Acessibilidade / Reportar erro

Redução da podridão do pé (Phytophthora palmivora) do mamoeiro (Carica papaya) por fosfitos

Papaya (Carica papaya) foot rot (Phytophthora palmivora) reduction due to phosphites

NOTAS FITOPATOLÓGICAS PHYTOPATHOLOGICAL NOTES

Redução da podridão do pé (Phytophthora palmivora) do mamoeiro (Carica papaya) por fosfitos

Papaya (Carica papaya) foot rot (Phytophthora palmivora) reduction due to phosphites

Alexei C. DianeseI; Luiz E.B. BlumI; Jaqueline B. DutraII; Leonardo F. LopesII; Mariana C. SenaII; Leandro F. FreitasII; Osvaldo K. YamanishiII

IDepartamento de Fitopatologia, luizblum@unb.br

IIFaculdade de Agronomia e Veterinária, Universidade de Brasília, CEP 70910-900, Brasília, DF, Brasil

ABSTRACT

This study showed that two weekly sprays of phosphite [A (40 % P2O5 + 20 % K2O, 150 mL commercial product.hL-1), B (40 % P2O5 + 20 % K2O, 250 mL), C (10 % P2O5 + 6 % Ca, 400 mL), D (20 % P2O5 + 20 % K2O, 200 mL), E (40 % P2O5 + 6 % Mg, 150 mL), F (30 % P2O5 + 20 % K2O, 175 mL), G (20 % P2O5 + 20 % K2O, 200 mL) ] for three consecutive weeks before pathogen inoculation reduced disease severity.

A podridão do pé, causada por Phytophthora palmivora Butler, é uma das principais doenças mamoeiro (Carica papaya L.). Os fosfitos constituem uma alternativa para o controle de Phytophthora em plantas, pois inibem o patógeno ou induzem na hospedeira a produção de substâncias e compostos que agem no processo de defesa contra a infecção. A determinação de métodos eficientes de controle da doença menos agressivos ao ambiente é necessária. Neste estudo objetivou-se determinar o efeito de aplicações de fosfitos sobre a severidade da doença. Os testes foram realizados em casa de vegetação com plantas de 'Tailândia Roxão' (2 meses de idade). O patógeno (PP-24) foi multiplicado em meio seletivo (200 ml - suco de tomate temperado 'Superbom', 18 g - ágar, 3 g - CaCO3, 800 mL - água destilada, 10 mg - pimaricina, 250 mg - ampicilina, 10 mg - rifampicina, 30 mg - rosa de bengala). Os tratamentos aplicados estão apresentados na tabela 1. Os produtos foram aplicados nas folhas via pulverização (pulverizador manual – 500 mL) até o ponto de escorrimento. A inoculação do patógeno ocorreu 48 h após a última pulverização, inserindo-se palitos colonizados pelo fungo na base do caule das plantas. Seguiu-se um delineamento em blocos ao acaso (9 tratamentos; 4 repetições de 5 plantas). A severidade da doença foi avaliada diariamente utilizando-se a seguinte escala: (0) - sem sintomas; (1) - até 50% de murcha; (2) - de 51 a 100% de murcha; (3) – planta morta. Os dados foram submetidos à análise de variância com repetição de medidas, e, as médias comparadas pelo teste de Tukey (P < 5 %). Com uma aplicação semanal (Tabela 1), somente o tratamento com o fosfito C (10 % P2O5 + 6 % Ca – 400 mL.hL-1) diferiu significativamente da testemunha. Já, com duas aplicações semanais, todos os tratamentos com fosfito diferiram da testemunha, sendo que, neste caso, o tratamento com fosfito B (40 % P2O5 + 20 % K2O - 150 mL.hL-1), foi o que mais reduziu a doença.

Recebido 15 Dezembro 2006 - Aceito 26 Abril 2007 - FB 6136

Autor para correspondência: Luiz Eduardo B. Blum

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    14 Jun 2007
  • Data do Fascículo
    Abr 2007
Sociedade Brasileira de Fitopatologia SGAS 902 Edifício Athenas - Bloco B, Salas 102/103, 70390-020 Brasília, DF, Tel./Fax: +55 61 3225-2421 - Brasília - DF - Brazil
E-mail: sbf-revista@ufla.br