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Investigação das lesões cerebrovasculares na doença falciforme

RESUMO DE TESE THESIS ABSTRACT

Investigação das lesões cerebrovasculares na doença falciforme

Autor: Paulo Roberto Valle Bahia.

Orientadores: Hilton Augusto Koch, Jorge Paes Barreto Marcondes de Souza.

[Tese de Doutorado]. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro; 2007.

Este trabalho teve como objetivo analisar as lesões intracranianas em pacientes adultos com doença falciforme, por meio da ressonância magnética e da angiorressonância magnética.

Os pacientes foram recrutados do principal centro de hematologia do Estado do Rio de Janeiro. Os pacientes foram submetidos a entrevistas médicas, exames neurológicos detalhados e Doppler arterial transcraniano com microbolhas. De um total de 200 pacientes, 80 foram escolhidos de forma aleatória para realização de ressonância magnética e angiorressonância magnética, incluindo pacientes sintomáticos e assintomáticos. A análise dos exames foi feita de forma cega por dois médicos com formação neurorradiológica, que desconheciam os achados clínicos e do exame sonográfico. A média de idade dos pacientes estudados foi de 29 anos, sendo que 81,3% dos casos eram de homozigotos do tipo SS.

Ao exame de ressonância magnética, 50% dos pacientes apresentavam lesões parenquimatosas, sendo a leucoencefalopatia o achado mais freqüente em 47,5% dos casos, seguida da encefalomalácia em 16,25%, dos infartos lacunares em 12,5% e da atrofia em 12,5%. Dos pacientes com encefalomalácia, os lobos frontal e parietal foram os mais comprometidos, em 84,6% dos casos. Na análise da vascularização cerebral pela angiorressonância magnética, 33,7% dos pacientes apresentavam achados anormais, sendo que 26,3% apresentavam estenose e 18,8% apresentavam oclusão vascular. Nos casos de estenose a circulação anterior foi a mais acometida, assim como nos casos de oclusão, em que a carótida esteve envolvida em 93,3% dos casos. Em relação a existência de doença neurológica prévia, observou–se 45,1% de lesões silentes na ressonância magnética e 23,9% na angiorressonância magnética. Foi encontrada significância estatística entre a prevalência de lesões parenquimatosas e da estenose vascular e o genótipo SS. Notou–se também correlação estatisticamente significante entre a existência de leucoencefalopatia e da estenose vascular e a média do hematócrito basal.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    15 Maio 2008
  • Data do Fascículo
    Abr 2008
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