Acessibilidade / Reportar erro

Resumos de Artigos

Malformações arteriovenosas pulmonares.

Khalil A, Farres MT, Mangiapan G, Tassart M, Bigot JM, Carette MF. Pulmonary arteriovenous malformations. Chest 2000;117:1399-403.

Objetivos: A tomografia computadorizada helicoidal (TCH), um método não-invasivo, pode detectar malformações arteriovenosas pulmonares (MAVP). Sua sensibilidade é superior à da angiografia digital, mas os pacientes recebem uma dose de radiação significativa durante a TCH. Foram comparadas a TCH e a angio-ressonância magnética (ARM), um novo método não-invasivo sem radiação, no diagnóstico das MAVP.

Material e métodos: Cinco pacientes com MAVP foram submetidos a exames de TCH, ARM e angiografia da artéria pulmonar com subtração digital (AAPSD). A ARM foi realizada durante a fase arterial pulmonar de um bolus intravenoso de gadolínio. A AAPSD foi realizada durante o procedimento de embolização. O local e o tamanho dos aneurismas foram especificados, assim como o diâmetro dos pedículos vasculares.

Resultados: Trinta MAVP foram detectadas pela ARM e 38 foram detectadas pela TCH. Todas as 20 MAVP com pelo menos 5 mm de diâmetro e 10 das 18 MAVP com menos de 5 mm de diâmetro identificadas na TCH também foram identificadas na ARM. Seja qual for a localização, todas as MAVP com suprimento arterial com pelo menos 3 mm de diâmetro foram identificadas na ARM. Não foram obtidos resultados falso-positivos com ARM. A ARM apresentou sensibilidade de 78% e especificidade de 100%.

Conclusão: A ARM, um procedimento não-invasivo e não-ionizante, tem alta sensibilidade e alta especificidade para o diagnóstico de MAVP clinicamente relevantes.

Simone Duarte Damato

Médica Residente (R3) do Departamento

de Radiologia da UFF

Aspergilose pulmonar semi-invasiva: achados tomográficos e patológicos em seis pacientes.

Kim SY, Lee KS, Han J, et al. Semiinvasive pulmonary aspergillosis: CT and pathologic findings in six patients. AJR 2000;174:795-8.

Objetivo: Descrever os achados tomográficos e patológicos da aspergilose pulmonar semi-invasiva em seis pacientes.

Materiais e métodos: Durante um período de 22 meses, seis pacientes tiveram o diagnóstico de aspergilose pulmonar semi-invasiva, quatro deles por meio de lobectomia após biópsia por agulha fina inconclusiva e por biópsia percutânea. Foi excluída superinfecção por micobactérias. Os estudos histopatológicos não revelaram a presença de malignidade em nenhum dos casos. Três pacientes tinham história de tabagismo e cinco apresentavam as seguintes comorbidades: paralisia facial, tuberculose pulmonar, alcoolismo crônico e diabetes mellitus, presente em três casos.

Resultados: Os achados radiográficos incluíram consolidação lobar ou segmentar, massa, consolidação cavitária e pequenas opacidades nodulares. Na tomografia computadorizada foram observadas consolidação lobar ou segmentar, áreas localizadas de consolidação com opacidade em vidro fosco, consolidação peribrônquica com nódulos centrolobulares e massa com baixa atenuação. O exame histopatológico demonstrou massa ou consolidação de pulmão destruído com cicatriz fibrosa, focos de bronquiectasias e cavidade abscedida.

Conclusão: Aspergilose pulmonar semi-invasiva é uma forma rara de aspergilose pulmonar que acomete pacientes levemente imunocomprometidos. Os achados tomográficos são variados e este diagnóstico deve ser considerado naqueles pacientes com anormalidades parenquimatosas persistentes e progressivas.

Aline Serfaty Pozes

Médica Residente (R1) do Departamento

de Radiologia da UFF

Avaliação da suspeita de apendicite em crianças e adultos jovens: tomografia computadorizada helicoidal.

Sivit CJ, Applegate KE, Berlin SC, et al.Evaluation of suspected appendicitis in children and young adults: helical CT. Radiology 2000;216:430-3.

Objetivo: Avaliar a acurácia da tomografia computadorizada (TC) helicoidal no diagnóstico de apendicite em crianças e para estimar a utilidade da TC no estabelecimento de diagnósticos diferenciais.

Material e métodos: Foram revistos os registros médicos de 154 crianças (idade média: 12 anos; variação de idade: 1-20 anos) que tiveram suspeita de apendicite e que foram submetidas à TC. O trato gastrointestinal foi opacificado em 151 dos 154 pacientes: em 126 pacientes foi administrado apenas contraste oral, em 21 pacientes foi administrado apenas contraste retal, e em quatro pacientes foram administrados ambos os contrastes. Os achados tomográficos foram correlacionados com os achados cirúrgicos e histopatológicos ou achados do seguimento clínico.

Resultados: Sessenta e quatro tomografias foram interpretadas como positivas para apendicite, incluindo 58 verdadeiro-positivas e seis falso-positivas. Noventa tomografias foram interpretadas como negativas, incluindo 87 verdadeiro-negativas e três falso-negativas. A tomografia teve sensibilidade de 95% e especificidade de 94% para o diagnóstico de apendicite. Somando-se a isto, em 32 (34%) de 93 pacientes sem apendicite um diagnóstico diferencial foi estabelecido com base nos achados tomográficos.

Conclusão: A TC helicoidal é útil na população pediátrica para diagnosticar ou excluir apendicite e para estabelecer diagnósticos diferenciais.

Otávio Palma de Salles Ferreira

Médico Residente (R3) do Departamento

de Radiologia da UFF

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    02 Out 2002
  • Data do Fascículo
    Jul 2002
Publicação do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem Av. Paulista, 37 - 7º andar - conjunto 71, 01311-902 - São Paulo - SP, Tel.: +55 11 3372-4541, Fax: 3285-1690, Fax: +55 11 3285-1690 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: radiologiabrasileira@cbr.org.br