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Desenvolvimento da marcação da doxorrubicina com Tc-99m: estudos in vitro e in vivo

RESUMO DE TESE

Desenvolvimento da marcação da doxorrubicina com Tc-99m - estudos in vitro e in vivo

Autora: Maria Verônica Fonseca Torres de Oliveira.

Orientadoras: Bianca Gutfilen, Flávia Paiva P. L. Lopes. [Tese de Mestrado]. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro; 2009.

Muitos quimioterápicos vêm sendo amplamente utilizados no tratamento de tumores malignos. O tecnécio-99m (99mTc) é um emissor de fóton único, possui baixo custo, fácil acesso, e uma meia vida bastante viável para sua manipulação, além de suas características físicas, químicas e biológicas. Por isso foi selecionado para a marcação, permitindo a monitoração da sua biodistribuição in vivo e in vitro de compostos marcados com 99mTc por um período de até 24 horas, utilizando uma câmara de cintilação, equipamento prontamente disponível em todo serviço de medicina nuclear. A doxorrubicina é um antibiótico antiblástico antraciclínico isolado de culturas de Streptomyces peucetius. Este quimioterápico tem sido utilizado com êxito para regressão de cânceres da mama, pulmão, bexiga, tireoide, carcinoma ovariano, sarcomas ósseos e dos tecidos moles, linfomas de Hodgkin e não Hodgkin, neuroblastoma, tumor de Wilms e leucemias. O objetivo deste estudo foi determinar a exequibilidade de uma nova técnica de marcação da doxorrubicina para diagnóstico de câncer pela ligação direta do 99mTc com a doxorrubicina, utilizando o cloreto estanoso (SnCl2).

Duas diferentes concentrações da droga e cinco diferentes concentrações do agente redutor foram testadas. O controle de qualidade foi realizado por meio de cromatografia em papel Wahtman nº 4. A farmacocinética e as imagens da biodistribuição da doxorrubicina99mTc foram determinadas após sua administração intravenosa em camundongos Balb C. Foram avaliadas as imagens de camundongos saudáveis e animais de espécie canina e felina com diagnóstico de câncer.

A eficiência de marcação em cromatografia em papel foi superior a 90% e a biodistribuição em camundongos saudáveis foi satisfatória, não havendo imagens de estômago e tireoide compatíveis com o esperado. A biodistribuição dos cães e gatos foi semelhante aos camundongos, porém com captação anormal no tumor maligno.

Estudos devem ser realizados com o objetivo de restringir o uso desnecessário deste tipo de quimioterapia com doxorrubicina, evitando a toxicidade em órgãos vitais em pacientes com câncer, resistentes a droga.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    23 Fev 2010
  • Data do Fascículo
    Dez 2009
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