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Utilização da ressonância magnética para o planejamento radioterápico dos tumores de colo de útero

RESUMO DE TESE THESIS ABSTRACT

Utilização da ressonância magnética para o planejamento radioterápico dos tumores de colo de útero

Autor: Pitagoras Baskara Justino.

Orientadora: Heloisa de Andrade Carvalho.

[Tese de Doutorado]. São Paulo: Universidade de São Paulo; 2007.

OBJETIVOS: Verificar o índice de erros geográficos no planejamento radioterápico convencional de pacientes com carcinoma de colo uterino por meio da ressonância magnética; comparar os dados de estadiamento da FIGO pelos exames físico e de ressonância magnética e avaliar o estudo do raio-X contrastado de reto na previsão do erro geográfico.

MATERIAIS E MÉTODOS: Oitenta pacientes com diagnóstico histológico de carcinoma espinocelular de colo uterino, com indicação de radioterapia, foram analisadas. Após o estadiamento clínico (FIGO), foi realizada ressonância magnética da pelve e estas imagens foram comparadas aos campos clássicos de radioterapia, técnica de quatro campos em tijolo. Considerou-se erro geográfico quando o volume alvo não foi englobado pelos campos, com margens mínimas de 1 cm. Os dados de exame físico e de ressonância magnética foram comparados.

RESULTADOS: Entre as 80 pacientes analisadas, os limites clássicos dos campos não foram adequados em 45 (56%) delas. Os limites críticos foram as bordas anterior (1/3 anterior da sínfise púbica) ou posterior (limite em S2-S3) dos campos laterais de irradiação. Evidenciou-se grande discrepância entre o exame físico e a ressonância magnética no que se refere à análise de informações para o estadiamento. Na maioria das vezes, o exame físico subestadiou as lesões, principalmente na detecção de doença vaginal e parametrial. Lesões com diâmetro ântero-posterior maior que 6 cm e volume acima de 100 cm³ apresentaram correlação estatisticamente significante com o erro geográfico. O posicionamento da parede anterior do reto fora do limite posterior dos campos laterais, no raio-X contrastado, mostrou correlação estatisticamente significante com o erro geográfico.

CONCLUSÕES: Em relação aos limites dos campos de irradiação, a ressonância magnética foi decisória para a adequação dos campos de radioterapia, na maioria das pacientes. O estadiamento por ressonância magnética, comparado ao exame físico, mostrou-se preciso na avaliação de volume tumoral e extensão da doença. No presente estudo, a avaliação do deslocamento da parede anterior do reto na radiografia dos campos laterais de irradiação mostrou associação com o risco de erro geográfico.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    20 Jan 2009
  • Data do Fascículo
    Dez 2008
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