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Alcalóides indólicos isolados de espécies do gênero Aspidosperma (Apocynaceae)

Indole alkaloids from species of the Aspidosperma (Apocynaceae) genus

Resumo

Species from genus Aspidosperma (Apocynaceae) are popularly employed to treat various diseases. This genus is characterized by the occurrence of indole alkaloids. Taking into account the various biological activities attributed to these alkaloids, the description of the chemical diversity in genus Aspidosperma is important. A review of simple carbolinic alkaloids isolated from species of various genera was published in 1979. In 1987, it was published another one dealing with the relationships between the chemical structures of the indole alkaloids and the evolution of Aspidosperma species. This work updates the information about the indole alkaloids isolated from Aspidosperma species.

Apocynaceae; Aspidosperma; indole alkaloids


Apocynaceae; Aspidosperma; indole alkaloids

REVISÃO

Alcalóides indólicos isolados de espécies do gênero Aspidosperma (Apocynaceae)

Indole alkaloids from species of the Aspidosperma (Apocynaceae) genus

Maria de M. PereiraI; Rose Lisieux R. P. JácomeII; Antônio Flávio de C. AlcântaraIII; Rosemeire B. AlvesIII,** e-mail: brondi@netuno.lcc.ufmg.br; Délio S. RaslanIII

IDepartamento de Medicamentos e Alimentos, Universidade Federal do Amazonas, Rua Com. Alexandre Amorim, 330, 69010-300 Manaus AM, Brasil

IIFaculdade de Farmácia, Universidade Federal de Minas Gerais, Av. Pres. Antônio Carlos, 6627, 31270-901 Belo Horizonte MG, Brasil

IIIDepartamento de Química, Instituto de Ciências Exatas, Universidade Federal de Minas Gerais, Av. Pres. Antônio Carlos, 6627, 31270-901 Belo Horizonte MG, Brasil

ABSTRACT

Species from genus Aspidosperma (Apocynaceae) are popularly employed to treat various diseases. This genus is characterized by the occurrence of indole alkaloids. Taking into account the various biological activities attributed to these alkaloids, the description of the chemical diversity in genus Aspidosperma is important. A review of simple carbolinic alkaloids isolated from species of various genera was published in 1979. In 1987, it was published another one dealing with the relationships between the chemical structures of the indole alkaloids and the evolution of Aspidosperma species. This work updates the information about the indole alkaloids isolated from Aspidosperma species.

Keywords: Apocynaceae; Aspidosperma; indole alkaloids.

INTRODUÇÃO

Plantas da família Apocynaceae estão incluídas fitogeneticamente na ordem Gentiales e subclasse Asteridae, sendo consideradas como espécies dicotiledôneas bem evoluídas e são caracterizadas normalmente pela presença de látex1. Essa família contém entre 3700 a 5100 espécies em 250 a 550 gêneros2,3, sendo encontradas predominantemente nos trópicos e subtrópicos e são menos freqüentes em regiões temperadas4,5. Na flora brasileira são catalogadas como apocináceas mais de 400 espécies em 41 gêneros, sendo 32 destes encontrados apenas na Amazônia6.

Na família Apocynaceae, as espécies do gênero Aspidosperma são encontradas apenas na América, principalmente entre o México e a Argentina7. Em 1951, Woodson classificou 52 espécies de Aspidosperma em 9 séries e, em 1983, outras 18 espécies foram incluídas nesse gênero, segundo Robert8. Em 1987, uma nova classificação quimiotaxonômica das espécies nesse gênero foi proposta por Bolzani9, compreendendo 48 espécies em 7 séries (Tabela 1). Nessa Tabela foi incluída também uma outra série (Tomentosa), conforme descrito por Garcia10.

Além da qualidade de suas madeiras5,11, as cascas de espécies do gênero Aspidosperma são usadas comumente na forma de infusões pela medicina popular da Região Amazônica. A baixa toxicidade e a ausência de contra-indicações dessas infusões têm contribuído enormemente para difusão desse uso das cascas de Aspidosperma12-14. Como exemplos, a espécie A. ramiflorum é empregada no tratamento de leishmaniose14. A espécie A. nitidum é utilizada como anticonceptiva5, no tratamento de inflamações de útero e ovário, em diabetes, em problemas estomacais, contra câncer, febre e reumatismo13. Cascas de A. nitidum, A. album, A. discolor, A. excelsum e A. polineuron são usadas por nativos de diferentes locais da Amazônia no tratamento da malária15-17. A atividade antimalárica atribuída a essa espécie foi comprovada por testes in vitro e in vivo18. Na Colômbia, o látex dessa espécie é utilizado pelos índios Makuna e Taiwano no tratamento da hanseníase5. Cascas de A. quebracho-blanco são usadas na região andina como afrodisíaco e contra febre19-21. No Brasil, essa espécie é usada também em casos de enfisema, bronquite e pneumonia, bem como no tratamento de impotência, contra sintomas da hiperplasia prostática benigna e em dispnéia asmática e cardíaca20-22.

A família Apocynaceae caracteriza-se quimicamente pela ocorrência freqüente de estruturas alcaloídicas. No caso de espécies de Aspidosperma, há predominantemente a ocorrência de alcalóides indólicos de considerável diversidade estrutural, muitos deles contendo esqueleto b-carbolínico simples, com sistemas tricíclicos de anéis pirido-indólicos23. A marcação isotópica de precursores indica que a parte indólica desses alcalóides é derivada biossinteticamente do triptofano e a parte não indólica, provavelmente de carboidratos, pela via chiquimato24. Segundo a literatura, alcalóides indólicos constituem bons marcadores quimiotaxonômicos para classificação botânica das espécies de Aspidosperma10,25-27.

Biologicamente, muitos alcalóides indólicos agem provavelmente nos sistemas neurotransmissores opiáceos, GABAérgicos, colinérgicos, muscarínicos, serotoninérgicos e dopaminérgicos28,29. Por isso, são empregados largamente como hipotensor arterial, simpatolítico, diurético, vasoconstrictor periférico, estimulante respiratório, anestésico, agente bloqueador adrenérgico, espasmogênico intestinal, sedativo e relaxante do músculo esquelético20,30,31. Além disso, são responsáveis pelos efeitos alucinógenos do tabaco, de bebidas e rapés utilizados por nativos da Amazônia, bem como pelas propriedades sedativas do maracujá23.

Ensaios biológicos de muitos alcalóides monoterpênicos isolados das cascas de A. quebracho-blanco22 indicaram atividade bloqueadora a-adrenérgica e ação inibitória de contrações de músculo liso de tecidos de diferentes animais19, além de ação hipotensora20 e analgésica32. Alcalóides das cascas das raízes e das folhas de A. pyrifolium apresentam efeito hipotensivo forte na pressão arterial. Esse efeito foi atribuído a alcalóides indólicos presentes nos extratos dessa espécie33.

Muitos alcalóides indólicos isolados de espécies do gênero Aspidosperma apresentam efeitos mutagênicos em Salmonella typhimurium, em culturas de células mamárias e em células pulmonares, além de efeitos inibitórios sobre monoamino oxidase em tecido animal, crescimento e mitose de fibroblastos cardíacos25. A atividade desses alcalóides em células de eucariontes e procariontes tem sido atribuída à sua capacidade de intercalação quando interagem com o DNA25,34. Outros alcalóides são parasiticidas e apresentam citotoxicidade em células cancerosas28. Testes contra a doença de Chagas mostram que esses alcalóides são ativos contra epimastigotos de Tripanosoma cruzi. O aumento da atividade tripanosomicida de alcalóides indólicos é verificado quando há substituição na posição C-7 do anel indólico28.

Alcalóides indólicos isolados de A. marcgravianum mostraram atividades antimicrobiana e citotóxica35, enquanto aqueles isolados das cascas das raízes de A. excelsum Benth apresentaram atividade antimicrobiana frente a Bacillus subtilis e Staphylococcus aureus36.

Uma revisão foi feita sobre os alcalóides carbolínicos simples conhecidos até 1979, isolados de diferentes gêneros de plantas da família Apocynaceae23. Uma outra revisão sobre essa classe de alcalóides de Aspidosperma foi realizada posteriormente para investigar a relação entre estrutura química e evolução das espécies no gênero. Essa revisão engloba os estudos feitos até 19879. Como resultado, pôde ser proposta uma classificação das espécies de Aspidosperma em séries37.

No presente trabalho é descrito um novo levantamento sobre alcalóides indólicos em espécies do gênero Aspidosperma, tendo em vista sua importância química e biológica. Porém, pretendeu-se realizar uma descrição mais exaustiva da diversidade estrutural dos alcalóides indólicos encontrados em espécies desse gênero até 2006, de acordo com as classes de alcalóides propostas por Manske38.

DESCRIÇÃO ESTRUTURAL DOS ALCALÓIDES INDÓLICOS ISOLADOS DE Aspidosperma

Até 1956 eram conhecidos apenas quatro alcalóides indólicos isolados de espécies de Aspidosperma39. Atualmente, esse número ultrapassa a 100 alcalóides40. As Tabelas 2 a 19 apresentam alcalóides indólicos isolados de plantas do gênero Aspidosperma e classificados segundo os critérios de Manske38.

A Tabela 20 apresenta o levantamento dos alcalóides indólicos isolados por espécie e por série de Aspidosperma. Pelos resultados obtidos pôde-se constatar que as espécies do gênero Aspidosperma são caracterizadas pela incidência de uma grande quantidade e diversidade estrutural de alcalóides indólicos. Por essa tabela não se verifica uma distribuição bem caracterizada dos tipos de alcalóides pelas séries taxonômicas, não permitindo, portanto, a classificação das espécies de Aspidosperma em série ser baseada na estrutura química desses alcalóides. Porém, podem ser ressaltados alguns esqueletos básicos em determinadas séries. Na série Nítida observa-se a predominância dos esqueletos aspidospermina, ioimbano e geissoschizol. Na série Polyneura, são encontrados esqueletos do tipo aspidospermina e pirifolidina. Na série Pyricolla, os esqueletos pirifolidina, elipticina-olivacina, uleína e aparicina são encontrados predominantemente. Finalmente, estruturas com o esqueleto aspidoalbina são encontradas na série Nobile.

AGRADECIMENTOS

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), à Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) e à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM).

Recebido em 20/7/06; aceito em 11/9/06; publicado na web em 28/5/07

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  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      10 Ago 2007
    • Data do Fascículo
      Ago 2007

    Histórico

    • Aceito
      11 Set 2006
    • Recebido
      20 Jul 2006
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