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Estudo comparativo entre artrotomografia computadorizada "multislice" e artrorressonância magnética na instabilidade do ombro correlacionadas com os achados artroscópicos

RESUMO DE TESE

Estudo comparativo entre artrotomografia computadorizada "multislice" e artrorressonância magnética na instabilidade do ombro correlacionadas com os achados artroscópicos

Autora: Gisele Florence Carvalheira de Azevedo Gomez.

Orientador: Claudio Campi de Castro.

[Tese de Doutorado]. São Paulo: Universidade de São Paulo; 2008.

A instabilidade do ombro é a incapacidade de manter a cabeça umeral centralizada na fossa glenoide. Os requisitos para o diagnóstico clínico incluem história clínica, exame físico geral e testes objetivos para avaliar a presença e o grau de instabilidade do ombro. O objetivo do presente trabalho é comparar os achados por imagem das alterações anatômicas da artrotomografia computadorizada multislice com a artrorressonância magnética na avaliação da instabilidade do ombro, correlacionando com os achados artroscópicos, assim como verificar a eficácia da artrotomografia computadorizada multislice na avaliação das alterações anatômicas relacionadas com a instabilidade do ombro.

Trata-se de um estudo prospectivo em que, inicialmente, 30 pacientes com o diagnóstico clínico de instabilidade do ombro foram submetidos à artrotomografia computadorizada com cortes de espessura de 0,5 mm e reconstrução a cada 3 mm e à artrorressonância magnética nas sequências convencionais ponderadas em T1 e T2 com e sem saturação de gordura.

Comparada com a artroscopia, a artrorressonância magnética mostrou uma sensibilidade de 93,33% para lesão labral superior, 96,30% para lesão labral anterior e 83,3% para lesão labral ântero-superior, e a artrotomografia computadorizada multislice mostrou uma sensibilidade de 90%, 88,89% e 77,78%, respectivamente. A sensibilidade da artrorressonância magnética para lesão de cartilagem articular foi de 16,67%, comparada com uma sensibilidade 33,30% da artrotomografia computadorizada multislice. A artrorressonância magnética e a artrotomografia computadorizada multislice mostraram a mesma sensibilidade para detecção da lesão de Hill-Sachs (100%), lesão labral ântero-inferior (100%), anormalidades capsulares (88,89%) e lesões de Bankart ósseo (80%).

Com base nos resultados, concluímos que a artrorressonância magnética é um método de acurácia superior à artrotomografia computadorizada multislice na avaliação das lesões labrais ântero-superior, superior e anterior, e que a artrotomografia computadorizada multislice mostrou-se eficaz nas estruturas relacionadas à instabilidade, com resultados semelhantes à artrorressonância magnética para o diagnóstico de lesões labrais ântero-inferiores (ALPSA e Bankart), lesões de Hill-Sachs, redundância capsular e Bankart ósseo, sendo superior à artrorressonância magnética no diagnóstico de lesões de cartilagem articular.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    28 Ago 2009
  • Data do Fascículo
    Ago 2009
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