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Impacto da ressonância magnética mamária no tratamento cirúrgico, abordagem axilar e terapêutica sistêmica do câncer de mama

RESUMO DE TESE THESIS ABSTRACT

Impacto da ressonância magnética mamária no tratamento cirúrgico, abordagem axilar e terapêutica sistêmica do câncer de mama

Autora: Cláudia Therezinha Salviato Mameri.

Orientador: Cláudio Kemp.

[Tese de Mestrado]. Universidade Federal de São Paulo, 2007.

OBJETIVOS: Determinar a freqüência com que a ressonância magnética mamária fornece informações adicionais que influenciarão a conduta em pacientes com câncer de mama, incluindo tratamento cirúrgico, abordagem axilar e terapêutica sistêmica.

MÉTODOS: Foram avaliadas, prospectivamente, 99 pacientes com diagnóstico recente de câncer de mama em estádios clínicos 0, I, e II estabelecidos por protocolo propedêutico convencional, incluindo exame físico, mamografia e ultra-sonografia. Essas pacientes tiveram seu planejamento terapêutico reavaliado após ressonância magnética mamária bilateral, em equipamento 1,5 T, Excite/GE, bobina de mamas, cinco seqüências FSPGR 3D (90 segundos cada, uma pré- e quatro pós-injeção de gadolínio 0,16 mM/kg). Os parâmetros avaliados foram: extensão da lesão primária, detecção de multifocalidade, multicentricidade, doença contralateral, comprometimento muscular ou cutâneo, suspeição de comprometimento linfonodal (axilar e/ou cadeia torácica medial). A confirmação anatomopatológica das lesões adicionais foi feita por core biópsia ou por excisão.

RESULTADOS: Das 99 pacientes estudadas, demonstraram-se 69 achados adicionais à ressonância magnética em 53. Cinqüenta e um achados eram verdadeiro-positivos (51/69; 73,9%), sendo 16 de maior extensão de lesão única (p = 0,001), 18 de multifocalidade (p = 0,001), 7 de multicentricidade (p = 0,023), 3 de lesão contralateral, 5 de comprometimento linfonodal, 1 de comprometimento muscular e 1 de comprometimento cutâneo. Quarenta e quatro pacientes tiveram seu planejamento terapêutico modificado (44,4%), observando-se não só aumento na indicação de mastectomias (26,8%; p = 0,001) e esvaziamento axilar (25%; p = 0,001), mas também alterações na terapêutica sistêmica (20,2%; kappa = 0,418; p = 0,001), todos conseqüentes aos achados adicionais verdadeiro-positivos da ressonância magnética.

CONCLUSÃO: A ressonância magnética mamária alterou significativamente as indicações de mastectomia, de esvaziamento axilar e o uso de quimioterapia sistêmica no câncer de mama, em virtude da sua maior acurácia, em relação aos métodos de imagem convencionais, para mensurar a extensão de lesão única e ainda detectar multifocalidade, multicentricidade e lesão contralateral.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    20 Jan 2009
  • Data do Fascículo
    Dez 2008
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