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Painel: Filosofia no Brasil - perspectivas no ensino, na pesquisa e na vida pública

DOSSIÊ/CONGRESSO SIF 2013

Painel: Filosofia no Brasil - perspectivas no ensino, na pesquisa e na vida pública1 1 O dossiê ora publicado provém de um dos Painéis que encerraram o XVII Congresso da Sociedade Interamericana de Filosofia (SIF), realizado em Salvador, Bahia, no período de 7 a 11 de outubro de 2013. Ocorrido no dia 11, o Painel Filosofia no Brasil - Perspectivas no Ensino, na Pesquisa e na Vida Pública foi coordenado por mim, Ivan Domingues (UFMG), e contou com a participação dos Profs. Paulo Margutti Pinto (Apos. UFMG/FAJE), Guido de Almeida (UFRJ), Vinicius Berlendis de Figueiredo (UFPR), João Carlos Salles (UFBA) e Marilena Chauí (USP). Note-se que o Painel consistiu em duas etapas: 1ª apresentação por cada um dos painelistas de sua comunicação; 2ª discussão com o público. O dossiê cobre na integralidade a 1ª etapa, e apenas parcialmente a segunda etapa, devido a problemas técnicos insanáveis. Em que pese a frustração, é com satisfação que o trago a público, certo de que ao longo dos anos ele se converterá em referência aos estudiosos, que nele irão encontrar um retrato fiel da situação e dos desafios da Filosofia no Brasil neste importante período de sua história, merecendo um Painel especial no tempo simbolicamente forte de encerramento do Congresso. Por fim, ao percorrer o dossiê, o leitor irá constatar que várias de suas partes conservaram a oralidade das comunicações, bem como o tom coloquial das discussões, marcando com expressões entre colchetes reações do público: aplausos etc. Notará também na discussão com o público uma série de interpolações, de minha autoria, para cobrir as lacunas e reparar as hesitações das falas. Meus agradecimentos aos colegas que aceitaram o convite e à revista Kriterion por ter aceitado a publicação do dossiê.

Ivan Domingues

(UFMG)

O tema da mesa, não sei se todas as pessoas aqui presentes estão a par, uma vez que houve o acréscimo de um subtítulo no título divulgado na programação, é A Filosofia no Brasil: perspectivas no ensino, na pesquisa e na vida pública. Na programação das mesas de hoje há uma grande proximidade do tema que vamos tratar em nossas discussões - a Filosofia no Brasil - com a mesa A Filosofia na América Latina, coordenada pelo colega do Peru, Miguel Giusti. Não tenho ideia de como Miguel Giusti organizou o seu painel, mas no nosso caso foi acertado que o foco deveria ser o futuro e, portanto, prospectivo, e não o passado e retrospectivo - daí o acréscimo do subtítulo e a inclusão da palavra perspectivas: ou seja, perspectivas no ensino, na pesquisa e na vida pública.

A minha função na mesa é coordenar o painel e "animar" os debates. Ao dar o start, vou arriscar três tendências que poderão prevalecer na Filosofia futura do Brasil nos planos do ensino, da pesquisa e da vida pública. Ao apontar essas tendências, vou me apoiar nos legados históricos, levando em consideração a experiência acumulada nos últimos cinquenta anos - tema de minha palestra na última quarta-feira. Disse naquela ocasião que nesse período a Filosofia brasileira ganhou em escala e densidade, terminando o capítulo da "formação" de que falava Paulo Arantes no Departamento Francês de Ultramar, na esteira de Antonio Candido, Caio Prado, Celso Furtado, Raymundo Faoro e Gilberto Freyre, que se ocuparam de coisas parecidas, ao se voltarem para a formação da literatura brasileira, da economia brasileira, da família colonial brasileira e da política brasileira. Terminada a formação da Filosofia brasileira, o quadro que se desenhou é o que conhecemos: um país policêntrico, com o polo mais importante instalado em São Paulo, mas com a Filosofia se espalhando por outros centros, como Rio, Minas e Rio Grande do Sul, a que mais recentemente se somaram outros. Então, olhando para frente, podemos adivinhar a consolidação desses centros e o maior adensamento da Filosofia no Brasil, que deverá ganhar em escala e densidade, cujo resultado será uma Filosofia mais e mais excelente, a supor que a qualidade sai da quantidade. Ao lado disso, o lado bonito da coisa, poderemos vaticinar também - a julgar pela vida que levamos no dia a dia nos quatro cantos do país - o seu lado feio, uma Filosofia mais e mais avassalada, além de mais e mais burocratizada, com cada um de nós passando mais tempo administrando as carreiras e fazendo relatórios do que propriamente fazendo Filosofia e experienciando os deleites das aventuras do lógos e das descobertas do intelecto. Veremos então ao longo do Painel o que os colegas terão a dizer acerca desse estado de coisas.

Com essas ideias em mente, ao pensar a questão da internacionalização da Filosofia e seus vetores no ensino e na pesquisa, os dois primeiros eixos do Painel, sendo o terceiro a vida pública, deparei-me com o ranking do QS por área do conhecimento, cliquei no menu a Filosofia e fui atrás das top 100 mundiais. Trata-se do levantamento de 2013 do QS - o Quacquarelli Symonds Word University Rankings, que integra o bloco dos três mais importantes e influentes, ao lado dos rankings de Shangai e do THE. Sobre o ranking de Filosofia de 2013, o QS classificou entre as top 10 duas inglesas, Oxford (1º) e Cambridge (2º), sete americanas (encabeçadas por Princeton = 3º) e uma australiana (a Nacional = 10º). Nas faixas intermediárias, depois do 20º lugar, vão aparecer uma alemã (a Humboldt = 24º), duas francesas (Paris I = 26º + Paris IV = 28º) e três chinesas. Na faixa 30-40 apareceram uma mexicana (a Autônoma = 32º) e duas brasileiras (USP=41º + UNICAMP = 44º). Por fim, na faixa 51-100, onde as universidades aparecem empatadas e tomadas em bloco, aparecem mais duas brasileiras: UFMG e UFRJ. O resultado, como dizem os franceses, no tocante às quatro brasileiras, n'est pas mauvais, e para nos convencer disso basta olharmos para outras americanas e europeias importantes que ficaram na faixa 101-200, como a Universidade de Barcelona, a de Milão, a de Washington e a de San Diego (Califórnia).

Então, poderíamos dizer que a estrutura policêntrica da universidade brasileira apontada pela análise histórica vê-se confirmada pela análise fotográfica sincrônica com a imagem congelada pelo Ranking num único ano: 2013. A exceção é o RS, visto que nem a UFRGS nem a PUC apareceram na listagem, mas sabemos que a tradição filosófica no Sul é sólida e importante. Com esses dois quadros ao fundo, o histórico e o estatístico, proporcionando os rankings e suas distorções, ainda assim, bem ou mal, as comparações nacionais e internacionais, arrisco então a vaticinar que nos anos que virão, com mais de 60 universidades de língua inglesa nas top 100, haverá mais e mais o predomínio pelo mundo afora da Filosofia de língua inglesa, com os próprios rankings e suas distorções protagonizando essa tendência, e o próprio Brasil com seu monolinguismo sofrendo as consequências disso - consequências negativas com efeito.

Neste contexto, ao focalizar [1] o ensino, podemos antever o aumento mais e mais daquilo a que todos nós já estamos habituados em sala de aula, longe dos mimeógrafos a álcool e diante de uma grande oferta de material didático disponibilizado pelas novas mídias: aulas de filósofos pop, textos de livre acesso, companions eletrônicos, conferências do Youtube e assim por diante - e em inglês. Com isso, se no passado recente a Filosofia brasileira fora marcada pela maior influência das duas outras tradições, a alemã e a francesa, a tendência agora será nos grandes centros a hegemonização da Filosofia anglo-americana - o que não quer dizer Filosofia analítica que está em desintegração e sofre a concorrência do neopragmatismo e de outras escolas filosóficas, inclusive continentais europeias americanizadas. Na outra ponta, se o Brasil conseguir vencer o apagão do segundo grau e o gargalo do inglês, com os alunos mais preparados e mais versados na língua de Shakespeare, poderá ter livre curso na Filosofia experiências já correntes em outras áreas, com as universidades ofertando não só o ensino a distância em inglês, mas modelos mistos de cursos presenciais e virtuais, em português e em inglês, como no curso de Ciências da Computação da UFMG, onde numa disciplina o aluno assiste na terça ao curso análogo de Stanford e na quinta ao da UFMG, e todo mundo morrendo de felicidade. Estaria então aberta mais uma porta para a hegemonização da Filosofia anglo-americana entre nós - e os nossos professores de ética iriam disputar espaço com os cursos popularíssimos de Sandell em Harvard.

Outra tendência do ensino, além de seu avassalamento à pesquisa, aliada à pesquisa pela pesquisa, como se a universidade não fosse uma instituição de ensino, e associada à pressão das publicações e da "paperização" da produção intelectual, é o abandono do ensino de graduação em favor de pós-graduação - o que, se nada for feito, será um verdadeiro desastre, com a carreira dos professores dominada por um competitivismo sem peias, expostos ao taylorismo acadêmico e a outras tantas distorções, como o tarefismo, e agravado pela massificação do ensino superior, que é ainda por demais elitista, mas sofrerá nas próximas décadas mais e mais pressão por vagas e a expansão das Federais.

Este cenário do ensino, com problemas por todos os lados, é sem dúvida preocupante e o Painel certamente dará trato a ele, tendo eu feito recomendações aos colegas tratarem dessas matérias em suas comunicações, como veremos - espero - nas falas de João Carlos e Vinicius de Figueiredo.

[2] Pesquisa: Todos nós sabemos que a pesquisa em Filosofia no Brasil é feita na pós-graduação, a qual depende das verbas e da avaliação da CAPES, verbas e avaliação que por sua vez dependem de indicadores de produção e de rankings - de revistas e agora também de livros. Sobre as revistas e os rankings, são conhecidas e preocupantes as distorções que se avolumam - distorções sistêmicas induzidas pelo produtivismo e a mania de contar e ranquear: fraudes, plágios, combinações e outros ilícitos. A essas distorções somam-se outras, acarretando a concentração no plano mundial do mercado das publicações, em sua grande maioria revistas em língua inglesa, dominadas nas hard sciences por Nature, Science, Cell e Neuron, sonho de consumo de todo físico, químico e biólogo - isto, sem falar das duas grandes corporações que controlam o mercado do conjunto das revistas com repercussão e visibilidade nas mais variadas áreas do conhecimento, a saber: a Elsevier e a Springer. As coisas não param por aí. Segundo estudiosos, a considerar todas as áreas do conhecimento, cerca de três mil revistas no mundo hospedam 90% dos artigos que são citados e, portanto, têm algum impacto, ao passo que um número ainda menor de Journals, trezentos, publica a metade de tudo que no mundo é lido e citado por alguém - em sua imensa maioria em língua inglesa. Em Filosofia faltam estudos mais acurados, mas podemos fazer uma ideia da situação. Agora há pouco saiu o ranking de 2012 da SJR - SCImago Journal & Country Ranking, que cobre inúmeras áreas do conhecimento, inclusive Filosofia, e mede o índice de impacto [fator] das publicações, acreditando que do número sai um indicador objetivo da qualidade. No tocante à Filosofia, a lista das top 10 é encabeçada pela Philosophical Review e a Ethics, respectivamente a primeira e a segunda classificadas. Consideradas as top 20, temos que elas todas, mesmo aquelas publicadas em outros países, são em língua inglesa. E dessa situação não escapa nem mesmo a Erkenntnis, fundada em 1930 por Carnap e Reichembach, e durante muito tempo bilíngue, publicando artigos em alemão e em inglês, e hoje apenas em inglês, pela Springer, e dedicada à Filosofia analítica. Quanto ao Brasil, na última reunião do grupo que está cuidando da reclassificação das revistas de Filosofia, do qual eu fiz parte, ranqueamos mais de mil e trezentas revistas e mapeamos mais de trezentas nacionais. Deste total apenas 58 periódicos deságuam a produção, concentrando 10 papers cada no triênio analisado, e apenas 1 inglês. Por outro lado, nota-se um crescente aumento de artigos em inglês, pulverizados em periódicos internacionais, e mesmo no Brasil, em áreas como a lógica, bem em números avulsos e em dossiês especiais de revistas menos especializadas. Penso que nesse quadro de grande pressão não só por mais publicações, mas por publicações em revistas internacionalizadas, só agora meio tardiamente atingindo nossa área, poderemos apontar três tendências que vão marcar a pesquisa em Filosofia nas próximas décadas em nosso país: 1 - a "paperização" da produção filosófica, com o artigo ganhando do livro; 2 - a "anglicização" da produção filosófica, com o inglês ganhando não só do francês e do alemão no cenário internacional, mas do próprio português dentro do Brasil, ao menos na produção internacionalizada que contará nos ranqueamentos, dando a impressão de que a língua nativa não conta e deságua coisas de segunda linha. A esperança é o inglês um dia, com a globalização, depois de tomar conta de tudo, como outrora o latim, se transformar em língua franca internacional, e não mais o veículo de culturas nacionais, patrocinando a American way of life e a visão anglo-americana de mundo. Sem dúvida isso é possível, mas não está no horizonte.

Imagino que Paulo Margutti, Guido e Marilena terão muito o que dizer a respeito desse tópico.

Passo ao [3] terceiro e último tópico: a Filosofia e a vida pública - e serei mais rápido. Antes de tudo, eu queria observar que num quadro como esse o filósofo mal terá tempo para voltar seus olhos para a cena pública e ocupar o espaço público: com tanta pressão sobre nossas costas, não teremos saída e passaremos o resto das nossas vidas - como já comentei antes - administrando as nossas carreiras, fazendo relatórios, colocando uma linha a mais no Lattes e funcionando no modus CAPES. Na palestra de quarta-feira eu levei em consideração esse quadro e apontei três tendências para a Filosofia brasileira nos anos que virão: 1 - o aprofundamento do processo de disciplinarização e ultraespecialização da Filosofia já em curso, iniciado nos anos setenta com a implantação do sistema nacional de pós-graduação patrocinado pela CAPES, e a instauração de um novo mandarinato na Filosofia brasileira: o mandarinato do scholar e do expert; 2 - o surgimento do intelectual globalizado, a meio caminho do scholar e do intelectual público, ocupado com a agenda internacional da Filosofia e disposto a reagir às solicitações da cultura planetária, de olho na Europa e na América do Norte, e de costas para o nosso país; 3 - a reaparição na cena pública brasileira do filósofo intelectual público, figura mais rara, meio em crise e hoje com o espaço mais encurtado, devido à competição do scholar, das celebridades e dos intelectuais das ciências humanas e sociais aplicadas: na palestra, eu citei os nomes de Marilena, de Giannotti e de Pe. Vaz ao destacar a associação do espaço público com o mundo da política; no futuro estará em jogo expandir a esfera pública rumo à cultura e a outras dimensões do social - com isso, a Filosofia deverá abrir mão de seu vínculo preferencial com a ciência ou a metafísica, em favor de uma maior aproximação com a cultura e a sociedade.

Quando idealizei o Painel e discuti com João Carlos o formato, disse-lhe que certamente iria recomendar a Marilena que tratasse desse tópico, ela como ninguém com presença constante na cena pública brasileira, especialmente em São Paulo, mas também em outras paragens - e digo, não apenas com presença habitual e constante, mas com distância crítica e mente atenta aos altos e baixos da vida pública. Sabe ela, como todos nós, que, desde Platão, quando o filósofo se ocupa da política, pode tanto subir aos céus quanto descer aos infernos - isso mesmo, descer aos infernos, e para nunca mais sair. Simplesmente, a política não é para qualquer um, e no mundo da política, como viu Weber, mesmo ali onde intencionamos o bem fazemos mal. Veremos então como Marilena vai tratar desse ponto, sabendo que a Filosofia não pode passar sem a política, e, como sempre, ela poderá surpreender-nos.

Vou parando por aqui, penso que todo mundo já está esclarecido e posso então passar a palavra aos ilustres convidados. Cada um tratará, isolada ou conjuntamente, das perspectivas da Filosofia no Brasil nas próximas décadas focalizando o ensino, a pesquisa e a vida pública. Antes de fazê-lo, adianto meu pensamento que o filósofo nessas matérias não prevê nada, apenas analisa e sopesa possibilidades, com a ajuda de quadros e comparações, ao contrastar o antes e o depois no tempo e no espaço. Embora cada um de nós tenha mais de uma reserva quanto às predições futurísticas no mundo humano, um mundo governado pela contingência, estou convencido de que cada um de vocês muito terá o que dizer sobre as perspectivas futuras da Filosofia no Brasil. E não poderia ser diferente. Certamente, temos o que dizer e arrependemos amiúde de coisas que fizemos ou deixamos de fazer no passado, não menos do que lamentamos de coisas e lugares que não pudemos viver em tempos pretéritos, como no meu caso, por não ter podido viver na Paris da belle époque ou dos années folles. Todavia, o tema do futuro com suas possibilidades e privações importa bem mais a cada um de nós, e existencialmente falando estamos mais preocupado com o tempo que nos espera e que a certa altura estará fechado para nós. A explicação parece ser simples e convincente: às voltas com a nossa mortalidade pessoal, não olhamos para trás, mas para a frente, inquietos e angustiados com o que seremos privados de experimentar e viver - o passado é fechado e o déjà vu, o futuro é abertura e expectação. Daí o tema da perspectiva futura da Filosofia no Brasil vir acompanhado desses "existenciários", para falar livremente com Heidegger, por um lado toda sorte de expectativas e esperanças, por outro todo tipo de desconfianças e apreensões.

Preocupado com essas coisas, passo a palavra primeiro a Paulo Margutti. Depois, pela ordem, como combinado, a Guido, a João Carlos, a Vinicius e a Marilena. Cada um terá cerca de meia hora. Informo ao público que, conforme acertado com a revista Kriterion, em meados de 2014 o dossiê do Painel será publicado, e nesta ocasião, portanto, vocês poderão ver impresso o que aqui vocês vão escutar nas próximas três horas.

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    O dossiê ora publicado provém de um dos Painéis que encerraram o XVII Congresso da Sociedade Interamericana de Filosofia (SIF), realizado em Salvador, Bahia, no período de 7 a 11 de outubro de 2013. Ocorrido no dia 11, o Painel
    Filosofia no Brasil - Perspectivas no Ensino, na Pesquisa e na Vida Pública foi coordenado por mim, Ivan Domingues (UFMG), e contou com a participação dos Profs. Paulo Margutti Pinto (Apos. UFMG/FAJE), Guido de Almeida (UFRJ), Vinicius Berlendis de Figueiredo (UFPR), João Carlos Salles (UFBA) e Marilena Chauí (USP). Note-se que o Painel consistiu em duas etapas: 1ª apresentação por cada um dos painelistas de sua comunicação; 2ª discussão com o público. O dossiê cobre na integralidade a 1ª etapa, e apenas parcialmente a segunda etapa, devido a problemas técnicos insanáveis. Em que pese a frustração, é com satisfação que o trago a público, certo de que ao longo dos anos ele se converterá em referência aos estudiosos, que nele irão encontrar um retrato fiel da situação e dos desafios da Filosofia no Brasil neste importante período de sua história, merecendo um Painel especial no tempo simbolicamente forte de encerramento do Congresso. Por fim, ao percorrer o dossiê, o leitor irá constatar que várias de suas partes conservaram a oralidade das comunicações, bem como o tom coloquial das discussões, marcando com expressões entre colchetes reações do público: aplausos etc. Notará também na discussão com o público uma série de interpolações, de minha autoria, para cobrir as lacunas e reparar as hesitações das falas.
    Meus agradecimentos aos colegas que aceitaram o convite e à revista
    Kriterion por ter aceitado a publicação do dossiê.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      01 Jul 2014
    • Data do Fascículo
      Jun 2014
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