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Editorial

EDITORIAL

A pós-graduação em química no Brasil melhora seus indicadores de qualidade

Entre 12 e 16 de julho uma Comissão designada pela CAPES debruçou-se sobre os dados colhidos por meio dos relatórios anuais dos programas de pós-graduação da CAPES, para avaliar o desempenho desses no período 2001-2003 e atribuir-lhes um conceito que reflita um desempenho relativo. Esta avaliação, que vem sendo realizada a cada dois ou três anos, desde 1985, tendo sempre seus resultados divulgados pela Química Nova sob a forma de artigos, tem contribuído para o contínuo crescimento da qualidade da pós-graduação em química no país, assim como em todas as áreas do conhecimento.

É inquestionável que a química no Brasil vem melhorando seus indicadores de qualidade a cada ano, de forma mais acentuada a partir de 1995. Não há dúvidas que este desenvolvimento foi impulsionado pelo Programa de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (PADCT). No entanto, a valorização das publicações em periódico, principalmente aqueles com circulação internacional, da participação dos discentes como co-autores nas publicações e dos indicadores de eficiência em formar mestres e doutores (maior número de titulados por docente e menores tempos médios de titulação) vem induzindo nos diversos programas uma maior preocupação com a otimização dos seus resultados.

O processo de avaliação tem sido sucessivamente aperfeiçoado para melhor refletir os padrões relativos dos programas em todas as áreas. O Conselho Técnico-Científico (CTC) da CAPES, que reúne dois representantes por cada grande área do conhecimento, tem introduzido critérios de padrão internacional para distinguir os programas do nível mais alto (6 e 7) e acompanhado os resultados das avaliações das áreas com cuidado crescente. Em avaliações anteriores foram convidados observadores do exterior e promovidas visitas de comissões internacionais aos programas com conceito 6 e 7. Nesta avaliação, a homologação dos resultados pelo CTC será precedida pela apresentação e discussão dos resultados de cada área dentro da grande área, no nosso caso, das exatas e da terra, que reúne, além da química, física, geociências, computação e matemática.

Os resultados gerais da avaliação confirmam o contínuo crescimento da produção por docente e da qualidade dos veículos de publicação (Tabela 1)1. O número de estudantes também tem continuado a crescer em relação ao total de docentes e a titulação tem crescido de forma mais acentuada. Nesta avaliação aparecem os registros de patente, ainda em número modesto, mas ainda nenhuma concessão.

Os desafios permanecem os mesmos2,3: apenas cerca de 3% dos egressos encontram-se em empresas e pouco mais de 10% dos programas encontram-se nas Regiões Norte e Centro-Oeste e entre eles apenas um tem conceito acima de três.

Alfredo Arnóbio S. da Gama (UFPE)

Coordenador de Avaliação da Área de Química CAPES

Vitor F. Ferreira (UFF)

Sub-coordenador de Avaliação da Área de Química CAPES

REFERÊNCIAS

1. da Gama, A. A. S.; Cadore, S.; Ferreira, V. F.; Quim. Nova 2003, 26, 618.

2. de Andrade, J. B.; Cadore, S.; Vieira, P. C.; Zucco, C.; Pinto, A. C.; Quim. Nova 2003, 26, 445.

3. de Andrade, J. B.; Cadore, S.; Vieira, P. C.; Zucco, C.; Pinto, A. C.; Quim. Nova 2004, 27, 358.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    21 Set 2004
  • Data do Fascículo
    Out 2004
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