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Efeitos do sistema de condução, poda e irrigação na produção do maracujazeiro doce

Effect of management system, pruning and irrigation on fruits production of sweet passion fruit

Resumos

O maracujá é um fruto de ampla aceitação dada a qualidade de seu suco, sendo o maracujazeiro-amarelo o mais cultivado no Brasil. Nos últimos anos, cresceu o interesse pelo maracujazeiro doce, em função de alcançar bons preços no mercado in natura. Assim, informações técnicas por parte dos agricultores têm se intensificado. Este trabalho teve como objetivo avaliar a produção e a qualidade dos frutos desta espécie, cultivada sob poda e irrigação em diferentes sistemas de condução. O experimento foi conduzido no delineamento em faixas, contendo 12 tratamentos (plantas com e sem irrigação, com e sem poda e três sistemas de condução) e 3 repetições. Com base nos resultados obtidos, pode-se concluir: a) o sistema de condução e a poda não afetaram o tamanho dos frutos; b) o sistema de condução não afetou a massa dos frutos, porém as plantas podadas produziram frutos com maior massa; c) a poda diminuiu o número de frutos por planta e o rendimento por área, nos sistemas de condução em T normal e espaldeira vertical com um fio de arame; d) a poda não alterou o número de frutos por planta e o rendimento por área, no sistema de condução em espaldeira vertical com dois fios de arame.

maracujá; tratos culturais; espaldeira; Passiflora alata; frutos


The passion fruit is a fruit of large acceptance due to its juice quality, being the yellow passion fruit plant more cultivated in Brazil. In the last years, the interest for the sweet passion fruit plant increased because the good price in the market 'in natura'. This work had as objective to evaluate production and fruit quality of this species, cultivated with pruning and irrigation in different management systems. The experiment was carried out at randomized block design in strip with 12 treatments (3 management systems x plant irrigated or not x plant pruned or not) in 3 replications. It can be concluded: a) the management systems and the pruning did not affect the fruit size; b) the management systems did not affect the fruit mass; however, the pruned plants produced fruits with bigger mass; c) the pruning reduced the number of fruits per plant and the fruit yield, in the management systems normal "T" and vertical cordon with two wire threads; d) the pruning did not affect the number of fruits per plant and the fruit yield, in the management system in vertical cordon with two wire threads.

passion fruit; crop management; vertical cordon; Passiflora alata; fruits


FITOTECNIA

Efeitos do sistema de condução, poda e irrigação na produção do maracujazeiro doce1 1 (Trabalho 082/2004).

Effect of management system, pruning and irrigation on fruits production of sweet passion fruit

Helena Adélia da SilvaI; Luiz de Souza CorrêaII; Aparecida Conceição BolianiIII

IEngº Agrº, M. Sc, Bolsista FAPESP, CATI, Passeio Laguna, 422, 15385-000, Ilha Solteira-SP, Brasil

IIProfessorTitular da Universidade Estadual Paulista, Depto. Fitotecnia, Tecnologia de Alimentos e Sócio-Economia da UNESP, Av. Brasil, 56, C.P. 15385-000, Ilha Solteira-SP, (18) 3743 1248. lcorrea@feis.unesp.br

III Professor Adjunto da Universidade Estadual Paulista, Depto. Fitotecnia, Tecnologia de Alimentos e Sócio-Economia da UNESP, Av. Brasil, 56, C.P. 15385-000, Ilha Solteira-SP, (18) 3743 1243. boliani@agr.feis.unesp.br

RESUMO

O maracujá é um fruto de ampla aceitação dada a qualidade de seu suco, sendo o maracujazeiro-amarelo o mais cultivado no Brasil. Nos últimos anos, cresceu o interesse pelo maracujazeiro doce, em função de alcançar bons preços no mercado in natura. Assim, informações técnicas por parte dos agricultores têm se intensificado. Este trabalho teve como objetivo avaliar a produção e a qualidade dos frutos desta espécie, cultivada sob poda e irrigação em diferentes sistemas de condução. O experimento foi conduzido no delineamento em faixas, contendo 12 tratamentos (plantas com e sem irrigação, com e sem poda e três sistemas de condução) e 3 repetições. Com base nos resultados obtidos, pode-se concluir: a) o sistema de condução e a poda não afetaram o tamanho dos frutos; b) o sistema de condução não afetou a massa dos frutos, porém as plantas podadas produziram frutos com maior massa; c) a poda diminuiu o número de frutos por planta e o rendimento por área, nos sistemas de condução em T normal e espaldeira vertical com um fio de arame; d) a poda não alterou o número de frutos por planta e o rendimento por área, no sistema de condução em espaldeira vertical com dois fios de arame.

Termos para indexação: maracujá, tratos culturais, espaldeira, Passiflora alata, frutos.

ABSTRACT

The passion fruit is a fruit of large acceptance due to its juice quality, being the yellow passion fruit plant more cultivated in Brazil. In the last years, the interest for the sweet passion fruit plant increased because the good price in the market 'in natura'. This work had as objective to evaluate production and fruit quality of this species, cultivated with pruning and irrigation in different management systems. The experiment was carried out at randomized block design in strip with 12 treatments (3 management systems x plant irrigated or not x plant pruned or not) in 3 replications. It can be concluded: a) the management systems and the pruning did not affect the fruit size; b) the management systems did not affect the fruit mass; however, the pruned plants produced fruits with bigger mass; c) the pruning reduced the number of fruits per plant and the fruit yield, in the management systems normal "T" and vertical cordon with two wire threads; d) the pruning did not affect the number of fruits per plant and the fruit yield, in the management system in vertical cordon with two wire threads.

Index terms: passion fruit, crop management, vertical cordon, Passiflora alata, fruits.

INTRODUÇÃO

O maracujazeiro pertence à família Passifloraceae, gênero Passiflora, com cerca de 430 espécies descritas, sendo que, no Brasil, o maior centro de distribuição geográfica destas espécies localiza-se no Centro-Norte do País (Oliveira, 1996).

O maracujazeiro amarelo (Passiflora edulis Sims. f. flavicarpa Deg.) é a espécie mais cultivado no Brasil. Por outro lado, tem crescido o interesse pelo maracujazeiro doce (Passiflora alata Curtis) devido à qualidade dos frutos para consumo in natura e preços alcançados no mercado, além de ser resistente a fusarium. Os frutos apresentam diâmetro médio ao redor de 8,16 cm , comprimento de 9,59 cm e massa média de 256,13 g (Vasconcellos et al., 1993). Martins et al. (2003) obtiveram, com cinco populações da mesma espécie em Jaboticabal-SP, plantas que produziram de 1,43 a 69,87 kg de frutos e frutos com massa média entre 136,88 e 368,19g.

Por ser uma planta trepadeira, precisa de um sistema de sustentação para sua condução, sendo tradicionalmente utilizados quatro: latada ou caramanchão, espaldeira em T, espaldeira em cruz e espaldeira vertical com um ou dois fios de arame. O mais utilizado e econômico para a condução do maracujazeiro-amarelo é a espaldeira com um fio de arame (Albuquerque & Albuquerque, 1988). No maracujazeiro doce, tem sido utilizada a latada e a espaldeira vertical.

O maracujazeiro é uma planta que floresce e frutifica vários meses por ano, sendo influenciado pelo fotoperíodo, temperatura e disponibilidade de água. Assim, a distribuição das chuvas ou irrigação assume grande importância para uma boa produção. Porém, o efeito da irrigação é pouco estudado para a cultura, em que pese que esta pode alongar o período de produção, aumentando a produtividade, além de melhorar a qualidade do fruto (Manica, 1981 e Ruggiero, 1987). Lucas (2002) verificou com maracujazeiro-amarelo em Piracicaba-SP, que suplementação de 118,5mm para uma precipitação, em 13 meses, de 1.345,6mm, proporcionou aumento na produção.

A produção de frutos ocorre em ramos do ano, o que propicia acúmulo de massa vegetal no sistema de condução com o passar dos anos, evidenciando a necessidade de uso da poda. Nestes destacam-se: a poda de limpeza, que consiste na eliminação dos ramos secos e doentes, e a poda de renovação, que consiste no corte de ramos secundários e terciários, após a frutificação dos mesmos, até três a quatro nós (gemas) em relação à base (Teixeira, 1994).

Buell (1955) avaliou a poda sobre a frutificação do maracujazeiro-roxo (Passiflora edulis Sims.), constatando que a poda no 2º nó dos ramos secundários propiciou maior número de frutos. Acrescenta ainda que a época deve ser ajustada ao florescimento das plantas, evitando os meses secos ou chuvosos, pois a brotação será fraca no primeiro caso e excessiva no segundo .

A poda na frutificação no maracujazeiro-amarelo é benéfica, pois as produções do segundo e terceiro anos mantiveram-se sem grandes variações, e quando feita a 75 cm do tronco (corte transversal ao arame), propiciou a melhor produtividade (Cereda, 1976). Segundo Cereda & Urashima (1989), a poda no maracujazeiro-amarelo deve ser realizada, no Estado de São Paulo, no mês de agosto. Em relação ao maracujazeiro doce, não foram encontrados dados a respeito.

Pelo exposto, constata-se que existem poucas informações sobre condução, poda e irrigação com a cultura, e em especial com o maracujazeiro doce, pesquisas sobre os assuntos mencionados não existem.

Este trabalho teve como objetivo avaliar a produção e a qualidade dos frutos do maracujazeiro doce, cultivados com poda e irrigação sob diversos sistemas de condução.

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido no município de Selvíria-MS, localizado entre as seguintes coordenadas geográficas: 20°22' Latitude Sul , 51°22' Longitude Oeste de Greenwich, e com aproximadamente 335 metros de altitude . O clima da região é Aw, segundo a classificação de Köeppen, apresentando uma temperatura média anual de 25 0C e uma precipitação total anual de 1.330 mm (Centurion, 1982). O solo da área do experimento é um LATOSSOLO VERMELHO (Demattê, 1980 e Embrapa, 1999 ).

A espécie utilizada foi a Passiflora alata Curtis, conhecida como maracujá-doce. As mudas obtidas de sementes foram plantadas no dia 27-05-96 em covas preparadas com 1 kg de Minercal, 190 g de P2O5 e 60 g de K2O. Foram feitas bacias com 1,2 m de diâmetro em cada cova, para irrigação das plantas.

Utilizou-se a condução em espaldeira vertical com um e com dois fios de arame e espaldeira em "T", no espaçamento de 2m entre plantas e 3m entre linhas. A irrigação foi localizada, tendo sido colocado 70 litros de água na bacia de cada planta, semanalmente, sempre que necessário (precipitação inferior a 20 mm). Dentro de cada bloco, a bordadura entre plantas irrigadas e não-irrigadas foi de três plantas. A precipitação total no período de maio a dezembro de 1996 foi de 806,4mm (maio- 134,4; jun- 15,8; jul- 1,0; ago- 13,2; set-87,6; out- 156,1; nov-174,9 e dez- 223,4mm) ; no ano de 1997 foi de 1.669,5mm (jan-313,6; fev- 139,6; mar- 196,2; abr- 39,3; maio- 72,0; jun- 238,0; jul- 2,8; ago- 0,0; set- 25,3; out- 89,1; nov- 217,1 e dez- 197,4mm) e de janeiro a agosto de 1998 foi de 773,8mm (jan- 195,8; fev- 154,0; mar- 175,6; abr- 132,6; maio- 101,5; jun- 0,0; jul- 4,7 e ago-9,6mm).

As plantas foram conduzidas em haste única até atingirem o arame superior da espaldeira, a uma altura de dois metros. Ao atingirem esse ponto, foram despontadas, realizando-se a condução dos cordões laterais, e destes os verticais, formando a condução em cortina.

No dia 14-08-97, realizou-se a poda de renovação, utilizando-se a recomendação de época de poda para o maracujazeiro azedo, tendo sido obtida a produção até maio de 1998. Esta poda consistiu na eliminação dos ramos terciários no 2º nó, a partir dos cordões laterais.

Foram realizados os tratos culturais normalmente utilizados na cultura do maracujazeiro para o Estado de São Paulo, cabendo salientar a polinização manual, adubações feitas de acordo com a análise do solo, bem como tratamento fitossanitário, visando ao controle de pragas e doenças.

Foi utilizado o delineamento experimental em faixas, contendo 12 tratamentos (plantas com e sem irrigação, com e sem poda e três sistemas de condução), constituído por 3 repetições e 4 plantas úteis por parcelas. Foram avaliados os seguintes parâmetros: tamanho dos frutos (diâmetro e comprimento) com auxílio de um paquímetro, número de frutos por planta, massa média dos frutos ( balança com sensibilidade de 0,01g) e rendimento por área.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Diâmetro dos frutos

Pelos valores de diâmetro médio dos frutos colhidos durante as safras de 1997 e 1998 (Tabela 1), verifica-se que não houve diferença estatística significativa nos tratamentos isolados, bem como nas interações entre os tratamentos. Desta forma, o diâmetro do fruto não foi alterado pelo sistema de condução, poda e irrigação. A falta de efeito da irrigação provavelmente seja devida à alta e bem distribuída precipitação no período. O diâmetro médio dos frutos colhidos não diferiu muito dos obtidos por Vasconcellos et al. (1993), que foi de 8,16 cm .

Comprimento dos frutos

Os valores de comprimento médio dos frutos não diferiram significativamente nos tratamentos isolados, bem como nas interações entre os tratamentos (Tabela 1). Assim, o comprimento do fruto não foi alterado pelo sistema de condução, poda e irrigação.

A falta de efeito da irrigação provavelmente seja devida à alta precipitação ocorrida ao longo do período de condução do experimento. O comprimento médio dos frutos ao longo das safras de 1997 e 1998 variaram entre 10,10 e 11,55cm, sendo que esses resultados foram semelhantes aos relatados por Oliveira et al. (1982), cujos valores foram entre 6,85 e 10,13cm, e Vasconcellos et al. (1993), que obtiveram média de 9,59cm.

Massa dos frutos

Verifica-se pela Tabela 1 que houve interação entre o sistema de condução x irrigação x poda. O desdobramento dessa interação (Tabela 2) mostra que houve diferença no sistema de condução apenas na condição de irrigação e poda. A maior massa por fruto foi obtida com a espaldeira vertical com um fio de arame, embora não tenha diferido estatisticamente do "T" normal. Verifica-se também que, para plantas não-irrigadas, a poda propiciou maior massa por fruto, de modo significativo, apenas na condição de espaldeira vertical com dois fios de arame. Nesta condição, observa-se que poda e irrigação apresentaram menor massa. Provavelmente, isto se deve à competição interna em função da maior produção de frutos por planta, nesta condição.

Quanto à massa média dos frutos, os valores obtidos (entre 177,74 e 211,72g) são semelhantes aos encontrados por Rossini (1977), em Jaboticabal (160 a 240g), ao avaliar plantas de Passiflora alata Ait., e inferior aos obtidos em Botucatu-SP, por Vasconcellos et al. (1993), que foi de 256,13g.

Número de frutos por planta

A produção média do maracujazeiro doce nos dois anos de produção foi de aproximadamente 54 frutos por planta (Tabela 1).

As interações entre o sistema de condução e a poda (Tabela 3) mostram que houve diferença estatística significativa entre os sistemas de condução para plantas podadas, sendo que o maior número de fruto (71,49 frutos/planta) foi obtido na espaldeira vertical com 2 fios de arame, que diferiu dos obtidos nos demais sistemas de condução. Martins et al. (2003), trabalhando com diversos genótipos de maracujazeiro doce, verificaram que o número de frutos produzidos por planta variou entre 7 e 346, para cultivo no espaçamento 6,0 x 3,5 m.. Entre as plantas não-podadas, não houve diferença estatística significativa entre os sistemas de condução.

Os resultados da poda, dentro de cada sistema de condução, permitem verificar que, para a condução das plantas em "T" normal, houve diferença estatística significativa entre plantas podadas e não-podadas, sendo que a poda reduziu em aproximadamente 68% o número de frutos por planta. Da mesma forma, verifica-se redução com relação à espaldeira vertical com 1 fio de arame, evidenciando ser a poda prejudicial a esses dois sistemas de condução. Por outro lado, verifica-se que, para o sistema de condução em espaldeira vertical com 2 fios de arame, não houve diferença estatística significativa entre plantas podadas e não-podadas, com relação ao número de frutos por planta. Buell (1955) verificou em maracujazeiro roxo aumento do número de frutos quando conduzido com poda severa (deixando ramos com 2 nós).

O resultado obtido na espaldeira vertical com dois fios de arames, provavelmente, está relacionado com o maior número de ramos, pois as plantas foram conduzidas com cordões nos dois fios de arames, o que poderá ter possibilitado o desenvolvimento de um maior número de brotos nessas plantas, permitindo maior produção.

Rendimento por área

A produção média do maracujazeiro doce, nos dois anos de produção, foi de aproximadamente 17,2 t/ha (Tabela 1).

As interações entre o sistema de condução e a poda (Tabela 3) mostram que houve diferença estatística significativa entre os sistemas de condução para plantas podadas, sendo que o maior rendimento por área (25,27 t/ha) foi obtido na espaldeira vertical com 2 fios de arame, que diferiu dos obtidos nos demais sistemas de condução. Martins et al. (2003), trabalhando com diversos genótipos de maracujazeiro doce, verificaram que a produção variou entre 1,43 e 69,87 kg de frutos por planta, para cultivo no espaçamento 6,0 x 3,5 m. Entre as plantas não-podadas não houve diferença estatística significativa entre os sistemas de condução.

Os resultados da poda dentro de cada sistema de condução permitem verificar que, para a condução das plantas em "T" normal, houve diferença estatística significativa entre plantas podadas e não-podadas, sendo que a poda reduziu em aproximadamente 59% o a produção por área. Da mesma forma, verifica-se redução com relação à espaldeira vertical com 1 fio de arame, evidenciando ser a poda prejudicial a esses dois sistemas de condução. Por outro lado, verifica-se que, para o sistema de condução em espaldeira vertical com 2 fios de arame, não houve diferença estatística significativa entre plantas podadas e não-podadas, com relação à produção por área.

Bower e Dedolph (1959) constataram que poda severa reduz a produção do maracujazeiro amarelo, propiciando inclusive morte de ramos. Por outro lado, verificou-se, no presente trabalho, florescimento das plantas o ano todo, com pico em maio/junho. Desta forma, outras pesquisas devem ser realizadas visando a tratamentos de poda menos drásticos, bem como outras épocas de realização de poda.

Por outro lado, verifica-se que, para o sistema de condução em espaldeira vertical com 2 fios de arame, não houve diferença estatística significativa entre podadas e não-podadas, com relação ao rendimento das plantas. Tal efeito pode ser devido à planta ter maior número de ramos, uma vez que foi conduzida nos dois fios de arame.

CONCLUSÕES

Com base nos resultados obtidos, nas condições da região onde foi conduzido o experimento, pode-se concluir: a) o sistema de condução e a poda não afetaram o tamanho dos frutos; b) o sistema de condução não afetou a massa dos frutos, porém as plantas podadas produziram frutos com maior massa; c) a poda diminuiu o número de frutos por planta e o rendimento por área, nos sistemas de condução em T normal e espaldeira vertical com um fio de arame; d) a poda não alterou o número de frutos por planta e o rendimento por área, no sistema de condução em espaldeira vertical com dois fios de arame.

Recebido: 30/06/2004.

Aceito para publicação:28/10/2004.

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  • 1
    (Trabalho 082/2004).
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      22 Mar 2005
    • Data do Fascículo
      Dez 2004

    Histórico

    • Recebido
      30 Jun 2004
    • Aceito
      28 Out 2004
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