Acessibilidade / Reportar erro

Ocorrência de um Potyvirus associado ao mosaico da açucena-gigante

Association of a Potyvirus with mosaic symptoms in spider lily

NOTAS FITOPATOLÓGICAS PHYTOPATHOLOGICAL NOTES

Ocorrência de um Potyvirus associado ao mosaico da açucena-gigante

Association of a Potyvirus with mosaic symptoms in spider lily

Antônio A.L. BarbozaI; Eliezer R. de SoutoI; Álvaro M.R. AlmeidaII; Elliot W. KitajimaIII

IDepartamento de Agronomia, Universidade Estadual de Maringá, Av. Colombo, 5790, CEP 87020-900, Maringá, PR, e-mail: ersouto@uem.br

IIEmbrapa Soja, Cx. Postal 231, CEP 86001-970, Londrina, PR

IIISetor de Fitopatologia, NAP/MEPA, ESALQ, Cx. Postal 9, CEP 13418-900, Piracicaba, SP

ABSTRACT

Plants of spider lily (Crinum sp) showing mosaic symptoms were found in Londrina, Paraná. Electron microscopy examinations revealed flexuous rod shaped particles and lamellar inclusion bodies in the cell cytoplasm. RT-PCR products of 2 kb were amplified by a pair of genus specific primers suggesting the association of a potyvirus, being this the first time a virus infection in this host is reported in Brazil.

Potyvirus como o Lily symptomless virus (LSV), Lily mottle virus (LMoV) e Tulip breaking virus (TBV), podem causar sintomas de mosaico, anormalidades de crescimento e redução no tamanho de flores em plantas de caule subterrâneo bulboso como o lírio, família Liliaceae (Hagita et al., Annals Phytopathological Society Japan 55:1. 1989). Na Austrália, há o relato de um potyvírus restrito a Crinum sp, família Amaryllidaceae, o qual ainda não foi caracterizado, causando clorose generalizada, mosaico e manchas estriadas nas folhas (Pares & Bertus, Phytopathologische Z. 91:170. 1978). Bulbos originários de açucena-gigante (Crinum sp) com sintomas de mosaico, coletados em Londrina, produziram plantas que manifestaram mosaico leve progredindo para manchas avermelhadas e necrose das folhas mais velhas. As inoculações mecânicas de macerados foliares em plantas de sete famílias botânicas, incluindo Liliaceae e Amaryllidaceae, foram negativas. Todavia, ensaios de RT-PCR com oligonucleotídeos específicos para a terminação 3' do genoma de potyvirus (Chavi et al., Plant Disease 81:1115. 1997; Colinet et al., Plant Disease 82: 223. 1998), resultaram em amplificações de aproximadamente 2 kb. Exames de microscopia eletrônica revelaram partículas alongadas e agregados lamelares no citoplasma das células infectadas. O sequenciamento do produto de RT-PCR obtido poderá elucidar em definitivo a identidade e a posição taxonômica do vírus associado à açucena-gigante no Paraná.

Aceito para publicação em 20/01/2006

Autor para correspondência: Eliezer Rodrigues de Souto

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    04 Set 2006
  • Data do Fascículo
    Abr 2006
Sociedade Brasileira de Fitopatologia SGAS 902 Edifício Athenas - Bloco B, Salas 102/103, 70390-020 Brasília, DF, Tel./Fax: +55 61 3225-2421 - Brasília - DF - Brazil
E-mail: sbf-revista@ufla.br