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Preparação e caracterização espectroscópica de complexos de boro: uma proposta para uma prática integrada de química inorgânica

Preparation and spectroscopic characterization of boron complexes: a proposal for an integrated inorganic laboratory

Resumo

As a proposal for an undergraduate second or third year inorganic laboratory course, the present paper describes the preparation of three representative boron complexes: potassium tetrafluoroborate, pyridoxin boron complex and potassium bis(oxalato)borate. The complexes are characterised by infrared and multinuclear magnetic resonance spectroscopy (¹H, 11B and 19F) where isotopic effects are demonstrated.

boron complexes; instrumental methods; inorganic laboratory experiments


boron complexes; instrumental methods; inorganic laboratory experiments

EDUCAÇÃO

Preparação e caracterização espectroscópica de complexos de boro - uma proposta para uma prática integrada de química inorgânica

Preparation and spectroscopic characterization of boron complexes - a proposal for an integrated inorganic laboratory

Karl Eberhard Bessler** e-mail: bessler@unb.br; Adriana Torres de Sousa; Sebastião de Souza Lemos; Fernanda Batista Gomes; Elizeu José de Souza

Instituto de Química, Universidade de Brasília, 70904-970 Brasília - DF, Brasil

ABSTRACT

As a proposal for an undergraduate second or third year inorganic laboratory course, the present paper describes the preparation of three representative boron complexes: potassium tetrafluoroborate, pyridoxin boron complex and potassium bis(oxalato)borate. The complexes are characterised by infrared and multinuclear magnetic resonance spectroscopy (1H, 11B and 19F) where isotopic effects are demonstrated.

Keywords: boron complexes; instrumental methods; inorganic laboratory experiments.

INTRODUÇÃO

A química de coordenação não é um campo exclusivo dos elementos metálicos. Não metais como o boro ou silício, entre outros, também são capazes de formar complexos de coordenação, às vezes chamados de compostos "hipervalentes".1 Compostos moleculares de boro BX3 de geometria trigonal plana são deficientes em elétrons ou aceitadores de elétrons (ácidos de Lewis). A química desses compostos é dominada pelas reações com bases de Lewis, nas quais complexos tetraedricamente coordenados, neutros BX3L ("adutos") ou aniônicos [BX4]-, são obtidos. Alguns exemplos mais conhecidos de complexos aniônicos homolépticos são o tetrafluoroborato [BF4]-, o boranato [BH4]- e o tetrafenilborato [B(C6H5)4]- . Até o ácido bórico B(OH)3 é hidratado em solução aquosa formando o ânion [B(OH)4]- de acordo com a seguinte reação de equilíbrio:

Uma grande variedade de quelatocomplexos tetraédricos de boro é conhecida e pode ser classificada da seguinte maneira: Monoquelatos LBX2 envolvendo um ligante quelante monoaniônico L como β-dicetonato, e ânions simples X como F, OH, alquila, etc.;1,2 bis-quelatos catiônicos [BL2]+, neutros [BLL'] ou aniônicos [BL'2]- com ligantes quelantes monoaniônicos L como β-dicetonatos, e dianiônicos L' como oxatato, malonato etc.1-4 Observa-se que a química de coordenação do boro, apesar de abordar aspectos didáticos fundamentais, tem sido raramente explorada no ensino experimental.

O boro natural é composto por dois isótopos estáveis, 11B e 10B com a abundância de 80,22 e 19,78%, respectivamente (percentual atômico). A elevada abundância de ambos os isótopos e a considerável razão de massa 10B/11B viabilizam a observação do efeito isotópico de massa nos espectros vibracionais de compostos de boro. As frequências daqueles modos vibracionais, nas quais o átomo de boro é deslocado (vibrações antissimétricas - νas) apresentam consideráveis desdobramentos em dois componentes.5,6 Por exemplo, as frequências de vibração de estiramento antissimétrica (νas BF4) correspondem a 1034 e 1083 cm-1 para 11BF4- e 10BF4-, respectivamente.

A espectroscopia de ressonância magnética nuclear (RMN) é considerada uma ferramenta instrumental versátil, pois fornece informações estruturais inclusive de sistemas complexos. Quase todos os elementos químicos possuem um ou mais núcleos isotópicos estáveis com spin nuclear diferente de zero (I ≠ 0), sendo, portanto, susceptíveis à ressonância magnética nuclear. Porém, experimentos didáticos envolvendo a espectroscopia de RMN são geralmente dedicados às disciplinas de química orgânica, explorando quase exclusivamente os núcleos 1H e 13C. Apesar da facilidade na obtenção de espectros de RMN de boro, na bibliografia mais recente de ensino de química experimental, apenas um trabalho foi encontrado que aplica a técnica de RMN aos compostos de boro (1H RMN de NaBH4).7 Ambos os núcleos do boro natural (spin nuclear I = 3 para 10B e I = 3/2 para 11B) são ativos na RMN. O núcleo mais abundante 11B é preferível para estudos de RMN, pois sua receptividade é trinta e quatro vezes maior que a do 10B.8 Devido às suas características espectroscópicas favoráveis, um espectro de RMN 11B, de uma solução suficientemente concentrada, pode ser obtido, em menos de 1 min em um espectrômetro moderno.

O flúor é um elemento monoisotópico (19F) e apresenta spin nuclear meio (I = 1/2). O isótopo exerce um deslocamento químico induzido no núcleo de 19F [1δ10/11 (B-F)].9 Os espectros de RMN de 19F do complexo [BF4]- apresentam resolução suficiente para permitir a discriminação entre [11BF4]- e [10BF4]-, relatado inclusive em espectros obtidos em um espectrômetro de baixo campo (56,4 MHz para 19F).10

Uma vantagem da aplicação da RMN para a finalidade proposta nesse trabalho é que podemos utilizar a mesma solução de K[BF4] em D2O para obtenção dos espectros tanto de 19F quanto de 11B. É possível a obtenção desses espectros inclusive em H2O, especialmente no caso de RMN de 11B onde os picos são naturalmente mais largos em comparação com aqueles do 19F. Isso se deve ao fato de que os espectrômetros modernos de RMN apresentam elevada estabilidade do campo magnético (B0) e permitem a rápida obtenção de espectros mediante aplicação de pulsos de radiofrequência (B1) e posterior aplicação de transformada de Fourier.

No presente conjunto de experimentos são preparados três complexos de boro e caracterizados por meio de espectroscopia no infravermelho e espectroscopia de ressonância magnética multinuclear (1H, 11B e 19F). Os efeitos isotópicos são demonstrados nos espectros tanto de infravermelho quanto de RMN. Os principais objetivos de nosso trabalho foram incluir exemplos da química do boro em práticas de química inorgânica, incentivar o emprego da ressonância magnética multinuclear no ensino experimental e demonstrar efeitos isotópicos por meio de métodos espectroscópicos.

Os tetrafluoroboratos são os complexos mais estáveis do boro, não sofrendo decomposição hidrolítica em meio aquoso. Um aspecto interessante é que o K[BF4] representa um dos raros exemplos de sais de potássio pouco solúveis em água, enquanto o Na[BF4] apresenta boa solubilidade em água. Tetrafluoroboratos podem ser preparados convenientemente pela reação de ácido bórico com ácido fluorídrico aquoso e neutralização subsequente do ácido tetrafluorobórico com uma base apropriada,11 conforme as reações 2 e 3:

Um complexo de boro com piridoxina (vitamina B6) é obtido a partir de ácido bórico e piridoxina em solução aquosa.12 A estrutura molecular corresponde a um bis-quelato neutro, no qual os dois ligantes piridoxínicos coordenam por meio de seus grupos fenólicos desprotonatos e os átomos de oxigênio hidroximetílicos adjacentes (Esquema 1). Em um dos ligantes de piridoxina o nitrogênio piridínico encontra-se protonado levando a uma estrutura betaínica ou "zwitteriônica".13 O complexo cristaliza facilmente a partir da solução aquosa em forma de um mono-hidrato, o qual foi sugerido para isolamento e purificação da piridoxina.14


O ácido oxálico é um excelente agente complexante. Oxalatocomplexos de uma ampla variedade de cátions metálicos são bem conhecidos. Oxalatoboratos não podem ser obtidos em meio aquoso devido a sua sensibilidade hidrolítica. Eles são preparados convenientemente a partir de ácido bórico, ácido oxálico e uma base apropriada, ou um oxalato, em tolueno sob refluxo com separação contínua da água de reação (método de Dean Stark),4 como, por exemplo, na reação 4 ou 5:

PARTE EXPERIMENTAL

Equipamentos

Os espectros de infravermelho podem ser registrados em um espectrômetro com varredura entre 400 e 4000 cm-1. Os espectros de RMN foram feitos em um espectrômetro com campo magnético de 7,05 T (300,07 MHz para 1H, 282,31 MHz para 19F e 96,27 MHz para 11B), equipado com uma sonda de 5 mm, sintonizável para o núcleo X. Entretanto, esse estudo pode ser conduzido em outra configuração de espectrômetro disponível, desde que seja possível sintonizar o núcleo de interesse.

Preparação de tetrafluoroborato de potássio

Atenção! O ácido fluorídrico é uma substância muito agressiva e altamente tóxica. Utilize luvas para prevenir o contato com a pele. Realize o procedimento dentro de uma capela de exaustão para evitar a inalação dos vapores de HF.

O ácido fluorídrico ataca o vidro, portanto, devem ser empregados recipientes de polipropileno ou polietileno.

10 mL de ácido fluorídrico concentrado (40%) são medidos em um cilindro graduado de polipropileno e transferidos a um béquer de polipropileno de 50 mL. Adiciona-se em pequenas porções 3,1 g (50 mmol) de ácido bórico, agitando a mistura até a dissolução completa do ácido bórico. Acrescentam-se algumas gotas de solução de fenolftaleína.

Cuidado, reação exotérmica! A solução é neutralizada adicionando-se gota a gota, sob agitação, uma solução de hidróxido de potássio a 25% (cerca de 10 mL) até que a solução adquira uma cor rosa permanente. Após esfriar a solução sobre um banho de gelo durante 30 min o produto sólido é filtrado a vácuo, lavado sobre o filtro com muito pouco de água gelada e guardado em um dessecador, carregado com hidróxido de sódio, durante 12 h. O produto seco é pesado para o cálculo do rendimento (rendimento médio obtido KBF4: 90 a 95 %).

Registra-se um espectro de infravermelho (em pastilha de KBr) e compara-se o mesmo com o espectro de referência (Figura 1). Devido à simetria tetraédrica do íon BF4- observam-se apenas duas bandas vibracionais, ambas com o respectivo desdobramento isotópico. A primeira, mais intensa (1035/1083 cm-1) corresponde ao estiramento antissimétrico νas BF4; a outra (522/534 cm-1) é atribuída à deformação angular δas BF4.5


Para a obtenção dos espectros de RMN, é preparada uma solução de 10 mg do KBF4 em 1 mL de água.

Adquire-se um espectro de RMN do núcleo de 11B. Um único pico deve ser observado em δ = -1,2 ppm, referenciado externamente com BF3×OEt2 15% (v/v) em CDCl3 (δ = 0), confrontado contra uma solução saturada de H3BO3 em D2O (δ = 19,6) contida em um capilar. Se eventualmente mais sinais forem detectados, correspondem à presença de outros compostos de boro como impurezas. As eventuais impurezas podem ser identificadas com ajuda de valores de referência δ 11B.15

Adquire-se um espectro de RMN do núcleo 19F. O sinal de ressonância do íon BF4- é observado em δ = -150 ppm, referenciado externamente com CCl3F, (δ = 0), confrontado com uma solução de CF3COOH 0,5 mol/L em D2O (δ = -75,6). Quando o espectro é obtido em alta resolução, observa-se um desdobramento do sinal de BF4- em dois componentes com as intensidades relativas de 1:4. Explique a origem desse fenômeno (efeito isotópico induzido).9 Se eventualmente mais sinais forem detectados, correspondem à presença de outras espécies contendo flúor como impurezas. Esses componentes podem ser identificados consultando-se os valores de referência δ 19F; no passado, os valores de deslocamento químico foram referenciados ao CF3COOH (δ = 0).16,17 Espécies do tipo [BF3A]- onde A corresponde a um ânion monovalente são facilmente identificadas devido ao acoplamento com os isótopos de boro.

Isolamento de piridoxina em forma do boro-complexo a partir de comprimidos de vitamina B6

Em um exemplo típico, o fabricante forneceu a seguinte informação referente à composição dos comprimidos de vitamina B6 adquiridos na drogaria: cada comprimido contém 100 mg de piridoxina cloridrato além de outros ingredientes.

Uma quantidade de comprimidos de vitamina B6 correspondente a um conteúdo total de 1 g (5 mmol) de piridoxina cloridrato é triturada em gral de porcelana. O pó é transferido para um béquer e agitado com 30 mL de uma solução de amônia a 10% (a amônia é necessária para neutralizar o cloridrato). A mistura é filtrada e o resíduo é lavado sobre o filtro com 10 mL de água. Ao filtrado, 155 mg (2,5 mmol) de ácido bórico são adicionados e a solução é evaporada em banho-maria até o volume de 10 mL e guardada em um lugar frio durante a noite. Os cristais formados são retirados e secos sobre papel de filtro. O produto seco é pesado para o cálculo do rendimento (rendimento médio obtido C16H19BN2O6 ·H2O: 30 a 40%, baseado na informação do fornecedor dos comprimidos).

Registra-se um espectro de infravermelho (em pastilha de KBr) e compara-se o mesmo com o espectro de referência (Figura 2). Devido à complexidade da estrutura molecular, o espectro é bastante complicado. A banda mais intensa em 1100 cm-1 pode ser atribuída à vibração de estiramento antissimétrica νas BO4 com o componente do isótopo 10B em 1119 cm-1.


Para a obtenção dos espectros de RMN, prepara-se uma solução de 20 mg/mL do complexo isolado em D2O.

Adquire-se um espectro de RMN de 1H. Apesar da existência de dois ligantes não idênticos no estado sólido (estrutura determinada por meio de difração de raios X em monocristal),13 o espectro da solução apresenta apenas um conjunto de picos (singletos) devido a uma rápida troca prototrópica. Identifique a origem dos sinais baseado nos valores relativos de integração. Adicionalmente aparece um pico de água residual em δ = 4,8 ppm, referenciado internamente com DSS - sal sódico de ácido 3-(trimetilsilil)-1-propanossulfônico (δ = 0 para o grupo metílico). O pico do grupo OH alcoólico encontra-se ocultado pelo sinal de H2O.

Adquire-se um espectro de RMN de 11B. Um único sinal de ressonância é observado em δ = 1,77 ppm.

Preparação de bis(oxalato)borato de potássio

Uma mistura de 31,0 mg (0,5 mmol) de ácido bórico, 94,5 mg (0,75 mmol) de ácido oxálico di-hidratado e 46,0 mg (0,25 mmol) de oxalato de potássio mono-hidratado é triturada em um gral de porcelana e logo transferida para um balão de destilação de 100 mL. Adiciona-se ao balão 50 mL de tolueno e uma barra magnética de agitação. Monta-se o equipamento de refluxo para separação contínua de água (dispositivo Dean Stark). A mistura é aquecida sobre um banho de óleo a ± 140 ºC, sob agitação vigorosa, e mantida sob refluxo até que o volume calculado de água tenha sido separado (aproximadamente 2 h). Depois de esfriado à temperatura ambiente, o produto é filtrado sob vácuo utilizando um filtro de vidro sinterizado. Após seco na estufa a 120 ºC o resíduo sólido é pesado para determinação do o rendimento percentual (rendimento médio obtido C4O8BK: em torno de 90%).

Registra-se um espectro de infravermelho (em pastilha de KBr) e compara-se o mesmo com o espectro de referência (Figura 3). Verifica-se a ausência de materiais de partida no espectro e observam-se as frequências características do oxalatoborato [B(C2O4)2]- . As bandas espectrais mais destacadas correspondem às vibrações de ν C=O (1816 e 1779 cm-1), ν B-O-C (1304 cm-1), ν C-C (1219 cm-1) e νas BO4 (1084, o componente do isótopo 10B aparece como ombro em 1128 cm-1).4,5


Os espectros de RMN não podem ser obtidos, pois os oxalatoboratos somente são solúveis em água, onde são rapidamente hidrolisados em reversão de sua obtenção, conforme a reação 5.

CONCLUSÃO

Os experimentos descritos foram realizados com êxito por alunos do 5º semestre na disciplina "Laboratório de Química Inorgânica" dos cursos de graduação do Instituto de Química da Universidade de Brasília. A preparação dos complexos descritos envolve materiais baratos e facilmente acessíveis; a caracterização espectroscópica requerida para os propósitos desses experimentos pode ser alcançada na maioria dos centros de ensino e pesquisa do país.

MATERIAL SUPLEMENTAR

As Figuras 1S-8S que apresentam os espectros de infravermelho mais completos e os espectros de RMN dos compostos obtidos estão disponíveis em http://quimicanova.sbq.org.br, na forma de arquivo PDF, com acesso livre.





AGRADECIMENTOS

À FINEP pelo apoio financeiro (Projeto nº 097001 CT-INFRA).

Recebido em 5/10/09; aceito em 3/2/10; publicado na web em 10/6/10

MATERIAL SUPLEMENTAR

Figura 1S - Clique para ampliar

Figura 2S - Clique para ampliar

Figura 3S - Clique para ampliar

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  • *
    e-mail:
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      24 Ago 2010
    • Data do Fascículo
      2010

    Histórico

    • Recebido
      05 Out 2009
    • Aceito
      03 Fev 2010
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