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Correlação interobservador das alterações morfológicas das vias biliares em pacientes com esquistossomose mansoni pela colangiorressônancia magnética

RESUMO DE TESE

Correlação interobservador das alterações morfológicas das vias biliares em pacientes com esquistossomose mansoni pela colangiorressônancia magnética

Autor: Danilo Moulin Sales.

Orientador: Jacob Szejnfeld.

Co-orientador: David Carlos Shigueoka.

[Tese de Mestrado]. São Paulo: Universidade Federal de São Paulo; 2009.

OBJETIVOS: Descrever as alterações das vias biliares intra e extra-hepáticas pela colangiografia por ressonância magnética (CPRM) na esquistossomose hepatesplênica. Avaliar a concordância interobservador da CPRM na detecção de colangiopatia esquistossomótica.

MÉTODOS: Foi realizado estudo prospectivo e transversal em 24 pacientes portadores de esquistossomose mansoni com a forma hepatesplênica, sem sinais clinicolaboratoriais de hepatopatias associadas, e em 6 pacientes sem doença hepática conhecida, como grupo controle, com avaliação da via biliar com CPRM. Foram analisados os seguintes padrões de alteração da via biliar: distorção ou desarranjo, afilamento, estenose, dilatação e irregularidade. Foi calculada a concordância interobservador na caracterização de alteração da via biliar e suas alterações utilizando-se o teste de McNemar e o índice kappa (κ). Foi também estudada a relação entre a ocorrência de alteração da via biliar com o nível sérico da gamaglutamiltransferase.

RESULTADOS: A concordância interobservador na caracterização de distorção e afilamento da via biliar foi quase perfeita (κ = 0,867; intervalo de confiança [IC] 95% [0,512-1,0] e κ = 0,865; IC 95% [0,51-1,0], respectivamente). Em relação às outras variáveis, a concordância foi substancial para a estenose (κ = 0,78; IC 95% [0,424-1,0]), moderada para dilatação (κ = 0,595; IC 95% [0,247-0,942]) e regular para afilamento (κ = 0,229; IC 95% [0,095-0,552]). A concordância foi também substancial quando se considerou qualquer tipo de alteração da árvore biliar (κ = 0,722; IC 95% [0,364-1,0]).

CONCLUSÕES: As alterações observadas nas vias biliares desses pacientes foram, em ordem decrescente de ocorrência: afilamento, distorção, estenose, dilatação e irregularidade. A concordância interobservador para sinais de colangiopatia esquistossomótica foi quase perfeita para distorção e afilamento e substancial para estenose.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    09 Mar 2010
  • Data do Fascículo
    Fev 2010
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