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Diferenciação entre cisto simples e hemangioma hepático por meio do uso de uma seqüência de RM ponderada em T2, com técnica gradiente-eco

RESUMOS DE TESES

Diferenciação entre cisto simples e hemangioma hepático por meio do uso de uma seqüência de RM ponderada em T2, com técnica gradiente-eco

Autora: Carolina Valente Burim.

Orientador: Giuseppe D'Ippolito.

Tese de Mestrado: São Paulo: Unifesp/EPM, 2007.

OBJETIVO: Este trabalho visa estabelecer o valor das imagens de ressonância magnética (RM) ponderadas em T2, para diferenciar cistos simples de hemangiomas hepáticos.

CASUÍSTICA E MÉTODO: Procedeu-se a estudo prospectivo, observacional, transversal e duplo cego em 52 pacientes com 91 lesões hepáticas (34 cistos simples e 57 hemangiomas), submetidos a RM de abdome superior, no período de fevereiro de 2005 a fevereiro de 2006. Os exames foram efetuados com equipamentos de alto campo (1,0 T e 1,5 T). Considerou-se como padrão-ouro a análise de um observador experiente que avaliou todas as seqüências realizadas (T2 TSE com TE longo, T2 TSE com TE curto, T2 B-FFE e as imagens contrastadas). Posteriormente, dois observadores independentes avaliaram, especificamente, as seqüências TSE com TE longo e B-FFE por meio da análise subjetiva (visual) em três momentos distintos (M1, M2, M3) e da análise objetiva (pelo cálculo da relação sinal nódulo fígado) em um quarto momento (M4) e procuraram diferenciar cistos simples de hemangiomas hepáticos. Foi determinada a eficácia das diversas seqüências pelo cálculo da curva ROC, e da concordância entre a análise de cada seqüência e o padrão-ouro pelo teste kappa (k). Por este mesmo teste, calculou-se a concordância inter e intra-observador (p < 0,05*).

RESULTADOS: As dimensões dos cistos simples estudados variaram entre 0,5 cm e 6,5 cm (média de 1,89 cm) e dos hemangiomas variaram entre 0,8 cm e 11 cm (média de 2,62 cm). A concordância entre a avaliação da seqüência com TE longo e o padrão-ouro foi insignificante para parâmetros subjetivos (k: 0,00–0,10), moderada para parâmetros objetivos (k: 0,51–0,52) e a área sob a curva ROC foi de 0,57. A concordância entre a avaliação da seqüência B-FFE e o padrão-ouro foi substancial (k: 0,61–0,62) e a área sob a curva ROC foi de 0,88. A concordância inter e intra-observador para a seqüência B-FFE variou, respectivamente, entre substancial (k: 0,62–0,70) e quase perfeita (k: 0,85–0,91).

CONCLUSÕES: A seqüência T2 com TE longo oferece pequena utilidade na diferenciação de cistos simples e hemangiomas hepáticos. Já a seqüência T2 com técnica B-FFE apresenta elevada eficácia na diferenciação de cistos e hemangiomas hepáticos, com parâmetros objetivos ou subjetivos. Sua reprodutibilidade é elevada, variando a concordância inter e intra-observador de substancial a quase perfeita.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    15 Jan 2008
  • Data do Fascículo
    Dez 2007
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