Acessibilidade / Reportar erro

Contribuição do meio de contraste ultra-sonográfico na avaliação do pâncreas transplantado

RESUMO DE TESE THESIS ABSTRACT

Contribuição do meio de contraste ultra-sonográfico na avaliação do pâncreas transplantado

Autor: Antonio Sergio Zafred Marcelino.

Orientador: Giovanni Guido Cerri.

[Tese de Doutorado]. São Paulo: Universidade de São Paulo; 2008.

INTRODUÇÃO: O transplante de pâncreas é a opção definitiva para a manutenção do estado normoglicêmico permanente nos portadores de diabetes mellitus tipo 1. O meio de contraste de ultra-som é um método capaz de avaliar a perfusão tecidual, mas não há um estudo para a avaliação do padrão de perfusão do pâncreas transplantado normal e patológico. A importância da avaliação da perfusão do enxerto e a aplicação do meio de contraste por microbolhas foram os motivos para a realização desta pesquisa.

OBJETIVOS: Este estudo, desenvolvido no Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo no período de novembro de 2004 a setembro de 2006, teve como objetivos: A) estabelecer os padrões de vascularização do enxerto nos pacientes normais e naqueles com suspeita de complicações; B) comparar os achados de exames laboratoriais, uso ou não de insulina exógena e situação clínica dos pacientes com os achados da ultra-sonografia modo-B e com meio de contraste por microbolhas; C) Estabelecer o valor da ultra-sonografia com meio de contraste de microbolhas na avaliação do pâncreas transplantado.

CASUÍSTICA E MÉTODOS: Vinte e seis pacientes foram submetidos ao exame de ultra-sonografia com contraste em um total de 30 estudos, 20 (66,7%) em homens e 10 (33,3%) em mulheres. A idade dos pacientes variou de 25 a 51 anos, com média de idade de 40 anos (± 7,3 anos). O tempo médio da realização do transplante até a realização do estudo variou de um dia a 63 meses (mediana de 24 meses). Ao modo-B, o pâncreas foi analisado quanto a ecogenicidade, dimensões (avaliação qualitativa e quantitativa) e contornos. Após a administração do meio de contraste, observou-se o tempo de chegada dele no pâncreas, o padrão e a intensidade de realce. Após esta avaliação, foi realizada uma classificação baseada nos achados do modo-B e contraste nas seguintes possibilidades: padrão de perfusão normal, alterações agudas (rejeição, pancreatite ou trombose) ou alterações crônicas (rejeição crônica).

RESULTADOS: Observou-se associação estatisticamente significante entre a ecogenici

dade e a situação clínica (p = 0,010), ecogenicidade e uso de insulina (p = 0,021), dimensões (avaliação qualitativa) e situação clínica (p = 0,011), dimensões (avaliação qualitativa) e uso de insulina (p = 0,028), padrão de realce (p = 0,024) e intensidade do realce com a situação clínica (p = 0,039). Houve associação estatisticamente significante também entre o uso ou não de insulina exógena com a perfusão do enxerto (p = 0,014) e a hipótese diagnóstica (ultra-som) (p = 0,001).

CONCLUSÃO: Os padrões de vascularização do pâncreas transplantado normais e naqueles com suspeita de complicações foram estabelecidos. Os critérios de ecogenicidade e a avaliação qualitativa das dimensões do pâncreas ao ultra-som modo-B se mostraram adequados na diferenciação entre estudos normais e alterados. A ultra-sonografia com meio de contraste de microbolhas foi útil na diferenciação entre estudos normais e alterados do pâncreas transplantado, utilizando os critérios de padrão do realce, intensidade do realce e perfusão do enxerto na fase arterial.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    20 Jan 2009
  • Data do Fascículo
    Dez 2008
Publicação do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem Av. Paulista, 37 - 7º andar - conjunto 71, 01311-902 - São Paulo - SP, Tel.: +55 11 3372-4541, Fax: 3285-1690, Fax: +55 11 3285-1690 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: radiologiabrasileira@cbr.org.br