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Lesões cartilaginosas do quadril: efetividade diagnóstica da artrografia por ressonância magnética

RESUMOS DE ARTIGOS

Lesões cartilaginosas do quadril: efetividade diagnóstica da artrografia por ressonância magnética

José Guiomar de Almeida Júnior

Médico Pós-graduando do Departamento de Radiologia da UFF

Schmid MR, Notzli HP, Zanetti M, Wyss TF, Hodler J. Cartilage lesions in the hip: diagnostic effectiveness of MR arthrography. Radiology 2003;226:382–6.

OBJETIVO: Avaliar a efetividade diagnóstica da artrografia por ressonância magnética na detecção das lesões da cartilagem articular em pacientes suspeitos de terem impacto fêmoro-acetabular e/ou anormalidades do labrum.

MATERIAIS E MÉTODOS: Foram analisadas, retrospectivamente, 42 artrografias por ressonância magnética obtidas de 40 pacientes com diagnóstico clínico de impacto fêmoro-acetabular e/ou defeitos do labrum. Dois observadores, independentemente, interpretaram as imagens e descreveram a localização e características. Seis meses após o exame, cada paciente foi submetido a cirurgia aberta do quadril, durante a qual a cartilagem articular foi inspecionada. Sensibilidade, especificidade, acurácia e valores preditivos positivo e negativo foram calculados. Os valores foram calculados para se quantificar o nível de concordância entre os observadores.

RESULTADOS: Na cirurgia, 88% (37) dos defeitos cartilaginosos foram identificados na superfície ântero-superior do acetábulo. Em 55% (23), 29% (12), 24% (10) e 24% (10) dos quadris as lesões foram encontradas, respectivamente, nas regiões acetabulares póstero-superior, ântero-inferior, póstero-inferior e na cabeça femoral. A sensibilidade e a especificidade da detecção das lesões cartilaginosas pela artrografia por ressonância magnética em todas as regiões combinadas foram de 79% (73 de 92 regiões) e 77% (91 de 118 regiões), respectivamente, para o primeiro observador, e 50% (46 de 92 regiões) e 84% (89 de 118 regiões), respectivamente, para o segundo observador. Houve razoável concordância interobservador para a detecção de lesões cartilaginosas na cabeça femoral (kappa = 0,31) e pobre na detecção de lesões em todas as regiões acetabulares (kappa < 0,2).

CONCLUSÃO: Lesões da cartilagem são comuns em pacientes jovens e de meia idade com impacto fêmoro-acetabular e/ou anormalidades do labrum, e são mais comumente encontradas na porção ântero-superior do acetábulo.

Tumores primários da parede torácica: resultados a curto e a longo prazos do tratamento cirúrgico

Aline Serfaty Pozes

Médica Residente do Departamento de Radiologia da UFF

Athanassiadi K, Kalavrouziotis G, Rondogianni D, Loutsidis A, Hatzimichalis A, Bellenis I. Prymary chest wall tumors: early and long-term results of surgical treatment. Eur J Cardiothorac Surg 2001;19:589–93.

OBJETIVOS: Estudar, retrospectivamente, os tumores de parede torácica e revisar suas características clínicas, radiológicas e patológicas, assim como os resultados a curto e a longo prazos do tratamento cirúrgico.

MATERIAIS E MÉTODOS: Foram estudados 41 pacientes com tumores primários da parede torácica, sendo 18 do sexo masculino e 23 do sexo feminino, com idades entre 15 e 78 anos, tratados no Departamento de Cirurgia Torácica e Vascular do Hospital Geral Evangelismos, Atenas, Grécia, num período de dez anos.

RESULTADOS: Dos pacientes estudados, 23 apresentaram tumor benigno da parede torácica, sendo o encondroma o mais comum, e 18 desenvolveram neoplasia maligna, sendo o plasmocitoma o mais freqüente. A costela foi o osso mais acometido. Todos os casos foram confirmados por meio de estudo histopatológico. Ressecção ampla foi realizada em 29 pacientes e biópsia excisional ou incisional foram efetuadas em 12 pacientes. O acompanhamento durante 13 anos dos pacientes com tumores benignos evidenciou apenas uma morte não relacionada a neoplasia. Entretanto, no caso dos pacientes com tumores malignos, a sobrevida de cinco a dez anos foi de 33,3%.

CONCLUSÕES: Todos os tumores de parede torácica devem ser considerados malignos até que se prove o contrário. A ampla ressecção do tumor, com margens livres de lesão, deve ser realizada para que haja maior chance de cura, tanto dos tumores benignos como dos tumores malignos.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    21 Nov 2003
  • Data do Fascículo
    Out 2003
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