RESUMO DE TESE
Dilatação fluxo-mediada da artéria braquial e medida do complexo médio-intimal da carótida em mulheres com artrite reumatóide
Autor: Pedro Teixeira Castro.
Orientadores: Antonio Carlos Pires Carvalho, Jorge Fonte de Rezende Filho.
Dissertação de Mestrado. Rio de Janeiro: UFRJ, 2006.
O objetivo do estudo foi comparar dois métodos de avaliação de diferentes fases da aterogênese, a espessura do complexo médio-intimal da carótida comum (CMI) e a dilatação fluxo-mediada da artéria braquial (DILA), em mulheres com artrite reumatóide.
Utilizando ultra-sonografia de alta resolução em modo B (14 MHz), 47 mulheres foram avaliadas, 27 delas com artrite reumatóide e 20 mulheres saudáveis (grupo controle), que se submeteram à DILA e ao CMI (métodos não-invasivos de avaliação cardiovascular), simultaneamente.
No grupo controle, o diâmetro basal da artéria braquial foi de 3,02 (± 0,47) mm, DILA de 22,24 (± 5,65)% e CMI de 0,38 (± 0,087) mm. No grupo de pacientes com artrite reumatóide, o tempo de doença foi de 6,2 (± 6,5) anos, o diâmetro basal da artéria braquial foi de 3,56 (± 0,485) mm, a DILA foi de 5,65 (± 9,69)% e o CMI foi de 0,56 (0,176) mm. O diâmetro basal da artéria braquial no grupo com artrite reumatóide foi significativamente maior do que no grupo controle (p < 0,000), assim como o CMI (p < 0,000). A DILA foi significativamente inferior no grupo com artrite reumatóide (p < 0,000). Avaliando isoladamente o grupo com artrite reumatóide, as correlações entre a DILA e o CMI (r = 0,22), a DILA e o tempo de doença (r = 0,30) e a idade e a DILA (r = 0,19) foram não-significantes.
Os resultados expressam que mulheres com artrite reumatóide apresentam disfunção endotelial que não está correlacionada com a extensão da aterosclerose, avaliada pelo CMI.
Datas de Publicação
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Publicação nesta coleção
14 Mar 2007 -
Data do Fascículo
Fev 2007