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Estudo da permeabilidade vascular e volume extracelular na diferenciação das lesões nodulares benignas e malignas da mama

RESUMO DE TESE

Estudo da permeabilidade vascular e volume extracelular na diferenciação das lesões nodulares benignas e malignas da mama

Autora: Erica Elisangela Françolin.

Orientador: Nestor de Barros. [Tese de Doutorado]. São Paulo: Universidade de São Paulo; 2009.

Introdução: O estudo das lesões mamárias teve grande avanço com o uso da ressonância magnética com contraste. Contudo, muitos achados ainda são comuns nas lesões benignas e malignas, muitas vezes sendo difícil sua diferenciação. O objetivo deste estudo foi estudar a permeabilidade vascular e o volume extracelular (VEC) nas lesões nodulares benignas e malignas da mama, para verificar se isto poderia aumentar a diferenciação destas lesões. Para isto, utilizamos o aplicativo do full time point (FTP), que utiliza a sequência dinâmica do contraste e converte em mapa de cores e calcula permeabilidade e VEC.

Métodos: Foram incluídas no estudo 31 pacientes com 57 lesões nodulares, 29 malignas e 28 benignas. Todas as pacientes assinaram termo de consentimento livre e esclarecido. As lesões foram primeiramente classificadas pelo radiologista leitor quanto à análise dinâmica do contraste, de acordo com a classificação do BI-RADS®. Posteriormente, as mesmas lesões foram selecionadas com o programa do FTP, que calculou permeabilidade vascular e VEC das lesões.

Resultados: Os resultados mostraram que a permeabilidade foi diferente para lesões malignas e benignas, com média de 1,209 (± 0,424) para maligno e 0,394 (± 0,210) para benigno. O VEC não mostrou diferença estatisticamente significativa entre lesões benignas e malignas, com média de 0,666 (± 0,123) para maligno e 0,708 (± 0,151) para benigno. Quando correlacionado com a classificação das lesões pelo BI-RADS®, evidenciamos também que as lesões tiveram permeabilidade diferente nas diferentes classificações, sendo de 0,39 (± 0,22) para BI-RADS 3, 0,56 (± 0,39) para BI-RADS 4 e 1,29 (± 0,37) para BI-RADS 5, mostrando que nas lesões com maior malignidade a permeabilidade foi maior. O VEC não foi diferente nas diversas classificações do BI-RADS.

Conclusões: O estudo nos permite concluir que a permeabilidade vascular pode ser um bom discriminante na diferenciação das lesões benignas e malignas da mama. Contudo, o mesmo não ocorreu com o VEC.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    23 Fev 2010
  • Data do Fascículo
    Dez 2009
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