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TANINOS E FLAVONOIDES DAS FLORES DE EUGENIA UNIFLORA (MYRTACEAE)

TANNINS AND FLAVONOIDS FROM THE FLOWERS OF EUGENIA UNIFLORA (MYRTACEAE)

Resumo

Eugenia uniflora, popularly known as pitanga, is a native species of the Brazilian flora, widely used in folk medicine for the treatment of various diseases and which has several bioactive chemical constituents. The aim of this work was to analyze the chemical composition of flowers visited by bees from Eugenia uniflora by Ultra-Performance Liquid Chromatography coupled with a Diode Array Detector and quadrupole Time of Flight Mass Spectrometry (UPLC-DAD-qTOF-MS/MS). Forty-four compounds were tentatively identified, including quinic acid, seven tannins and thirty-six flavonoids.


INTRODUÇÃO

A família Myrtaceae apresenta cerca de 6000 espécies, distribuídas em mais de 140 gêneros,11 Proença, C. E. B.; Amorim, B. S.; Antonicelli, M. C. ; Bünger, M.; Burton, G. P.; Caldas, D. K. D.; Costa, I. R.; Faria, J. E. Q.; Fernandes, T.; Gaem, P. H.; Giaretta, A.; Lima, D. F.; Lourenço, A. R. L.; Lucas, E. J.; Mazine, F. F.; Meireles, L. D.; Oliveira, M. I. U.; Pizzardo, R. C.; Rosa, P. O.; Santana, K. C.; Santos, L. L. D.; Santos, M. F.; Souza, M. C.; Souza, M. A. D.; Stadnik, A.; Staggemeier, V. G.; Tuler, A. C; Valdemarin, K. S.; Vasconcelos, T. N. C.; Vieira, F. C. S.; Walter, B. M. T.; Sobral, M. Em Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2020. Disponível em: http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB171, acessada em: Junho 2022.
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sendo o taxon Eugenia o mais representativo, com aproximadamente 1000 espécies. No Brasil são encontradas cerca de 400 espécies.22 Mazine, F. F.; Valdemarin, K. S.; Bünger, M.; Faria, J. E. Q.; Fernandes, T.; Giaretta, A.; Santana, K. C.; Sobral, M.; Souza, M. A. D. Em Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2020. Disponível em: http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB10338, acessada em: Junho 2022.
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Eugenia uniflora (Myrtaceae), comumente conhecida como pitanga ou cereja vermelha, é nativa da flora brasileira e atualmente é cultivada em todo o mundo.33 Lim, T. K. In Edible Medicinal and Non Medicinal Plants, Springer: Dordrecht, 2012, pp. 620-630. [Crossref] As folhas são utilizadas na medicina popular para o tratamento de várias doenças como febre, inflamação,44 Auricchio, M. T.; Bacchi, E. M.; Rev. Inst. Adolfo Lutz 2003, 62, 55. [Crossref] e hipertensão.55 Consolini, A. E.; Baldini, O. A. N.; Amat, A. G.; J. Ethnopharmacol. 1999, 66, 33. [Crossref] Devido às diversas atividades que a espécie apresenta, está incluída na lista de plantas medicinais de interesse ao SUS (Renisus) do Brasil com a finalidade de orientar estudos e pesquisas que possam subsidiar a elaboração da relação de fitoterápicos disponíveis para uso da população, com segurança e eficácia.66 Brasil, Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos, Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS, 2009. Disponível em: https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2014/maio/07/renisus.pdf, acessada em Julho 2022.
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Várias atividades biológicas foram relatadas para esta espécie como antioxidante, anti-inflamatória77 Sobeh, M.; El-Raey, M.; Rezq, S.; Abdelfattah, M.A.O.; Petruk, G.; Osman, S.; El-Shazly, A.M.; El-Beshbishy, H.A.; Mahmoud, M.F.; Wink, M.; J. Ethnopharmacol. 2019, 240, 111939. [Crossref],88 Falcão, T. R.; de Araújo, A. A.; Soares, L. A. L.; Ramos, R. T. M.; Bezerra, I. C. F.; Ferreira, M. R. A.; Neto, M. A. S.; Melo, M. C. N.; de Araújo Jr., R. F.; Guerra, A. C. V. A.; de Medeiros, J. S.; Guerra, G. C. B.; BMC Complementary and Alternative Medicine 2018, 18, art. 84. [Crossref] analgésica, anti-diabética,77 Sobeh, M.; El-Raey, M.; Rezq, S.; Abdelfattah, M.A.O.; Petruk, G.; Osman, S.; El-Shazly, A.M.; El-Beshbishy, H.A.; Mahmoud, M.F.; Wink, M.; J. Ethnopharmacol. 2019, 240, 111939. [Crossref] antihipertensiva,55 Consolini, A. E.; Baldini, O. A. N.; Amat, A. G.; J. Ethnopharmacol. 1999, 66, 33. [Crossref] antibacteriana88 Falcão, T. R.; de Araújo, A. A.; Soares, L. A. L.; Ramos, R. T. M.; Bezerra, I. C. F.; Ferreira, M. R. A.; Neto, M. A. S.; Melo, M. C. N.; de Araújo Jr., R. F.; Guerra, A. C. V. A.; de Medeiros, J. S.; Guerra, G. C. B.; BMC Complementary and Alternative Medicine 2018, 18, art. 84. [Crossref],99 Oliveira, M. D. L; Andrade, C. A. S.; Santos-Magalhães, N. S.; Coelho, L. C. B. B.; Teixeira, J. A.; Carneiro-da-Cunha, M. G.; Correia, M. T S.; Lett. Appl. Microbiol. 2008, 46, 371. [Crossref] tripanomicida,1010 Adewunmi, C. O.; Agbedahunsi, J. M.; Adebajo, A. C.; Aladesanmi, A. J.; Murphy, N.; Wando, J.; J. Ethnopharmacol. 2001, 77, 19. [Crossref] antifúngico,1111 Ferreira, M. R. A.; Santiago, R. R.; Langassner, S. M. Z.; de Mello, J. C.; Svidzinski, T. I. S.; Soares, L. A. L.; J. Med. Plants Res. 2013, 7, 3008. [Crossref] e inibição da absorção de gorduras e carboidratos no intestino.1212 Arai, I.; Amagaya, S.; Komatsu, Y.; Okada, M.; Hayashi, T.; Kasai, M.; Arisawa, M.; Momose, Y.; J. Ethnopharmacol. 1999, 68, 307. [Crossref]

Os principais metabólitos identificados em Eugenia uniflora foram terpenoides,1313 Amorim, A. C. L.; Lima, C. K. F.; Hovell, A. M. C.; Miranda, A. L. P.; Rezende, C. M.; Phytomedicine 2009, 16, 923. [Crossref] taninos e flavonoides.1414 Lee, M.-H.; Nishimoto, S.; Yang, L.-L.; Yen, K.-Y.; Hatano, T.; Yoshida, T.; Okuda, T.; Phytochemistry 1997, 44, 1343. [Crossref]

15 Fortes, G. A. C.; Carvalho , A. G.; Ramalho , R. R. F.; da Silva, A. J.; Ferri, P. H.; Santos, S. C.; Rec. Nat. Prod. 2015, 9, 251, disponível em https://www.acgpubs.org/RNP/2015/Volume9/Issue%201/29-RNP-1404-059.pdf, acessada em Julho 2022.
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16 Oliveira, F. M. G.; Romão, W.; Kuster, R. M.; Anal. Methods 2018, 10, 1647. [Crossref]
-1717 Bakr, R. O.; Mohamed, S. A.; Waly, N. E.; J. Pharmacognosy Phytother. 2017, 9, 57. [Crossref] A análise dos óleos essenciais nas folhas de E. uniflora permitiu identificar os compostos atractilona e furanoeudesmano como os dois principais furanosesquiterpenos bioativos.1313 Amorim, A. C. L.; Lima, C. K. F.; Hovell, A. M. C.; Miranda, A. L. P.; Rezende, C. M.; Phytomedicine 2009, 16, 923. [Crossref] Das folhas também foram isolados compostos fenólicos,1414 Lee, M.-H.; Nishimoto, S.; Yang, L.-L.; Yen, K.-Y.; Hatano, T.; Yoshida, T.; Okuda, T.; Phytochemistry 1997, 44, 1343. [Crossref],1515 Fortes, G. A. C.; Carvalho , A. G.; Ramalho , R. R. F.; da Silva, A. J.; Ferri, P. H.; Santos, S. C.; Rec. Nat. Prod. 2015, 9, 251, disponível em https://www.acgpubs.org/RNP/2015/Volume9/Issue%201/29-RNP-1404-059.pdf, acessada em Julho 2022.
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os taninos eugeniflorinas D1, D2,1414 Lee, M.-H.; Nishimoto, S.; Yang, L.-L.; Yen, K.-Y.; Hatano, T.; Yoshida, T.; Okuda, T.; Phytochemistry 1997, 44, 1343. [Crossref] gemina D, camptotina A, oenoteina B,1515 Fortes, G. A. C.; Carvalho , A. G.; Ramalho , R. R. F.; da Silva, A. J.; Ferri, P. H.; Santos, S. C.; Rec. Nat. Prod. 2015, 9, 251, disponível em https://www.acgpubs.org/RNP/2015/Volume9/Issue%201/29-RNP-1404-059.pdf, acessada em Julho 2022.
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além dos flavonoides afzelina, quercitrina, miricitrina, desmantina-1,1515 Fortes, G. A. C.; Carvalho , A. G.; Ramalho , R. R. F.; da Silva, A. J.; Ferri, P. H.; Santos, S. C.; Rec. Nat. Prod. 2015, 9, 251, disponível em https://www.acgpubs.org/RNP/2015/Volume9/Issue%201/29-RNP-1404-059.pdf, acessada em Julho 2022.
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quercetina,1616 Oliveira, F. M. G.; Romão, W.; Kuster, R. M.; Anal. Methods 2018, 10, 1647. [Crossref],1717 Bakr, R. O.; Mohamed, S. A.; Waly, N. E.; J. Pharmacognosy Phytother. 2017, 9, 57. [Crossref] canferol, miricetina,1616 Oliveira, F. M. G.; Romão, W.; Kuster, R. M.; Anal. Methods 2018, 10, 1647. [Crossref] e miricetina 3-O-(4’’,6’’-digaloil) glicopiranosideo.1717 Bakr, R. O.; Mohamed, S. A.; Waly, N. E.; J. Pharmacognosy Phytother. 2017, 9, 57. [Crossref]

A ausência de estudos químicos com as flores de E. uniflora aliada ao fato da importância do registro químico de flores visitadas pelas abelhas1818 Santisteban, R., M.; Cabrera, S. P.; Fernandes Neto, J.; Silva, E. M. S.; Correia, R. C.; Alves, R. F.; dos Santos, F. A. R.; Camara, C. A.; Silva, T. M. S.; Quim. Nova 2019, 42, 874. [Crossref]

19 Cabrera, S. P.; Camara, C. A.; Silva, T. M. S.; Biochem. Syst. Ecol. 2020, 88, 103965. [Crossref]

20 Cabrera, S. P.; da Silva, T. M. G.; Monteiro, A. L. B.; Camara, C. A.; Silva, T. M. S.; Rev. Bras. Farmacogn. 2020, 30, 346. [Crossref]
-2121 Cabrera, S. P., Camara, C. A.; Silva, T. M. S.; Chem. Nat. Compd. 2021, 57, 525. [Crossref] motivaram o presente trabalho que descreve o perfil químico através da análise por Cromatografia a Líquido de Ultra-eficiência acoplada com detectores de Arranjo de Diodo e Espectrômetro de Massas quadrupolo e Tempo de Vôo (UPLC-DAD-qTOF-MS/MS). As flores de E. uniflora são fontes de pólen para abelhas exóticas e nativas e, portanto, contribui para a conservação dessas espécies de abelhas em fragmentos de florestas auxiliando na manutenção da biodiversidade nestes locais. Ao mesmo tempo, as abelhas atuam na preservação dessa planta nativa e contribuem para a regeneração principalmente da Mata Atlântica que é altamente fragmentada.2222 Diniz, M. E. R.; Buschini, M. L. T.; Sociobiology 2016, 63, 982. [Crossref]

PARTE EXPERIMENTAL

Coleta, extração e preparo da amostra

As flores de Eugenia uniflora foram coletadas no Parque da Jaqueira na cidade do Recife -Pernambuco, no mês de outubro de 2019 e uma exsicata número 55630 está depositada no Herbário Professor Vasconcelos Sobrinho (PEUFR-UFRPE) da Universidade Federal Rural de Pernambuco.

As flores (11,1 g) foram extraídas exaustivamente com etanol (EtOH). As soluções extrativas foram evaporadas em rotaevaporador, fornecendo 6,0 g de extrato etanólico bruto. Esse extrato foi submetido à Extração em Fase Sólida (SPE) com cartucho C18 (Sep-Pak plus C18 (Waters, Manchester, UK), condicionado sequencialmente com 10 mL de metanol (MeOH), 10 mL de água destilada e 10 mL de água acidificada com ácido clorídrico (pH 2). A SPE foi escolhida para pré-concentrar e limpar o extrato para a melhor purificação dos fenólicos e remoção dos compostos indesejáveis solúveis em água.1818 Santisteban, R., M.; Cabrera, S. P.; Fernandes Neto, J.; Silva, E. M. S.; Correia, R. C.; Alves, R. F.; dos Santos, F. A. R.; Camara, C. A.; Silva, T. M. S.; Quim. Nova 2019, 42, 874. [Crossref] O extrato etanólico (60,0 mg) foi solubilizado em 500 μL de água destilada e 1 mL de MeOH em ultrassom. A amostra foi inserida no cartucho previamente condicionado, em seguida foi adicionada água destilada, sendo a fração retida no cartucho eluída com MeOH e acetato de etila (AcOEt). Os solventes foram evaporados, sendo obtidas as frações SPE MeOH (51,0 mg) e AcOEt (5,05 mg).

Análise por UPLC-DAD-QTOF-MS/MS

As análises por UPLC-DAD-qTOF-MS/MS foram realizadas utilizando espectrômetro de massas XEVO-G2XSQTOF (Waters, Manchester, UK) conectado ao sistema ACQUITYUPLC (Waters, Milford, MA, USA) via ionização por eletrospray (ESI) e detector DAD (Waters Acquity), comprimento de onda 200-400 nm. As condições para as análises estão de acordo com Souza et al. e Santisteban et al.1818 Santisteban, R., M.; Cabrera, S. P.; Fernandes Neto, J.; Silva, E. M. S.; Correia, R. C.; Alves, R. F.; dos Santos, F. A. R.; Camara, C. A.; Silva, T. M. S.; Quim. Nova 2019, 42, 874. [Crossref],2323 Souza, S. A.; da Silva, T. M. G.; da Silva, E. M. S.; Camara, C. A.; Silva, T. M. S.; Phytochem. Anal. 2018, 29, 549. [Crossref]

Os compostos presentes nas flores de Eugenia uniflora foram tentativamente identificados através das análises dos espectros obtidos por Cromatografia Líquida de Ultra-eficiência acoplada com Detectores de Arranjo de Diodo e Espectrômetro de Massas tipo quadrupolo e Tempo de Vôo (UPLC-DAD-qTOF-MS/MS). A identificação estrutural foi realizada pelas análises dos espectros no ultravioleta e massas de alta resolução (espectros MSE em baixa e alta energia) e comparação com os registros da literatura. Dezessete compostos: ácido elágico (12), miricetrina (14), hiperina (15), isoquercetina (16), canferol-3-O-β-D-glicosídeo (19), quercitrina (21), cinarosídeo (22), afzelina (26), luteolina (29), canferol-3-O-β-D-(6-O-p-coumaroil)-galactopiranosideo (30), tilirosídeo (31), quercetina (35), naringenina (36), apigenina (37), 7-metoxi-aromadendrina (38), canferol (39) e 7-metoxi-naringenina (44) foram utilizados como amostras de padrões autênticos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Análises por UPLC-PDA-qTOF-MS/MS

A análise de flavonoides utilizando a cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC) acoplada com detectores de Arranjo de Diodo e espectrometria de massa com ionização por electrospray (HPLC DAD-ESI-MS / MS) é amplamente relatada na literatura.2424 Xing, T. T; Zhao, X. J.; Zhang, Y. D.; Li, Y. F.; J. Agric. Food Chem. 2017, 65, 2615. [Crossref]

25 Ma, C.; Lv, H.; Zhang, X.; Chen, Z.; Shi, J.; Lu, M.; Lin, Z.; Anal. Chim. Acta 2013, 795, 15. [Crossref]
-2626 Ye, M.; Yang, W.; Liu, K.; Qiao, X.; Li, B.; Cheng, J.; Feng, J.; Guo, D.; Zhao, Y.; J. Pharm. Anal. 2012, 2, 35. [Crossref] O método de aquisição de dados utilizando LC/MS, chamado aquisição de dados MSE (onde E representa a energia de colisão), emprega duas varreduras alternadas com aquisição paralela em ambos os experimentos, colisão de baixa energia (para obter informações de íons moleculares) seguidos por experimentos de colisão de alta energia (para obter os fragmentos de massas de alta resolução, fragmentos precursores e dados de perda de fragmentos neutros). Utilizando o método MSE, os parâmetros de detecção no modo de ionização negativa foram ajustados com uma energia mais alta para aumentar a fragmentação dos íons. Como resultado, são convertidos em íons fragmentos de uma maneira dependente da energia de colisão após a eliminação de pequenas fragmentos neutros.

O método UPLC-QTOF-MSE, no entanto, oferece alta resolução cromatográfica com caracterização estrutural facilitada pela análise de massa exata nos modos MS e MS/MS em uma única corrida analítica resolvendo problemas complexos de análise de mistura,2727 Plumb, R. S.; Johnson, K. A.; Rainville, P.; Smith, B. W.; Wilson, I. D.; Castro-Perez, J. M.; Nicholson, J. K.; Rapid Commun. Mass Spectrom. 2006, 20, 1989. [Crossref],2828 Wu, T.; Lv, H.; Wang, F.; Wang, Y.; J. Agric. Food Chem. 2016, 64, 2280. [Crossref] com análise rápida de extratos e frações vegetais, como nas amostras contendo taninos e flavonoides de E. uniflora.

Um total de quarenta e quatro compostos foram identificados ou tentativamente caracterizados (anotação) por UPLC-ESI-qTOF MSE, sendo o ácido quínico (1), sete taninos (2, 3, 4, 5, 6, 7 e 12) e trinta e seis flavonoides (8-11, 13-44). As Figuras 1 e 2 mostram os cromatogramas UV e pico íon base (BPI) das frações SPE MeOH e AcOEt de E. uniflora, respectivamente. Os compostos não conhecidos foram caracterizados pela análise dos seus espectros de MS/MS (espectros MSE) e pelos espectros no UV, além da comparação com registros na literatura. Os compostos 12, 14, 15, 16, 21, 22, 26, 29, 30, 31, 35, 36, 37, 38, 39 e 44 foram comparados com padrões autênticos. Os valores dos tempos de retenção, dados obtidos no UV, massas de alta resolução em modo negativo, fórmula molecular, erros e os principais fragmentos observados no espectro MS/MS para todos os compostos estão resumidos nas Tabelas 1 e 2. Os taninos identificados correspondem aos derivados dos ácidos gálico e elágico. Os flavonoides correspondem as classes flavanona, flavona e flavonol. Os flavonoides glicosilados apresentam o esqueleto básico da miricetina, quercetina, canferol e luteolina. Os flavonoides agliconas apresentaram o nucleo do tipo flavanona e flavona/flavonol hidroxilados e metoxilados. Através da utilização da SPE com dois solventes diferentes, foi possível a separação dos compostos mais polares, incluindo os compostos glicosilados, na fração MeOH e os mais apolares na fração AcOEt.

Tabela 1
Identificação dos compostos na fração SPE metanólica das flores de Eugenia uniflora por UPLC-DAD-qTOF-MS-MS
Tabela 2
Identificação dos compostos na fração SPE AcOEt das flores de Eugenia uniflora por UPLC-DAD-QTOF-MS-MS

Figura 1
A: UPLC-DAD (340 nm). B: Cromatograma do íon pico base obtido por MSE (UPLC-qTOF/MSE) em modo negativo da fração SPE metanólica das flores de Eugenia uniflora

Figura 2
A: UPLC-DAD (290 nm). B: Cromatograma do íon pico base obtido por MSE (UPLC-qTOF/MSE) em modo negativo da fração SPE AcOEt das flores de Eugenia uniflora

Derivados dos ácidos gálico e elágico

Quatro compostos foram identificados como derivados do ácido elágico (2, 3, 4 e 6) e dois como derivados do ácido gálico (5 e 7). Os compostos derivados do ácido elágico são pares de isômeros, sendo ésteres do ácido hexahidroxidifenílico (HHDP: 6,6’-dicarbonil-2,2’,3,3’,4,4’-hexahidroxibifenil) e um poliol que pode ser a glicose, além do ácido gálico. Esses compostos apresentam absorções características nos espectros no UV em torno de λmax 270 e ombro em 360 nm e nos espectros de massas apresentam fragmentos com perdas de fragmentos referentes aos grupos galoil (m/z 152), galato (m/z 170), glicose (m/z 162) e resíduos HHDP (m/z 301). Nos espectros de MS/MS, os isômeros 2 e 6 produziram o fragmento em m/z 785,0833 [M-H]- e forneceu os fragmentos em m/z 633 [M-H-galoil]-, m/z 463 [M-H-galoil-galato]-, devido as perdas dos grupos galoil e galato-galato, respectivamente. O fragmento em m/z 300 [M-2H-galoil-galato-glicose]- corresponde ao resíduo HHDP e em m/z 169 [M-H-galato-glicose-HHDP]- ao ácido gálico. De acordo com as evidências, os compostos 2 e 6 podem ser identificados como isômeros digaloil-HHDP-glicosídeo (Tabela 1). De maneira semelhante, os isomeros 3 e 4 m/z 783.0687 [M-H]- foram identificados como oenoteina C2929 Omar, R.; Li, L.; Yuan, T.; Seeram, N. P.; J. Nat. Prod. 2012, 75, 1505. [Crossref] e/ou seus isômeros. O fragmento em m/z 765 [M-H-H2O]- foi devido a perda de uma molécula de água. Os subsequentes fragmentos em m/z 613 [M-H-H2O-galoil]- e m/z 444 [M-H-H2O-galoil-galato]-, correspondem as perdas dos grupos galoil e galoil-galato, respectivamente. O pico em m/z 300 [M-H-H2O-galoil-galato-glicose]- é referente ao resíduo ácido elágico e em m/z 169 [M-H-H2O-galoil-glicose-HHDP]- ao ácido gálico.

Os dois derivados do ácido gálico 5 m/z 483,0780 e 7 m/z 635,0889 [M-H]- foram identificados como 2,3-di-O-galoil-D-glicosídeo 1515 Fortes, G. A. C.; Carvalho , A. G.; Ramalho , R. R. F.; da Silva, A. J.; Ferri, P. H.; Santos, S. C.; Rec. Nat. Prod. 2015, 9, 251, disponível em https://www.acgpubs.org/RNP/2015/Volume9/Issue%201/29-RNP-1404-059.pdf, acessada em Julho 2022.
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,2323 Souza, S. A.; da Silva, T. M. G.; da Silva, E. M. S.; Camara, C. A.; Silva, T. M. S.; Phytochem. Anal. 2018, 29, 549. [Crossref] e trigaloil-glicosídeo.2323 Souza, S. A.; da Silva, T. M. G.; da Silva, E. M. S.; Camara, C. A.; Silva, T. M. S.; Phytochem. Anal. 2018, 29, 549. [Crossref] Os espectros no UV mostraram absorção em λmax 271 nm. Os espectros de massas apresentaram fragmentos típicos referentes às perdas do grupo galoil e galato (Tabela 1).

Identificação dos flavonoides glicosilados (compostos 8-11, 13-33)

Vinte e quatro flavonoides glicosilados foram identificados na fração metanólica SPE das flores de Eugenia uniflora (Tabela 1). Os espectros no UV destes flavonoides mostraram absorção em torno de λmax 346-360 nm. Os flavonoides 30-32 apresentaram absorção em λmax 309 nm, característico da presença do grupo coumaroil na molécula.

Nos espectros MSE de alta energia foi possível obter as informações para os flavonoides O-glicosídeos. As eliminações de 162 Da, 146 Da e 132 Da indicam a presença dos resíduos de hexose, deoxihexose e pentose, respectivamente. Os flavonoides 14, 15, 16, 21, 22, 26, 30 e 31 foram comparados com padrões autênticos e totalmente identificados. Para os flavonoides glicosilados 8, 9, 10, 13, 18, 19 e 20 foi utilizada anotação, uma vez que esses compostos já foram identificados em outras partes de Eugenia uniflora.77 Sobeh, M.; El-Raey, M.; Rezq, S.; Abdelfattah, M.A.O.; Petruk, G.; Osman, S.; El-Shazly, A.M.; El-Beshbishy, H.A.; Mahmoud, M.F.; Wink, M.; J. Ethnopharmacol. 2019, 240, 111939. [Crossref],3030 Sobeh, M.; Hamza, M. S.; Ashour, M. L.; Elkhatieb, M.; El Raey, M. A.; Abdel-Naim, A. B.; Wink, M.; Pharmaceuticals 2020, 13, 84. [Crossref] Os outros flavonoides, embora não seja possível identificar a posição certa em que os açucares estão ligados na molécula, estão sendo relatados pela primeira vez na espécie em estudo.

Os principais núcleos identificados foram das agliconas miricetina (8, 9, 10, 13 e 14), quercetina (11, 16, 17, 20, 21 e 27, 28), canferol (19, 26, 30, 31, 32 e 33) e luteolina (22). Os flavonoides glicosilados 23, 24 e 25 podem ser uma aglicona luteolina ou canferol, uma vez que estes dois núcleos apresentam o mesmo fragmento em m/z 284 após a perda da pentose (132 Da). Como exemplo para cada núcleo (flavonoides 14, 16 e 26), são propostos mecanismos de fragmentação obtidos nos espectros de massas MSE em alta energia (Figuras 3, 4 e 5). O mecanismo pode ser extendido para outros flavonoides com o mesmo núcleo. O flavonoide que representa o núcleo miricetina (14, miricetrina) apresentou o fragmento em m/z 463,0880 [M-H]- com subsequente perda de ramnose em m/z 316 [M-2H-ramnose]- e CO em m/z 287 [M-2H-ramnose-CO]-. Adicionalmente, a fragmentação devido a clivagem do anel C Retro-Diels-Alder (RDA) forneceu o fragmento em m/z 151 referente ao e 11 Proença, C. E. B.; Amorim, B. S.; Antonicelli, M. C. ; Bünger, M.; Burton, G. P.; Caldas, D. K. D.; Costa, I. R.; Faria, J. E. Q.; Fernandes, T.; Gaem, P. H.; Giaretta, A.; Lima, D. F.; Lourenço, A. R. L.; Lucas, E. J.; Mazine, F. F.; Meireles, L. D.; Oliveira, M. I. U.; Pizzardo, R. C.; Rosa, P. O.; Santana, K. C.; Santos, L. L. D.; Santos, M. F.; Souza, M. C.; Souza, M. A. D.; Stadnik, A.; Staggemeier, V. G.; Tuler, A. C; Valdemarin, K. S.; Vasconcelos, T. N. C.; Vieira, F. C. S.; Walter, B. M. T.; Sobral, M. Em Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2020. Disponível em: http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB171, acessada em: Junho 2022.
http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/flora...
,33 Lim, T. K. In Edible Medicinal and Non Medicinal Plants, Springer: Dordrecht, 2012, pp. 620-630. [Crossref]A- (Figura 3). A isoquercetina (16), representante da aglicona quercetina (Figura 4), apresentou o pico do íon desprotonado em m/z 463 [M-H]-. O principais fragmentos formados foram m/z 300 [M-2H-glicose]-, m/z 287 [M-2H-CO]-, além do íon referente a clivagem RDA em m/z 151 [11 Proença, C. E. B.; Amorim, B. S.; Antonicelli, M. C. ; Bünger, M.; Burton, G. P.; Caldas, D. K. D.; Costa, I. R.; Faria, J. E. Q.; Fernandes, T.; Gaem, P. H.; Giaretta, A.; Lima, D. F.; Lourenço, A. R. L.; Lucas, E. J.; Mazine, F. F.; Meireles, L. D.; Oliveira, M. I. U.; Pizzardo, R. C.; Rosa, P. O.; Santana, K. C.; Santos, L. L. D.; Santos, M. F.; Souza, M. C.; Souza, M. A. D.; Stadnik, A.; Staggemeier, V. G.; Tuler, A. C; Valdemarin, K. S.; Vasconcelos, T. N. C.; Vieira, F. C. S.; Walter, B. M. T.; Sobral, M. Em Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2020. Disponível em: http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB171, acessada em: Junho 2022.
http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/flora...
,33 Lim, T. K. In Edible Medicinal and Non Medicinal Plants, Springer: Dordrecht, 2012, pp. 620-630. [Crossref]A]-. O mesmo padrão de perdas de fragmentos foi observado para a afzelina (26), sendo observado os principais fragmentos em m/z 284 [M-2H-ramnose]-, m/z 255 [M-2H-ramnose-CO]- e m/z 151 [11 Proença, C. E. B.; Amorim, B. S.; Antonicelli, M. C. ; Bünger, M.; Burton, G. P.; Caldas, D. K. D.; Costa, I. R.; Faria, J. E. Q.; Fernandes, T.; Gaem, P. H.; Giaretta, A.; Lima, D. F.; Lourenço, A. R. L.; Lucas, E. J.; Mazine, F. F.; Meireles, L. D.; Oliveira, M. I. U.; Pizzardo, R. C.; Rosa, P. O.; Santana, K. C.; Santos, L. L. D.; Santos, M. F.; Souza, M. C.; Souza, M. A. D.; Stadnik, A.; Staggemeier, V. G.; Tuler, A. C; Valdemarin, K. S.; Vasconcelos, T. N. C.; Vieira, F. C. S.; Walter, B. M. T.; Sobral, M. Em Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2020. Disponível em: http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB171, acessada em: Junho 2022.
http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/flora...
,33 Lim, T. K. In Edible Medicinal and Non Medicinal Plants, Springer: Dordrecht, 2012, pp. 620-630. [Crossref]A]- (Figura 5). Os flavonoides com essas principais agliconas apresentaram perfil de ionização similares (Tabela 1).

Figura 3
Espectro de MSE de miricetrina (14): (A) baixa energia; (B) alta energia

Figura 4
Espectro de MSE de isoquercetina (16): (A) baixa energia; (B) alta energia

Figura 5
Espectro de MSE de afzelina (26): (A) baixa energia; (B) alta energia

Identificação dos flavonoides agliconas

Onze flavonoides agliconas foram identificados na fração SPE AcOEt, destes, seis compostos (35, 36, 37, 38, 39 e 44) foram comparados com padrões autênticos. As flavanonas/flavanonols apresentaram comprimentos de onda nos espectros no UV em torno de λmax 286 nm. Os flavonoides metoxilados podem apresentar fragmentos característicos [M + H -n × 15]+. Esses grupos metilas são clivados como radicais independentemente da posição que se encontram nos flavonoides. Outros fragmentos neutros também foram perdidos como H2O (18) e CO (28).2424 Xing, T. T; Zhao, X. J.; Zhang, Y. D.; Li, Y. F.; J. Agric. Food Chem. 2017, 65, 2615. [Crossref] Os fragmentos mais comuns resultantes da clivagem RDA apresentaram o grupo metoxila no anel A, mas com baixa intensidade (Figura 6, Tabela 2).

Figura 6
Espectro de MSE de 7-metoxinaringenina (44): (A) baixa energia; (B) alta energia

Considerando 7-metoxi naringenina (44) como exemplo para os flavonoides agliconas, primeiro, o íon molecular desprotonado em m/z 285,0767 foi observado no espectro de massas de alta resolução no modo de baixa energia (Figura 6). A clivagem RDA no anel C forneceu os fragmentos em m/z 165 [11 Proença, C. E. B.; Amorim, B. S.; Antonicelli, M. C. ; Bünger, M.; Burton, G. P.; Caldas, D. K. D.; Costa, I. R.; Faria, J. E. Q.; Fernandes, T.; Gaem, P. H.; Giaretta, A.; Lima, D. F.; Lourenço, A. R. L.; Lucas, E. J.; Mazine, F. F.; Meireles, L. D.; Oliveira, M. I. U.; Pizzardo, R. C.; Rosa, P. O.; Santana, K. C.; Santos, L. L. D.; Santos, M. F.; Souza, M. C.; Souza, M. A. D.; Stadnik, A.; Staggemeier, V. G.; Tuler, A. C; Valdemarin, K. S.; Vasconcelos, T. N. C.; Vieira, F. C. S.; Walter, B. M. T.; Sobral, M. Em Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2020. Disponível em: http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB171, acessada em: Junho 2022.
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,33 Lim, T. K. In Edible Medicinal and Non Medicinal Plants, Springer: Dordrecht, 2012, pp. 620-630. [Crossref]A]-, m/z 151 [0,2A-CH3]- e m/z 119 [0,2A-CH3]-. O fragmento resultante da clivagem RDA em m/z 165 [11 Proença, C. E. B.; Amorim, B. S.; Antonicelli, M. C. ; Bünger, M.; Burton, G. P.; Caldas, D. K. D.; Costa, I. R.; Faria, J. E. Q.; Fernandes, T.; Gaem, P. H.; Giaretta, A.; Lima, D. F.; Lourenço, A. R. L.; Lucas, E. J.; Mazine, F. F.; Meireles, L. D.; Oliveira, M. I. U.; Pizzardo, R. C.; Rosa, P. O.; Santana, K. C.; Santos, L. L. D.; Santos, M. F.; Souza, M. C.; Souza, M. A. D.; Stadnik, A.; Staggemeier, V. G.; Tuler, A. C; Valdemarin, K. S.; Vasconcelos, T. N. C.; Vieira, F. C. S.; Walter, B. M. T.; Sobral, M. Em Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2020. Disponível em: http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB171, acessada em: Junho 2022.
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,33 Lim, T. K. In Edible Medicinal and Non Medicinal Plants, Springer: Dordrecht, 2012, pp. 620-630. [Crossref]A]- confirma a presença da metoxila na posição 7 do flavonoide.

Como as flores de Eugenia uniflora são frequentemente visitadas por abelhas com ferrão e principalmente pelas abelhas sem ferrão, novos estudos serão necessários para determinar se existe relação entre a presença dos flavonoides e a atração pelas abelhas, uma vez que já se apresentam como fonte de pólen. Essa interação é importante para preservação desta planta nativa e regeneração da Mata Atlantica fragmentada.

CONCLUSÕES

A análise de UPLC-DAD-qTOF-MS/MS permitiu verificar a presença de quarenta e quatro compostos, sendo o ácido quínico, sete taninos e trinta e seis flavonoides. Os flavonoides apresentaram os núcleos principais da miricetina, quercetina, canferol e luteolina.

AGRADECIMENTOS

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (425493/2018-0 e 301935/2018-1), à Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (FACEPE-PRONEM número 0741.1.06/14), ao Centro de Apoio à Pesquisa-Universidade Federal Rural de Pernambuco (CENAPESQ-UFRPE) e à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    19 Dez 2022
  • Data do Fascículo
    2022

Histórico

  • Recebido
    20 Nov 2021
  • Aceito
    25 Maio 2022
  • Publicado
    01 Jul 2022
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