 cm). The cultivars Eureka (34.54 t/ha) and Francipak (33.72 t/ha) presented the highest yield for pickling. The cultivars Pioneiro, Vlaspik and Wisconsin SMR 18 showed the lowest yield varying from 21.43 to 23.45 t/ha. There was a variation from 30.74 to 37.79 g/fruit and from 9.01 to 14.81 fruit/plant. For cornichon stood out the cultivars Vlasset and Supremo, followed by Vlasstar and Prêmio which showed yield above 10.00 t/ha. The lowest yield was presented by Wisconsin SMR 18, with 5.61 t/ha. There was a variation from 6.09 to 7.27 g/fruit and 11.48 to 24.15 fruits/plant.

Cucumis sativus; vegetables; yield


Produtividade de pepino para processamento no Vale do São Francisco

Productivity of pickling cucumber in the São Francisco Valley, Brazil

Geraldo Milanez de ResendeI; José Egidio FloriI

IEmbrapa-Centro de Pesquisa Agropecuária do Trópico Semi-Árido, Caixa Postal 23, CEP 56300-970 Petrolina, PE. E-mail: gmilanez@cpatsa.embrapa.br, jeflori@cpatsa.embrapa.br

RESUMO

Com o objetivo de identificar as cultivares mais produtivas de pepino para processamento, instalaram-se dois experimentos de maio a agosto de 1997, em Petrolina, PE. O delineamento experimental utilizado foi em blocos ao acaso, com 18 tratamentos e três repetições. A parcela foi composta de quatro linhas de 3,0 m de comprimento, com espaçamento de 1,0x0,30 m. Os frutos comerciais foram classificados na categoria conserva com 6 a 12 cm, e categoria cornichon, com 4,0 a 5,5 cm de comprimento. Na categoria conserva, as cultivares Eureka (34,54 t/ha) e Francipak (33,72 t/ha) destacaram-se em termos de produtividade. As cultivares Pioneiro, Vlaspik e Wisconsin SMR 18 apresentaram os menores desempenhos (21,43 a 23,45 t/ha). Verificou-se uma variação de 30,74 a 37,79 g/fruto e 9,01 a 14,81 frutos/planta. Na categoria cornichon, destacaram-se as cultivares Vlasset e Supremo, seguidas de Vlasstar e Prêmio, com produtividades acima de 10,0 t/ha. O pior desempenho foi da cultivar Wisconsin SMR 18, cuja produção de frutos foi 5,61 t/ha. Foram obtidas variações de 6,09 a 7,27 g/fruto e 11,48 a 24,15 frutos/planta.

Termos para indexação:Cucumis sativus, hortaliça, rendimento.

ABSTRACT

With the objective of indicating pickling cucumber cultivars of high productivity, two field experiments were carried out in Petrolina, Pernambuco State, Brazil, from May to August of 1997. The experimental design was a randomized complete block with 18 treatments and three replications. Experimental plots consisted of four rows of 3 m long, and the plants were on a 1.00x0.30 m spacing grid. The commercial fruits were classified as pickling (fruits length from 6 to 12 cm) and cornichon (from 4.0 to 5.5 cm). The cultivars Eureka (34.54 t/ha) and Francipak (33.72 t/ha) presented the highest yield for pickling. The cultivars Pioneiro, Vlaspik and Wisconsin SMR 18 showed the lowest yield varying from 21.43 to 23.45 t/ha. There was a variation from 30.74 to 37.79 g/fruit and from 9.01 to 14.81 fruit/plant. For cornichon stood out the cultivars Vlasset and Supremo, followed by Vlasstar and Prêmio which showed yield above 10.00 t/ha. The lowest yield was presented by Wisconsin SMR 18, with 5.61 t/ha. There was a variation from 6.09 to 7.27 g/fruit and 11.48 to 24.15 fruits/plant.

Index terms: Cucumis sativus, vegetables, yield.

Introdução

A cultura do pepino para processamento ocupa posição de destaque no Sul do Brasil, sendo o Estado de Santa Catarina o principal produtor nacional, com produtividade média de 10,0 t/ha (Silva et al., 1992). Em nível internacional, Cerne (1994), trabalhando com a cultivar Levina, obteve produtividade de 31,4 t/ha de frutos comerciais e Cerne et al. (2000), avaliando diferentes cultivares, obtiveram produtividade média de 40,7 t/ha, destacando-se a cultivar Harmonie como a mais produtiva, com 45,4 t/ha.

Alguns autores têm estudado a cultura do pepino para conserva, cuja principal característica é a maior produtividade de frutos de tamanho pequeno (4 a 12 cm), considerados ideais para processamento industrial. Silva et al.(1988, 1992) encontraram valores médios com as cultivares Score e Ginga AG-77, de 23,8 t/ha de frutos com 6 a 12 cm de comprimento, com 357 g/planta, massa fresca do fruto de 33,0 g e 10,8 frutos/planta, mas não relataram quanto aos valores dessas características por cultivar. Resende (1999) encontrou produtividades de 13,9 (cultivar Pérola) a 29,7 t/ha (cultivar Indaial), destacando também as cultivares Score (26,5 t/ha), Colônia (26,4 t/ha) e Ginga AG-77 (26,1 t/ha); a massa fresca do fruto variou de 49,2 a 67,4 g/fruto (cultivares Primepak e Pérola, respectivamente) e o número de frutos por planta foi de 3,2 a 7,7 (cultivares Pérola e Indaial, respectivamente). North Caroline Cooperative Extension Service (2000) recomendou para cultivo de pepino para conserva as cultivares Calypso, Francipak, Flurry, Navigator, Vlaspik, Vlasset e Vlasstar.

Resende & Pessoa (1996), utilizando a classificação cornichon, com frutos comerciais variando de 4,0 a 5,5 cm de comprimento, destacaram as cultivares Tamor (10,2 t/ha), Indaial (10,1 t/ha), Colônia (10,1 t/ha), Score (9,8 t/ha), Ginga AG-77 (9,7 t/ha), Levina (9,6 t/ha) e Primepak (8,8 t/ha) como as mais produtivas. A massa fresca do fruto variou de 5,6 a 6,1 g/fruto (cultivares Score e Primepak) e o número de frutos por plantas variou de 8,3 a 27,8 frutos/planta (cultivares Pérola e Tamor, respectivamente). A porcentagem de frutos não comerciais variou de 11,4% a 16,1% (cultivares Pérola e Levina, respectivamente).

No Nordeste do Brasil há grande deficiência de oleráceas para cultivo em áreas irrigadas que possam ser processadas industrialmente e utilizar a infra-estrutura agroindustrial já instalada na região. De acordo com Rabelo et al. (1990), existe grande deficiência na produção e qualidade das matérias-primas nos pólos de irrigação, onde um pequeno número de culturas industriais (tomate e aspargo) obriga as agroindústrias a operarem com ociosidade ou a importarem matéria-prima de outras regiões. Assim, a identificação de novas opções de oleráceas que possam ser processadas industrialmente é uma das prioridades para as áreas irrigadas do Nordeste.

Este trabalho objetivou identificar cultivares de pepino mais produtivas para processamento e com maior quantidade de frutos tipo conserva e cornichon nas condições do Vale do São Francisco, como alternativa agroindustrial para a região.

Material e métodos

Dois experimentos foram realizados no Campo Experimental de Bebedouro, Embrapa-Centro de Pesquisa Agropecuária do Trópico Semi-Árido, Petrolina, PE, latitude 9o9' S, longitude 40o29' O e altitude de 365,5 m (Amorim Neto, 1989), em Latossolo Vermelho-Amarelo, com as seguintes características (0-20 cm): pH (H2O), 6,5; Ca2+, 2,3 cmolc/dm3; Mg2+, 0,8 cmolc/dm3; Na+, 0,04 cmolc/dm3; K+, 0,32 cmolc/dm3; Al3, 0,04 cmolc/dm3, e P (Mehlich), 23,78 mg/L, determinadas segundo Embrapa (1979).

O delineamento experimental utilizado nos dois experimentos foi de blocos ao acaso, com 18 cultivares (Calypso, Eureka, Flurry, Francipak, Ginga AG-77, Imperial, Nautillus, Navigator, Panorama, Pioneiro, Premier, Prêmio, Primepak, Wisconsin SMR 18, Supremo, Vlaspik, Vlasset e Vlasstar) e três repetições. À exceção da cultivar Wisconsin SMR 18, de polinização aberta, todas as demais eram híbridos. As parcelas experimentais constaram de quatro linhas de 3,0 m, com espaçamento de 1,0x0,30 m, com duas plantas por cova, as linhas centrais constituindo a área útil e as linhas laterais a bordadura, e a semeadura feita em 25 de maio de 1997.

Nas adubações de plantio, feitas com base na análise de solo, utilizaram-se 150 kg/ha de sulfato de amônio, 220 kg/ha de superfosfato simples e 65 kg/ha de cloreto de potássio. Também foram realizadas duas adubações em cobertura com 150 kg/ha de sulfato de amônio, a primeira aos 21 dias da semeadura, após o desbaste, e a segunda 15 dias depois.

Foram realizadas irrigações por aspersão três vezes por semana, e manteve-se a cultura limpa mediante capinas manuais e conduzida sob sistema rasteiro. Os tratos fitossanitários foram os comumente recomendados para a cultura do pepino, realizados somente até o início da floração (34 dias após a semeadura), em razão dos curtos períodos das colheitas. Após o início da floração, utilizaram-se somente produtos à base de enxofre e detergente neutro, pulverizados semanalmente até o fim da colheita.

As colheitas foram feitas diariamente para a classificação cornichon e três vezes por semana para a classificação conserva, iniciando-se aos 40 e 43 dias, respectivamente, após a semeadura, e estendendo-se por 38 dias. Foram avaliados a produtividade comercial (t/ha),massa fresca de fruto (g) e número de frutos por planta, e realizada a classificação de frutos comerciais em cornichon e conserva. Frutos não deformados, retilíneos, sem manchas e sem lesões foram considerados comerciais e classificados. A categoria conserva foi dividida em classe 1: frutos com 6 a 9 cm, e classe 2: frutos com 9 a 12 cm de comprimento (Resende & Pessoa, 1996). A categoria cornichon foi dividida em frutos da classe 1: 4,0 a 4,5 cm, classe 2: 4,5 a 5,0 cm e classe 3: 5,0 a 5,5 cm de comprimento (Resende, 1999). Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Scott-Knott, a 5% de probabilidade. Os dados originais de porcentagem foram transformados em arco seno (P/100)0,5 para a análise estatística.

Resultados e Discussão

As maiores produtividades de frutos comerciais para a categoria conserva foram apresentadas pelas cultivares Eureka (34,54 t/ha) e Francipak (33,72 t/ha), que não superaram a produtividade média de 40,66 t/ha relatada por Cerne et al. (2000) (Tabela 1). As cultivares Vlasset, Calypso, Flurry, Primepak, Ginga Ag-77, Panorama e Supremo, com produtividades acima de 28,0 t/ha, são similares às relatadas por Resende (1999), que obteve até 29,72 t/ha com a cultivar Indaial. A cultivar Wisconsin SMR 18, Pioneiro e Vlaspik foram as menos produtivas, com valores inferiores à produtividade média das cultivares Score e Ginga AG-77, de 23,8 t/ha, obtidas por Silva et al.(1992).

Tabela 1. Produtividade comercial, massa fresca dos frutos, número de frutos por planta e classificação de frutos comerciais de cultivares de pepino para processamento, categoria conserva. Petrolina, PE, 1997(1). (1)Médias seguidas de mesma letra, nas colunas, não diferem entre si pelo teste Scott-Knott a 5% de probabilidade. (2)Os frutos comerciais foram classificados em classe 1 com 6 a 9 cm e classe 2 com 9 a 12 cm de comprimento.

A maior massa fresca de frutos foi apresentada pela cultivar Francipak (37,79 g/fruto), não diferindo estatisticamente das cultivares Flurry, Vlaspik, Vlasstar, Eureka, Ginga AG-77, Supremo e Navigator (34,05 a 36,24 g/fruto), mas inferior às estudadas em Minas Gerais por Resende (1999), que obteve valores entre 49,17 g/fruto com 'Primepak' a 67,35 g/fruto com 'Pérola'.

A cultivar Eureka apresentou maior número de frutos por planta (14,81), sem diferir estatisticamente das cultivares Calypso, Primepak, Vlasset, Francipak, Imperial, Ginga AG-77, Flurry e Panorama. Esses resultados são superiores aos 10,8 frutos/planta obtidos por Silva et al.(1992), com as cultivares Score e Ginga Ag-77, e aos de Cantliffe & Phatak (1975), 6,3 frutos/planta com a cultivar Premier. A cultivar Wisconsin SMR 18 (9,90 frutos/planta), Pioneiro (9,37 frutos/planta) e Vlaspik (9,01 frutos/planta) apresentaram o menor número de frutos, mas ainda assim superiores aos obtidos por Resende (1999), que registrou variações de 3,18 com 'Pérola' a 7,72 frutos/planta com 'Indaial'.

Em relação à classificação dos frutos, verificou-se maior proporção de frutos classe 1, de maior cotação no mercado, em todos os materiais (Tabela 1). Embora as cultivares Nautillus (95,27%) e Imperial (93,54%) tenham se sobressaído em relação às demais, observou-se pequena variação entre os materiais testados, demonstrando padrão de qualidade no que se refere à produção de frutos adequados ao processamento na forma de conserva. Resende (1999) obteve com a melhor cultivar (Ginga AG-77) até 78% de frutos classe 1 e Silva et al.(1979) máximo de 66,57% com a cultivar Premier. Em frutos classe 2 verificou-se uma variação de 4,73% a 14,34%, resultados inferiores aos observados por Resende (1999), que verificou oscilações entre 22,04% a 33,78%.

Na categoria cornichon, as cultivares Vlasset, Vlasstar, prêmio e Supremo, com produtividades acima de 10,0 t/ha, se destacaram, mas não mostraram diferenças significativas das cultivares Primepak, Ginga AG-77, Calypso, Eureka, Imperial, Francipak, Nautillus, Premier e Panorama (Tabela 2). Esses resultados são semelhantes aos de Resende & Pessoa (1996), os quais também verificaram produtividades de até 10,0 t/ha. A cultivar Wisconsin SMR 18 foi a menos produtiva, com 5,61 t/ha.

Tabela 2. Produtividade comercial, massa fresca dos frutos, número de frutos por planta e classificação de frutos comerciais de cultivares de pepino para processamento, categoria cornichon. Petrolina, PE, 1997(1). (1) Médias seguidas de mesma letra, nas colunas, não diferem entre si pelo teste Scott-Knott a 5% de probabilidade. (2)Os frutos comerciais foram classificados em classe 1 com 4,0 a 4,5 cm; classe 2 com 4,5 a 5,0 cm e classe 3 com 5,0 a 5,5 cm de comprimento.

As maiores massas frescas de frutos da categoria cornichon foram observadas nas cultivares Nautillus (7,27 g/fruto), Wisconsin SMR 18 (7,17 g/fruto), Supremo (7,11 g/fruto), Vlasset (6,96 g/fruto) e Navigator (6,94 g/fruto), superiores às variações de 5,64 a 6,08 frutos/planta citadas por Resende & Pessoa (1996).

Em relação ao número de frutos por planta, os maiores valores foram evidenciados pelas cultivares Vlasstar (24,15 frutos/planta), Primepak (23,43 frutos/planta), Supremo (23,32 frutos/planta), Prêmio (22,62 frutos/planta), Calypso (22,04 frutos/planta), Vlasset (21,87 frutos/planta), Francipak (21,78 frutos/planta), Premier (21,74 frutos/planta) e Imperial (21,52 frutos/planta); o pior desempenho foi da cultivar Wisconsin SMR 18 (11,48 frutos/planta) (Tabela 2). Resultados superiores foram relatados por Resende & Pessoa (1996), com os maiores valores entre 25,22 com 'Levina' e 27,78 frutos/planta com 'Tamor'.

Na classificação de frutos comerciais, verificou-se maior proporção de frutos classe 1, de maior cotação no mercado, em todas as cultivares, alcançando valores superiores a 58% (Tabela 2). As cultivares Panorama (68,08%), Vlasset (67,58%), Eureka (66,02%) e Ginga AG-77 (64,61%) apresentaram as maiores porcentagens. Para frutos classes 2 e 3 foram obtidas variações de 10,75% a 28,18%. Resende & Pessoa (1996) também verificaram nas cultivares Ginga AG-77 e Primepak valores superiores a 60% em frutos com 4,0 a 4,5 cm de comprimento, e oscilação de 20,81% a 28,58% e 11,96% a 15,31% nos frutos com 4,5 a 5,0 cm e 5,0 a 5,5 cm de comprimento, respectivamente.

Com relação ao ciclo vegetativo, verificou-se variação de 78 a 81 dias nas cultivares avaliadas para a classificação conserva e cornichon, respectivamente, com nenhuma diferença de ciclo dentro de cultivares que chegasse a viabilizar um provável escalonamento da produção. No que se refere à ocorrência de pragas e doenças, apenas observou-se no final da última semana de colheita pequena incidência de mosca-branca (Bemisia sp.), que, por já estar no fim do ciclo vegetativo, não causou danos à cultura.

Conclusões

1. As cultivares Eureka e Francipak são as mais indicadas para o cultivo de pepino para processamento categoria conserva.

2. As cultivares Vlasset, Supremo, Vlasstar e Prêmio são as mais indicadas para o cultivo de pepino para processamento tipo cornichon.

Aceito para publicação em 27 de setembro de 2002.

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  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      01 Jul 2003
    • Data do Fascículo
      Fev 2003

    Histórico

    • Aceito
      27 Set 2002
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