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Estimativas de repetibilidade de híbridos diploides (AA) de bananeira

Repeatability estimates of hybrid diploids (AA) of banana

Resumos

O objetivo deste trabalho foi estimar os coeficientes de repetibilidade em híbridos diploides de bananeira e predizer o número de medições necessárias para as principais características quantitativas. Os híbridos avaliados foram 042079-06, TH03-01, 089087-01, 003023-03, 013018-01, 001016-01, 086094-20, 013004-06 e 091079-03. Em três ciclos, mediram-se doze características agronômicas. Para a estimativa dos coeficientes de repetibilidade foram utilizadas as análises de variância, de componentes principais a partir das matrizes de variância e covariância fenotípica, de correlação e análise estrutural. Determinou-se para cada característica o número mínimo de medições, para predizer o valor real dos híbridos. Observou-se variabilidade genética entre os genótipos. As estimativas de repetibilidade foram elevadas, o que mostra a regularidade dos acessos. Para predizer o valor real dos caracteres de produção são necessárias de uma a cinco medições. Os métodos baseados em análise multivariada de componentes principais são os mais eficientes para estimar os coeficientes de repetibilidade.

Musa acuminata ; análise multivariada; melhoramento genético; número de medições


The objective of this work was to estimate the coefficients of repeatability in diploid banana hybrids, and predict the number of required measurements for main quantitative traits. The evaluated hybrids were: 042079-06, TH03-01, 089087-01, 003023-03, 013018-01, 001016-01, 086094-20, 013004-06, and 091079-03. Twelve agronomic traits were measured in three cycles. For the repeatability coefficient estimate, the following analyses were performed: analysis of variance, principal components from the matrix of phenotypic variance and covariance analysis, and the correlation and structural analyses. For each trait, the minimum number of measurements to predict the actual value of the hybrids was determined. Genetic variability was observed among genotypes. Repeatability estimates were high, showing the regularity of accessions. One to five measurements are needed to predict the actual value of production characters. Methods based on principal component analysis are more efficient to estimate the coefficient of repeatability.

Musa acuminata ; multivariate analysis; breeding; number of measurements


Introdução

Em mais de 80 países (Silva et al., 2002), a cultura da bananeira assume importância social e econômica e no Brasil, é a segunda maior atividade frutícola. A falta de cultivares resistentes às principais pragas e doenças, adaptadas aos diversos ecossistemas produtivos, comprovadamente superiores aos atuais genótipos em uso e que sejam aceitas pelos consumidores constituem-se nos principais fatores limitantes para a bananicultura nacional (Donato et al., 2006DONATO, S.L.R.; SILVA, S. de O. e; LUCCA FILHO, O.A.; LIMA, M.B.; DOMINGUES, H.; ALVES, J. da S. Correlações entre caracteres da planta e do cacho em bananeira (Musa spp.). Ciência e Agrotecnologia, v.30, p.21-30, 2006. DOI: 10.1590/S1413-70542006000100003.
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).

Uma das estratégias para superar essas limitações consiste no desenvolvimento de novas cultivares, oriundas dos programas de melhoramento genético de banana. Esses novos genótipos podem ser tanto triploides quanto tetraploides, produto do cruzamento entre cultivares comerciais (tri e tetraploides) e diploides melhorados ou selvagens (Silva et al., 2011; Amorim et al., 2013AMORIM, E.P.; SANTOS-SEREJO, J.A. dos; AMORIM, V.B.O.; FERREIRA, C.F.; SILVA, S.O. Banana breeding at Embrapa Cassava and Fruits. Acta Horticulturae, v.986, p.171-176, 2013.).

A variabilidade genética da bananeira que é importante para os programas de melhoramento localiza-se nos acessos diploides (Silva et al., 2002), que se constituem como fontes de alelos de interesse para o melhorista. Assim, um maior conhecimento quanto à variabilidade desses acessos e a estabilidade de suas características são informações imprescindíveis para selecionar possíveis parentais em programas de melhoramento.

Durante o processo de seleção, a certeza da superioridade genética do indivíduo é essencial, assim, são necessárias medições repetidas de um mesmo indivíduo ao longo do tempo (Lopes et al., 2001LOPES, R.; BRUCKNER, C.H.; CRUZ, C.D.; LOPES, M.T.G.; FREITAS, G.B. de. Repetibilidade de características do fruto da aceroleira. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.36, p.507-513, 2001. DOI: 10.1590/S0100-204X2001000300015.
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). Desta forma, a estimação dos coeficientes de repetibilidade é ferramenta relevante, pois fornece uma aproximação do valor máximo que a herdabilidade de uma característica, no sentido amplo, pode atingir (Cruz et al., 2004CRUZ, C.D. Programa Genes: biometria. Viçosa: Ed. da UFV, 2006. 382p. ).

A estimação do coeficiente de repetibilidade de características de interesse vem sendo estudada por diversos autores, sobre várias culturas, como pupunheira (Farias Neto et al., 2002FARIAS NETO, J.T. de; YOKOMIZO, G.; BIANCHETTI, A. Coeficientes de repetibilidade genética de caracteres em pupunheiras. Revista Brasileira de Fruticultura, v.24, p.731-733, 2002. DOI: 10.1590/S0100-29452002000300042.
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; Padilha et al., 2003PADILHA, N.C.C.; OLIVEIRA, M. do S.P. de; MOTA, M.G. da C. Estimativa da repetibilidade em caracteres morfológicos e de produção de palmito em pupunheira (Bactris gasipaes Kunth). Revista Árvore, v.27, p.435-442, 2003. DOI: 10.1590/S0100-67622003000400003.
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), bacabi (Oliveira & Moura, 2010OLIVEIRA, M. do S.P. de; MOURA, E.F. Repetibilidade de número mínimo de medições para caracteres de cacho de bacabi (Oenocarpus mapora). Revista Brasileira de Fruticultura, v.32, p.1173-1179, 2010. DOI: 10.1590/S0100-29452010005000120.
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), macaúba (Manfio et al., 2011MANFIO, C.E.; MOTOIKE, S.Y.; SANTOS, C.E.M. dos; PIMENTEL, L.D.; QUEIROZ, V. de; SATO, A.Y. Repetibilidade em características biométricas do fruto de macaúba. Ciência Rural, v.41, p.70-76, 2011. DOI: 10.1590/S0103-84782011000100012.
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), aceroleira (Lopes et al., 2001LOPES, R.; BRUCKNER, C.H.; CRUZ, C.D.; LOPES, M.T.G.; FREITAS, G.B. de. Repetibilidade de características do fruto da aceroleira. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.36, p.507-513, 2001. DOI: 10.1590/S0100-204X2001000300015.
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), goiabeira (Degenhardt et al., 2002DEGENHARDT, J.; DUCROQUET, J.P.; REIS, M.S. dos; GUERRA, M.P.; NODARI, R.O. Efeito de anos e determinação do coeficiente de repetibilidade de características de frutos de goiabeira-serrana. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.37, p.1285-1293, 2002. DOI: 10.1590/S0100-204X2002000900012.
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), araçá e pitangeira (Danner et al., 2010DANNER, M.A.; RASEIRA, M. do C.B.; SASSO, S.A.Z.; CITADIN, I.; SCARIOT, S. Repetibilidade de caracteres de fruto em araçazeiro e pitangueira. Ciência Rural, v.40, p.2086-2091, 2010. DOI: 10.1590/S0103-84782010005000163.
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), pessegueiro (Bruna et al., 2012BRUNA, E.D.; MORETO, A.L.; DALBÓ, M.A. Uso do coeficiente de repetibilidade na seleção de clones de pessegueiro para o litoral sul de Santa Catariana. Revista Brasileira de Fruticultura, v.34, p.206-215, 2012. DOI: 10.1590/S0100-29452012000100028.
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) e laranjeira-doce (Negreiros et al., 2008NEGREIROS, J.R. da S.; SARAIVA, L.L.; OLIVEIRA, T.K. de; ÁLVARES, V. de S.; RONCATTO, G. Estimativas de repetibilidade de caracteres de produção em laranjeiras-doces no Acre. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.43, p.1763-1768, 2008. DOI: 10.1590/S0100-204X2008001200017.
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, 2014NEGREIROS, J.R. da S.; ANDRADE NETO, R. de C.; MIQUELONI, D.P.; LESSA, L.S. Estimativa de repetibilidade para caracteres de qualidade de frutos de laranjeira-doce. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.49, p.40-48, 2014. DOI: 10.1590/S0100-204X2014000100006.
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).

Estudos de estimação do coeficiente de repetibilidade, em diploides de bananeira, podem precisar o número de medidas necessárias para se estimar o valor real do indivíduo, isto é, a soma dos efeitos permanentes genético e de meio, o que pode otimizar o tempo de avaliação de características de interesse em campo, reduzir gastos com insumos e subsidiar o melhorista com informações completas e precisas a respeito dos acessos, a custos menores.

O coeficiente de repetibilidade varia de 0 a 1, em que r = 1 é o máximo verificado, quando a característica se manifesta com alta frequência. Portanto, valores altos para estimação da repetibilidade de uma dada característica são indicativos de que é possível predizer o valor real do indivíduo, com um número relativamente pequeno de avaliações (Farias Neto et al., 2002FARIAS NETO, J.T. de; YOKOMIZO, G.; BIANCHETTI, A. Coeficientes de repetibilidade genética de caracteres em pupunheiras. Revista Brasileira de Fruticultura, v.24, p.731-733, 2002. DOI: 10.1590/S0100-29452002000300042.
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).

O objetivo deste trabalho foi estimar os coeficientes de repetibilidade em híbridos diploides de bananeira e predizer o número de medições necessárias para as principais características quantitativas.

Material e Métodos

O experimento foi realizado no Campo Experimental da Embrapa Mandioca e Fruticultura, em Cruz das Almas, BA, entre julho de 2005 e novembro de 2008. O município está situado a 12º40'19"S, 39º06'22"W, a 220 m de altitude. O clima é tropical, quente e úmido, Aw a Am, segundo a classificação de Köppen, com temperatura média anual de 24,5ºC, umidade relativa de 80% e precipitação pluvial média de 1.249,7 mm anuais (Agritempo, 2009AGRITEMPO. 2009. Disponível em: <http://www.agritempo.gov.br/agroclima/sumario>. Acesso em: 5 out. 2013.
Disponível em: <http://www.agritempo.gov...
).

O solo da área experimental foi classificado como Latossolo Amarelo distrocoeso típico, bem drenado, profundo, de textura média e teores médios de argila (Rodrigues et al., 2009RODRIGUES, M.G.F.; NACIF, P.G.F.; COSTA, O.V.; OLSZEVSKI, N. Solos e suas relações com as paisagens naturais no município de Cruz das Almas - BA. Revista de Biologia e Ciências da Terra, v.9, p.193-205, 2009.), com os seguintes atributos químicos na camada de 0-20 cm: pH, 5,7; P, 4,0 mg dm-3; K, 0,4 cmolcdm-3; Ca, 2,4 cmolc dm-3; Mg, 1,0 cmolcdm-3; Al, 0,2 cmolc dm-3; Na, 0,1 cmolcdm-3; Al + H, 2,86 cmolc dm-3; V, 58%; e MO, 9,72 g dm-3.

Os híbridos diploides avaliados foram 042079-06, TH03-01, 089087-01, 003023-03, 013018-01, 001016-01, 086094-20, 013004-06 e 091079-03 (Tabela 1). Os híbridos, oriundos de uma população melhorada, foram escolhidos de forma aleatória. O material de plantio constituiu-se de mudas do tipo 'chifre', com aproximadamente quatro meses de idade, retiradas do Banco Ativo de Germoplasma de Bananeira da Embrapa Mandioca e Fruticultura. O plantio foi conduzido com irrigação, tendo-se utilizado o sistema de microaspersão, conforme recomendações de Coelho et al. (2006)COELHO, E.F.; LEDO, C.A. da S.; SILVA, S. de O. e. Produtividade da bananeira 'Prata-Anã' e 'Grande Naine' no terceiro ciclo sob irrigação por microaspersão em tabuleiros costeiros da Bahia. Revista Brasileira de Fruticultura, v.28, p.435-438, 2006. DOI: 10.1590/S0100-29452006000300021.
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. Os tratos culturais utilizados foram os recomendados para a cultura da bananeira (Silva et al., 2002), e as adubações periódicas foram baseadas na análise de solo.

Tabela 1
Códigos dos híbridos diploides (AA) de bananeira e seus respectivos parentais.

Avaliaram-se, em três ciclos de produção, a altura das plantas (m); o diâmetro do pseudocaule (cm); o número de folhas na floração e na colheita; a presença de pólen, medida por meio de escala de notas em que 1 é ausência de pólen, 2 indica pequena quantidade de pólen, 3 representa média quantidade de pólen, e 4 corresponde à abundância de pólen; o período de formação de cacho (dias); a massa de cacho (kg); o comprimento (cm) e o diâmetro (mm) do engaço; o número de pencas; o número de frutos; e a massa média de fruto (g). Utilizou-se o delineamento experimental de blocos ao acaso, com quatro repetições. Os dados foram submetidos à análise de variância conjunta, tendo-se utilizado as médias dos genótipos em cada ciclo de avaliação (Banzatto & Kronka, 2006BANZATTO, D.A.; KRONKA, S. do N. Experimentação agrícola. 4.ed. Jaboticabal: Funep, 2006. 237p.).

Foram utilizados quatro métodos para estimar os coeficientes de repetibilidade nos híbridos diploides (Tabela 2), descritos a seguir. O primeiro utilizou a análise de variância, em que o efeito temporário do ambiente é removido do erro, e os valores médios ordenados segundo o teste de agrupamento de Scott-Knott, a 5% de probabilidade (Cruz et al., 2004). O segundo e o terceiro foram baseados na análise dos componentes principais: um a partir da matriz de variâncias e covariâncias fenotípicas (CPCOV); e o outro a partir da matriz de correlação (CPCOR), segundo o método de Abeywardena (1972)ABEYWARDENA, V. An application of principal component analysis in genetics. Journal of Genetics, v.61, p.27-51, 1972. DOI: 10.1007/BF02984099.
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e Rutledge (1974)RUTLEDGE, J.J. A scaling which removes bias of Abeywardena's estimator of repeatability. Journal of Genetics, v.61, p.247-250, 1974. DOI: 10.1007/BF02986435.
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. O quarto método utilizou a análise estrutural, a partir do autovalor teórico da matriz de correlação ou correlação média (AECOR), conforme Mansour et al. (1981)MANSOUR, H.; NORDHEIM, E.V.; RUTLEDGE, J.J. Estimators of repeatability. Theoretical and Applied Genetics, v.60, p.151-156, 1981. DOI: 10.1007/BF00264520.
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.

Tabela 2
Método de estimação do coeficiente de repetibilidade (r) e seus respectivos estimadores.

O modelo estatístico utilizado para a análise de variância foi Yij = m + gi + aj + eij, em que: Yij é o caráter do i-ésimo genótipo, no j-ésimo ano de medição; µ é a média geral; gi é o efeito aleatório do i-ésimo genótipo, sob influência do ambiente permanente (i = 1, 2, ..., 9 genótipo); aj é o efeito da j-ésima mediação (j = 1, 2, 3 ano); e eij é o erro experimental associado ao caráter.

Foram determinados, para cada característica, o número mínimo de medições necessárias para predizer o valor real dos indivíduos (ηo), com base em um coeficiente de determinação (R2) preestabelecido (80, 85, 90, 95 e 99%), conforme Cruz et al. (2004), dado por ho = R2(1 - r)/(1 - R2)r, em que r é o coeficiente de repetibilidade, obtido de acordo com um dos diferentes métodos utilizados.

O coeficiente de determinação genotípica (R2), que representa a percentagem de certeza da predição do valor real dos indivíduos selecionados, com base em η medições, foi obtido pela expressão R2 = (h × r)/[1 + r(h - r)], em que: η é o número de medições; e r é o coeficiente de repetibilidade, obtido de acordo com um dos diferentes métodos utilizados. A análise estatística dos dados foi realizada com auxílio do programa Genes (Cruz, 2006).

Resultados e Discussão

Houve variabilidade genética entre os híbridos diploides (AA) de bananeira para a maioria dos caracteres avaliados (Tabela 3). Os coeficientes de variação, observados no presente trabalho, foram semelhantes aos obtidos por Silva et al. (2002), Lima et al. (2005)LIMA, M.B.; SILVA, S. de O.; JESUS, O.N. de; OLIVEIRA, W.S.J. de; GARRIDO, M. da S.; AZEVEDO, R.L. de. Avaliação de cultivares de bananeira no Recôncavo Baiano. Ciência e Agrotecnologia, v.29, p.515-520, 2005. DOI: 10.1590/S1413-70542005000300002.
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, Donato et al. (2006)DONATO, S.L.R.; SILVA, S. de O. e; LUCCA FILHO, O.A.; LIMA, M.B.; DOMINGUES, H.; ALVES, J. da S. Correlações entre caracteres da planta e do cacho em bananeira (Musa spp.). Ciência e Agrotecnologia, v.30, p.21-30, 2006. DOI: 10.1590/S1413-70542006000100003.
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, Silva et al. (2006), Oliveira et al. (2008).

Tabela 3
Quadro de análise de variância de nove híbridos diploides (AA) de bananeira, avaliados em três ciclos, em Cruz das Almas, BA.

Quanto à altura de plantas, característica decisiva na escolha do espaçamento (Silva et al., 2002), o híbrido 013004-06 apresentou a maior média, superior à dos demais. Nas características diâmetro do pseudocaule e número de folhas na floração, não se observaram diferenças significativas entre os híbridos (Tabela 4). Segundo Silva et al. (2011), esses caracteres são de grande importância para a cultura, pois o diâmetro é relacionado à capacidade de sustentação do cacho, à suscetibilidade ao tombamento e, também, ao número de folhas e ao desenvolvimento do cacho.

Tabela 4
Médias das características agronômicas e dos ciclos de nove híbridos diploides (AA) de bananeira, em Cruz das Almas, BA(1).

Para a característica presença de pólen, os híbridos 089087-01, 013018-01, 001016-01, 086094-20 e 013004-06 formaram o grupo dos genótipos superiores (Tabela 4). No período de formação do cacho, o híbrido 091079-03 apresentou ciclo mais prolongado do que os demais genótipos. Para Lessa et al. (2009)LESSA, L.S.; LEDO, C.A. da S.; SILVA, S. de O. e; PEIXOTO, C.P. Avaliação agronômica em híbridos diploides (AA) de bananeira. Ciência e Agrotecnologia, v.33, p.1716-1721, 2009. DOI: 10.1590/S1413-70542009000700003.
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, esta característica é bastante influenciada pelo ambiente, pois depende das condições climáticas da região.

Quanto ao número de folhas na colheita, não se observou diferença significativa entre os híbridos diploides (AA) de bananeira (Tabela 4). Na massa de cacho, destacaram-se os híbridos 042079-06 e 013018-01, que foram superiores aos demais. Em comprimento do engaço, observou-se que o híbrido 086094-20 apresentou a maior média. Segundo Silva et al. (1999)SILVA, S. de O. e; CARVALHO, P.C.L. de; SHEPHERD, K.; ALVES, E.J.; OLIVEIRA, C.A.P. de; CARVALHO, J.A.B.S. Catálogo de germoplasma de bananeira (Musa spp.) . Cruz das Almas: Embrapa-CNPMF, 1999. 152p. (Embrapa-CNPMF. Documentos, 90). , há uma ampla variabilidade entre genótipos com relação a esta característica, que pode ser de grande importância na caracterização de novos materiais. Porém, para diâmetro de engaço, não se observou diferença significativa entre os híbridos estudados.

Na característica número de pencas e de frutos, observou-se a formação de cinco grupos, tendo sido o híbrido 001016-01 superior aos demais (Tabela 4). Segundo alguns autores (Silva et al., 2006; Oliveira et al., 2008), estes caracteres são de interesse para o produtor, uma vez que a penca constitui-se como unidade comercial. Quanto à massa média do fruto, obteve-se a formação de dois grupos, em que os híbridos 04079-06, TH03-01, 003023-03 e 013018-01 apresentaram as maiores massas.

Em relação aos ciclos, observou-se tendência de estabilização para a maioria dos caracteres, a partir do segundo ciclo de avaliação (Tabela 4). Esses dados estão de acordo com o observado por Silva et al. (2002).

Com exceção dos caracteres número de folhas na floração e na colheita, além do diâmetro de engaço, houve grande concordância das magnitudes dos coeficientes de repetibilidade obtidos pelos diferentes métodos, o que lhes confere maior confiabilidade dos resultados observados.

Observaram-se, para a altura de plantas, coeficientes de repetibilidade entre 0,8578 e 0,9434, pela análise de variância e CPCOV, respectivamente. Nesta característica, os coeficientes de determinação foram superiores a 90%, em todos os métodos estudados. Coeficientes de determinação (R2) superiores a 80% indicam boa confiabilidade das informações (Oliveira & Moura, 2010). Tendência semelhante foi observada quanto à característica diâmetro do pseudocaule (Tabela 5).

Tabela 5
Estimativas do coeficiente de repetibilidade (r) e seus coeficientes de determinação (R2, %), observados em 12 características agronômicas de híbridos diploides (AA), em três ciclos de avaliação, em Cruz das Almas, BA.

Na característica número de folhas na floração, as estimativas de coeficientes de repetibilidade estiveram abaixo daquelas consideradas aceitáveis para plantas perenes, conforme Bruna et al. (2012); com a análise de variância, obteve-se a menor estimativa, em comparação aos demais métodos. Resultados semelhantes foram observados para o número de folhas na colheita. Coeficientes de repetibilidade baixos podem estar relacionados à variação ambiental (Ferreira et al., 2005FERREIRA, A.; BARBOSA, M.H.P.; CRUZ, C.D.; HOFFMANN, H.P.; VIEIRA, M.A.S.; BASSINELLO, A.I.; SILVA, M.F. da. Repetibilidade e número de colheitas para seleção de clones de cana-de-açúcar. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.40, p.761-767, 2005. DOI: 10.1590/S0100-204X2005000800005.
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), o que acarreta menor regularidade da característica e necessidade de maior número de medições, para se chegar a um nível de acurácia satisfatório.

Quanto às características presença de pólen e período entre a emissão de cacho e a colheita, as estimativas de repetibilidade foram superiores a 0,80, o que indica uma boa regularidade dos caracteres, com pouca influência ambiental (Tabela 5). Para Resende (2002)RESENDE, M.D.V. de. Genética biométrica e estatística no melhoramento de plantas perenes. 21.ed. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica; Colombo: Embrapa Florestas, 2002. 975p. , estimativas de r ≥ 0,60 são consideradas altas e de maior confiabilidade.

A característica massa de cacho, de interesse no melhoramento de bananeira, apresentou estimativas de r entre 0,57 (Anova) e 0,78 (CPCOV). Os coeficientes de determinação observados foram 80,45% (Anova), 91,68% (CPCOV), 84,65% (CPCOR), 84,30% (AECOR) (Tabela 5). Segundo Shimoya et al. (2002)SHIMOYA, A.; PEREIRA, A.V.; FERREIRA, R. de P.; CRUZ, C.D.; CARNEIRO, P.C.S. Repetibilidade de características forrageiras do capim-elefante. Scientia Agricola, v.59, p.227-234, 2002. DOI: 10.1590/S0103-90162002000200004.
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, valores acima de 0,50 são considerados aceitáveis, pois expressam coeficientes de determinação superiores a 80% e apresentam, portanto, boa regularidade da característica. A regularidade da produção é um fator importante para a seleção de híbridos diploides (AA) de bananeira, pois o genótipo selecionado pode passar essa característica a descendentes, quando cruzado com outros diploides ou triploides, em programas de melhoramento genético da cultura.

Quanto ao comprimento e diâmetro de engaço, verificou-se discordância entre as estimativas. No primeiro, as estimativas variaram entre 0,8701 (R2 = 95,25%) e 0,8885 (R2 = 95,98%), obtidas pela Anova e CPCOV, respectivamente. Em relação ao diâmetro, as estimativas de repetibilidade (r) ficaram abaixo de 0,25, e o coeficiente de determinação (R2) foi menor que 50% (Tabela 5), o que indica pouca regularidade da característica e necessidade de mais medições para aumentar o nível de acurácia.

Quanto aos caracteres número de pencas e frutos por cacho, observaram-se estimativas de repetibilidade altas (Resende, 2002RESENDE, M.D.V. de. Genética biométrica e estatística no melhoramento de plantas perenes. 21.ed. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica; Colombo: Embrapa Florestas, 2002. 975p. ; Ferreira et al., 2005FERREIRA, A.; BARBOSA, M.H.P.; CRUZ, C.D.; HOFFMANN, H.P.; VIEIRA, M.A.S.; BASSINELLO, A.I.; SILVA, M.F. da. Repetibilidade e número de colheitas para seleção de clones de cana-de-açúcar. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.40, p.761-767, 2005. DOI: 10.1590/S0100-204X2005000800005.
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), com valores acima de 0,90. Os coeficientes de determinação foram superiores a 90% para ambas as características (Tabela 5), o que significa que elas apresentaram boa regularidade das medições e que isto permite reduzir as avaliações, se necessário, o que também foi observado quanto à caraterística massa de fruto (PMF). Segundo Vencovsky (1973)VENCOVSKY, R. Princípios de genética quantitativa. Piracicaba: Esalq, 1973. 97p., coeficientes de repetibilidade altos podem ser empregados como parâmetros para medir a capacidade de repetição da caraterística avaliada. Assim, pode-se sugerir que as características número de pencas, número de frutos e massa de fruto poderiam ser utilizadas como parâmetros desejáveis no melhoramento de diploides de bananeira, para aumentar a variabilidade entre acessos.

A variação das estimativas de r, o alto valor apresentado pelos métodos multivariados, principalmente o de componentes principais baseado na matriz de variância e covariância (CPCOV), são indicativos de que houve regularidade na repetição do desempenho dos híbridos diploides (AA) de bananeira, ao longo das medições (Cruz et al., 2004). Segundo Negreiros et al. (2008)NEGREIROS, J.R. da S.; SARAIVA, L.L.; OLIVEIRA, T.K. de; ÁLVARES, V. de S.; RONCATTO, G. Estimativas de repetibilidade de caracteres de produção em laranjeiras-doces no Acre. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.43, p.1763-1768, 2008. DOI: 10.1590/S0100-204X2008001200017.
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, altos valores de r e R2 denotam o bom controle genético dessas expressões e que a variância ambiental foi relativamente baixa, em comparação à variância existente entre plantas. Bruna et al. (2012) sugerem o emprego das características com alto r e R2como parâmetros, para medir a capacidade de repetição da expressão do caráter avaliado.

Ao se considerar o valor de R2 ideal, deve-se também considerar, além da confiabilidade das informações geradas com a análise dos dados, a disponibilidade de recursos e, também, que números exagerados de medidas poderiam inviabilizar as avaliações de experimentos de bananeira. Assim, são considerados aceitáveis R2 com 90% de certeza, indicativos de boa confiabilidade e boa acurácia dos dados, conforme relatam alguns autores (Degenhardt et al., 2002DEGENHARDT, J.; DUCROQUET, J.P.; REIS, M.S. dos; GUERRA, M.P.; NODARI, R.O. Efeito de anos e determinação do coeficiente de repetibilidade de características de frutos de goiabeira-serrana. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.37, p.1285-1293, 2002. DOI: 10.1590/S0100-204X2002000900012.
https://doi.org/10.1590/S0100-204X200200...
; Danner et al., 2010DANNER, M.A.; RASEIRA, M. do C.B.; SASSO, S.A.Z.; CITADIN, I.; SCARIOT, S. Repetibilidade de caracteres de fruto em araçazeiro e pitangueira. Ciência Rural, v.40, p.2086-2091, 2010. DOI: 10.1590/S0103-84782010005000163.
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; Manfio et al., 2011MANFIO, C.E.; MOTOIKE, S.Y.; SANTOS, C.E.M. dos; PIMENTEL, L.D.; QUEIROZ, V. de; SATO, A.Y. Repetibilidade em características biométricas do fruto de macaúba. Ciência Rural, v.41, p.70-76, 2011. DOI: 10.1590/S0103-84782011000100012.
https://doi.org/10.1590/S0103-8478201100...
; Matsuo et al., 2012MATSUO, É.; SEDIYAMA, T.; CRUZ, C.D.; OLIVEIRA, R. de C.T. Análise da repetibilidade em alguns descritores morfológicos para soja. Ciência Rural, v.42, p.189-196, 2012. DOI: 10.1590/S0103-84782012000200001.
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).

Em comparação aos demais métodos, CPCOV e CPCOR apresentaram número de medições menor para todas as variáveis (Tabela 6), o que indica a eficiência destes métodos na predição do valor real das características agronômicas em híbridos diploides (AA) de bananeira, uma vez que se observou alternância de sinal nos elementos do primeiro autovetor. Segundo Abeywardena (1972)ABEYWARDENA, V. An application of principal component analysis in genetics. Journal of Genetics, v.61, p.27-51, 1972. DOI: 10.1007/BF02984099.
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, o coeficiente de repetibilidade é mais eficientemente estimado pelo método dos componentes principais, pois estes levam em consideração o caráter cíclico da cultura. Com o método baseado na Anova, ou seja, univariado, não é possível isolar o fator periodicidade e, ao incorporá-lo na estimativa, eleva-se o valor do erro experimental (Negreiros et al., 2014NEGREIROS, J.R. da S.; ANDRADE NETO, R. de C.; MIQUELONI, D.P.; LESSA, L.S. Estimativa de repetibilidade para caracteres de qualidade de frutos de laranjeira-doce. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.49, p.40-48, 2014. DOI: 10.1590/S0100-204X2014000100006.
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). Isso pode subestimar a estimativa de repetibilidade (Vasconcellos et al., 1985VASCONCELLOS, M.E. da C.; GONÇALVES, P. de S.; PAIVA, J.R. de; VALOIS, A.C.C. Métodos de estimação do coeficiente de repetibilidade no melhoramento da seringueira. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.20, p.433-437, 1985.).

Tabela 6
Número de medições necessárias para a predição do valor real dos híbridos diploides (AA) de bananeira, quanto a 12 características, por quatro diferentes métodos, e coeficiente de determinação (R2, %) de 80, 85, 90, 95 e 99%, em três ciclos de colheita, em Cruz das Almas, BA.

O número de medidas para a variável altura de plantas foi de 1,0, e o coeficiente de determinação foi de 90%. No diâmetro do pseudocaule, houve aumento do número de medições necessárias de 2 a 4 medidas quanto à ALT e DPC, respectivamente, quando se considerou 90% de certeza. Em relação à característica número de folhas na floração, para os mesmos métodos, são necessárias de 8 a 13 medidas, para se ter um nível de certeza considerável.

Negreiros et al. (2008)NEGREIROS, J.R. da S.; SARAIVA, L.L.; OLIVEIRA, T.K. de; ÁLVARES, V. de S.; RONCATTO, G. Estimativas de repetibilidade de caracteres de produção em laranjeiras-doces no Acre. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.43, p.1763-1768, 2008. DOI: 10.1590/S0100-204X2008001200017.
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relatam que altos valores de certeza mostram a acurácia das medições realizadas, com boa regularidade dos indivíduos de um ciclo para outro. Assim, pode-se inferir que quanto maior o número de medidas necessárias, maior o efeito do ambiente sobre a variável. Esse mesmo efeito foi observado nas características número de folhas na colheita e diâmetro de engaço, com número de medições superiores a 20 e 30, respectivamente, nos quatro métodos estudados, com 90% de certeza (Tabela 6).

Para as características presença de pólen e período entre a emissão e a colheita do cacho obteve-se número necessário de medições de aproximadamente duas, com os métodos de CPCOV e CPCOR e 90% de confiabilidade, resultante da elevada estimativa do coeficiente de repetibilidade. Segundo Matsuo et al. (2012)MATSUO, É.; SEDIYAMA, T.; CRUZ, C.D.; OLIVEIRA, R. de C.T. Análise da repetibilidade em alguns descritores morfológicos para soja. Ciência Rural, v.42, p.189-196, 2012. DOI: 10.1590/S0103-84782012000200001.
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, quando o coeficiente de repetibilidade é elevado, o número de medições torna-se relativamente pequeno.

Quanto aos números de pencas e de frutos, pôde-se observar número de medições sugeridas inferior a um (01), em todos os métodos, com 90% de confiabilidade. Em relação à massa de cacho, com o mesmo nível de confiabilidade, observou-se número de medições entre 2,44 e 4,89, respectivamente para CPCOV e CPCOR. Em relação à massa de frutos, valores de aproximadamente duas medidas podem expressar o valor real dos genótipos, quando se utilizam os mesmos métodos, com base nos componentes principais.

Conclusões

1. Há concordância entre as magnitudes dos coeficientes de repetibilidade obtidos pelos diferentes métodos, com boa regularidade na predição do número de medições em híbridos diploides (AA) de bananeira.

2. São necessárias, aproximadamente, de 1 a 5 medições para a predição do valor real dos caracteres relacionados à produção (massa de cacho, número de pencas, número de frutos e massa de frutos), em híbridos diploides (AA) de bananeira.

3. Os métodos baseados em análise multivariada de componentes principais são mais eficientes para a estimação do coeficiente de repetibilidade.

Agradecimentos

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pelo apoio financeiro; à Embrapa Mandioca e Fruticultura, pela concessão do material vegetal para estudo e pela logística de campo.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Fev 2014

Histórico

  • Recebido
    07 Nov 2013
  • Aceito
    31 Jan 2014
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