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Correlação laboratorial e radiográfica das manifestações maxilo-mandibulares em pacientes renais crônicos em hemodiálise

RESUMO DE TESE THESIS ABSTRACT

Correlação laboratorial e radiográfica das manifestações maxilo-mandibulares em pacientes renais crônicos em hemodiálise

Autora: Vanessa Vieira Barrella.

Orientador: Sergio Ajzen.

Co-orientador: Aluízio Barbosa Carvalho.

[Tese de Mestrado]. São Paulo: Universidade Federal de São Paulo; 2008.

OBJETIVOS: Observar e correlacionar as alterações radiográficas do complexo maxilo-mandibular com os parâmetros clínicos e laboratoriais do metabolismo do cálcio e fósforo em pacientes com doença renal crônica em hemodiálise, portadores de hiperparatireoidismo secundário ou hipoparatireoidismo, por meio de radiografia panorâmica digital.

MÉTODOS: Constitui-se de um estudo de coorte, transversal, prospectivo, pareado com a idade e o gênero dos pacientes. Foram avaliados 56 pacientes e estudados 42 pacientes adultos, de ambos os gêneros, portadores de doença renal crônica, em tratamento de hemodiálise, por pelo menos seis meses, e que apresentassem níveis de PTH intacto (PTH-i) > 600 pg/mL (grupo A: n = 21) e PTH-i < 150 pg/mL (grupo B: n = 21). Foram excluídos do estudo pacientes portadores de doença sistêmica grave, hepatopatias, colestase intra e extra-hepática, sarcoidose, mieloma múltiplo, e pacientes submetidos previamente a paratireoidectomia. Foram considerados no critério de exclusão também os pacientes com valores de PTH-i entre 150 e 300 pg/mL, inclusive. Todos os pacientes foram submetidos a avaliação clínica e laboratorial dos exames de cálcio iônico, fósforo, fosfatase alcalina e PTH-i e avaliados por meio de radiografia panorâmica digital.

RESULTADOS: Na avaliação das imagens radiográficas não houve diferença estatisticamente significante entre os dois grupos em relação à análise de osso cortical, lesões radiolúcidas, reabsorção óssea alveolar e alteração dentária. Foram observadas diferenças estatisticamente significantes entre os grupos no osso medular, apresentando-se, o grupo A, com maior freqüência de lesão radiopaca (p = 0,031) e alteração no grau de trabeculação (p = 0,004).

CONCLUSÕES: Alterações nos exames radiográficos são comuns em pacientes com doença renal crônica, tornando necessária a realização de controle radiográfico para sua avaliação, pois há uma freqüência de alteração no osso medular quanto ao grau de trabeculação óssea, aparecimento de lesões radiopacas e radiolúcidas e alteração no osso cortical. Ao correlacionarmos os doentes com os níveis séricos estudados com os achados radiográficos, podemos estabelecer que tais achados são mais freqüentes em doentes renais com hiperparatireoidismo secundário.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    07 Nov 2008
  • Data do Fascículo
    Out 2008
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