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Contribuição da ressonância magnética na arterite de Takayasu

RESUMO DE TESE THESIS ABSTRACT

Contribuição da ressonância magnética na arterite de Takayasu

Autora: Luciana de Pádua Silva Baptista.

Orientador: Luiz Francisco Rodrigues de Ávila.

[Tese de Doutorado]. São Paulo: Universidade de São Paulo; 2007.

INTRODUÇÃO: Os critérios diagnósticos da arterite de Takayasu se baseiam em alterações do lúmen vascular, detectadas pela angiografia convencional. Além das lesões do lúmen, as alterações na parede da aorta, caracterizadas pela ressonância magnética (RM), estão sempre presentes na arterite de Takayasu, não sendo demonstradas pela angiografia convencional.

OBJETIVOS: Descrever as lesões do lúmen da aorta e seus ramos e as alterações na parede da aorta por RM, em pacientes com arterite de Takayasu, estabelecendo a associação entre os achados de imagem da aorta e atividade da doença.

MÉTODOS: A amostra compreendeu 45 pacientes (43 brancos, 40 mulheres, idade média de 32,5 anos ± 15,5 anos), com tempo de história da doença entre três meses e 34 anos, idade de manifestação do primeiro sintoma em torno de 23 anos. Cerca de 40% dos pacientes apresentavam atividade clínica da doença, 57% estavam em uso de corticoterapia e 30%, em uso de imunossupressor. Valores de velocidade de hemossedimentação e de proteína C-reativa estavam elevados em 63,2% e 52,2% dos pacientes, respectivamente. Foram realizadas seqüências spin-eco, dupla inversão e recuperação (DIR) ponderadas em T1 e densidade de prótons para avaliação do espessamento na parede da aorta. Foi realizada seqüência DIR ponderada em T2 para pesquisa de edema na parede da aorta. Adquiriu-se seqüência angiográfica gradiente-eco (GE) 3D com gadolínio para avaliação do lúmen da aorta e ramos. Através de seqüência GE 2D, verificou-se a presença de realce tardio pelo gadolínio na parede da aorta.

RESULTADOS: Estenose foi o evento angiográfico da aorta mais encontrado (60%), pre

ferencialmente na aorta abdominal. Dilatação foi mais freqüente na aorta torácica (12%), preferencialmente na ascendente. Irregularidade do lúmen e estenose foram os achados mais freqüentes dos ramos da aorta (69%). Espessamento na parede da aorta foi detectado por RM em todos os pacientes com arterite de Takayasu. Edema na parede da aorta demonstrou-se ausente em 56% dos casos e realce tardio esteve presente na maioria (75%) dos casos. Não houve associação dos achados de imagem da aorta por RM com dados clínicos e laboratoriais nos pacientes com arterite de Takayasu.

CONCLUSÕES: Através da análise do lúmen e da parede arterial, a RM, de forma não-invasiva, contribuiu ao diagnóstico por imagem da arterite de Takayasu. Espessamento na parede da aorta pode ser considerado um marcador diagnóstico da doença.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    29 Ago 2008
  • Data do Fascículo
    Ago 2008
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