Acessibilidade / Reportar erro

Eficiência de fungicidas sistêmicos para o controle de Cylindrocladium candelabrum em eucalipto

Efficiency of systemic fungicides for control of Cylindrocladium candelabrum in eucalypt

Resumos

Várias espécies de Cylindrocladium podem causar doenças em mudas de eucalipto, na propagação clonal. Apesar de, em algumas situações, fungicidas serem imprescindíveis no controle desses patógenos, faltam estudos para avaliar a efetividade desses produtos. Por isso, objetivou-se selecionar fungicidas sistêmicos para controlar C. candelabrum, determinar o efeito protetor, curativo e anti-esporulante dos fungicidas, sua translocação e persistência em plantas de eucalipto. Nos experimentos in vitro foram testados: azoxystrobin (AZO), triadimenol (TRI), boscalid (BOS), pyraclostrobin (PYR), carbendazim (CAR), tetraconazole (TET), tebuconazole (TEB), epoxiconazole+pyraclostrobin (EPO-PYR) e epoxiconazole (EPO) nas concentrações 0,1, 1, 5, 10, 50, 100 e 1000 µg de i.a/mL. Nos experimentos in vivo, utilizou-se um clone suscetível a C. candelabrum (Eucalyptus grandis x E. urophylla). Excetuando-se o estudo da atividade translaminar, aplicaram-se os fungicidas, em ambas as faces do limbo foliar. Após 24 h, as plantas foram inoculadas com suspensão de 10(5) conídios/mL de C. candelabrum. Testou-se o efeito protetor dos fungicidas, em diferentes concentrações: AZO (0,2; 0,25; 0,4; 0,65 e 0,8 g/L), EPO (0,75; 1,125; 1,5; 1,875 e 2,25 mL/L), EPO-PYR (1,25; 1,875; 2,5; 3,125 e 3,75 mL/L), PYR (0,75; 1,125; 1,5; 1,875 e 2,25 mL/L) e TEB (0,75; 1,125; 1,5; 1,875 e 2,25 mL/L), selecionados nos testes in vitro. Para avaliar o efeito curativo, anti-esporulante, a persistência e a atividade translaminar, utilizaram-se os fungicidas: AZO (0,4 g/L), EPO (1,5 mL/L), EPO-PYR (2,5 mL/L) e TEB (1,5 mL/L). Obteve-se efeito protetor, curativo e anti-esporulante com EPO, EPO-PYR e TEB, os quais tiveram atividade translaminar e persistência nos tecidos foliares.

Eucalyptus; miniestacas; triazóis; estrobilurinas; controle químico


Several Cylindrocladium species may cause diseases in eucalyptus mini-cuttings. Although the use of fungicides is sometimes indicated, there are few studies evaluating fungicides in eucalyptus nurseries. Therefore, systemic fungicides were used against C. candelabrum to evaluate their protective, curative, and antisporulating effects, as well as their translocation and persistence in eucalyptus plants. Under in vitro conditions, azoxystrobin (AZO), triadimenol (TRI), boscalid (BOS), pyraclostrobin (PYR), carbendazim (CAR), tetraconazol (TET), tebuconazol (TEB), epoxiconazol +pyraclostrobin (EPO-PYR) and epoxiconazol (EPO), were used in the following concentrations: 0,1, 1, 5, 10, 50, 100 and 1000 µg a.i/mL. For the in vivo experiment, a clone (Eucalyptus grandis x E. urophylla) susceptible to C. candelabrum was used. The fungicides were sprayed on both leaf sides (except for the translaminar activity evaluation), the plants were allowed to dry out for 24 h, and inoculated with a 10(5) conidia/mL suspension. Protective effect of AZO (0.2; 0.25; 0.4; 0.65 and 0.8 g/L), EPO (0.75; 1.125; 1.5; 1.875 and 2.25 mL/L), EPO-PYR (1.25; 1.875; 2.5; 3.125 and 3.75 mL/L), PYR (0.75; 1.125; 1.5; 1.875 and 2.25 mL/L) and TEB (0.75; 1.125; 1.5; 1.875 and 2.25 mL/L), was evaluated at different concentrations. In subsequent experiments, the following fungicides (concentrations) were used: AZO (0.4 g/L), EPO (1.5 mL/L), EPO-PYR (2.5 mL/L) and TEB (1.5 mL/L). The fungicides EPO, EPO-PYR and TEB promoted protective, curative, and antisporuling effects, as well as translaminar translocation and persistence in the leaves.

Eucalyptus; mini-cuttings; triazoles; strobilurins; chemical control


ARTIGOS ARTICLES

Eficiência de fungicidas sistêmicos para o controle de Cylindrocladium candelabrum em eucalipto

Efficiency of systemic fungicides for control of Cylindrocladium candelabrum in eucalypt

Eraclides M. Ferreira; Acelino C. Alfenas; Luiz A. Maffia; Reginaldo G. Mafia

Departamento de Fitopatologia, Universidade Federal de Viçosa, CEP 36570-000, Viçosa, MG, e-mail: aalfenas@ufv.br

RESUMO

Várias espécies de Cylindrocladium podem causar doenças em mudas de eucalipto, na propagação clonal. Apesar de, em algumas situações, fungicidas serem imprescindíveis no controle desses patógenos, faltam estudos para avaliar a efetividade desses produtos. Por isso, objetivou-se selecionar fungicidas sistêmicos para controlar C. candelabrum, determinar o efeito protetor, curativo e anti-esporulante dos fungicidas, sua translocação e persistência em plantas de eucalipto. Nos experimentos in vitro foram testados: azoxystrobin (AZO), triadimenol (TRI), boscalid (BOS), pyraclostrobin (PYR), carbendazim (CAR), tetraconazole (TET), tebuconazole (TEB), epoxiconazole+pyraclostrobin (EPO-PYR) e epoxiconazole (EPO) nas concentrações 0,1, 1, 5, 10, 50, 100 e 1000 µg de i.a/mL. Nos experimentos in vivo, utilizou-se um clone suscetível a C. candelabrum (Eucalyptus grandis x E. urophylla). Excetuando-se o estudo da atividade translaminar, aplicaram-se os fungicidas, em ambas as faces do limbo foliar. Após 24 h, as plantas foram inoculadas com suspensão de 105 conídios/mL de C. candelabrum. Testou-se o efeito protetor dos fungicidas, em diferentes concentrações: AZO (0,2; 0,25; 0,4; 0,65 e 0,8 g/L), EPO (0,75; 1,125; 1,5; 1,875 e 2,25 mL/L), EPO-PYR (1,25; 1,875; 2,5; 3,125 e 3,75 mL/L), PYR (0,75; 1,125; 1,5; 1,875 e 2,25 mL/L) e TEB (0,75; 1,125; 1,5; 1,875 e 2,25 mL/L), selecionados nos testes in vitro. Para avaliar o efeito curativo, anti-esporulante, a persistência e a atividade translaminar, utilizaram-se os fungicidas: AZO (0,4 g/L), EPO (1,5 mL/L), EPO-PYR (2,5 mL/L) e TEB (1,5 mL/L). Obteve-se efeito protetor, curativo e anti-esporulante com EPO, EPO-PYR e TEB, os quais tiveram atividade translaminar e persistência nos tecidos foliares.

Palavras-chave adicionais:Eucalyptus, miniestacas, triazóis, estrobilurinas, controle químico.

ABSTRACT

Several Cylindrocladium species may cause diseases in eucalyptus mini-cuttings. Although the use of fungicides is sometimes indicated, there are few studies evaluating fungicides in eucalyptus nurseries. Therefore, systemic fungicides were used against C. candelabrum to evaluate their protective, curative, and antisporulating effects, as well as their translocation and persistence in eucalyptus plants. Under in vitro conditions, azoxystrobin (AZO), triadimenol (TRI), boscalid (BOS), pyraclostrobin (PYR), carbendazim (CAR), tetraconazol (TET), tebuconazol (TEB), epoxiconazol +pyraclostrobin (EPO-PYR) and epoxiconazol (EPO), were used in the following concentrations: 0,1, 1, 5, 10, 50, 100 and 1000 µg a.i/mL. For the in vivo experiment, a clone (Eucalyptus grandis x E. urophylla) susceptible to C. candelabrum was used. The fungicides were sprayed on both leaf sides (except for the translaminar activity evaluation), the plants were allowed to dry out for 24 h, and inoculated with a 105 conidia/mL suspension. Protective effect of AZO (0.2; 0.25; 0.4; 0.65 and 0.8 g/L), EPO (0.75; 1.125; 1.5; 1.875 and 2.25 mL/L), EPO-PYR (1.25; 1.875; 2.5; 3.125 and 3.75 mL/L), PYR (0.75; 1.125; 1.5; 1.875 and 2.25 mL/L) and TEB (0.75; 1.125; 1.5; 1.875 and 2.25 mL/L), was evaluated at different concentrations. In subsequent experiments, the following fungicides (concentrations) were used: AZO (0.4 g/L), EPO (1.5 mL/L), EPO-PYR (2.5 mL/L) and TEB (1.5 mL/L). The fungicides EPO, EPO-PYR and TEB promoted protective, curative, and antisporuling effects, as well as translaminar translocation and persistence in the leaves.

Additional keywords:Eucalyptus, mini-cuttings, triazoles, strobilurins, chemical control.

INTRODUÇÃO

Atualmente, a maioria das empresas eucaliptocultoras no Brasil utiliza a clonagem por miniestaquia. Essa técnica é composta basicamente de cinco fases: (1) produção de brotações em minijardim clonal sob cobertura translúcida fixa ou retrátil, (2) enraizamento, (3) aclimatação à sombra, (4) crescimento e (5) rustificação a céu aberto (Alfenas et al., 2004). No minijardim, as minicepas são mantidas em canaletões suspensos, preenchidos com areia e fertirrigação por gotejamento ou em tanques de hidroponia. Na primeira fase, os fungos fitopatogênicos que ocorrem são Quambalaria eucalypti (M.J. Wingf., Crous & M.W. Swart) J.A. Simpson, Cylindrocladium spp., Puccinia psidii G. Winter e Oidium eucalypti Rostr., que podem causar manchas foliares e reduzir a área fotossintética da planta. Na fase de enraizamento as miniestacas são mantidas durante 20-25 dias sob condições de alta umidade em casa-de-enraizamento, condições geralmente favoráveis a Botrytis cinerea Pers., Cylindrocladium spp. e Rhizoctonia spp., bem como a patógenos de ferimentos como Pestalotiopsis sp. e Hainesia sp. No final dessa fase, as mudas enraizadas são separadas, e as estacas mortas e/ou doentes são descartadas. Esse procedimento ajuda a eliminar inóculo para a fase seguinte. Na fase de aclimatação, as mudas são deixadas a céu aberto, em canteiros suspensos ou no chão. Nessa fase, recomenda-se aumentar o espaçamento para minimizar a ocorrência de patógenos e reduzir a aplicação de fungicidas. Todavia, períodos prolongados de chuva tornam o ambiente favorável a patógenos, havendo a necessidade de aplicações de fungicidas (Alfenas et al., 2004).

Muitas espécies de Cylindrocladium, freqüentemente, causam doenças em viveiros de Eucalyptus no Brasil (Alfenas et al., 2004), sendo que C. candelabrum Viégas ocorre mais comumente. Quando as condições estão favoráveis ao desenvolvimento de Cylindrocladium, o uso de fungicidas torna-se necessário. Por isso, o estudo do efeito de fungicidas em plantas de eucalipto é fundamental, principalmente para evitar aplicações desnecessárias e para selecionar produtos mais efetivos para o controle das enfermidades causadas por Cylindrocladium spp.

Portanto, neste trabalho, objetivou-se selecionar fungicidas sistêmicos mais efetivos para o controle de doenças causadas por C. candelabrum em viveiros de eucalipto. Determinaram-se, também, o efeito protetor, curativo e anti-esporulante dos fungicidas, bem como sua translocação e persistência em plantas de eucalipto.

MATERIAL E MÉTODOS

Fungicidas e concentrações testadas in vitro

Utilizaram-se os princípios ativos azoxystrobin, triadimenol, boscalid, pyraclostrobin, carbendazim, tetraconazole, tebuconazole, epoxiconazole + pyraclostrobin e epoxiconazole. De cada produto, as concentrações testadas foram 0,1, 1, 5, 10, 50, 100 e 1000 µg de i.a/mL.

Inibição da germinação de conídios

Suspensões de conídios de C. candelabrum foram obtidas a partir de colônias em crescimento com esporulação em meio batata, dextrose e ágar (BDA), após 10 dias de incubação a 27ºC e fotoperíodo de 12 h. Adicionou-se cada princípio ativo à suspensão de conídios, para se obter cada uma das concentrações desejadas e suspensão final de 2x104 conídios/mL. Após homogeneização, 50 µl da suspensão foram pipetados para 3 lâminas de vidro escavadas, que foram colocadas em câmara úmida a 27 °C sob fotoperíodo de 12 h. Como controle, utilizou-se uma suspensão de conídios em água destilada esterilizada. Após 18 h de incubação, quantificou-se a germinação dos conídios. Consideraram-se como germinados, os conídios cujos tubos germinativos tinham comprimento igual ou superior à maior dimensão do esporo. Uma lâmina foi considerada como uma unidade experimental.

Inibição do crescimento micelial

Avaliou-se a eficiência de fungicidas em inibir o crescimento micelial de C. candelabrum. Para tanto, soluções-estoque (10.000 µg do i.a./mL) de fungicidas foram diluídas em água esterilizada, para atingir a concentração desejada em meio de cultura. Adicionaram-se 5 mL da solução diluída dos respectivos fungicidas em 45 mL de meio de BDA fundente a 45 °C . Para a testemunha, adicionaram-se 5 mL de água destilada esterilizada. Após homogeneização da mistura, verteram-se os 50 mL em quantidades aproximadamente iguais para três placas de Petri (9 cm de diâmetro). Discos de cultura em BDA, de 7 mm de diâmetro, obtidos das bordas das colônias com cinco dias de idade, foram repicados para o centro das placas de cada tratamento. A seguir, incubou-se a 27 °C sob fotoperíodo de 12 h e intensidade luminosa 10 µM de fótons/m2/seg. Após cinco dias, avaliou-se o diâmetro das colônias nos dois sentidos ortogonais e calculou-se a porcentagem de inibição do crescimento micelial em relação a testemunha.

Eficiência dos fungicidas em plantas de eucalipto

Mudas clonais (E. grandis x E. urophylla) com 60 dias de idade produzidas em tubetes, foram transplantadas para vasos contendo solo, esterco e areia (proporção de 4:2:1 v/v) e 1 g de superfosfato simples por litro da mistura. As mudas foram mantidas em casa-de-vegetação por 20-30 dias e, semanalmente, foram adubadas com 4,4 g/L de nutriente Ouro verde®. As plantas foram inoculadas com suspensão de 105 conídios/mL de C. candelabrum pela aspersão com o auxílio de um pulverizador manual.

Com base nos testes in vitro, azoxystrobin, pyraclostrobin, tebuconazole, epoxiconazole+pyraclostrobin e epoxiconazole foram selecionados para os testes in vivo. Os fungicidas foram veiculados em água e aplicados com atomizador manual. À exceção da atividade translaminar, aplicaram-se, os fungicidas, em ambas as faces do limbo foliar.

Efeito protetor

Testou-se o efeito protetor em diferentes concentrações de azoxystrobin (0,2; 0,25; 0,4; 0,65 e 0,8 g/L), epoxiconazole (0,75; 1,125, 1,5, 1,875 e 2,25 mL/L); epoxiconazole+pyraclostrobin (1,25; 1,875; 2,5; 3,125 e 3,75 mL/L), pyraclostrobin (0,75; 1,125, 1,5, 1,875 e 2,25 mL/L) e tebuconazole (0,75; 1,125, 1,5, 1,875 e 2,25 mL/L). A concentração mediana foi determinada com base em concentrações recomendadas comercialmente para culturas agronômicas. As demais concentrações são 25 e 50% inferiores e superiores a concentração mediana. Após 24 h da pulverização com os fungicidas, inoculou-se C. candelabrum. As plantas inoculadas foram mantidas em câmara de nevoeiro com nebulização intermitente (15 s de nebulização a cada 30 min) por 48 h a 25ºC e posteriormente, foram transferidas para casa-de-vegetação. Após cinco dias, quantificou-se o número de lesões por folha (englobando toda a planta) e calculou-se a porcentagem média de lesões/folha em relação testemunha.

Efeito curativo

Utilizaram-se os seguintes fungicidas e concentrações: azoxystrobin (0,4 g/L), epoxiconazole (1,5 mL/L), epoxiconazole+pyraclostrobin (2,5 mL/L), pyraclostrobin (1,5 mL/L) e tebuconazole (1,5 mL/L). Aos sete dias da inoculação do patógeno e aos cinco da aplicação dos fungicidas, ou seja, às 48 horas após da aplicação dos fungicidas, foram retirados cinco fragmentos/folha (5 mm de diâmetro) das bordas das lesões a fim de avaliar a sobrevivência do patógeno a partir de quatro folhas totalmente expandidas, previamente marcadas. Para isso, os fragmentos foram passados sucessivamente em álcool a 70%, hipoclorito de sódio a 5% e duas lavagens sucessivas com água destilada esterilizada, e transferidos para meio ágar-água, em placa de Petri e posteriormente para placas contendo meio batata, dextrose e ágar. Após cinco dias de incubação a 27 ºC, no escuro, avaliou-se o crescimento de C. candelabrum a partir das lesões, calculando-se a porcentagem de sobrevivência.

Efeito dos fungicidas sobre a expansão de lesões

Para avaliar o efeito sobre a expansão das lesões causadas por C. candelabrum, utilizaram-se os seguintes fungicidas (concentrações): azoxystrobin (0,4 g/L), epoxiconazole (1,5 mL/L), epoxiconazole+pyraclostrobin (2,5 mL/L), pyraclostrobin (1,5 mL/L) e tebuconazole (1,5 mL/L). Três plantas/tratamento e tempo foram inoculadas com o patógeno conforme descrito anteriormente e aos 0, 2, 4, 6 e 8 dias após a inoculação, pulverizaram-se os fungicidas. Após dois dias da última pulverização, coletaram-se dois pares de folha de cada repetição e quantificou-se a área lesionada (cm2) com o auxílio do programa Quant® (Vale et al., 2003).

Efeito anti-esporulante

Para avaliar o efeito dos fungicidas na intensidade de esporulação, as mudas foram inoculadas e colocadas em câmara de nevoeiro e, após 48 h, foram transferidas para casa-de-vegetação. Imediatamente, pulverizaram-se os fungicidas azoxystrobin (0,4 g/L), epoxiconazole (1,5 mL/L), epoxiconazole+pyraclostrobin (2,5 mL/L) ou tebuconazole (1,5 mL/L). A seguir foram colocadas em câmara de nevoeiro, a 25 ºC. Após três dias, retirou-se das lesões discos de 3 mm de diâmetro. Dez discos foram colocados em tubos de ensaio com 5 mL de água destilada esterilizada e agitados por 30 s, para haver liberação dos esporos, os quais foram quantificados com hemacitômetro.

Atividade translaminar

Avaliou-se a atividade translaminar dos seguintes fungicidas (concentrações): azoxystrobin (0,4 g/L), epoxiconazole (1,5 mL/L), epoxiconazole+pyraclostrobin (2,5 mL/L) e tebuconazole (1,5 mL/L). Mudas de eucalipto foram cobertas com sacos plásticos, para evitar que gotas do fungicida atingissem folhas não marcadas ou outras partes da muda, e em uma folha totalmente expandida, aplicou-se cada fungicida na superfície adaxial. Após 12, 24, 36, 48, 60 e 72h, inoculou-se o patógeno na superfície abaxial da folha. Após 48 h em câmara de nevoeiro, as plantas foram transferidas para casa-de-vegetação e, após cinco dias, avaliou-se o número de lesões/folha e, posteriormente, calculou-se porcentagem média de inibição da infecção/folha.

Persistência dos fungicidas

Avaliou-se a persistência dos seguintes fungicidas (concentrações): azoxystrobin (0,4 g/L), epoxiconazole (1,5 mL/L); epoxiconazole+pyraclostrobin (2,5 mL/L) e tebuconazole (1,5 mL/L). Para isso, pulverizou-se cada fungicida e após 5, 10, 15, 20, 25 ou 30 dias as plantas foram inoculadas e subseqüentemente, foram transferidas para casa-de-vegetação e, após cinco dias, avaliou-se o número de lesões foliares e calculou-se porcentagem média de inibição da infecção/folha.

Delineamento experimental e análises estatísticas

Todos os experimentos foram realizados em delineamento inteiramente casualizado e repetidos duas vezes. Utilizou-se esquema fatorial para: os testes in vitro 10 x 7 (Fungicida x Concentração), efeito protetor 6 x 5 (Fungicida x Concentração), atividade translaminar 5 x 6 (Fungicida x Tempo) e persistência 5 x 6 (Fungicida x Tempo). Para avaliar o efeito sobre a expansão das lesões, calculou-se a Área Abaixo da Curva de Expansão de Lesão (AACEL). À exceção do experimento de efeito curativo realizado com quatro repetições, nos demais se utilizaram três repetições.

Para análise dos testes in vitro, calcularam-se os valores de CE50 (concentração efetiva inibitória de 50% do crescimento micelial e da germinação de conídios), por meio da transformação log-probit, com base nos resultados da inibição do crescimento micelial e da germinação de conídios, para cada fungicida. Calculou-se também a CMI (concentração mínima inibitória) de cada fungicida. A sensibilidade foi classificada em quatro categorias de acordo com a escala de Edgington et al. (1971) adaptada, em que: CE50 < 1 µg i.a./mL: alta sensibilidade (AS); CE50 1 – 10 µg i.a./mL: moderada sensibilidade (MS); CE50 10 – 50 µg i.a./mL: baixa sensibilidade (BS) e CE50 > 50 µg i.a./mL: insensibilidade (IS).

As análises foram processadas com auxílio do programa SAEG (Euclydes, 1983). Utilizou-se o teste de Lilliefors para verificar a normalidade dos dados e o teste de Cochran para verificar a homogeneidade de variâncias. Os dados foram submetidos à análise de variância (ANOVA). Para comparação das médias qualitativas, utilizou-se o teste de Tukey (a =0,05). No experimento de efeito protetor, os dados foram submetidos à análise de gressão (porcentagem de inibição em função do tempo). O modelo de regressão foi escolhido com base nos desvios em relação aos valores observados e no coeficiente de determinação (R2).

RESULTADOS

Efetividade in vitro dos fungicidas sistêmicos

O fungo foi altamente sensível a epoxiconazole, pyraclostrobin, pyraclostrobin-epoxiconazole e tebuconazole, tanto para a germinação de conídios quanto para o crescimento micelial. Tetraconazole foi moderadamente efetivo, enquanto triadimenol e boscalid não inibiram a germinação de conídios. Tetraconazole foi altamente eficaz, triadimenol e boscalid foram moderadamente eficazes, enquanto azoxystrobin e carbendazim não inibiram o crescimento micelial (Tabela 1).

Efeito protetor

Houve efeito significativo (p= 0,038) da interação fungicida-concentração, quanto ao efeito protetor. Os fungicidas tiveram efeito protetor e reduziram a infecção (Figura 1B). Azoxystrobin foi eficiente nas concentrações mais elevadas, e reduziu a severidade em aproximadamente 75%. Houve redução da severidade com o aumento na concentração de azoxystrobin (Figura 1A). Epoxiconazole, epoxiconazole+pyraclostrobin, pyraclostrobin e tebuconazole reduziram a severidade, independentemente da concentração utilizada (Figura 1B).



Efeito curativo

Os fungicidas não inibiram o crescimento do patógeno em todas as lesões. Entretanto, com a aplicação de tebuconazole, o crescimento do fungo foi inibido em mais de 20% das lesões (Tabela 2). Os demais fungicidas não diferiram estatisticamente da testemunha.

Efeito dos fungicidas sobre a expansão das lesões

Quando se analisou a área abaixo da curva da expansão da lesão (AACEL), observou-se que, à exceção de azoxystrobin, todos os fungicidas diferiram significativamente da testemunha. Os demais produtos testados foram similares entre si (Tabela 2).

Efeito anti-esporulante

Independentemente do fungicida aplicado, nas áreas lesionadas das folhas de eucalipto houve redução da esporulação de C. candelabrum. Para azoxystrobin, a redução foi de 60%, enquanto para tebuconazole, epoxiconazole e epoxiconazole+pyraclostrobin houve redução de 96, 98 e 95%, respectivamente, em relação à testemunha não tratada (Tabela 2).

Atividade translaminar

A atividade translaminar variou em função do tempo de aplicação e do fungicida. Para epoxiconazole, epoxiconazole+pyraclostrobin e tebuconazole, a redução na infecção variou de 60 a 80%, enquanto que azoxystrobin foi inefetivo (Figura 2A). Epoxiconazole, epoxiconazole+pyraclostrobin e tebuconazole foram eficientes após 24 h, pois não houve infecção a partir desse período.



Persistência dos fungicidas

A persistência variou com o fungicida e tempo testados. À exceção de azoxystrobin, todos os fungicidas foram eficientes em reduzir a infecção por C. candelabrum. Tebuconazole foi o mais eficiente em conferir proteção no intervalo de 15 dias, período em que não houve infecção. Para epoxiconazole e epoxiconazole+pyraclostrobin o intervalo foi de 10 dias (Figura 2B).

DISCUSSÃO

A germinação dos conídios de C. candelabrum foi influenciada, significativamente, pelos diferentes princípios ativos testados. Esse processo envolve grande gasto de energia e alta taxa respiratória. Sabe-se, por exemplo, que as estrobilurinas agem sobre a respiração mitocondrial do fungo, ao inibir a transferência de elétrons no complexo III da cadeia transportadora, sendo que o efeito desse grupo de fungicidas sobre a germinação de conídios já foi demonstrado para vários outros patógenos (Ypema & Gold, 1999; Reuveni & Shelglov, 2002; Karadimos et al., 2005). Mesmo dentro do grupo das estrobilurinas, o efeito sobre a germinação de conídios e crescimento micelial variou conforme já relatado para Alternaria alternata (Fr.) Keissl., para a qual a germinação de conídios foi pouco sensível a azoxystrobin, mas altamente sensível a trifloxystrobin (Reuveni & Sheglov, 2002).

Quanto ao crescimento micelial, C. candelabrum foi altamente sensível a pyraclostrobin, mas não foi afetado por azoxystrobin. A baixa sensibilidade micelial a determinadas estrobilurinas, também, já constatada em outras espécies fúngicas, pode estar associada à indução da respiração alternativa que catalisa a transferência de elétrons para o oxigênio (Ziogas et al., 1997; Olaya & Köller, 1999; Ypema & Gold, 1999). Essa rota alternativa é utilizada por fungos que crescem em meios de ágar, especialmente aqueles ricos em nutrientes (Reuveni & Shelgov, 2002). Esse fato pode estar relacionado à baixa sensibilidade de C. candelabrum, visto que foi cultivado em meio BDA. A rota alternativa referenciada também foi induzida quando se utilizaram derivados de estrobilurinas (Mizutani et al., 1995; Ziogas et al., 1997).

Carbendazim não reduziu a germinação de conídios e o crescimento micelial de C. candelabrum. Para outros patógenos como Colletotrichum lindemuthianum (Sacc. & Magnus) Briosi &Cavara (Maringoni & Barros, 2002) e Fusarium oxysporum f. sp. passiflorae W.L. Gordon (Batista et al., 2002) houve a ocorrência de seleção de isolados resistentes pela aplicação desse princípio ativo. Em viveiros de eucalipto, principalmente na década de 80, fungicidas desse grupo foram usados amplamente para o controle de espécies de Cylindrocladium e casos de resistência também já foram relatados (Alfenas et al., 1987). Nesse estudo empregou-se apenas um isolado do patógeno e, portanto, mais isolados são necessários para confirmar a existência de resistência aos princípios ativos testados.

Boscalid, do grupo das anilidas, não inibiu a germinação de conídios de C. candelabrum, mas inibiu moderadamente o crescimento micelial. Uma menor sensibilidade a boscalid também ocorreu com Sclerotinia minor Jagger quanto ao crescimento micelial (Matheron & Porchas, 2004).

Todos os fungicidas inibidores da biossíntese de ergosterol (IBE) inibiram o crescimento micelial de C. candelabrum, cuja sensibilidade variou de alta a moderada. Alta sensibilidade quanto ao crescimento micelial e baixa sensibilidade quanto à germinação de conídios já foram observadas em trabalhos com os IBE (Gisi et al., 2000; Reuveni & Sheglov, 2002). Por exemplo, tebuconazole inibiu a germinação de conídios de vários isolados de Botrytis cinerea a 3 ou 5µg i. a./mL (Elad, 1992). A eficiência na inibição da germinação de conídios de C. candelabrum está relacionada ao modo de ação desses fungicidas, os quais atuam sobre a biossíntese do ergosterol, componente essencial da membrana de fungos. O composto triazol age diretamente sobre a 14a-demetilase do citocromo P450, responsável pela demetilação do carbono 14a e impede que a enzima continue o processo de demetilação do lanosterol, um precursor do ergosterol (Ghini & Kimati, 2000). Os IBE reduziram o crescimento micelial de outros patógenos (Paredes & Munoz, 2002; van den Berg et al., 2002).

Os fungicidas testados proporcionaram atividade protetora a C. candelabrum. Entretanto, nas concentrações mais baixas, a eficiência de azoxystrobin foi reduzida. O produto também promoveu proteção altamente efetiva para Cercospora beticola Sacc. em beterraba açucareira, variando de 88 a 94% nas concentrações de 8 e 16 µg i. a./mL (Anesiadis et al., 2003). No presente estudo, na concentração mais elevada houve controle de 75% em relação à testemunha. Em contrapartida, para pyraclostrobin não houve efeito de concentração do ingrediente ativo, pois em todas as concentrações, os números de lesões reduziram-se em, aproximadamente, 75%. Esse resultado foi compatível aos testes in vitro, em que azoxystrobin foi menos eficiente que os demais fungicidas, em inibir a germinação de conídios e o crescimento micelial. Atividade protetora de estrobilurinas já foi relatada para vários outros patógenos (Ypema & Gold, 1999; Wong & Wilcox, 2001; Anesiadis et al., 2003). As estrobilurinas agem na superfície da folha e inibem os primeiros estádios do processo de infecção, como a germinação de esporos, penetração e estabelecimento inicial do patógeno (Anesiadis et al., 2003; Karadimos et al., 2005). Os fungicidas IBE foram altamente efetivos, independentemente da concentração utilizada, e exerceram atividade protetora de aproximadamente 85%. Fungicidas desse grupo também se destacaram para o controle da ferrugem do eucalipto (Ruiz, 1988).

À exceção de azoxystrobin, os demais fungicidas tiveram atividade curativa para infecções causadas por C. candelabrum. Entretanto, o controle foi mais eficaz nos tratamentos protetores que nos curativos, o que já foi demonstrado em outros patossistemas (Ypema & Gold, 1999; Wong & Wilcox, 2001; Karadimos et al., 2005). Azoxystrobin, quando aplicado simultaneamente à inoculação de C. candelabrum, proporcionou controle, o que demonstra o potencial do fungicida em inibir a germinação de conídios. Pyraclostrobin e os demais fungicidas testados inibiram o desenvolvimento do fungo dentro dos tecidos da folha. Estrobilurinas também proporcionaram esse efeito para outros patógenos (Wong & Wilcox, 2001; Anesiadis et al., 2003). Fungicidas sistêmicos podem não erradicar completamente um fungo após seu estabelecimento no interior do tecido da planta e a concentração do produto que entra na folha pode restringir o desenvolvimento do fungo, mas não matá-lo (Wong & Wilcox, 2001).

Atividade translaminar de estrobilurinas já foi observada em outros patossistemas (Leinhos et al., 1997; Karadimos et al., 2005). Contudo, nesse estudo, azoxystrobin não foi eficiente, contrariamente ao observado para Plasmopara viticola (Berk. & M.A. Curtis) Berl. & De Toni em videira (Wong & Wilcox, 2001). A atividade translaminar dos fungicidas tebuconazole, epoxiconazole e epoxiconazole+pyraclostrobin, após 24 h da aplicação, foi eficiente. Após 12 h, ocorreu inibição parcial na infecção, o que indica a necessidade de pelo menos 24 h para os fungicidas atingirem a superfície abaxial na concentração ideal para reduzir em 100% a infecção por C. candelabrum.

Aplicações de fungicidas sobre áreas lesionadas em folhas de eucalipto resultaram em redução da esporulação de C. candelabrum. Em outros trabalhos, azoxystrobin foi mais eficiente na atividade anti-esporulante (Leinhos et al., 1997; Anesiadis et al., 2003). Os triazóis também reduziram eficientemente a produção de esporos, sendo que, tebuconazole, epoxiconazole e epoxiconazole+pyraclostrobin reduziram a esporulação em 96, 98 e 95%, respectivamente. O estabelecimento de uma doença envolve várias fases, dentre elas a dispersão do patógeno. Quando em contato com a superfície do hospedeiro, os esporos podem germinar, penetrar, colonizar e produzir uma nova safra de esporos, com potencial para infectar novas plantas (Agrios, 1997). Portanto, a redução da quantidade de esporos por fungicidas contribui para a redução do inóculo em muitas plantas, sob condições favoráveis ao patógeno.

Dentre os fungicidas testados quanto à persistência, azoxystrobin não conferiu proteção a C. candelabrum na concentração testada. Contudo, em um estudo com Puccinia psidii em plantas de eucalipto, o efeito protetor deste fungicida, a 0,2g/L permaneceu até 21 dias após a pulverização (Zauza et al., 2003).

Estudos de eficiência de fungicidas podem auxiliar nas indicações dos intervalos de aplicação e concentrações necessárias. Esses são fundamentais para o manejo de doenças, pois muitos fungicidas podem ter efeitos fitotóxicos, podendo reduzir o crescimento e interferir no desenvolvimento de plantas, se aplicados em concentrações e intervalos de tempo desnecessários (Gao et al., 1988), além de possibilitar a seleção de isolados resistentes (Alfenas et al., 1987; Leroux, 2003).

Dos fungicidas testados, epoxiconazole, epoxiconazole+pyraclostrobin e tebuconazole tiveram efetividade protetora, curativa e anti-esporulante. Esses produtos podem, também, penetrar translaminarmente e persistir por longo período dentro do tecido da planta, o que indica maior intervalo de aplicação em condições de viveiro.

Aceito para publicação em 03/10/06

Autor para correspondência: Acelino C. Alfenas

  • AGRIOS, G.N. Plant Pathology. 4th ed. San Diego CA. Academic Press. 1997.
  • ALFENAS, A.C., DEMUNER, N.L. & SILVA, A.R. Resistência de Cylindrocladium scoparium, agente etiológico de podridão de estacas de Eucalyptus a benomyl. Fitopatologia Brasileira 12:158. 1987 (Resumo)
  • ALFENAS, A.C., ZAUZA, E.A.V., MAFIA, R.G. & ASSIS, T.F. Clonagem e doenças do eucalipto. Viçosa-Imprensa Universitária, UFV. 2004.
  • ANESIADIS, T., KAROAGLANIDIS, G.S. & TZAVELLA-KLONARI, K. Protective, curative and eradicant activity of the strobilurin fungicide azoxystrobin against Cercospora beticola and Erysiphe betae. Journal of Phytopathology 151:647-651. 2003.
  • BATISTA, D.C., OLIVEIRA, S.M.A., TAVARES, S.C.C.H., LARANJEIRA, D., NEVES, R.A.F. & SILVA, R.L.X. Efeitos de fungicidas sobre o crescimento in vitro de Fusarium oxysporum f. sp. passiflorae e a interferência com Trichoderma spp. Summa Phytopathologica 28:305-310. 2002.
  • EDGINGTON, L.V., KHEW, K.L. & BARRON, G.L. Fungitoxic spectrum of benzimidazole compounds. Phytopathology 61:42-44. 1971.
  • ELAD, Y. Reduced sensitivity of Botrytis cinerea to two sterol biosynthesis-inhibiting fungicides: fenetrazole and fenethanil. Plant Pathology 41:47-54. 1992.
  • EUCLYDES, R.F. Manual de utilização do programa SAEG (Sistema para Análises Estatísticas e Genéticas). Viçosa-Imprensa Universitária, UFV, 1983.
  • GAO, J., HOFSTRA, G. & FLETCHER, R.A. Anatomical changes induced by triazoles in wheat seedlings. Canadian Journal of Botany 66:1178-1185.1988
  • GHINI, R. & KIMATI, H. Resistência de fungos a fungicidas. Jaguariúna SP. Embrapa Meio Ambiente. 2000.
  • GISI, U., CHIN, G.K., KANAPOVA, G., KÜNG FÄRBER, R., MOHR, U., PARISI, S., SIEROTZKI, H. & STEINFELD, U. Recent developments in elucidating modes of resistance to phenylamide, DMI and strobilurin fungicides. Crop Protection 19:863-872. 2000.
  • KARADIMOS, D.A., KARAOGLANIDIS, G.S. & TZAVELLA-KLONARI, K. Biological activity and physical modes of action of the Qo inhibitor fungicides trifloxystrobin and pyraclostrobin against Cercospora beticola Crop Protection 24:23-29. 2005.
  • LEINHOS, G.M.E., GOLD, R.E. DÜGGELIN, M. & GUGGENHEIM, R. Development and morphology of Uncinula necator following treatment with the fungicides Kresoxim-methyl and penconazole. Mycology Research 101:1033-1046. 1997.
  • LEROUX, P. Mode of action of agrochemicals towards plant pathogens. Comptes Rendus Biologies 326:9-21. 2003.
  • MARINGONI, A.C. & BARROS, E.M. Ocorrência de isolados de Colletotrichum lindemuthianum resistentes a fungicidas benzimidazóis. Summa Phytopathologica 28:197-200. 2002.
  • MATHERON, M.E. & PORCHAS, A. Activity of boscalid, fenhexamid, fluazinam, fludioxonil, and vinclozolin on growth of Sclerotinia minor and S. sclerotiorum and development of lettuce drop. Plant Disease 88:665-668. 2004.
  • MIZUTANI, A., YUKIOKA, H., TAMURA, H., MIKI, N., MASUKO, M. & TAKEDA, R. Respiratory characteristics in Pyricularia oryzae exposed to a novel alkoxyIminoacetamide fungicide. Phytopathology 85:306-311. 1995.
  • OLAYA, G. & KÖLLER, W. Baseline sensitivities of Venturia inaequalis populations to the strobilurin fungicide kresoxim-methyl. Plant Disease 83:274-278. 1999.
  • PAREDES, B.S.G. & MUNOZ, F.R. Effect of different fungicides in the control of Colletotrichum acutatum, causal agent of anthracnose crown rot in strawberry plants. Crop Protection 21:11-15. 2002.
  • REUVENI, M. & SHEGLOV, D. Effects of azoxystrobin, difenoconazole, polyoxin B (polar) and trifloxystrobin on germination and growth of Alternaria alternata and decay in red delicious apple fruit. Crop Protection 21:951-955. 2002.
  • RUIZ, R.A.R. Epidemiologia e controle químico da ferrugem (Puccinia psidii Winter) do eucalipto. (Tese de Mestrado). Viçosa MG. Universidade Federal de Viçosa. 1988.
  • VALE, F.X.R., FERNANDES FILHO, E.I., & LIBERATO, J.R. QUANT. A software for plant disease severity assessment. Abstract, 8th International Congress of Plant Pathology, Christchurch New Zealand. 2003. p.105.
  • VAN DEN BERG, N., AVELING, T.A.S. & VENTER, S.L. The evaluation of six fungicides for reducing Alternaria cassiae on cowpea seed. Crop Protection 21:501-505. 2002.
  • WONG, F.P. & WILCOX, W.F. Comparative physical modes of action of azoxystrobin, mancozeb, and metalaxyl against Plasmopara viticola (Grapevine Downy Mildew). Plant Disease 85:649-656. 2001.
  • YPEMA, H.L. & GOLD, R.E. Kresoxim-methyl: modifications of a naturally occurring compound to produce a new fungicide. Plant Disease 83:4-19. 1999.
  • ZAUZA, E.A.V., ALFENAS, A.C., GRAÇA, R.N. & COUTO, M.M.F. Novos fungicidas sistêmicos para o controle de ferrugem do eucalipto. Fitopatologia Brasileira 28:S338. 2003 (Resumo).
  • ZIOGAS, B.N., BALDWIN, B.C. & YOUNG, J.A. Alternative Respiration: a biochemical mechanism to azoxystrobin (ICIA 5504) in Septoria tritici. Pesticide Science 50:28-34. 1997.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    31 Jan 2007
  • Data do Fascículo
    Out 2006

Histórico

  • Aceito
    03 Out 2006
  • Recebido
    03 Out 2006
Sociedade Brasileira de Fitopatologia SGAS 902 Edifício Athenas - Bloco B, Salas 102/103, 70390-020 Brasília, DF, Tel./Fax: +55 61 3225-2421 - Brasília - DF - Brazil
E-mail: sbf-revista@ufla.br